sábado, 2 de março de 2013

FORTALEZA- RAQUEL DE QUEIROZ É CEARÁ

RAQUEL DE QUEIROZ É CEARÁ- É FORTALEZA

Rachel de Queiroz, nasceu em Fortaleza - CE, no dia 17 de novembro de 1910, filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz, descendendo, pelo lado materno, da estirpe dos Alencar (sua bisavó materna — "dona Miliquinha" — era prima José de Alencar, autor de "O Guarani"), e, pelo lado paterno, dos Queiroz, família de raízes profundamente lançadas em Quixadá, onde residiam e seu pai era Juiz de Direito nessa época.
Em 1913, voltam a Fortaleza, face à nomeação de seu pai para o cargo de promotor. Após um ano no cargo, ele pede demissão e vai lecionar Geografia no Liceu. Dedica-se pessoalmente à educação de Rachel, ensinando-a a ler, cavalgar e a nadar. As cinco anos a escritora leu "Ubirajara", de José de Alencar, "obviamente sem entender nada", como gosta de frisar.

Fugindo dos horrores da seca de 1915, em julho de 1917 transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro, fato esse que seria mais tarde aproveitado pela escritora como tema de seu livro de estréia, "O Quinze".

Logo depois da chegada, em novembro, mudam-se para Belém do Pará, onde residem por dois anos. Retornam ao Ceará, inicialmente para Guaramiranga e depois Quixadá, onde Rachel é matriculada no curso normal, como interna do Colégio Imaculada Conceição, formando-se professora em 1925, aos 15 anos de idade. Sua formação escolar pára aí.

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  1. TERRAL

    de Edvan Coutinho4 anos atrás45322 views
    Ednardo, Belchior, Fagner e Amelinha cantam Terral
  2. EDNARDO AMELINHA BELCHIOR TERRAL SOM BRASIL

    de ZecaZines3 anos atrás22768 views
    Ednardo, Amelinha, Belchior, Show no Programa Som Brasil em Fortaleza Ceará 1994. Parque do Cocó.
  3. Ednardo eo Pessoal do Ceará - Terral

    de juremasong10 meses atrás1385 views
    Terral
  4. TERRAL EDNARDO

    de lincoln medeiros2 anos atrás411 views
    MÚSICA DE EDNARDO QUE NOS TRAZ BOAS RECORDAÇÕES

RECIFE-CLARICE LISPECTRO

CLARICE LISPECTRO É RECIFE
De origem judaica, Clarice foi a terceira filha de Pinkouss e de Mania Lispector. Nasceu na cidade de Tchetchelnik enquanto seus pais percorriam várias aldeias da Ucrânia fugindo à perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa de 1918-1921. Chegou ao Brasil quando tinha 1 ano e dois meses de idade[1], e sempre que questionada de sua nacionalidade, Clarice afirmava não ter nenhuma ligação com a Ucrânia - "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo" - e que sua verdadeira pátria era o Brasil.[2]
A família chega a Maceió em março de 1922, sendo recebida por Zaina, irmã de Mania, e seu marido e primo José Rabin. Por iniciativa de seu pai todos mudaram de nome, exceto Tânia, sua irmã. O pai passou a se chamar Pedro; Mania, Marieta; Leia, sua irmã, Elisa; e Haia, por fim, Clarice. Pedro passou a trabalhar com Rabin, já um próspero comerciante.[1] Com dificuldades de relacionamento com Rabin e sua família, Pedro decide mudar-se para Recife, então a cidade mais importante do Nordeste.
Clarice Lispector começou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade de Recife, onde passou parte da infância no bairro de Boa Vista. Estudou no Ginásio Pernambucano de 1932 a 1934. Falava vários idiomas, entre eles o francês e o inglês. Cresceu ouvindo no âmbito domiciliar o idioma materno, o iídiche.
Sua mãe morreu em 21 de setembro de 1930 (Clarice tinha apenas 9 anos), após vários anos sofrendo com as consequências da Sífilis, supostamente contraída por conta de um estupro sofrido durante a Guerra Civil Russa, enquanto a família ainda estava na Ucrânia. Clarice sofreu com a morte da mãe, e muitos de seus textos refletem a culpa que a autora sentia e figuras de milagres que salvariam sua mãe.[2]

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  1. Miniatura2:43
  2. Israel Filho - Ai que Saudade de Ocê

  3. de Taís Paranhos3 anos atrás1686 views
  4. Música composta por Vital Farias e que fez grande sucesso na voz desse artista pernambucano.
  5.  
  6. Boiadeiro, por Israel Filho - Sr. Brasil 08/12/2012

    de cultura2 meses atrás359 views
    Israel Filho (Caruaru - PE) interpreta "Boiadeiro" (Klécius Caldas / Armando Cavalcanti). Músicos acompanhantes: Olivinho ...
    • HD
  7. Daniel Lüdtke - Caminho entre as águas (DVD Filhos de Israel)

    de Johanny LS8 meses atrás68647 views
    Caminho entre as águas - Daniel Lüdtke (DVD Filhos de Israel) Uma das mais novas músicas do novo projeto do cantor e ...
    1. "SAUDADES DE GONZAGÃO" (ISRAEL FILHO)

    2. de Israel Filho9 meses atrás722 views
    3. CLIPE EM HOMENAGEM AO ETERNO REI DO BAIÃO LUIZ LUA GONZAGA COM UMA CANÇÃO QUE NASCEU DE UM SONHO NO DIA 16 DE DEZEMBRO DE 2011 ...

  • SALVADOR-BA Mãe Menininha do Cantois(CANTUÁ)

    Maria Escolástica da Conceição Nazaré - Nasceu em 10 de fevereiro de 1894 ,conhecida como Mãe Menininha do Gantois em razão do apelido menininha que recebeu na infância por ser quieta e franzina e sua posição no terreiro que assumiu. Era filha de Oxum.

    Foi a quarta Iyálorixá do Terreiro do Gantois, e a mais famosa de todas as Iyálorixá brasileiras, foi sucessora de sua mãe Maria da Glória Nazareth e foi sucedida por sua filha Mãe Cleusa Millet.

    Ela vinha de uma longa linhagem de Iyalorixás, as chefes dos terreiros de candomblé. O Gantois foi fundado em 1849, por sua bisavó Maria Júlia da Conceição Nazaré.

    Na década de 20, foi escolhida para ser a Iyalorixá do terreiro em virtude da morte de sua tia-avó, Mãe Pulchéria, enquanto se preparava para assumir o cargo, sua mãe Maria da Glória Nazareth ficou por um curto período à frente do Gantois.

    Aos 29 anos, casou com o advogado Álvaro MacDowell de Oliveira, descendente de ingleses. Com ele teve duas filhas, Cleusa e Carmem.



    MENININHA DO CANTUÁ É SALVADOR
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    1. Miniatura4:31
    2. Xangai - Tirana

    3. de Luiz Roberto2 anos atrás21874 views
    4. Eugênio Avelino, popularmente conhecido como Xangai é um cantor, compositor e um dos maiores violeiros do Brasil. Nesse vídeo ...
    5.  
    6. Xangai e Juraildes da Cruz (20).

      de sharkmar20083 anos atrás21275 views
      Eugênio Avelino, popularmente conhecido como Xangai (Itapebi, 20 de março de 1948) é um cantor, compositor e violeiro ...
    1. ABC do Preguiçoso _ Xangai

    2. de alexalvesouza5 anos atrás209617 views
    3. Musica do Xangai, baiano por natureza!

  • SÃO PAULO- TARSYLA DO AMARAL É SÃO PAULO

    Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, 'Sagrado Coração de Jesus', 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce.
    Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris, na Académie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e Oswald foi encontrá-la.


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    1. Miniatura2:46
    2. Mario Zan - Capricho Cigano

    3. de adaircarvalho3 anos atrás93036 views
    4. um dos melhores sanfoneiros que o brasil ja teve.
    5.  
    6. Relíquia! Mario Zan no Altas horas - 2003

      de Mariangela Zan1 ano atrás1765 views
      Participação do sanfoneiro e compositor Mário Zan no programa Altas Horas, da TV Globo - junho 2003. Sua filha Mariangela Zan ...
    7. Mário Zan - Pula fogueira / Cai, cai balão / Capelinha de melão (1974)

      de SenhorDaVoz1 ano atrás43821 views
      João Bastos Filho / Assis Valente / João de Barro and Alberto Ribeiro. Visite o canal de SenhorDaVoz e conheça um dos mais ...
    1. Relíquia! Mario Zan e Nardelli - Festa na roça

    2. de Mariangela Zan1 ano atrás37303 views
    3. Dois mestres da sanfona: Mario Zan e Nardelli, interpretando Festa na roça (Mario Zan/ Palmeira). Programa Mario Zan e seus ...

  • RIO DE JANEIRO-MERCEDES BATISTA- É BRASIL- CONHEÇAM ESTA CIDADE

    A MAIOR  DANÇARINA E CORIOGRAFA NEGRA DO BRASIL,  
    MERCEDES BATISTA,  É RIO DE JANEIRO
    Mercedes Ignácia da Silva Krieger, Mercedes Batista, nasceu em 1921, no município de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, em uma família humilde que vivia do trabalho de sua mãe, a costureira Maria Ignácia da Silva. Ainda jovem, mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro, exercendo diversas atividades profissionais. Trabalhou em uma gráfica, em fábrica de chapéus e como não podia fugir a regra de grande parte das meninas negras de seu tempo, foi empregada doméstica. Trabalhou, também, em bilheteria de cinema; quando podia, assistia aos filmes; neste período acalentava o sonho dos palcos. Mobilizada por realizar seu sonho, começou a dedicar-se a dança.
    Cabe salientar que Mercedes Baptista foi iniciada no balé clássico e dança folclórica, pela grande Eros Volúsia (bailarina que abrilhantou o Brasil através de suas coreografias inspiradas na cultura brasileira). Na década de 1940 ingressou na Escola de Danças do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, tendo a oportunidade de estudar com Yuco Lindberg e Vaslav Veltchek, artistas que possuíam projeção internacional. No ano de 1947 é admitida como bailarina profissional no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, tornando-se assim a primeira mulher negra a ingressar como bailarina nesta casa de espetáculos.
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    CHEGA DE SAUDADE Vista noturna do Rio de Janeiro a partir do Morro do Corcovado. A cidade renasce com investimentos públicos e privados (Foto: Ricardo Zerrenner)

    1. Miniatura3:58
    2. CARTOLA - "O Mundo É Um Moinho" (Cartola) 1976

    3. de luiz alfredo motta fontana2 anos atrás447600 views
    4. Blogbar do Fontana -- Nos balcões dos bares da vida CARTOLA DISCUS MARCUS PEREIRA - 1976 Música - "O Mundo È Um Moinho ...
    5.  
    6. Cartola - Alvorada

      de XandiMusic3 anos atrás270267 views
      Cartola (Disfarça e Chora) 1974, EMI.
    7. Preciso me Encontrar - Cartola

      de Carlos Daniel Reichel4 anos atrás704857 views
      Grande poesia de Candeia interpretada por Cartola. Queria uma versão no Youtube com foco somente na música, na letra e sem ...
    8. Cartola - O Sol Nascerá

      de Tony Guardieiro4 anos atrás480950 views
      Dvd Cartola - Programa Ensaio 1974 Tv Cultura.

    sexta-feira, 1 de março de 2013

    O ENCONTRO DE DOIS GÊNIOS



     DOIS GÊNIOS
                   PATATIVA DO ASSARÉ (DO CEARÁ) E LUIZ GONZAGA (DE PERNAMBUCO)
                   FUI UM FELIZARDO: CONVIVI COM OS DOIS LÁ NO MEU JUAZEIRO DO NORTE

    Quando Luiz Gonzaga perambulava nos sertões Nordestino, viu  no interior do Ceará dois violeiros chorando, choramingando e saboreando  a Triste Partida .  Parou, ouviu, escutou, também chorou , ajudou a cantar e de imediato perguntou:

    ____De quem é esta música, é de domínio popular ou tem autor conhecido?

    Um dos violeiros disse ao então  sanfoneiro que já se esboçava ser,  o Rei de todos os ritmos.

    ___É de um poeta roceiro cearense lá da cidade do Assaré, chamado Patativa do Assaré.

    O Rei logo foi dizendo  que queria conhece-lo, perguntou como chegaria até o homem, foi  de imediato orientado e no outro dia , lá estava o Rei defronte ao Patativa. Se apresentou, o Patativa se e emocionou com a presença do já grande artista. Luiz  Falou de sua intenção de gravar a música , colocaria alguns acordes , apenas  exigia que fosse feito um acordo: queria  parceria tambem na bela  letra.

    O Patativa deu um pipouco da molesta e não aceitou, argumentou que a poesia era como se fosse  sua filha e filha não tem dois pais, Luiz entendeu o argumento e aceitou gravar a música A Triste Partida. Informou que queria apenas contribuir e impôs   uma condição : modificaria    a última estrofe , aliás, o último verso, só uma palavra e pronto que daria mais fidedignidade ao enredo da história , para isso utilizou o seguinte argumento.

     E disse Luiz ao Patativa do Assaré.

    ___A  última estrofe é assim:

     Faz pena o nortista,
     tão forte e tão bravo,
    viver como escravo,
    nas terras do Sul.

    Perguntou  Luiz ao Patativa , se o Nortista sofre no norte, o Patativa disse que sim, perguntou se o nortista  sofre no sul, Patativa disse que sim, então Luiz disse com voz firme , conciliatória , convincente e apaziguadora:

    ___Então Patativa , o nortista  sofre no norte e no sul, ele é escravo tanto no norte como no sul, não é verdade? então gravarei a última estrofe com os seguintes versos, não sendo assim, seria uma injustiça nossa com o povo do sul , pois é exatamenteno sul  que nós nortistas escapamos da fome feroz. No sul o nortitsa sofre, é escravo, porem  Patativa, no Sul  ele vive, ele come, ele veste, ele cria a sua familia, no sul ele encontra   trabalho.
    

                                                                             
    E Luiz modificou apenas um dos versos da última estrofe, dando alma,valor,fidelidade e fechando com chave de ouro a bela página  após convencer o autor, que lhe informou que era extamente o que queria dizer. E a música A TRISTE PARTIDA  virou um hino para o Brasil. E assim ficou a ultima estrofe, na voz doRei Luiz:


    ____Ficará assim, veja se não ficará melhor e mais fiel.

    FAZ PENA O NORTISTA,
    TÃO FORTE E TÃO BRAVO,
    VIVER COMO ESCRAVO
    NO NORTE E NO SUL.


    Ficou o velho Patativa radiante e muito alegre , o Luiz como a maior expressão da música brasileira de todos os ritmos de todos os tempos e o Brasil presenteado  com o mais fidedigno relato do exodo Nordeste -Sul.

    Triste Partida

    Patativa do Assaré

    Meu Deus, meu Deus. . .

    Setembro passou
    Outubro e Novembro
    Já tamo em Dezembro
    Meu Deus, que é de nós,
    Meu Deus, meu Deus
    Assim fala o pobre
    Do seco Nordeste
    Com medo da peste
    Da fome feroz
    Ai, ai, ai, ai

    A treze do mês
    Ele fez experiência
    Perdeu sua crença
    Nas pedras de sal,
    Meu Deus, meu Deus
    Mas noutra esperança
    Com gosto se agarra
    Pensando na barra
    Do alegre Natal
    Ai, ai, ai, ai

    Rompeu-se o Natal
    Porém barra não veio
    O sol bem vermeio
    Nasceu muito além
    Meu Deus, meu Deus
    Na copa da mata
    Buzina a cigarra
    Ninguém vê a barra
    Pois a barra não tem
    Ai, ai, ai, ai

    Sem chuva na terra
    Descamba Janeiro,
    Depois fevereiro
    E o mesmo verão
    Meu Deus, meu Deus
    Entonce o nortista
    Pensando consigo
    Diz: "isso é castigo
    não chove mais não"
    Ai, ai, ai, ai

    Apela pra Março
    Que é o mês preferido
    Do santo querido
    Senhor São José
    Meu Deus, meu Deus
    Mas nada de chuva
    Tá tudo sem jeito
    Lhe foge do peito
    O resto da fé
    Ai, ai, ai, ai

    Agora pensando
    Ele segue outra tria
    Chamando a famia
    Começa a dizer
    Meu Deus, meu Deus
    Eu vendo meu burro
    Meu jegue e o cavalo
    Nós vamos a São Paulo
    Viver ou morrer
    Ai, ai, ai, ai

    Nós vamos a São Paulo
    Que a coisa tá feia
    Por terras alheia
    Nós vamos vagar
    Meu Deus, meu Deus
    Se o nosso destino
    Não for tão mesquinho
    Cá e pro mesmo cantinho
    Nós torna a voltar
    Ai, ai, ai, ai

    E vende seu burro
    Jumento e o cavalo
    Inté mesmo o galo
    Venderam também
    Meu Deus, meu Deus
    Pois logo aparece
    Feliz fazendeiro
    Por pouco dinheiro
    Lhe compra o que tem
    Ai, ai, ai, ai

    Em um caminhão
    Ele joga a famia
    Chegou o triste dia
    Já vai viajar
    Meu Deus, meu Deus
    A seca terrível
    Que tudo devora
    Lhe bota pra fora
    Da terra natá
    Ai, ai, ai, ai

    O carro já corre
    No topo da serra
    Oiando pra terra
    Seu berço, seu lar
    Meu Deus, meu Deus
    Aquele nortista
    Partido de pena
    De longe acena
    Adeus meu lugar
    Ai, ai, ai, ai

    No dia seguinte
    Já tudo enfadado
    E o carro embalado
    Veloz a correr
    Meu Deus, meu Deus
    Tão triste, coitado
    Falando saudoso
    Seu filho choroso
    Exclama a dizer
    Ai, ai, ai, ai

    De pena e saudade
    Papai sei que morro
    Meu pobre cachorro
    Quem dá de comer?
    Meu Deus, meu Deus
    Já outro pergunta
    Mãezinha, e meu gato?
    Com fome, sem trato
    Mimi vai morrer
    Ai, ai, ai, ai

    E a linda pequena
    Tremendo de medo
    "Mamãe, meus brinquedo
    Meu pé de fulô?"
    Meu Deus, meu Deus
    Meu pé de roseira
    Coitado, ele seca
    E minha boneca
    Também lá ficou
    Ai, ai, ai, ai

    E assim vão deixando
    Com choro e gemido
    Do berço querido
    Céu lindo azul
    Meu Deus, meu Deus
    O pai, pesaroso
    Nos filho pensando
    E o carro rodando
    Na estrada do Sul
    Ai, ai, ai, ai

    Chegaram em São Paulo
    Sem cobre quebrado
    E o pobre acanhado
    Procura um patrão
    Meu Deus, meu Deus
    Só vê cara estranha
    De estranha gente
    Tudo é diferente
    Do caro torrão
    Ai, ai, ai, ai

    Trabaia dois ano,
    Três ano e mais ano
    E sempre nos prano
    De um dia vortar
    Meu Deus, meu Deus
    Mas nunca ele pode
    Só vive devendo
    E assim vai sofrendo
    É sofrer sem parar
    Ai, ai, ai, ai

    Se arguma notícia
    Das banda do norte
    Tem ele por sorte
    O gosto de ouvir
    Meu Deus, meu Deus
    Lhe bate no peito
    Saudade lhe molho
    E as água nos óio
    Começa a cair
    Ai, ai, ai, ai

    Do mundo afastado
    Ali vive preso
    Sofrendo desprezo
    Devendo ao patrão
    Meu Deus, meu Deus
    O tempo rolando
    Vai dia e vem dia
    E aquela famia
    Não vorta mais não
    Ai, ai, ai, ai

    Distante da terra
    Tão seca mas boa
    Exposto à garoa
    À lama e o paú
    Meu Deus, meu Deus
    Faz pena o nortista
    Tão forte, tão bravo
    Viver como escravo
    No Norte e no Sul
    Ai, ai, ai, ai


    1. A TRISTE PARTIDA - PATATIVA DO ASSARÉ

      de senhorincrivel3 anos atrás228886 views
      Um retrato da alma nordestina. Música de Luiz Gonzaga e Poema de Patativa do Assaré.


    1. 12- A TRISTE PARTIDA - Luiz Gonzaga - 50 anos de chão - disco 4

    2. de Forrobodologia - Forró do bom é aqui1 ano atrás104478 views
    3. Luiz Gonzaga - 50 anos de chão - disco 4 -------------------------- A Triste Partida Luiz Gonzaga Meu Deus, meu Deus ...