Carlinhos Marques, nascido em Salvador/Ba em 1953, neto de um regente e fundador de filarmônicas. Descobriu-se músico precocemente e começou a sua vida profissional já aos 15 anos, como contra-baixista de bandas de baile da ocasião. Foi descoberto pelo maestro Carlos Lacerda, e logo começou a fazer parte do time de músicos profissionais do primeiro e principal estúdio de gravações do Norte-Nordeste, “JS”. Sua influência musical vem da bossa nova, dos Beatles e conseqüentemente da jovem guarda. Também muito cedo conheceu e foi convidado para trabalhar com Wesley Rangel, que iniciava um empreendimento de sucesso futuro, que seria os Estúdios WR, onde permaneceu como contra-baixista, vocalista, arranjador, violonista, compositor, durante 28 anos, de onde fez parte de todos os projetos artísticos e publicitários da referida empresa. Em 1995 resolveu lançar-se na carreira solo com o primeiro CD “Tecendo Canções” - poemas de Pedreira Lapa, musicados por ele. Entre 1999 e 2000 lançou seu segundo CD “Dança da Lua”, dentro de um projeto chamado Emergentes da Madrugada, gravado ao vivo, no teatro ACBEU e em 2005 o mais recente CD “Sementes da Roça”, também com o seu amigo e parceiro Pedreira Lapa. Vale a pena citar a sua experiência como músico e líder do grupo “Luiz Caldas e Acordes Verdes” e também sua vivência internacional em excursões pela Ásia, Estados Unidos e Europa, fazendo parte de grupos musicais das mais diversas tendências.
Por Luís Fernandes
Antônio dos Santos Flores, conhecido musicalmente como Ton Ton Flores e nascido no ano de 1954, é, além de cantor, engenheiro agrônomo. Após os barzinhos, surgiu para a música a partir de um show em Ipiaú (BA), onde encerrou a festa do padroeiro local. Daí, sempre em parceria com Jatobá e Macambira, amigos e parceiros desde o inesquecível “Barton” (Bar do Ton), fez shows Brasil afora. Quem não se lembra da música “Água e Sal”, canção título do primeiro LP lançado em 1989? Boêmio nato, não dispensa uma boa cantoria e um bom whisky. Com um humor peculiar, e com tanta arte em seu sangue, seria pedir demais que “essa figura” ainda se dedicasse e levasse a sério o esporte boliche. Jogar boliche para ele é diversão. A primeira vez que jogou foi em Conquista, no Clube Social, na mesma época que apareceu boliche em Salvador. Na época ele tinha 15 anos mais ou menos. Para Ton Ton o boliche é direção. “Sempre fui bom de mira, era bom de badoque. Uma vez em um campeonato em Brasília, onde fiquei entre os primeiros, sendo uma zebra, me perguntaram como eu jogava sempre bem se eu não treinava, não levava bolas. Eu respondi que, quando menino, era bom de badoque e bolinha de gude, disse. Em Salvador fui pioneiro junto com alguns amigos nossos do boliche, no boliche do Brotas Center, depois na Pituba, onde Fábio Ribeiro abriu um e depois no Aeroclube”.
Francisco Liberato de Mattos, conhecido como
Chico Liberato (
Salvador,
1936), é um
artista plástico e
cineasta brasileiro.
Expôs pela primeira vez em
1963, na Galeria Goeldi, no
Rio de Janeiro. Teve destacada participação no movimento cultural que envolveu vários artistas na
década de 1960 em Salvador. Participou de diversas exposições coletivas, como a
I Bienal de Artes Plásticas da Bahia em
1966, e
Bahia Década 70 – no
Instituto Goethe. Realizou também diversas mostras individuais, no Brasil e no exterior.
Entre
1979 e
1991 foi diretor do
Museu de Arte Moderna da Bahia e durante dez anos coordenou a área de Artes Visuais e Multimeios da Diretoria de Imagem e Som da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Pioneiro do
cinema de animação na
Bahia, produziu o terceiro filme de animação de
longa metragem feito no Brasil -
Boi Aruá (
1983), que documenta o cotidiano do
Nordeste do Brasil, mais especificamente do
sertão caatingueiro, através do mito do Boi Aruá. O filme foi premiado pela
Unesco. Entre os temas principais dos trabalhos de Chico Liberato estão o sertão e o sertanejo, a arte popular e as figuras místicas presentes no
candomblé.
Seu novo projeto é mais um filme de animação,
Ritos de Passagem. A história é baseada em dois personagens que habitam o imaginário do sertão nordestino: o Santo e o Guerreiro. Após a morte, Alexandrino e o Santo (protagonistas do filme) embarcam na barca de
Caronte, o barqueiro do Rio da Morte, o que provoca nos personagens reflexões sobre os atos e escolhas de cada um.
Ritos de Passagem prevê a contratação direta de 98 profissionais, entre técnicos, artistas e equipe de apoio, além de representar uma rara oportunidade para jovens profissionais. O projeto ainda conta com artistas importantes como
Xangai,
Jackson Costa,
Margareth Menezes, Ingra Liberato e o autor da música tema,
Elomar Figueira Mello, que já havia trabalhado com Liberato em “Boi Aruá”.
Chico Liberato é casado com a
roteirista e
poetisa Alba Liberato (Salvador,
1944), com quem teve cinco filhos, entre os quais a atriz
Ingra Liberato.
ALBA LIBERATO, natural de Nazaré - BA, é poeta e roteirista. Como poeta, publicou em diversos jornais e revistas e, em 2000, o livro de poemas Retrato em si; como roteirista, escreveu para vários desenhos animados inspirados na cultura popular, incluindo o filme em longa-metragem Boi aruá (1980), baseado na lenda sertaneja do boi encantado
Esta terça não foi um show,foi um sonho,foi uma vida.obrigado poeta,obrigado Menestrel Xangai.
Iderval Reginaldo Tenório