terça-feira, 3 de maio de 2011

JUAZEIRO E A SUA REVISTA

Capital da Fé recebe a Cariri Revista - Do Cariri para o Mundo
 Considerada um oásis no sertão do Ceará, a Região do Cariri contará a partir de maio, com mais um veículo de comunicação: Cariri Revista. O lançamento está marcado para 05 de Maio de 2011, às 19 horas, no Restaurante Marco Pólo, em Juazeiro do Norte; e dia 13 do mesmo mês, no Restaurante Carpen Diem, em Brasília.
 A publicação de 60 páginas, periodicidade bimestral e, tiragem inicial de 30.000 exemplares, tem como Editoras Tuty Osório (Geral), e Cláudia Albuquerque (Texto). O suplemento traz ainda, projeto gráfico de Fernando Brito - premiado em Barcelona como designer gráfico na categoria revista.
 O fundamento da Revista é a cobertura simultânea do que é contemporâneo em outros centros, colocando o Cariri em sintonia com o mundo, trazendo matérias, artigos e colunas produzidas por profissionais de áreas diversas: economia, política, cultura, sociedade, turismo, lazer, saúde e comportamento.
 Direcionada para públicos especiais e formadores de opinião de todas as regiões do Brasil, a Cariri Revista tem como finalidade, promover a região divulgando as conquistas concretas da economia, potencialidades do desenvolvimento, capacidade empreendedora da população, riqueza cultural e, exuberância da natureza.
 Fortalecer a presença do Cariri numa comunidade de leitores qualificados, protagonistas de decisões e de opiniões, também será o foco central da publicação que pretende mostrar ao mundo dos investimentos financeiros e intelectuais, o que é o Cariri - presente e futuro.

 A Distribuição
A Cariri Revista será distribuída de forma estratégica: em aeroportos, principais hotéis e restaurantes da Região do Cariri, Fortaleza, São Paulo e Brasília. Seu mailling institucional contemplará Câmara Federal, Senado, Ministérios, Embaixadas, órgãos públicos, empresas públicas e privadas. Já o mailling para pessoas físicas reunirá dentre os formadores de opinião, jornalistas, publicitários, profissionais liberais, servidores públicos, empresários, políticos e executivos.
 Em Juazeiro do Norte, a Cariri Revista estará presente no Cariri Shopping e nas Faculdades Leão Sampaio, promovendo o intercâmbio de informações, além de divulgar a região, e intensificar o turismo, o comércio e os negócios.
 Como surgiu a Cariri Revista 
 A idéia partiu de dois jovens empresários, Isabela Bezerra (Cearense) e Renato Fernandes (Paulista) que são do segmento de moda. Eles lançaram uma marca de Street Wear em Brasília, e estão no Cariri há dois anos com um magazine de moda feminina, masculina e infantil. 
0s empreendedores de 28 e 27 anos, respectivamente, preocupam-se em trabalhar com produtos de qualidade, e em levar informações fundamentais ao segmento na região. Participam de cursos e palestras, voluntariamente, capacitando profissionais diversos no segmento - modelos, estilistas e confeccionistas.

  O Cariri
 Localizado ao sul do estado do Ceará, a aproximadamente 500 km de Fortaleza, o Cariri abrange uma área de mais de 6.000 km² e inclui 32 municípios. O ambiente difere do típico interior nordestino, tanto por sua ecologia, como pela riqueza cultural. Suas temperaturas amenas tomam o lugar do calor em algumas épocas do ano.
 A Chapada do Araripe, uma formação geológica com aproximadamente 180 km de extensão, abriga a Floresta Nacional do Araripe-Apodi e estende-se numa mancha verde misturada a matizes de cores. Cachoeiras e trilhas convidam aos esportes radicais e aos mais leves.
 Com o solo originário do período Cretáceo, que predominou há 100 milhões de anos, a Chapada abriga um vasto sítio arqueológico com inúmeros fósseis, cavernas e é reduto de animais únicos - entre eles, o Soldadinho-do-Araripe, pássaro em extinção só encontrado na região.
 Literatura, artesanato, artes cênicas, todas as variantes da cultura enchem as ruas e os espaços em datas diversas. A religião é mais do que um calendário de efemérides. Destino de fé, a energia dos peregrinos dá força especial ao Cariri. No aspecto econômico, a região é uma das mais importantes do Nordeste e destaca-se pela riqueza do solo, recursos hídricos e minerais.
 A agricultura é diversificada e proporcionou o desenvolvimento de agroindústrias de derivados da cana-de-açúcar, algodão e couro, além de atividades na metalurgia, ourivesaria, agropecuária orgânica, avicultura, produção têxtil, produção de calçados e de medicamentos.

 As Cidades
Juazeiro do Norte
 Com cerca de 270 mil habitantes, um aeroporto com projeto de expansão, 2 distritos industriais e infra-estrutura desenvolvida, Juazeiro do Norte é a principal cidade da região, a segunda maior do Estado do Ceará, e um dos maiores centros de religiosidade popular da América Latina. Todos os anos, Juazeiro atrai milhões de pessoas pela fé em Padre Cícero, seu fundador, e forte referência religiosa.
 De economia e desenvolvimento crescente, Juazeiro do Norte acumula resultados positivos - obteve em 2008, o 23º maior crescimento de PIB do Nordeste. E, de acordo com o IBGE, em 2009, a cidade cresceu 18,2%. Hoje, com 95% de taxa de urbanização e renda per capita de R$ 4.564,00, a cidade tem no setor industrial 29,9% do seu PIB. No comércio, seu principal setor, o PIB chega a 69,6%.
 Projetos previstos para a região, como a ampliação do aeroporto e a linha férrea ligando o Porto do Suape ao Pecém ampliarão mais ainda as possibilidades crescentes do comércio de Juazeiro do Norte, que está localizado exatamente no centro do nordeste, vantajosamente eqüidistante das capitais, posicionando-a como um entreposto útil aos negócios do semi-árido em crescimento. É a prova viva que a interiorização do desenvolvimento é uma realidade no nosso país.
 Crato
 Palco de lutas libertárias desde o Brasil Colônia e de grande tradição intelectual, o Crato conserva ainda hoje parte de sua arquitetura histórica, além de revelar ruas e praças arborizadas, em harmonia com calçamentos centenários e a Chapada do Araripe no horizonte de todas as suas ladeiras. Segundo dados do IBGE, a urbe de mais de dois séculos tem hoje 121.462 habitantes, com um PIB de 644.522 mil reais. Resultante de uma economia ancorada, principalmente, na produção e comercialização agropecuária, mineração, indústria e turismo. Eventos de porte nacional e internacional, como a EXPOCRATO e o Festival de Artes Cênicas, são uma marca da prosperidade convivente com um ambiente acadêmico vigoroso e uma cultura em constante efervescência.
 Barbalha
 Aliando a modernidade ao cenário do século XIX presente em seu casario, Barbalha integra o trio de cidades líderes da região do Cariri onde todos os municípios mobilizam-se para o crescimento que impacta, fortemente, no equilíbrio imprescindível à nação de destaque que é hoje o Brasil.
 Cariri Revista. O Cariri para o mundo. O mundo para o Cariri.


quinta-feira, 28 de abril de 2011

A PRODUÇÃO AGRICOLA DO BRASIL

NOVO CD DE MESTRE JOÃO SILVA
João Silva é o maior parceiro vivo de Luiz Gonzaga e Severino Januário (irmão do Rei do Baião). No repertório de seu mais novo trabalho constam fonogramas de músicas de sua autoria e interpretadas por ele e pelo Rei do Baião, além do acompanhamento de Severino, um dos maiores instrumentistas brasileiros de sanfona de oito baixos. Também foram gravadas canções inéditas que João Silva compôs para Luiz Gonzaga.

O CD foi patrocinado pelo Governo do Estado de Pernambuco, através do Funcultura. O projeto “João Silva Canta. Mais Gonzaga”, trata da gravação, mixagem e prensagem de CD com 12 faixas de autoria de João Silva e parceiros. João Silva é o homenageado no São João deste ano, pela Prefeitura do Recife. O intuito é registrar, conservar e divulgar a obra desse mestre do forró.

Serviço:
Lançamento do cd João Silva canta Mais Gonzaga
Bar Central (Santo Amaro)
A partir das 19hs.
Entrada gratuita.

A PARCERIA – João Silva foi o mais longevo e profícuo parceiro de Luiz Gonzaga. Deu-lhe a primeira música, Não foi surpresa, em 1964, composta com ninguém menos do que João do Vale, para o LP “Sanfona do Povo”.

Nos idos de 1968 Meu Araripe, outra parceria dos dois amigos, fez retumbante sucesso. Aproveitando, João convidou Gonzaga para “dar uma força” no LP de Severino Januário “Forró Danado”. Naquele registro, cantaram cinco músicas, acompanhados pelo fole de oito baixos do irmão do Rei. Neste memorável CD, ditas canções foram remasterizadas, recebendo ainda o recheio da sanfona do Maestro Genaro e versos adicionais de Mestre João. Em cada uma dessas faixas João Silva dialoga com Seu Luiz e presta honras à sanfona de oito baixos, instrumento que começou o forró e encontra-se em vias de extinção.

Por fim, para completar este magnífico apanhado fonográfico, as cinco últimas canções, também remasterizadas, são grandes sucessos dessa parceria de mais de vinte e cinco anos entre Gonzaga e João, extraídos dos últimos LPs do Rei do Baião e onde cantam juntos, incluindo, ainda, “Forró bom tá é aqui”, uma composição de Genaro e João Silva, cantada por este último no LP “30 Anos de Forró”, de 1987, com a participação especial do mesmo Gonzagão.

SOBRE JOÃO SILVA – João Leocádio da Silva nasceu em Arcoverde (Agreste de Pernambuco), no dia 16 de agosto de 1935. Ele foi um dos maiores e mais expressivos parceiros de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Da união, nasceram músicas como “Danado de bom”, “Nem se despediu de mim”, “Não deixe a tanga voar”, “Sanfoninha choradeira”, além de dezenas de outros sucessos, que ainda animam os mais autênticos shows de forró.

Aos sete anos, João Silva já tocava pandeiro e se apresentava em rádios pelo Sertão. Aos nove anos ganhou um concurso como cantor. Aos dez anos apresentou-se no programa Ademar Paiva, na Rádio Clube de Pernambuco, tocando acordeom. Aos 17, trocou Arcoverde pelo Rio de Janeiro e foi lá que, continuando a compor e fazendo apresentação pelas rádios, conheceu Luiz Gonzaga. Em 1964, Gonzaga gravou pela primeira vez uma música de João Silva: “Não foi surpresa”. Até o fim de sua vida, o Rei do Baião não parou mais de gravar João Silva. Até o fim da parceira, foram registradas 360 co-autorias entre os dois, entre gravações e regravações.

Tem mais de duas mil composições. Entre seus parceiros estão João do Vale, Onildo Almeida, Rosil Cavalcante, Severino Ramos, Bastinho Calixto, Pedro Maranguape, Zé Mocó, Pedro Cruz, Dominguinhos, Sebastião Rodrigues e outros. Entre seus principais sucessos estão "A mulher do sanfoneiro", "Pagode russo", "Meu Araripe", "Uma pra mim outra pra tu" e "Pra não morrer de tristeza", que já teve cerca de 40 gravações. Como produtor, produziu discos de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino e Jackson do Pandeiro, entre outros. Atuou também como arranjador.

Fonte: REVISTA RAIZ




                       A PRODUÇÃO AGRÍCOLA DO BRASIL
                                   Iderval Reginaldo Tenório
           Há muito que as autoridades brasileiras vêm se vangloriando da alta produção de grãos,  carnes , frangos e do ganho na exportação  das grandes potências como dos Estados Unidos .

         Estas notícias muitas vezes  maquiadas pelos órgãos responsáveis têm gerado orgulho à maior parte dos brasileiros e   tirado  a tranqüilidade  de um pequeno grupo que se preocupa com o país.

          Com a globalização, a terra passou a ser um único bloco, subdividida em nações  com leis próprias, dominada por um grupo   chamado  G8 responsável por 80% da riqueza mundial.Com a industrialização não poluente , com o domínio das tecnologias de ponta e de alta complexidade, estas nações comandam as demais   chamadas de periféricas.Dentre estas o BRASIL,  celeiro do mundo.

           Abordando o gigante Brasil  atente para a derrubada desenfreada das florestas , seja para a  produção de carvão ,do papel,de móveis ,para o criatório de bovinos,como para o plantio da  soja exportada in natura para a alimentação dos rebanhos em todo o mundo,sendo nos animais brasileiros exportadas em formas de carnes e agora para a produção dos bio combustíveis.

         Nos últimos 20 anos o país entrou no rol dos países em desenvolvimento,deixando de ser  agrícola familiar(capiau)  passando a ser  do agro-negócio, da agroindústria ,do biogás e da agro -exportação.

         Foram criados à semelhança do rei da juventude e do futebol, o rei do gado,o rei da soja e o rei da devastação,pois para a cultura da soja e da criação do rebanho brasileiro foi necessário a derrubada das matas para o preparo da  terra.Florestas foram devastadas,rios assoreados ,enterrando a fauna e a flora .             
          Milhares de quilômetros de árvores foram substituídos pelas pragas dos capins pangola , braquiara, elefante , búlafo gray e da soja,tudo para a alimentação das máquinas  e dos animais.      

            Aos poucos o homem  farejou a necessidade de produzir mais.Para esta tarefa   em vez de utilizar as terras já cultivadas,passou desenfreadamente , irresponsavelmente a desbravar e devastar novos territórios,passou a explorar as terras ricas e virgens das florestas Tropicais( Amazonas e Pará), dos cerrados goianos e do Brasil Central(Mato Grosso do Norte ,do Sul e Tocantins,), estes rincões passaram a ser campeões de produção de carnes,aves e de grãos..Para isso destroem anualmente florestas milenares, nativas e heterogenias, substituindo por monoculturas oleaginosas,  capins, cana de açúcar  como para o criatório de bovinos e ao cabo de dois a três anos  com a terra exausta,cansada e moribunda abandonam , partem para novos eitos,para novas paragens, assassinando a  natureza devido as toneladas de defensivos, desequilibrando o ecossistema,destruindo a farmacopéia do futuro com a  dizimação de  diversas espécies vegetais ou animais que com certeza farão falta inclusive no campo econômico.A Amazônia é  futuro em tudo. .É assim que se produz muito,é assim que o Brasil é campeão.

          Diferente dos países ricos e desenvolvidos, nestes o governo demarca glebas para a produção de determinados produtos  por um período  de dez a quinze anos  proibindo a monocultura. No fim deste período é tratada e devolvida à natureza com poucas agressões,sendo reutilizadas com novos plantios ou com  reflorestamentos.Estas medidas encarecem a produção,tornando-a não competitiva com aqueles que produzem sucateando o solo,perfil do produtor brasileiro e para se tornarem competitivos ,o governo subsidia peremptória e universalmente grão a grão,gado a gado,com implementos agrícola aos pequenos,com a modernização aos grandes, contribuindo para a sobrevivência do mais importante segmento de uma comunidade que é a produção do pão nosso de cada dia,sustentáculo de toda e qualquer economia. Com esta atitude acaba com o produtor das pequenas nações.Os periféricos.

            De que adianta ser o maior, comprometendo o homem do amanhã, destruindo ,poluindo e eliminando o  manancial, de que adianta ser o maior se os trabalhadores não conseguem visualizarem um mínimo de conforto. Basta vê a questão do açúcar, a câmara internacional do comércio deu ganho ao Brasil em peleja com os EUA, lá os insumos na produção chegam a triplicar os valores dos de cá, pois os seus trabalhadores além do conforto, percebem salários dignos e uma cobertura social invejável como: escola, saúde, transporte e segurança, enquanto os de cá, chamados de bóias-frias, mal conseguem uma má alimentação e trabalham num sistema quase de escravidão. Conseqüentemente os insumos com estes produtos junto aos trabalhadores são quase que nulos, barateando a sua produção, tendo o seu  encarecimento nas altas taxas tributárias , estas, politicamente manipuladas a depender da necessidade e da vontade de exportação.

              Não é vantajoso ser o maior produtor agrícola do mundo, ser o celeiro alimentar ou do bio-combustível  do universo, não é salutar fechar os olhos para dentro e abrir para fora enviando o pão que mataria a fome dos seus filhos, destruindo a terra com todas as suas riquezas.
          Chega de tanto rei, chega de tanta imprudência para com o homem do futuro, o Brasil não precisa morrer para poder sobreviver, é preciso produzir, mas, produzir nas terras agriculturáveis em uso, é preciso reutilizar cada palmo explorado, é preciso um mutirão, um adjunto ,uma corrente na recuperação do solo pátrio.A exaustão do solo com a derrubada das florestas  com o intuito de aumentar a produção de grão e carnes é um suicídio,a próxima geração não perdoará os campeões de hoje .     

          A agricultura industrial é mais do que necessária,porém terá que ser regida por leis severas e duras  na defesa da riqueza natural.Como disse o grande Paraibano compositor e advogado Vital Farias na música-SAGA DA AMAZONIA-“Se a Floresta meu amigo tivesse pernas pra andar,eu garanto meu amigo que com o perigo ela não tinha ficado lá “ .

          Produzir não é destruir e o ato de destruir para produzir  é peculiar dos imediatistas ,dos fracos,dos que têm visão curta,visão do presente sem pensar no futuro,sem pensar nas próximas gerações.             O mundo começou do zero, ninguém conhece o seu futuro, a vida do ser humano é muito curta, deixe a fauna e a flora para os que ainda virão.
 Janeiro de 2008.   Iderval Reginaldo Tenório
        




quarta-feira, 20 de abril de 2011

OS ANIMAIS DOMESTICOS E AS ZOONOSE-MAIS UM GRANDE PROBLEMA PARA SAÚDE PÚBLICA-COMO RESOLVER?CUIDE BEM DOS SEUS ANIMAIS ELES MERECEM RESPEITO E DEDICAÇÃO DOS DONOS.

 Este artigo mostra a importância dos animais domésticos na vida das pessoas ,mostra também o risco e a variedade de doenças que os mesmos trazem na sua existência e faz um alerta para a grande quantidade de  dejetos jogados nas ruas sendo sem dúvidas um grande problema para a saúde pública .Os dejetos são carreados pelas águas  ou secam nas avenidas e ruas ,viram pó e são pulverizados no meio ambiente ,neles os ovos dos parasitas são semeados cotidianamente nos alimentos.Imagine um cidadão se  alimentando na rua ,passa um carro ,sacode a poeira e lá se vão milhares de ovos para a sua merenda,é assim que se adquire vermes e doenças.Dejetos de animais tem que ter o mesmo tratamento dos dejetos humanos,não pode ser despejados diariamente nas ruas. Tenho visto pelas manhãs nas calçadas da cidade centenas de pessoas com os seus animais eliminando os seus dejetos por onde passam.Urge cuidado e compromisso com a sociedade.
Informo que da mesma maneira que  os animais são de suma importância para o homem ,torna-se de suma importância também  o descarte de seus dejetos.     

citarei as sete principais doenças caninas.


As sete principais doenças caninas
         Há sete doenças caninas comuns e potencialmente fatais contra as quais você deve proteger seu cão com vacinas regulares: tosse canina, coronavírus, cinomose, hepatite infecciosa canina, leptospirose, parvovirose e, a mais terrível de todas, a raiva.

         
VIAS DE TRANSMISSÃO 
    A transmissão das zoonoses pode ocorrer através das seguintes vias:
    1 ) TRANSMISSÃO DIRETA: Um hospedeiro vertebrado infectado transmite o parasita a outro hospedeiro vertebrado suscetível através do contato direto. Ex.: a raiva, brucelose, carbúnculo hemático, sarnas, microsporidioses, tricofitoses.
    2) TRANSMISSÃO INDIRETA: Pode ocorrer através de diferentes vias:
    2.1 ) Alimentos - Ex.: leptospirose, botulismo, carbúnculo hemático, brucelose, tuberculose, salmoneloses, teníases, triquinelose.
    2.2) Secreções - Ex.: Raiva, brucelose.
    2.3) Vômitos - Ex.: leptospirose, peste, sarna, brucelose.
    2.4) Artrópodes - Ex.: febre amarela, encefalomielite equina, tifo e peste
.
                                                    Iderval Reginaldo Tenório        


                                        

                                      
     


                       


                                       
                             
                                     


                                      


OS ANIMAIS DOMÉSTICOS E AS ZOONOSES

                      Diversos são os estudos a respeito da melhora da qualidade de vida e de como é boa a convivência com animais domésticos principalmente para as crianças, os idosos, os solitários e alguns portadores de doenças  neurológica ou mental. Comprovado também que o homem é um ser social e procura em algum setor a liderança. Não é a toa que o homem, independente da classe social procura um ser para comandar, seja financeira ou intelectualmente ,na família, na sua ocupação ou na sua comunidade. Exemplo maior é o desejo milenar de possuir um ser vivo eternamente amigo e submisso, elemento este que seja comandado em todas as circunstancias mesmo que seja maltratado ou passando fome não arrede o pé da submissão, veja como os que ocupam as mais baixas camadas sociais se preocupam em possuir um cão amigo, cão este sem pedigree, sem saúde, sem teto, sem comida, mas acima de tudo fiel, acima de tudo amigo e obediente. Aquele homem não manda em nada, aquele homem nada possui, aquele homem é acima de tudo um abandonado, porém o seu cão continua aos seus pés, obediente e em contínua lambição, lambe os pés, os dedos, a boca, a pele, lambe o homem, esta é a função milenar do verdadeiro subserviente, motivo mais do que suficiente para que o seu amo se sinta contemplado.

                       O que dizer dos que vivem solitariamente nas grandes mansões, nos casebres, nas ruas, famílias pequenas, filhos sem pais, pais sem filhos, famílias sem crianças, sem netos, sem bisnetos, sem amigos e muitos com sobra do vil metal.

                        Substituindo o humano por animais domésticos, estes animais passam a ser o melhor achado para companhia, o homem conversa com os animais como se estes fossem humanos, partem para verdadeiros bate-papos e os tratam como humanos, dão todas as características, oferecem confortos, problemas psíquicos, orgânicos como também de relacionamentos, levando a estes animais os mesmos trajetos que passam os humanos como: obesidade, psicoses, depressões e uma infinidade de doenças da modernidade, tudo pelo poder sobre aquele subserviente, obediente, amigo e dedicado animal.

                                Tempos atrás a população era rural e abrigava todas as espécies no mesmo espaço, as paredes eram imaginárias e o teto era o céu, os animais domésticos faziam parte da rotina, na caça, no transporte, no trabalho, na segurança, no entretenimento e em todas as suas atividades. O Homem foi se civilizando e para a sobrevivência foi se agrupando em comunidades gerando as grandes aglomerações hoje chamadas de cidades, com ele, um grupo manteve o perfil do sonho do comando, sentiu a necessidade de continuar o sonho da liderança, para a solução nada mais justo do que continuar o relacionamento com os animais domésticos, muitas das suas funções ficaram obsoletas e foram substituídas por outras como entretenimento, companhia e fundo terapêutico.

                             Com este preâmbulo, volto aos animais domésticos principalmente ao cão. Levantamento efetuado nas grandes metrópoles mostrou que para cada 10 humanos existe em média 01 animal doméstico o que corresponde a 10%. Para uma população de 1,0 milhão de habitantes são 100 mil animais, muitos soltos nas artérias e logradouros das cidades. Cada espécie animal é portadora de características peculiares, para se manter viva obedece a determinados parâmetros, cada uma tem uma função bem definida e nada impede que as espécies vivam em harmonia desde quando cada um no seu verdadeiro mundo e não perca os conceitos basilares. A humanização das outras espécies é uma afronta antropológica e sem lógica que muito prejuízo trará a esta civilização, nada impede que vivam no mesmo torrão como espécie diferentes .

                              O Objetivo deste artigo é para se pensar a respeito das doenças pertinentes a cada espécie e que têm a capacidade de migrarem para as outras, tanto do homem para os animais e destes para o homem, as famigeradas zoonoses.

                             Para viver em comunidade os aglomerados humanos tiveram que se submeter a diversos ajustes: instalações elétricas, moradias, drenagens fluviais, aterros sanitários, drenagem dos esgotos e dos dejetos humanos ou restos de alimentos, condição mínima para a não proliferação das doenças peculiares. Para este intento o homem passa por um período de educação e de adaptação ao novo modo de vida, mesmo assim com a falta de recursos, na não aplicação dos poucos existentes nestas infra-estruturas, fica a maior parte da população sem estes serviços vivendo nos bolsões à margem da civilidade, tudo a céu aberto, vulnerável a proliferação de diversas patologias.

                              Agora imagine as conseqüências para os poderes públicos e para a população ao enxergar os animais na ótica dos que não se preocupam, dos que não cuidam, na ótica dos humanos desumanos e que não têm compromisso com a comunidade, sem sombra de dúvidas a maioria. Imagine as conseqüências: se cada animal numa média aritmética produz de 500 a 700gramas de dejetos dia, como não existem sanitários apropriados, como não são escolarizados e mais de 80% despejam nas calçadas, nas ruas, nas avenidas, nos logradouros públicos e os outros 20% são descartados por seus donos nos cestos de lixo, configura uma forte ameaça à saúde de toda a comunidade.

                             O que preocupa é que existe como já mencionado 10 animais para cada 100 habitantes, para uma população de três milhões, são 300 mil animais, chega-se à seguinte conclusão: 


Para cada mil animais são produzidos 700 kilogramas de dejetos dia, para cada 100mil, 70mil kilogramas dia (70 toneladas) e para cada 300mil, 270 toneladas de dejetos pulverizados diariamente na cidade, equivale a 27 caminhões pipas por dia, 810 por mês ,nestes dejetos existem milhares de parasitos, bilhões de bactérias e outros trilhões de vírus que de diversas maneiras contribuem para a proliferação das temidas zoonoses.

Faça uma conta deste volume para uma cidade de 3 milhões de habitantes (300 mil animais) durante 365 dias, assim: 270 toneladas vezes 365 dias dão exatamente 98 mil 550 toneladas de fezes e urina, isto é  9.885 carros pipas de 10 mil kg  por ano. É de assombrar.

                               Como se livrar de tantas patologias,(como exemplo cito a leishimaniose,antes rural ,hoje urbana) se a fonte geradora não pára de crescer, para onde vão os restos placentários após os partos, os animais que vão a óbito e o que se faz com os enfermos portadores de doenças de alto contágio.


A população tem o direito de conhecer, tem o direito de se familiarizar com estes pontos para poder se posicionar e optar em possuir um ser submisso, um ser importante, porém gerador de tantos problemas para a comunidade solucionar, uma vez que os animais vivem confinados nos lares da população, muitas vezes dividindo o mesmo quarto quiçá a mesma cama.

                           Salvador, 20 de agosto de 2001.


                         Iderval Reginaldo Tenório

                                     MÉDICO

TEXTO REGISTRADO

segunda-feira, 18 de abril de 2011

CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ

                                                   
                                                       Cante lá, que eu canto cá             
   Patativa de Assaré/Antônio Gonçalves da       Silva       Do livro: "Cante lá, que Eu       Canto cá", Ed. Vozes, 1978, RJ

Poeta, cantô de rua,                                   
Que na cidade nasceu,                         
Cante a cidade que é sua,                      
Que eu canto o sertão que é meu.

Se aí você teve estudo,                                 
Aqui, Deus me ensinou tudo,
Sem de livro precisá
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá, que eu canto cá.

Você teve inducação,                                    
Aprendeu munta ciença,
Mas das coisa do sertão
Não tem boa esperiença.
Nunca fez uma paioça,
Nunca trabaiou na roça,
Não pode conhecê bem,
Pois nesta penosa vida,
Só quem provou da comida
Sabe o gosto que ela tem.

Sua rima, inda que seja
Bordada de prata e de ôro,
Para a gente sertaneja
É perdido este tesôro.
Com o seu verso bem feito,
Não canta o sertão dereito,
Porque você não conhece
Nossa vida aperreada.
E a dô só é bem cantada,
Cantada por quem padece.

Só canta o sertão dereito,
Com tudo quanto ele tem,
Quem sempre correu estreito,
Sem proteção de ninguém,
Coberto de precisão
Suportando a privação
Com paciença de Jó,
Puxando o cabo da inxada,
Na quebrada e na chapada,
Moiadinho de suó.

Amigo, não tenha quêxa,
Veja que eu tenho razão
Em lhe dizê que não mêxa
Nas coisa do meu sertão.
Pois, se não sabe o colega
De quá manêra se pega
Num ferro pra trabaiá,
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mêxo aí,
Cante lá que eu canto cá.

Repare que a minha vida
É deferente da sua.
A sua rima pulida
Nasceu no salão da rua.
Já eu sou bem deferente,
Meu verso é como a simente
Que nasce inriba do chão;
Não tenho estudo nem arte,
A minha rima faz parte
Das obra da criação.

Mas porém, eu não invejo
O grande tesôro seu,
Os livro do seu colejo,
Onde você aprendeu.
Pra gente aqui sê poeta
E fazê rima compreta,
Não precisa professô;
Basta vê no mês de maio,
Um poema em cada gaio
E um verso em cada fulô.

Seu verso é uma mistura,
É um tá sarapaté,
Que quem tem pôca leitura
Lê, mais não sabe o que é.
Tem tanta coisa incantada,
Tanta deusa, tanta fada,
Tanto mistéro e condão
E ôtros negoço impossive.
Eu canto as coisa visive
Do meu querido sertão.

Canto as fulô e os abróio
Com todas coisa daqui:
Pra toda parte que eu óio
Vejo um verso se bulí.
Se as vêz andando no vale
Atrás de curá meus male
Quero repará pra serra
Assim que eu óio pra cima,
Vejo um divule de rima
Caindo inriba da terra.

Mas tudo é rima rastêra
De fruita de jatobá,
De fôia de gamelêra
E fulô de trapiá,
De canto de passarinho
E da poêra do caminho,
Quando a ventania vem,
Pois você já tá ciente:
Nossa vida é deferente
E nosso verso também. 

Sua vida é divirtida
E a minha é grande pená.
Só numa parte de vida
Nóis dois samo bem iguá:
É no dereito sagrado,
Por Jesus abençoado
Pra consolá nosso pranto,
Conheço e não me confundo
Da coisa mió do mundo
Nóis goza do mesmo tanto.

Eu não posso lhe invejá
Nem você invejá eu,
O que Deus lhe deu por lá,
Aqui Deus também me deu.
Pois minha boa muié,
Me estima com munta fé,
Me abraça, beja e qué bem
E ninguém pode negá
Que das coisa naturá
Tem ela o que a sua tem.

Aqui findo esta verdade
Toda cheia de razão:
Fique na sua cidade
Que eu fico no meu sertão.
Já lhe mostrei um ispeio,
Já lhe dei grande conseio
Que você deve tomá.
Por favô, não mexa aqui,
Que eu também não mêxo aí,
Cante lá que eu canto cá.

domingo, 17 de abril de 2011

ANEDOTAS REAIS DE UM RESIDENTE DE MEDICINA






LAIBOS

1-Estavam os filhos, as netas  , a mãe e alguns convidados num tremendo bate papo, quando a matriarca aos 98 anos de idade para mostrar o bom exemplo para as netas falou.

____Olhem eu nunca coloquei batom nos meus beiços.

O filho mais velho semi-analfabeto e tirado a intelectual num tom esclarecedor disse:

___Mãe, num é beiço não mãe, quem tem beiço é os animá, cavalo e boi, nós humano tem é láibos.



A SESSÃO

2- O meu irmão mais velho era presidente da câmara de Vereadores.
 Na semana da Pátria ao abrir a sessão assim falou.

___Dou por abrida a sessão.

O seu secretário de imediato falou baixinho no seu ouvido.

__Presidente num é abrida não Presidente, é aberta.

O Presidente sem titubear fala em voz alta:

___Ou aberta ou abrida ,a palavra ta dizida.


A PALAVRA

3-Quando o meu irmão era um simples vereador recém eleito pouco falava no plenário.
 A sala onde funcionava não era climatizada e as janelas ficavam abertas nas noites de sessão.

Depois de aberta a sessão o presidente falou:

____Está facultada a palavra .

O meu irmão se levantou e de imediato o presidente falou:

___E o novo vereador Clemente Silva levanta para falar.

Na bucha o vereador Clemente retrucou comprimindo os ombros
 no surrado jaleco de veludo marrom.

___Num quero falar não seu Presidente eu me alevantei foi para fechar a gilena,
pois tá fazendo um frie da gota adonde eu tô.




DONA MARIA




14-No Hospital Roberto , Salvador Bahia, quando Médico Residente de Cirurgia Geral descíamos para o almoço-
 Dona Maria era uma das funcionárias que,  na rampa do restaurante,  colocava os alimentos nas bandejas de aço, utensílios estes  divididos em 04 ou 05 compartimentos.
Neste dia,  seria servido como complemento cubinhos de abóboras, por sinal muito gostosos, principalmente  quando untado na manteiga.
Eu na fila, bandeja na rampa e do outro lado dona Maria, roupa comum , um grande jaleco branco por cima, touca na cabeça, braços curtos, luvas de polietileno incolor e voz estridente.

___Quer abroba dotô Reginaldo, o sinhô quer abroba na manteiga .

Já com a concha cheia de cubinhos a despejar na minha bandeja  .

Na fila muitos residentes, muitas enfermeiras e muitos funcionários à escuta.

Olhei para Dona Maria e respondi num tom de brincadeira.

___Dona Maria na minha terra o Ceará quem come abóbora é porco.

Dona Maria não contou conversas:

___Aqui tumem dotô, aqui tumem,  quer mais um pouco?

E foi assim os melhores dias naquela casa que era uma verdadeira família.




O ESPECIALISTA


15-Era eu o cirurgião Geral do Plantão e chefe de equipe.
Ao chegar na sala da ortopedia, estava deitado na maca  um senhor que beirava os 50 anos, três ortopedistas, dois residentes o R1 e o R2, quatro internos, duas auxiliares de enfermagens.

___Quer que houve aí doutores?

___Esse senhor luxou o braço direito e estamos aqui tentando resolver o caso.

Atlas aberto, desenhos múltiplos sendo discutido por toda a equipe, 
residentes empolgados ,diazepam nos músculos, técnicas aplicadas e todas
 as manobras sem resultados.

Entrei, perguntei pelo seu nome, falei que o cabra era macho, não era como esses frouxas da capital, certifiquei da causa da luxação, conferi  o diagnóstico. era  uma luxação verdadeira. 
O paciente tomou afeição por este cirurgião de plantão, depois de 10 minutos de papo até parecia que já éramos conhecidos de longas datas, falei da vida que levei na lida do campo, nas laçadas  de bois, na amarras de feixes de lenha, dos banhos de rios, das  corridas de cavalos e nas pegas de bezerros bravos nos braços, falei das  nas quedas, dos arrancas as unhas nas capoeiras dos sertões. 
O homem se entusismou. O seu braço luxara pela manha,  quando jogou o laço na pega de uma vaca e no puxão que deu,  a cabeça do úmero saiu de sua cavidade

Pedi licença aos ortopedistas para aplicar a velha manobra aprendida no saudoso  Hospital de Urgência da Bahia- o tradicional HGV, recebi a aprovação de todos.

Expliquei ao paciente a manobra que faria, o paciente concordou , então com voz firme ordenei:

___Fique reto na maca, estique os braços colado ao corpo, vou puxar o braço direito afastando do seu corpo até a sua colocação na cavidade que já expliquei ao senhor,  pode doer um pouco,  mas,  peço para agüentar, vou mandar os meninos segurar a maca e outro segurará o seu tórax.

Tirei o meu querido dokside branco do pé direito, tirei a meia surrada, levantei a minha perna direita e com o dedão maior do pé  na axila do paciente localizei a cabeça do úmero, me pendurei esticando o seu braço  direito como se fosse uma corda, os músculos foram relaxando, relaxando,  até o ponto máximo de afastamento permitido pelo paciente, com uma manobra plácida e certeira , empurrei com o dedão a cabeça do osso na cavidade da omoplata e lá estava a luxação resolvida.

O paciente não contou conversas, levantou, abriu os braços, fez diversas manobras sem dor e abriu o bocão.

____É doutô, esses homens iam me matar, já chega os de Candeias e os de Camaçari que quase arrancam o meu braço, ando a dois dias e sem solução obrigado doutor, obrigado.
 AINDA BEM QUE CHEGOU O ESPECIALISTA.

Foi uma tremenda gargalhada. Tem horas que a tática fala mais alto.

                                Iderval Reginaldo Tenório
                                       Médico Residente R4
                                              1986