terça-feira, 10 de maio de 2011

MÉDICOS NO BRASIL

Médicos reprovados
Os resultados do projeto-piloto criado pelos Ministérios da Saúde e da Educação para validar diplomas de médicos formados no exterior confirmaram os temores das associações médicas brasileiras.
Dos 628 profissionais que se inscreveram para os exames de proficiência e habilitação, 626 foram reprovados e apenas 2 conseguiram autorização para clinicar.
 A maioria dos candidatos se formou em faculdades argentinas, bolivianas e, principalmente, cubanas.
As escolas bolivianas e argentinas de medicina são particulares e os brasileiros que as procuram geralmente não conseguiram ser aprovados nos disputados vestibulares das universidades federais e confessionais do País.
As faculdades cubanas - a mais conhecida é a Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) de Havana - são estatais e seus alunos são escolhidos não por mérito, mas por afinidade ideológica. Os brasileiros que nelas estudam não se submeteram a um processo seletivo, tendo sido indicados por movimentos sociais, organizações não governamentais e partidos políticos.
 Dos 160 brasileiros que obtiveram diploma numa faculdade cubana de medicina, entre 1999 e 2007, 26 foram indicados pelo Movimento dos Sem-Terra (MST). Entre 2007 e 2008, organizações indígenas enviaram para lá 36 jovens índios.
Desde que o PT, o PC do B e o MST passaram a pressionar o governo Lula para facilitar o reconhecimento de diplomas cubanos, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira têm denunciado a má qualidade da maioria das faculdades de medicina da América Latina, alertando que os médicos por elas diplomados não teriam condições de exercer a medicina no País.
As entidades médicas brasileiras também lembram que, dos 298 brasileiros que se formaram na Elam, entre 2005 e 2009, só 25 conseguiram reconhecer o diploma no Brasil e regularizar sua situação profissional.
Por isso, o PT, o PC do B e o MST optaram por defender o reconhecimento automático do diploma, sem precisar passar por exames de habilitação profissional - o que foi vetado pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Médica Brasileira. Para as duas entidades, as faculdades de medicina de Cuba, da Bolívia e do interior da Argentina teriam currículos ultrapassados, estariam tecnologicamente defasadas e não contariam com professores qualificados.
Em resposta, o PT, o PC do B e o MST recorreram a argumentos ideológicos, alegando que o modelo cubano de ensino médico valorizaria a medicina preventiva, voltada mais para a prevenção de doenças entre a população de baixa renda do que para a medicina curativa.
No marketing político cubano, os médicos "curativos" teriam interesse apenas em atender a população dos grandes centros urbanos, não se preocupando com a saúde das chamadas "classes populares".
Entre 2006 e 2007, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara chegou a aprovar um projeto preparado pelas chancelarias do Brasil e de Cuba, permitindo a equivalência automática dos diplomas de medicina expedidos nos dois países, mas os líderes governistas não o levaram a plenário, temendo uma derrota. No ano seguinte, depois de uma viagem a Havana, o ex-presidente Lula pediu uma "solução" para o caso para os Ministérios da Educação e da Saúde. E, em 2009, governo e entidades médicas negociaram o projeto-piloto que foi testado em 2010. Ele prevê uma prova de validação uniforme, preparada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC, e aplicada por todas as universidades.
Por causa do desempenho desastroso dos médicos formados no exterior, o governo - mais uma vez cedendo a pressões políticas e partidárias - pretende modificar a prova de validação, sob o pretexto de "promover ajustes".
 As entidades médicas já perceberam a manobra e afirmam que não faz sentido reduzir o rigor dos exames de proficiência e habilitação.
 Custa crer que setores do MEC continuem insistindo em pôr a ideologia na frente da competência profissional, quando estão em jogo a saúde e a vida de pessoas.
FONTE:
O Estado de S.Paulo
03 de janeiro de 2011

sábado, 7 de maio de 2011

A TERRA E SEUS SEGREDOS

A ARVORE SEQUOIA
A sequoia é um gênero da família Cupressaceae (alguns autores podem ainda classificá-la na família das Taxodiaceae, que, entretanto, foi substancialmente alterada, após novos dados filogenéticos). Em nossos dias contém apenas uma única espécie sobrevivente, a "Sequoia sempervirens", nativa da América do Norte, especialmente na costa oeste dos Estados Unidos onde, na Califórnia, existem exemplares de até 100.025 anos. Uma delas, chamada Hyperion, é a árvore mais alta da Terra, com 115 m de altura.[1]
O nome sequoia também é usado como um termo comum para a subfamília Sequoioideae na qual este gênero é classificado junto com a Sequoiadendron (Sequoia Gigante) e a Metasequoia.
A espécie destaca-se pelo seu grande porte e longevidade. Pode viver por milênios e, neste período, ultrapassar os 100 metros de altura e algumas dezenas de metros de circunferência em sua base. Alguns exemplares nos Estados Unidos possuem troncos de cor avermelhada, tão robustos que permitiram escavar um túnel para a passagem de carros em suas bases. Outra característica da espécie, além do porte, é o tamanho relativamente curto de seus ramos laterais, concentrados na região apical da árvore, e as folhas estreitas distribuídas disticamente no ápice dos ramos.
Tem sido plantada em Portugal e na região Sul do Brasil, principalmente para fins ornamentais.

SEQUOIA GIGANTE

Descrição

A sequoia-gigante é a maior árvore do mundo em termos de volume. Ela cresce em média 50-85 m e 5-7 m em diâmetro. A sequoia-gigante mais velha conhecida possui 4.650 anos de idade e se encontra no Parque Nacional da Sequoia, na Califórnia. Medidas recordes de sequoias como 115 metros de altura e 8 metros de diâmetro já foram reportadas. A casca da sequoia é fibrosa, com sulcos, podendo chegar a 60 cm de grossura na base do tronco. Uma casca assim fornece uma excelente proteção contra fogo. As folhas são como as folhas dos pinheiros, com 3-6 mm, fazendo uma espiral nos brotos. As sementes vêm em cones, e cada cone têm em média 230 sementes de cor marrom-escura, cada uma com 4-5 mm de altura e 1 mm de espessura, possuindo umas "asinhas" marrom-amarelas de 1 mm. As sementes são carregadas pelo vento quando se desprendem do cone.
É considerada um fóssil vivo.
Tem sido plantada no Brasil para fins ornamentais e de adaptação da espécie, já que em seu lugar de origem vem sendo destruída.

o                

terça-feira, 3 de maio de 2011

COMO ACOMPANHAR O BLOG

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JUAZEIRO E A SUA REVISTA

Capital da Fé recebe a Cariri Revista - Do Cariri para o Mundo
 Considerada um oásis no sertão do Ceará, a Região do Cariri contará a partir de maio, com mais um veículo de comunicação: Cariri Revista. O lançamento está marcado para 05 de Maio de 2011, às 19 horas, no Restaurante Marco Pólo, em Juazeiro do Norte; e dia 13 do mesmo mês, no Restaurante Carpen Diem, em Brasília.
 A publicação de 60 páginas, periodicidade bimestral e, tiragem inicial de 30.000 exemplares, tem como Editoras Tuty Osório (Geral), e Cláudia Albuquerque (Texto). O suplemento traz ainda, projeto gráfico de Fernando Brito - premiado em Barcelona como designer gráfico na categoria revista.
 O fundamento da Revista é a cobertura simultânea do que é contemporâneo em outros centros, colocando o Cariri em sintonia com o mundo, trazendo matérias, artigos e colunas produzidas por profissionais de áreas diversas: economia, política, cultura, sociedade, turismo, lazer, saúde e comportamento.
 Direcionada para públicos especiais e formadores de opinião de todas as regiões do Brasil, a Cariri Revista tem como finalidade, promover a região divulgando as conquistas concretas da economia, potencialidades do desenvolvimento, capacidade empreendedora da população, riqueza cultural e, exuberância da natureza.
 Fortalecer a presença do Cariri numa comunidade de leitores qualificados, protagonistas de decisões e de opiniões, também será o foco central da publicação que pretende mostrar ao mundo dos investimentos financeiros e intelectuais, o que é o Cariri - presente e futuro.

 A Distribuição
A Cariri Revista será distribuída de forma estratégica: em aeroportos, principais hotéis e restaurantes da Região do Cariri, Fortaleza, São Paulo e Brasília. Seu mailling institucional contemplará Câmara Federal, Senado, Ministérios, Embaixadas, órgãos públicos, empresas públicas e privadas. Já o mailling para pessoas físicas reunirá dentre os formadores de opinião, jornalistas, publicitários, profissionais liberais, servidores públicos, empresários, políticos e executivos.
 Em Juazeiro do Norte, a Cariri Revista estará presente no Cariri Shopping e nas Faculdades Leão Sampaio, promovendo o intercâmbio de informações, além de divulgar a região, e intensificar o turismo, o comércio e os negócios.
 Como surgiu a Cariri Revista 
 A idéia partiu de dois jovens empresários, Isabela Bezerra (Cearense) e Renato Fernandes (Paulista) que são do segmento de moda. Eles lançaram uma marca de Street Wear em Brasília, e estão no Cariri há dois anos com um magazine de moda feminina, masculina e infantil. 
0s empreendedores de 28 e 27 anos, respectivamente, preocupam-se em trabalhar com produtos de qualidade, e em levar informações fundamentais ao segmento na região. Participam de cursos e palestras, voluntariamente, capacitando profissionais diversos no segmento - modelos, estilistas e confeccionistas.

  O Cariri
 Localizado ao sul do estado do Ceará, a aproximadamente 500 km de Fortaleza, o Cariri abrange uma área de mais de 6.000 km² e inclui 32 municípios. O ambiente difere do típico interior nordestino, tanto por sua ecologia, como pela riqueza cultural. Suas temperaturas amenas tomam o lugar do calor em algumas épocas do ano.
 A Chapada do Araripe, uma formação geológica com aproximadamente 180 km de extensão, abriga a Floresta Nacional do Araripe-Apodi e estende-se numa mancha verde misturada a matizes de cores. Cachoeiras e trilhas convidam aos esportes radicais e aos mais leves.
 Com o solo originário do período Cretáceo, que predominou há 100 milhões de anos, a Chapada abriga um vasto sítio arqueológico com inúmeros fósseis, cavernas e é reduto de animais únicos - entre eles, o Soldadinho-do-Araripe, pássaro em extinção só encontrado na região.
 Literatura, artesanato, artes cênicas, todas as variantes da cultura enchem as ruas e os espaços em datas diversas. A religião é mais do que um calendário de efemérides. Destino de fé, a energia dos peregrinos dá força especial ao Cariri. No aspecto econômico, a região é uma das mais importantes do Nordeste e destaca-se pela riqueza do solo, recursos hídricos e minerais.
 A agricultura é diversificada e proporcionou o desenvolvimento de agroindústrias de derivados da cana-de-açúcar, algodão e couro, além de atividades na metalurgia, ourivesaria, agropecuária orgânica, avicultura, produção têxtil, produção de calçados e de medicamentos.

 As Cidades
Juazeiro do Norte
 Com cerca de 270 mil habitantes, um aeroporto com projeto de expansão, 2 distritos industriais e infra-estrutura desenvolvida, Juazeiro do Norte é a principal cidade da região, a segunda maior do Estado do Ceará, e um dos maiores centros de religiosidade popular da América Latina. Todos os anos, Juazeiro atrai milhões de pessoas pela fé em Padre Cícero, seu fundador, e forte referência religiosa.
 De economia e desenvolvimento crescente, Juazeiro do Norte acumula resultados positivos - obteve em 2008, o 23º maior crescimento de PIB do Nordeste. E, de acordo com o IBGE, em 2009, a cidade cresceu 18,2%. Hoje, com 95% de taxa de urbanização e renda per capita de R$ 4.564,00, a cidade tem no setor industrial 29,9% do seu PIB. No comércio, seu principal setor, o PIB chega a 69,6%.
 Projetos previstos para a região, como a ampliação do aeroporto e a linha férrea ligando o Porto do Suape ao Pecém ampliarão mais ainda as possibilidades crescentes do comércio de Juazeiro do Norte, que está localizado exatamente no centro do nordeste, vantajosamente eqüidistante das capitais, posicionando-a como um entreposto útil aos negócios do semi-árido em crescimento. É a prova viva que a interiorização do desenvolvimento é uma realidade no nosso país.
 Crato
 Palco de lutas libertárias desde o Brasil Colônia e de grande tradição intelectual, o Crato conserva ainda hoje parte de sua arquitetura histórica, além de revelar ruas e praças arborizadas, em harmonia com calçamentos centenários e a Chapada do Araripe no horizonte de todas as suas ladeiras. Segundo dados do IBGE, a urbe de mais de dois séculos tem hoje 121.462 habitantes, com um PIB de 644.522 mil reais. Resultante de uma economia ancorada, principalmente, na produção e comercialização agropecuária, mineração, indústria e turismo. Eventos de porte nacional e internacional, como a EXPOCRATO e o Festival de Artes Cênicas, são uma marca da prosperidade convivente com um ambiente acadêmico vigoroso e uma cultura em constante efervescência.
 Barbalha
 Aliando a modernidade ao cenário do século XIX presente em seu casario, Barbalha integra o trio de cidades líderes da região do Cariri onde todos os municípios mobilizam-se para o crescimento que impacta, fortemente, no equilíbrio imprescindível à nação de destaque que é hoje o Brasil.
 Cariri Revista. O Cariri para o mundo. O mundo para o Cariri.


quinta-feira, 28 de abril de 2011

A PRODUÇÃO AGRICOLA DO BRASIL

NOVO CD DE MESTRE JOÃO SILVA
João Silva é o maior parceiro vivo de Luiz Gonzaga e Severino Januário (irmão do Rei do Baião). No repertório de seu mais novo trabalho constam fonogramas de músicas de sua autoria e interpretadas por ele e pelo Rei do Baião, além do acompanhamento de Severino, um dos maiores instrumentistas brasileiros de sanfona de oito baixos. Também foram gravadas canções inéditas que João Silva compôs para Luiz Gonzaga.

O CD foi patrocinado pelo Governo do Estado de Pernambuco, através do Funcultura. O projeto “João Silva Canta. Mais Gonzaga”, trata da gravação, mixagem e prensagem de CD com 12 faixas de autoria de João Silva e parceiros. João Silva é o homenageado no São João deste ano, pela Prefeitura do Recife. O intuito é registrar, conservar e divulgar a obra desse mestre do forró.

Serviço:
Lançamento do cd João Silva canta Mais Gonzaga
Bar Central (Santo Amaro)
A partir das 19hs.
Entrada gratuita.

A PARCERIA – João Silva foi o mais longevo e profícuo parceiro de Luiz Gonzaga. Deu-lhe a primeira música, Não foi surpresa, em 1964, composta com ninguém menos do que João do Vale, para o LP “Sanfona do Povo”.

Nos idos de 1968 Meu Araripe, outra parceria dos dois amigos, fez retumbante sucesso. Aproveitando, João convidou Gonzaga para “dar uma força” no LP de Severino Januário “Forró Danado”. Naquele registro, cantaram cinco músicas, acompanhados pelo fole de oito baixos do irmão do Rei. Neste memorável CD, ditas canções foram remasterizadas, recebendo ainda o recheio da sanfona do Maestro Genaro e versos adicionais de Mestre João. Em cada uma dessas faixas João Silva dialoga com Seu Luiz e presta honras à sanfona de oito baixos, instrumento que começou o forró e encontra-se em vias de extinção.

Por fim, para completar este magnífico apanhado fonográfico, as cinco últimas canções, também remasterizadas, são grandes sucessos dessa parceria de mais de vinte e cinco anos entre Gonzaga e João, extraídos dos últimos LPs do Rei do Baião e onde cantam juntos, incluindo, ainda, “Forró bom tá é aqui”, uma composição de Genaro e João Silva, cantada por este último no LP “30 Anos de Forró”, de 1987, com a participação especial do mesmo Gonzagão.

SOBRE JOÃO SILVA – João Leocádio da Silva nasceu em Arcoverde (Agreste de Pernambuco), no dia 16 de agosto de 1935. Ele foi um dos maiores e mais expressivos parceiros de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Da união, nasceram músicas como “Danado de bom”, “Nem se despediu de mim”, “Não deixe a tanga voar”, “Sanfoninha choradeira”, além de dezenas de outros sucessos, que ainda animam os mais autênticos shows de forró.

Aos sete anos, João Silva já tocava pandeiro e se apresentava em rádios pelo Sertão. Aos nove anos ganhou um concurso como cantor. Aos dez anos apresentou-se no programa Ademar Paiva, na Rádio Clube de Pernambuco, tocando acordeom. Aos 17, trocou Arcoverde pelo Rio de Janeiro e foi lá que, continuando a compor e fazendo apresentação pelas rádios, conheceu Luiz Gonzaga. Em 1964, Gonzaga gravou pela primeira vez uma música de João Silva: “Não foi surpresa”. Até o fim de sua vida, o Rei do Baião não parou mais de gravar João Silva. Até o fim da parceira, foram registradas 360 co-autorias entre os dois, entre gravações e regravações.

Tem mais de duas mil composições. Entre seus parceiros estão João do Vale, Onildo Almeida, Rosil Cavalcante, Severino Ramos, Bastinho Calixto, Pedro Maranguape, Zé Mocó, Pedro Cruz, Dominguinhos, Sebastião Rodrigues e outros. Entre seus principais sucessos estão "A mulher do sanfoneiro", "Pagode russo", "Meu Araripe", "Uma pra mim outra pra tu" e "Pra não morrer de tristeza", que já teve cerca de 40 gravações. Como produtor, produziu discos de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino e Jackson do Pandeiro, entre outros. Atuou também como arranjador.

Fonte: REVISTA RAIZ




                       A PRODUÇÃO AGRÍCOLA DO BRASIL
                                   Iderval Reginaldo Tenório
           Há muito que as autoridades brasileiras vêm se vangloriando da alta produção de grãos,  carnes , frangos e do ganho na exportação  das grandes potências como dos Estados Unidos .

         Estas notícias muitas vezes  maquiadas pelos órgãos responsáveis têm gerado orgulho à maior parte dos brasileiros e   tirado  a tranqüilidade  de um pequeno grupo que se preocupa com o país.

          Com a globalização, a terra passou a ser um único bloco, subdividida em nações  com leis próprias, dominada por um grupo   chamado  G8 responsável por 80% da riqueza mundial.Com a industrialização não poluente , com o domínio das tecnologias de ponta e de alta complexidade, estas nações comandam as demais   chamadas de periféricas.Dentre estas o BRASIL,  celeiro do mundo.

           Abordando o gigante Brasil  atente para a derrubada desenfreada das florestas , seja para a  produção de carvão ,do papel,de móveis ,para o criatório de bovinos,como para o plantio da  soja exportada in natura para a alimentação dos rebanhos em todo o mundo,sendo nos animais brasileiros exportadas em formas de carnes e agora para a produção dos bio combustíveis.

         Nos últimos 20 anos o país entrou no rol dos países em desenvolvimento,deixando de ser  agrícola familiar(capiau)  passando a ser  do agro-negócio, da agroindústria ,do biogás e da agro -exportação.

         Foram criados à semelhança do rei da juventude e do futebol, o rei do gado,o rei da soja e o rei da devastação,pois para a cultura da soja e da criação do rebanho brasileiro foi necessário a derrubada das matas para o preparo da  terra.Florestas foram devastadas,rios assoreados ,enterrando a fauna e a flora .             
          Milhares de quilômetros de árvores foram substituídos pelas pragas dos capins pangola , braquiara, elefante , búlafo gray e da soja,tudo para a alimentação das máquinas  e dos animais.      

            Aos poucos o homem  farejou a necessidade de produzir mais.Para esta tarefa   em vez de utilizar as terras já cultivadas,passou desenfreadamente , irresponsavelmente a desbravar e devastar novos territórios,passou a explorar as terras ricas e virgens das florestas Tropicais( Amazonas e Pará), dos cerrados goianos e do Brasil Central(Mato Grosso do Norte ,do Sul e Tocantins,), estes rincões passaram a ser campeões de produção de carnes,aves e de grãos..Para isso destroem anualmente florestas milenares, nativas e heterogenias, substituindo por monoculturas oleaginosas,  capins, cana de açúcar  como para o criatório de bovinos e ao cabo de dois a três anos  com a terra exausta,cansada e moribunda abandonam , partem para novos eitos,para novas paragens, assassinando a  natureza devido as toneladas de defensivos, desequilibrando o ecossistema,destruindo a farmacopéia do futuro com a  dizimação de  diversas espécies vegetais ou animais que com certeza farão falta inclusive no campo econômico.A Amazônia é  futuro em tudo. .É assim que se produz muito,é assim que o Brasil é campeão.

          Diferente dos países ricos e desenvolvidos, nestes o governo demarca glebas para a produção de determinados produtos  por um período  de dez a quinze anos  proibindo a monocultura. No fim deste período é tratada e devolvida à natureza com poucas agressões,sendo reutilizadas com novos plantios ou com  reflorestamentos.Estas medidas encarecem a produção,tornando-a não competitiva com aqueles que produzem sucateando o solo,perfil do produtor brasileiro e para se tornarem competitivos ,o governo subsidia peremptória e universalmente grão a grão,gado a gado,com implementos agrícola aos pequenos,com a modernização aos grandes, contribuindo para a sobrevivência do mais importante segmento de uma comunidade que é a produção do pão nosso de cada dia,sustentáculo de toda e qualquer economia. Com esta atitude acaba com o produtor das pequenas nações.Os periféricos.

            De que adianta ser o maior, comprometendo o homem do amanhã, destruindo ,poluindo e eliminando o  manancial, de que adianta ser o maior se os trabalhadores não conseguem visualizarem um mínimo de conforto. Basta vê a questão do açúcar, a câmara internacional do comércio deu ganho ao Brasil em peleja com os EUA, lá os insumos na produção chegam a triplicar os valores dos de cá, pois os seus trabalhadores além do conforto, percebem salários dignos e uma cobertura social invejável como: escola, saúde, transporte e segurança, enquanto os de cá, chamados de bóias-frias, mal conseguem uma má alimentação e trabalham num sistema quase de escravidão. Conseqüentemente os insumos com estes produtos junto aos trabalhadores são quase que nulos, barateando a sua produção, tendo o seu  encarecimento nas altas taxas tributárias , estas, politicamente manipuladas a depender da necessidade e da vontade de exportação.

              Não é vantajoso ser o maior produtor agrícola do mundo, ser o celeiro alimentar ou do bio-combustível  do universo, não é salutar fechar os olhos para dentro e abrir para fora enviando o pão que mataria a fome dos seus filhos, destruindo a terra com todas as suas riquezas.
          Chega de tanto rei, chega de tanta imprudência para com o homem do futuro, o Brasil não precisa morrer para poder sobreviver, é preciso produzir, mas, produzir nas terras agriculturáveis em uso, é preciso reutilizar cada palmo explorado, é preciso um mutirão, um adjunto ,uma corrente na recuperação do solo pátrio.A exaustão do solo com a derrubada das florestas  com o intuito de aumentar a produção de grão e carnes é um suicídio,a próxima geração não perdoará os campeões de hoje .     

          A agricultura industrial é mais do que necessária,porém terá que ser regida por leis severas e duras  na defesa da riqueza natural.Como disse o grande Paraibano compositor e advogado Vital Farias na música-SAGA DA AMAZONIA-“Se a Floresta meu amigo tivesse pernas pra andar,eu garanto meu amigo que com o perigo ela não tinha ficado lá “ .

          Produzir não é destruir e o ato de destruir para produzir  é peculiar dos imediatistas ,dos fracos,dos que têm visão curta,visão do presente sem pensar no futuro,sem pensar nas próximas gerações.             O mundo começou do zero, ninguém conhece o seu futuro, a vida do ser humano é muito curta, deixe a fauna e a flora para os que ainda virão.
 Janeiro de 2008.   Iderval Reginaldo Tenório
        




quarta-feira, 20 de abril de 2011

OS ANIMAIS DOMESTICOS E AS ZOONOSE-MAIS UM GRANDE PROBLEMA PARA SAÚDE PÚBLICA-COMO RESOLVER?CUIDE BEM DOS SEUS ANIMAIS ELES MERECEM RESPEITO E DEDICAÇÃO DOS DONOS.

 Este artigo mostra a importância dos animais domésticos na vida das pessoas ,mostra também o risco e a variedade de doenças que os mesmos trazem na sua existência e faz um alerta para a grande quantidade de  dejetos jogados nas ruas sendo sem dúvidas um grande problema para a saúde pública .Os dejetos são carreados pelas águas  ou secam nas avenidas e ruas ,viram pó e são pulverizados no meio ambiente ,neles os ovos dos parasitas são semeados cotidianamente nos alimentos.Imagine um cidadão se  alimentando na rua ,passa um carro ,sacode a poeira e lá se vão milhares de ovos para a sua merenda,é assim que se adquire vermes e doenças.Dejetos de animais tem que ter o mesmo tratamento dos dejetos humanos,não pode ser despejados diariamente nas ruas. Tenho visto pelas manhãs nas calçadas da cidade centenas de pessoas com os seus animais eliminando os seus dejetos por onde passam.Urge cuidado e compromisso com a sociedade.
Informo que da mesma maneira que  os animais são de suma importância para o homem ,torna-se de suma importância também  o descarte de seus dejetos.     

citarei as sete principais doenças caninas.


As sete principais doenças caninas
         Há sete doenças caninas comuns e potencialmente fatais contra as quais você deve proteger seu cão com vacinas regulares: tosse canina, coronavírus, cinomose, hepatite infecciosa canina, leptospirose, parvovirose e, a mais terrível de todas, a raiva.

         
VIAS DE TRANSMISSÃO 
    A transmissão das zoonoses pode ocorrer através das seguintes vias:
    1 ) TRANSMISSÃO DIRETA: Um hospedeiro vertebrado infectado transmite o parasita a outro hospedeiro vertebrado suscetível através do contato direto. Ex.: a raiva, brucelose, carbúnculo hemático, sarnas, microsporidioses, tricofitoses.
    2) TRANSMISSÃO INDIRETA: Pode ocorrer através de diferentes vias:
    2.1 ) Alimentos - Ex.: leptospirose, botulismo, carbúnculo hemático, brucelose, tuberculose, salmoneloses, teníases, triquinelose.
    2.2) Secreções - Ex.: Raiva, brucelose.
    2.3) Vômitos - Ex.: leptospirose, peste, sarna, brucelose.
    2.4) Artrópodes - Ex.: febre amarela, encefalomielite equina, tifo e peste
.
                                                    Iderval Reginaldo Tenório        


                                        

                                      
     


                       


                                       
                             
                                     


                                      


OS ANIMAIS DOMÉSTICOS E AS ZOONOSES

                      Diversos são os estudos a respeito da melhora da qualidade de vida e de como é boa a convivência com animais domésticos principalmente para as crianças, os idosos, os solitários e alguns portadores de doenças  neurológica ou mental. Comprovado também que o homem é um ser social e procura em algum setor a liderança. Não é a toa que o homem, independente da classe social procura um ser para comandar, seja financeira ou intelectualmente ,na família, na sua ocupação ou na sua comunidade. Exemplo maior é o desejo milenar de possuir um ser vivo eternamente amigo e submisso, elemento este que seja comandado em todas as circunstancias mesmo que seja maltratado ou passando fome não arrede o pé da submissão, veja como os que ocupam as mais baixas camadas sociais se preocupam em possuir um cão amigo, cão este sem pedigree, sem saúde, sem teto, sem comida, mas acima de tudo fiel, acima de tudo amigo e obediente. Aquele homem não manda em nada, aquele homem nada possui, aquele homem é acima de tudo um abandonado, porém o seu cão continua aos seus pés, obediente e em contínua lambição, lambe os pés, os dedos, a boca, a pele, lambe o homem, esta é a função milenar do verdadeiro subserviente, motivo mais do que suficiente para que o seu amo se sinta contemplado.

                       O que dizer dos que vivem solitariamente nas grandes mansões, nos casebres, nas ruas, famílias pequenas, filhos sem pais, pais sem filhos, famílias sem crianças, sem netos, sem bisnetos, sem amigos e muitos com sobra do vil metal.

                        Substituindo o humano por animais domésticos, estes animais passam a ser o melhor achado para companhia, o homem conversa com os animais como se estes fossem humanos, partem para verdadeiros bate-papos e os tratam como humanos, dão todas as características, oferecem confortos, problemas psíquicos, orgânicos como também de relacionamentos, levando a estes animais os mesmos trajetos que passam os humanos como: obesidade, psicoses, depressões e uma infinidade de doenças da modernidade, tudo pelo poder sobre aquele subserviente, obediente, amigo e dedicado animal.

                                Tempos atrás a população era rural e abrigava todas as espécies no mesmo espaço, as paredes eram imaginárias e o teto era o céu, os animais domésticos faziam parte da rotina, na caça, no transporte, no trabalho, na segurança, no entretenimento e em todas as suas atividades. O Homem foi se civilizando e para a sobrevivência foi se agrupando em comunidades gerando as grandes aglomerações hoje chamadas de cidades, com ele, um grupo manteve o perfil do sonho do comando, sentiu a necessidade de continuar o sonho da liderança, para a solução nada mais justo do que continuar o relacionamento com os animais domésticos, muitas das suas funções ficaram obsoletas e foram substituídas por outras como entretenimento, companhia e fundo terapêutico.

                             Com este preâmbulo, volto aos animais domésticos principalmente ao cão. Levantamento efetuado nas grandes metrópoles mostrou que para cada 10 humanos existe em média 01 animal doméstico o que corresponde a 10%. Para uma população de 1,0 milhão de habitantes são 100 mil animais, muitos soltos nas artérias e logradouros das cidades. Cada espécie animal é portadora de características peculiares, para se manter viva obedece a determinados parâmetros, cada uma tem uma função bem definida e nada impede que as espécies vivam em harmonia desde quando cada um no seu verdadeiro mundo e não perca os conceitos basilares. A humanização das outras espécies é uma afronta antropológica e sem lógica que muito prejuízo trará a esta civilização, nada impede que vivam no mesmo torrão como espécie diferentes .

                              O Objetivo deste artigo é para se pensar a respeito das doenças pertinentes a cada espécie e que têm a capacidade de migrarem para as outras, tanto do homem para os animais e destes para o homem, as famigeradas zoonoses.

                             Para viver em comunidade os aglomerados humanos tiveram que se submeter a diversos ajustes: instalações elétricas, moradias, drenagens fluviais, aterros sanitários, drenagem dos esgotos e dos dejetos humanos ou restos de alimentos, condição mínima para a não proliferação das doenças peculiares. Para este intento o homem passa por um período de educação e de adaptação ao novo modo de vida, mesmo assim com a falta de recursos, na não aplicação dos poucos existentes nestas infra-estruturas, fica a maior parte da população sem estes serviços vivendo nos bolsões à margem da civilidade, tudo a céu aberto, vulnerável a proliferação de diversas patologias.

                              Agora imagine as conseqüências para os poderes públicos e para a população ao enxergar os animais na ótica dos que não se preocupam, dos que não cuidam, na ótica dos humanos desumanos e que não têm compromisso com a comunidade, sem sombra de dúvidas a maioria. Imagine as conseqüências: se cada animal numa média aritmética produz de 500 a 700gramas de dejetos dia, como não existem sanitários apropriados, como não são escolarizados e mais de 80% despejam nas calçadas, nas ruas, nas avenidas, nos logradouros públicos e os outros 20% são descartados por seus donos nos cestos de lixo, configura uma forte ameaça à saúde de toda a comunidade.

                             O que preocupa é que existe como já mencionado 10 animais para cada 100 habitantes, para uma população de três milhões, são 300 mil animais, chega-se à seguinte conclusão: 


Para cada mil animais são produzidos 700 kilogramas de dejetos dia, para cada 100mil, 70mil kilogramas dia (70 toneladas) e para cada 300mil, 270 toneladas de dejetos pulverizados diariamente na cidade, equivale a 27 caminhões pipas por dia, 810 por mês ,nestes dejetos existem milhares de parasitos, bilhões de bactérias e outros trilhões de vírus que de diversas maneiras contribuem para a proliferação das temidas zoonoses.

Faça uma conta deste volume para uma cidade de 3 milhões de habitantes (300 mil animais) durante 365 dias, assim: 270 toneladas vezes 365 dias dão exatamente 98 mil 550 toneladas de fezes e urina, isto é  9.885 carros pipas de 10 mil kg  por ano. É de assombrar.

                               Como se livrar de tantas patologias,(como exemplo cito a leishimaniose,antes rural ,hoje urbana) se a fonte geradora não pára de crescer, para onde vão os restos placentários após os partos, os animais que vão a óbito e o que se faz com os enfermos portadores de doenças de alto contágio.


A população tem o direito de conhecer, tem o direito de se familiarizar com estes pontos para poder se posicionar e optar em possuir um ser submisso, um ser importante, porém gerador de tantos problemas para a comunidade solucionar, uma vez que os animais vivem confinados nos lares da população, muitas vezes dividindo o mesmo quarto quiçá a mesma cama.

                           Salvador, 20 de agosto de 2001.


                         Iderval Reginaldo Tenório

                                     MÉDICO

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