quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Síndrome de Brugada: o que é, sintomas e como é feito o tratamento

Síndrome de Brugada: o que é, sintomas e como é feito o tratamento




Síndrome de Brugada: o que é, sintomas e como é feito o tratamento

A síndrome de Brugada é uma doença cardíaca rara e hereditária caracterizada pela alteração da atividade do coração que pode causar sintomas como tontura, desmaios e dificuldade para respirar, além de ocasionar morte súbita nos casos mais graves. Essa síndrome é mais comum nos homens e pode acontecer em qualquer momento da vida. 


A síndrome de Brugada não possui cura, no entanto pode ser tratada de acordo com a gravidade e normalmente evolve o implante de um cardiodesfibrilador, que é um aparelho responsável por monitorar e corrigir os batimentos cardíacos quando há morte súbita, por exemplo. A síndrome de Brugada é identificada pelo cardiologista através do eletrocardiograma, mas também podem ser feitos testes genéticos para verificar se a pessoa é portadora da mutação responsável pela doença. 
Síndrome de Brugada: o que é, sintomas e como é feito o tratamento

Sinais e sintomas

A síndrome de Brugada normalmente não apresenta sintomas, no entanto, é comum que a pessoa portadora dessa síndrome tenha episódios de tonturas, desmaios ou dificuldade para respirar. Além disso, é característica dessa síndrome a ocorrência de um quadro grave de arritmia, em que o coração pode bater mais lento, fora do ritmo ou mais rápido, que geralmente é o que acontece. Se essa situação não for tratada, pode levar à morte súbita, que é uma condição caracterizada pela falta de bombeamento de sangue para o corpo, levando ao desmaio e ausência de pulso e respiração. 

Como identificar 

A síndrome de Brugada é mais frequente nos homens adultos, mas pode acontecer em qualquer momento da vida e pode ser identificada através de:
  • Eletrocardiograma (ECG), em que o médico irá avaliar a atividade elétrica do coração por meio da interpretação de gráficos gerados pelo aparelho, podendo ser verificado o ritmo e a quantidade de batimentos do coração. A síndrome de Brugada possui três perfis no ECG, porém há um perfil mais frequente e que pode fechar o diagnóstico dessa síndrome. Entenda para que serve e como é feito o eletrocardiograma. 
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  • Estimulação por medicamentos, em que há o uso pelo paciente de um medicamento capaz de alterar a atividade do coração, o que pode ser percebido por meio do eletrocardiograma. Normalmente o medicamento utilizado pelo cardiologista é a Ajmalina.
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  • Testes ou aconselhamento genético, pois por se tratar de uma doença hereditária, é muito provável que a mutação responsável pela síndrome estejam presentes no DNA, podendo ser identificados por meio de testes moleculares específicos. Além disso, pode ser feito um aconselhamento genético, em que é verificada a chance de desenvolvimento da doença. 
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  • Veja para que serve o aconselhamento genético. 
A síndrome de Brugada não tem cura, é uma condição genética e hereditária, porém há formas de prevenir o aparecimento, como evitar o uso de álcool e de medicamentos que possam levar à arritmia, por exemplo. 

Como é feito o tratamento

Quando a pessoa apresenta elevado risco de morte súbita, normalmente é recomendado pelo médico a colocação de um cardiodesfibrilador implantável (CDI), que é um aparelho implantado sob a pele responsável por monitorar os ritmos cardíacos e estimular a atividade cardíaca quando esta está prejudicada.

Nos casos mais leves, em que a chance de morte súbita é baixa, pode ser indicado pelo médico o uso de medicamentos, como a quinidina, por exemplo, que tem como função bloquear alguns vasos do coração e diminuir o número de contrações, sendo útil para o tratamento de arritmias, por exemplo. 


Brugada
DR BRUGADA
Foto: Divulgação
O cardiologista espanhol Josep Brugada, uma das maiores autoridades em arritmia cardíaca do mundo, estará no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), no dia 8 de abril, para tratar um jovem com o problema cardíaco. Ele utilizará sua técnica num procedimento de ablação por cateter para corrigir uma arritmia refratária ao tratamento medicamentoso. O eletrofisiologista Carlos Kalil e sua equipe acompanharão o procedimento. O médico do HSL diz que é uma honra para a instituição receber o profissional, que formou centenas de especialistas em seu centro de formação e descreveu, junto com seus irmãos, a doença que leva seu nome, a Síndrome de Brugada. A arritmia hereditária, que tem maior prevalência em homens jovens, pode causar morte súbita.
Kalil destaca que Brugada é reconhecido por seus ensinamentos sobre como identificar a doença e como tratar uma arritmia de forma definitiva. “Essa maneira fácil de interpretar o eletrocardiograma ajudou pessoas no mundo todo a se protegerem”, destaca o eletrofisiologista. Recentemente, o cardiologista espanhol desenvolveu um tratamento para a síndrome que permite curá-la. O tema estará em debate no Simpósio Internacional Dr. Josep Brugada, que ocorre em Porto Alegre hoje e amanhã. Kalil é um dos organizadores do evento, realizado no Instituto Ling.
O médico espanhol é diretor médico do Hospital Clínic, chefe do Serviço de Arritmias do Hospital Pediátrico Sant Joan de Déu e professor da Universidade de Barcelona. Também realiza trabalhos humanitários, principalmente na África, atendendo jovens.

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