sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Vumbora pai, injeção dói. Os domingos de suturas de um Residente de Cirurgia

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e barba
 

 A sabedoria das crianças  e o  Residente de cirurgia(R1).

Beneficência, benevolência, ética e autonomia, as quatros pilastras no exercício da Medicina.

Zezinho foi um  médico residente de cirurgia geral,  do ano 1982 a 1985, hoje beira os  70 anos de idade e 41   de exercício profissional. A sua atividade, neste período, era atender na emergência casos clínicos e cirúrgicos, apenas atender clinicamente sob a suspervisão dos seus preceptores. 

No primeiro ano, a  função de um residente é aplicar o acolhimento, o lado filosófico, social e ético,  auxiliar na terapêutica cirúrgica  e realizar pequenos procedimentos, os mais frequentes são as suturas.

 O neófito médico faz  um mergulho ético e científico na prática e na aplicação das técnicas   no bojo da medicina. A residência não é um curso de imersão, é um congresso de aprendizado, cidadania, amor, e compaixão.

                            O que é um Médico Residente 

Um  Médico Residente é aquele médico, geralmente  recém formado, que faz um concurso para a área que deseja exercer na vida profissional, a este programa dar-se o nome de pós graduação. R1 no primeiro ano, R2 no segundo e R3 no terceiro.

São dois ou três  anos  na área preferida: Cirurgia Geral, Clínica Médica, Pediatria, Psiquiatria, Oftalmologia, Ginecologia e Obstetricia, Neurologia, Ortopedica e Traumatologia, Radiologia  e as demais especialidades. São 55 especialidades médicas e 61 áreas de atuação na Medicina

Terminada esta fase, complementa por mais um ou dois anos numa área mais específica, dentro da escolhida: Cirurgia plástica, Cirurgia Gástrica, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Torácica, Cardiologia, Retinologia, Pneumologia, Urologia, Endocrinologia,  Cirurgia de coluna, de joelho, de mão   e assim  para as demais  especialidades. 

O Médico Residente, literalmente,  já é médico, possui a sua licença para atuar e  é responsável pelos atos executados, não é considerado um estudante, apesar de ser. Tem como preceptores, em hospitais credenciados e de grandes portes,   médicos  experientes, bem  graduados e de comprovado saber.

  Rotina de um Residente de Cirurgia, segundo  o R1 Zezinho 

Conta Zezinho que o residente de cirurgia  praticamente mora no hospital, quando  é interessado e comprometido,  o médico titular, o preceptor;  avalia silenciosamente a sua capacidade. 

Obtendo boas notas, na consciência dos professores,  em  conhecimentos, coragem, interatividade, consciência, organização, liderança, ética,  decisão e equilíbrio,  são designadas pelo chefe da residência   outras  atividades.

Além das  suturas simples, são permitidas suturas mais complexas,  drenagens de abscessos e incisões na abertura de abdome,  pois incisões torácicas são de alta complexidade. 

Nas cirurgias do abdome, notadamente  nas apendicectomias,  frequentes em todas as idade, o R1 faz cuidadosamente a incisão da pele e da aponeurose, afasta os músculos e chega ao peritônio, daí ele não passa. O R2 toma o bisturi, abre o peritônio, vizualiza o ceco, localiza o apendice cecal, analisa a anatomia regional e  realiza o procedimento final: a exérese do apêndice.     Lavada e revisada a cavidade abdminal, o R1 pode assumir.  Com a orientação do R2,  sutura o peritornio, os músculos, a aponeurose e  a pele, isto é,  fecha o paciente.  Sómente no segundo semestre da residência e com muita dedicação, será permitido  realizar este tipo de cirurgia do início até o final, sempre  com a supervisão de toda a equipe, notadamente nos casos patognomônicos e de fácil acesso. Neste dia ele não dorme direito, conta para os pais, colegas, namorada,   parentes  e sonha com aquela sua façanha, é um ato inesquecível. 

O forte dos R1, logo no primeiro semestre, são as suturas, mesmo porque,  apesar de recém formados, são professores dos internos do 5º e 6º ano de medicina, geralmente pousam de catedátricos. É notório que todos os recém formados pensam que sabe  de tudo, quando na verdade não sabe de nada. Aliás, do ser humano, a ciência médica não conhece nem 10%, só depois de anos de profissão, o médico  começa a entender a complexidade do ser humano e a certeza de que, enquanto mais estuda, percebe que sabe muito pouco, continua sendo um aprendiz, notadamente no lado humanitário, uma vez ques as máquinas e a inteligência artifical afastam a propedêutica do seu domínio e associam-se à terapêutica com  precisão robótica.

A maior glória do primeiro ano da residência médica   é entrar nas grandes cirurgias da emergência  e nas complicadas cirurgias com os grande cirurgiões do hospital, os famosos medalhões. Estas   cirurgias são marcadas com antecedencia; têm dia, hora,  nomes dos residentes e do cirurgião titular para serem realizadas. Os pacientes são internados na Clínica Cirurgica ou na Clínica Médica e são  chamadas de cirurgias eletivas. Estes procedimentos seguem um rito sagrado: consultas no ambulatório ou na própria enfermaria e interconsultas com outras especialidades, principalmente quando oriundos de hospitais menores. São realizados  exames diversos, discussões e debates esclarecedores que culminam com o veredicto sobre o caso: qual a patologia e suas complicações, qual o prodedimento, a técnica  e até a tática  a serem  empregadas. 

Fala Zezinho que tem cirurgias que só podem ser realizadas num hospital escola  devido as suas  complexidades. Estes grandes procedimentos ficam impreganados na mente dos Médicos Residentes por toda a sua vida profissional, até chegarem os cabelos brancos e o peso da idade. São pautas   para grandes  debates  entre os médicos por muitos anos e citações em quase todos os encontros oficiais nos quais participam, transportando-os para o início da carreira em mil novecentos  e tantos, quando achavam que sabia de tudo. Muitos choram, silenciosamente, quando reletam numa roda de colegas.

Numa residência,  o R1 é o destaque de toda a equipe, é ele o dono do paciente; tendo como superiores o R2, o R3, o Preceptor e o chefe da enfermaria continua sendo o dono do paciente. Obdece a todos, todavia continua sendo o dono do enfermo e o providenciador de todas as suas necessidades, é o elo entre o paciente e todos os profissionais que atuam no hospital. Para o enfermo é o seu deus. O R1 é incasável, acolhe todos os funcionários hospital, é acessível, prestativo e  disposto a ouvir toda a comunidade. 

No segundo semestre do primeiro ano, junto aos R2, R3 e ao preceptor, opera do início ao fim algumas cirurgias, notadamente apendicectomias, drenagens de abcessos cutâneos e a retirada de pequenos lipomas, jamais poderá colocar um paciente na sala  sem  estes orientadores. 

Na medicina a hierarquia dos conhecimentos é seguida com muito rigor e responsabilidades, mestre é mestre, e um grande mestre é chamado  de  PROFESSOR, um espelho para todos.

Zezinho relembra um fato acontecido num dos seus plantões.

Relatou, todo compenetrado,  que num domingo ensolarado,  encontrava-se na sala de sutura, pois  naquele dia foi escalado  para realizar todas as suturas que chegassem à emergencia, salvo as mais sérias que eram da alçada do R2 ou do médico plantonista.

Informou que no período da manhã o plantão era  calmo, porém depois das 16h começavam a chegar crianças com suturas a serem realizadas, nestes horários os pais voltavam dos sítios, cháscaras ou dos programas de entretenimentos, geralmente das praias.

O Zezinho antes da sutura, conversava com a criança e  explicava o que ia fazer. Usava uma tática de persuazão e depois aplicava a técnica cirúrgica, sempre respeitando a idade, o comportamento e o tipo de lesão.  Ao lado,  um dos pais, geralmente o pai.

Nunca dizia que não iria doer, não mentia para os pacientes mirins. Informava que iria colocar o corte para dormir e numa interatividade infantil  a enaltecer a coragem do pequeno, entrava em ação. Pegava uma pequena seringa   sem agulha, enchia de lidocaína e gotejava no ferimento, o paciente nada sentia, muitas vezes colocava a própria criança para gotejar.  O sorriso de felicidade, segurança  e de surpresa chegava aos olhos do perplexo paciente. Depois desta fase, pegava outra seringa, também pequena, com a menor agulha da casa, geralmente a usada para aplicar insulina. Explicava que o corte estava sonhando e roncando de tanto dormir, e não queria ouvir zoada para não acordar. Injetava o anestésico nas bordas do ferimento, de dentro para fora,  e pronto, o corte dormia em berço explêndido.  Em  seguida com fios  adequados e com a menor agulha terminava a sutura, a criança sempre a sorrir. Claro que algumas eram mais difíceis, todavia com jeito tudo saia bem. As crianças são inteligentes e gostam de interatividades. Ao lado dos pais sentem-se seguras e protegidas.

O grande problema era na hora de voltar para casa, a hora da alta. As crianças observavam todos os trâmites dos procedimentos. Ao final o residente elaborava um receita de benzetacil de 600.000 unidades e uma dose de vacina antitetânica, era a rotina pós sutura. 

Na sala das injeções, que ficava  ao lado da de sutura, o clima era outro. Crianças chorando,  uma  técnica de enfermagem com uma seringa cheia de um leite branco, a benzetacil, agulha grossa  e com diligência na aplicação,  para a penicilina benzatina   não coagular e entupir a agulha. No outro canto da sala,   outra técnica de enfermagem  segurando uma seringa com a vacina contra o tétano para ser aplicada em seguida, muitas vezes até os pais choravam ao afagarem  o filho ou a filha.  

Zezinho fazia questão de retirar os pontos sete dias depois no seu ambulatório, nem todos os residentes faziam isto.  Neste dia sabia de todo o acontecido na sala das injeções e os comentários dos colegas da sua escola.  As crianças riam ao encontrar o seu amigo cirurgião que fez o seu corte dormir e sonhar.  Abraços efusivos, chuvas de alegrias  e  os presentes  eram frequentes.

Conta Zezinho, que uma das crianças, de três anos de idade,  muito atenciosa, observadora e esperta, acompanhando o  modos operandi dos procedimentos anteriores sem perder uma das fases,  no final  de sua  sutura e prevendo que também iria fazer a profilaxia do tétano, na sala do choro, agarrou a mão do pai, puxou para fora da sala e de imediato, compenetradamente,  falou: 

" vumbora pai, vumbora pai,  se não esta mulher vai aplicar injeção e  dói muito pai, vumbora!".

 Assim terminou mais uma tarde de suturas no cotidiano do R1 de cirurgia geral,  o Dr. Zezinho.

Iderval Reginaldo Tenório 


Alucinação - Fotografia 3x4
YouTube Volta Belchior
12 de jan. de 2014

Apenas Um Rapaz Latino Americano - YouTube

www.youtube.com › watch
Provided to YouTube by Universal Music Group Apenas Um Rapaz Latino Americano · Belchior Alucinacao ℗ 1976 Universal Music Ltda Released on: ...
YouTube · Belchior - Topic · 21 de jul. de 2018
 

 

 

domingo, 20 de agosto de 2023

Cólera na Bahia-(CIPRIANO BETÂMIO) CIDADE DE SANTO AMARO 1855

 

                    Pode ser uma imagem de 2 pessoas          

  Conheça a história de Santo Amaro da  Purificação, a epidemia de Cólera na Bahia  e na cidade do reconcavo Santo Amaro da Purificação. Conheça a história   do Médico Dr CIPRIANO BARBOZA BETÂMIO, uma das vítimas da epidemia . 

O brasileiro precisa saber deste episódio que ceifou muitas vidas da cidade.

 20 de Agosto de 2023

Iderval Reginaldo Tenório

                            CIPRIANO BARBOZA BETÂMIO (CIPRIANO BETÂMIO)

CIPRIANO BARBOZA BETÂMIO

(CIPRIANO BETÂMIO)

 

CÓLERA MÓRBUS

Médicos Ilustres da Bahia e de Sergipe: AVULSO- EPISÓDIOS DA MEDICINA BAIANA

 

Nasceu em Salvador, em 3 de março de 1818, sendo seus pais Jerônimo Barbosa e Cristódia Maria Pires.

Aos vinte e três de idade, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia, pela qual foi diplomado em 1847.

Exercendo a clínica como modesto profissional, e dirigiu um pequeno colégio, até 1855.

Em agosto daquele ano, irrompeu no Brasil, grave epidemia de cólera morbus, a qual alastrou-se rapidamente por quase todas as províncias do país.

Na Bahia, a situação mais grave era a de Santo Amaro da Purificação. “Serpenteando a capital, zigzagueando pelo sertão, pelo Recôncavo, pelo interior, a epidemia em pouco se alastrou, de modo a tornar temerosos todos os ânimos, todas as almas aflitas” (Sá).

O governo tomou as providências cabíveis, mas a terrível doença, em meados de agosto, ameaçava de extinção Santo Amaro e redondezas.

O pânico dominou todos os habitantes. Os médicos negaram seus serviços, as autoridades desertaram seus postos, os escravos fugiram apavorados, os engenhos de açúcar fecharam suas portas, os maridos largaram as mulheres, os pais abandonaram os filhos e os cadáveres, às centenas, ficaram amontoados nas ruas.

Ao tomar saber do sofrimento daquele povo preso ao pavor coletivo, apresentou-se espontaneamente ao presidente da província, para prestar seus serviços profissionais, o Dr. Cipriano Betâmio, médico que não exercia nenhuma função pública.

Ao comparecer diante do presidente, disse :

Senhor Presidente, fique certo que vou trabalhar sem descanso, vou tomar a dianteira dos trabalhos mais arriscados; não me lembrarei de minha vida, nado exijo em recompensa de meus sacrifícios, se o puder vencer, mas se sucumbir, V. Exa. e o governo olhem para meus filhos” (Ibidem).

Nomeado, seguiu Betâmio a 29 de agosto para Santo Amaro, acompanhado de dois colegas.

Ao despedir-se de sua esposa e filhos, Cipriano, exclamou, emocionado: “Felismina, até a volta, se não for torta !”

No dia seguinte à sua chegada, tomou a jurisdição policial da cidade e, com apenas três escravos, iniciou a exumação de, aproximadamente, trezentos cadáveres, amontoados nas ruas da cidade.

A luta contra a cólera continuou renhida, do amanhecer ao por do sol.  Os recursos eram exaustos; a higiene, precária; a água, quase não existia; os mortos, incontáveis;  comércio, fechado; a cidade, despovoada.

Afinal, depois de uma semana de luta terrível, faleceu em Santo Amaro, às quatro e meia da tarde de 5 de setembro de 1855, Cipriano Barboza Betâmio.

Cumprida a sua colheita, a cólera havia ceifado mais de quarenta mil baianos, dos quais cinco mil, em Santo Amaro!

O Imperador, concedeu, para a viúva e filhos, uma pensão anual de um conto e seiscentos mil reis.

Indaga o Dr. Irabussu Rocha: “Não será Cipriano Betâmio digno de ser considerado o exemplo, o paradigma, o herói, o primeiro dos sanitaristas brasileiros?” ( 2 )

 

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

1.     Novaes, Menandro – Cipriano Barbosa Betâmio. A Purificação de um Apóstolo, Mártir e Herói. Anais da Academia de Medicina da Bahia, Volume III, junho de 1981.

     2.  Rocha, Irabussu – Disponível em http://www.google.com.br/search?h l=pt- BR&lr=lang_pt&q=cipriano+barboza+betamio&start=0&sa=N.

          Acesso em 24 de janeiro de 2009.

3. Sá Menezes, Jayme – Na Senda da História e das Letras. Salador,     1994

 


História – Santo Amaro (BA)

A atual cidade de Santo Amaro, na Bahia, surgiu em 1557 e cresceu à margem do Rio Taripe, nas proximidades do mar. Ali viveram os primeiros colonizadores portugueses, entre eles o major João Ferreira de Araújo e membros da família Dias Adorno. Anos mais tarde, os jesuítas do Colégio de Santo Antão de Lisboa se fixaram à margem do rio Traripe e fundaram uma capela, sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário. Ao redor da capela e nas terras vizinhas cresceu o povoado. 

Antes de firmarem o seu domínio na região, os colonizadores travaram sucessivas batalhas com os índios Tupinambá, antigos habitantes das margens dos rios Sergi-Mirim e Subaé.  Apesar dos conflitos ocorridos no início da ocupação desse território, mais tarde, os Tupinambá colaboraram e participaram do estabelecimento da povoação de Nossa Senhora da Purificação e Santo Amaro. Esses índios - segundo o estudo Povos Indígenas no Sul da Bahia (Museu do Índio/Funai – 2002) -, habitavam a região que abrange os atuais municípios acima de Salvador, as terras ao redor da Baía de Todos os Santos e uma grande área do atual Estado da Bahia. 

Os engenhos do Recôncavo Baiano - A economia do município esteve vinculada - entre o século XVI e as primeiras décadas do século XX - à cultura da cana-de-açúcar: em 1757 existiam 61 engenhos funcionando na região. Durante o século XVII, intensificou-se a colonização, com a criação de sesmarias (lotes de terra que a Coroa Portuguesa cedia a um sesmeiro/agricultor). A região se transformou em uma grande produtora de cana, fumo e mandioca, com o surgimento de engenhos e casas de farinha. 

No século XIX, duas vias terrestres que interligavam o Brasil e atravessavam os sertões, pelo Maranhão e Minas Gerais, tinham a vila de Santo Amaro como entroncamento. Isto possibilitou que o local funcionasse como um importante entreposto comercial e principal porto açucareiro do Recôncavo Baiano. Além a importância econômica, oriunda dos engenhos de cana-de-açúcar, a população local e seus governantes participaram ativamente da vida política do Brasil (Revolução dos Alfaiates, Sabinada, Guerra do Paraguai e Independência do Brasil) organizando batalhões, fornecendo soldados e suprimentos. Em 1837, a vila foi elevada à categoria de cidade com o nome Leal Cidade de Santo Amaro.

A navegação a vapor regular, entre Santo Amaro e Salvador, começou a ser feita em 1847. O aumento das viagens e do fluxo de visitantes trouxe, também, uma epidemia de cólera que dizimou mais de metade de sua população, em 1855. No século XX, foram implantadas novas culturas (dendê, cacau e bambu) e instaladas indústrias metalúrgicas, açucareiras, papeleiras e de óleos vegetais, entretanto essas atividades não se consolidaram. Atualmente, uma das principais fontes de renda do município é o turismo. 

 

SAIBA O QUE GEOGRAFICAMENTE É COMPOSTA A REGIÃO DO RECÔNCAVO DA BAHIA

Geograficamente, o Recôncavo Baiano inclui a Região Metropolitana de Salvador, onde está a capital do estado da Bahia, Salvador, e outras cidades circundantes à Baía de Todos-os-Santos, entre elas, as de maior representatividade histórica e econômica são: Santo Antônio de Jesus, Santo Amaro, Amargosa, Nazaré, Salinas da Margarida, Cachoeira, Jaguaripe,[1] São Félix, Castro Alves, Maragojipe e Cruz das Almas.[2] Entretanto, o termo Recôncavo é constantemente utilizado para referir-se às cidades próximas à Baía de Todos-os-Santos, limitando-se ao interior, ou seja, excetuando-se a capital do estado, Salvador, no limite norte.