quinta-feira, 23 de junho de 2022

A Volta da Asa Branca / Asa Branca - Nonato Luiz

A Volta da Asa Branca , do médico pernambucano  Zé Dantas e Luiz Gonzaga  e a Asa Branca do advogado cearense Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga . Dois hinos do Nordeste Brasileiro sob a batuta de um dos ícones do violão brasileiro de todos os tempos, o cearense de Lavras da Mangabeira, Nonato Luiz, eita Nordeste macho. Juntar Luiz, Zé , Humberto e Nonato  só pode ser um milagre  .

 Iderval Reginaldo Tenório

Barragens no Sertão Baiano! Conheça Ceraíma e Poço do Magro, em Guanambi.

Conheçam e se emocionem com uma breve história da Cidade de Guanambi na Bahia .

Achei um espetáculo e de grande valor conhecer.

Matéria do Matheus Boa Sorte 

 Iderval Reginaldo Tenório

Em Guanambi, na Serra Geral baiana, se localizam duas importantes barragens: Ceraíma e Poço Magro, responsáveis pelo abastecimento de água e irrigação de pequenas lavouras, e relevante opção de lazer aos moradores locais. 

Matheus Boa Sorte

 

Iderval Reginaldo Tenório

MÉDICOS E AUTORIDADES LEIAM ESTA MATERIA.O USO POLÍTICO DA VARÍOLA: EPIDEMIA, IMPRENSA E ...

 Amigos , esta matéria é de suma importância para todos os seres humanos, precisamente para todos os médicos . Conhecer a história das epidemias nas suas regiões é dever de cada médico deste país. Conheçam as mazelas de uma epidemia em 13 páginas. 

Varíola 1918 a 1920, precisamente em Salvador , Bahia .

Iderval Reginaldo Tenório

 Da varíola à covid-19, a história dos movimentos antivacina pelo mundo -  BBC News Brasil

Da varíola ao coronavírus. Exclusão, ignorância e estigma social - IFCH

A epidemia de “gripe espanhola” na Bahia (1918)

 Vacina contra a varíola - Clube da Química

O USO POLÍTICO DA VARÍOLA: EPIDEMIA, IMPRENSA E ...

PDF
GOVERNAMENTAL EM SALVADOR, BAHIA, 1919. Esdras Santos Oliveira1. Uma violenta epidemia de varíola assolou a cidade de Salvador em 1919. De junho a.

 

Brasil 82 - O time que perdeu a Copa e conquistou o mundo

Assistam e escutem na voz do Falcão o espertáculo da SELEÇÃO BRASILEIRA DE 1982.  Foi a campeã insdicutível, porém não trouxe a Taça, todos os atletas mereciam o Título, a orquestra tinha o comando de um dos mais comprometido treinador do Mundo Telê. Telê Santana da Silva (Itabirito, 26 de julho de 1931 — Belo Horizonte, 21 de abril de 2006) foi um dos mais importantes treinadores e jogadores da história

Escutem a narração do  Roberto Falcão . Repassem para todos os brasileiros . O país está passando por momentos de lama política de todos os lados e tendencias , nós não merecemos estes momentos de agruras . Só se fala em corrupção desde 1996, o país está em frangalhos, uma colcha de retalhos, um país dividido e com as extremas raivosas, caninas  e irracionais.    

Lavem a alma com este resumo do Roberto Falcao e  mostrem aos filhos, aos colegas , a todos os seus amigos e conhecidos ,  lavem a Alma.  

A juventude precisa conhecer estes brasileiros  que deram sangue, alma e respeito ao país. Avante.

Iderval Reginaldo Tenório

Nem se despediu de mim - Luiz Gonzaga - YouTube

Nem Se Despediu de Mim Luíz Gonzaga 
Composição: 
 Luiz Gonzaga e João Silva   
 Porque é São João e em 1982 também.
 

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Tema da Quadrilha- Irmã Dulce dos Pobre. Secretária de Cultura de Uruburetama interrompe apresentação de quadrilha alegando ser "macumba"

 

 Secretária de Cultura de Uruburetama interrompe apresentação de quadrilha alegando ser "macumba" quando um grupo de moças vestidas de Baiana.  

Tema da Quadrilha- Irmã Dulce  Santa dos Pobres.

Fernanda Mara Carneiro, atual secretária de Cultura da Cidade, interrompeu a apresentação da quadrilha "Trem Maluco"

A secretária de Turismo e Cultura do Município de Uruburetama, Fernanda Carneiro, interrompeu a apresentação da quadrilha "Trem Maluco", no último domingo, 19, alegando se tratar de "macumba". O tema da quadrilha era sobre a história de vida de santa Dulce dos Pobres, também conhecida como Irmã Dulce, da Bahia. 

Ao observar que havia uma ala de baianas, a gestora, segundo um dos organizadores do evento, mandou parar a apresentação. "Dizendo que era uma falta de respeito trazer macumba para dentro de uma festa religiosa". Segundo o organizador, que preferiu não se identificar, um dos integrantes da quadrilha tentou acalmá-la, mas sem sucesso. "Ela ficou dizendo que queria que parasse, pois quem mandava ali era ela", disse.

"Um grupo de praticantes de religiões afro-brasileiras lá de Uruburetama nos contatou e disse que já tinha sido vítima de preconceitos como esse outras vezes. Foi uma situação muito grave e que deixou, sim, marcas muito negativas", relatou o membro da quadrilha.

Mesmo com a interrupção, o evento não parou. Ao final da apresentação, os donos da quadrilha tentaram explicar o tema da dança ao público, mas foram novamente restringidos. Segundo o organizador, não existem registros audiovisuais do momento, pois a própria secretária teria pedido para apagar.

Nota de repúdio

Em suas redes sociais, a junina Trem Maluco (@juninatremmaluco) publicou uma nota de repúdio (nota na íntegra abaixo) às ações da secretária. "As religiões de matrizes africanas são parte da nossa história e da nossa cultura, precisamos entender e respeitar assim como qualquer outra prática, basta de toda ignorância e intolerância", afirmou.

A Prefeitura de Uruburetama também emitiu uma nota de desculpas em que solicita uma conversa com o grupo que faz parte da organização da quadrilha para "amenizar o desconforto entre as partes envolvidas direta e indiretamente".

Nota de repúdio da junina Trem Maluco:


"A lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela lei 9.459, de 15 de maio de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões. Com base nisso, não aceitaremos nenhum tipo de ofensa ao nosso trabalho, repudiamos todo o ocorrido na cidade Uruburetama e ficamos muito mais tristes em saber que isso partiu das nossas próprias autoridades da cidade, as religiões de matrizes africanas são parte da nossa história e da nossa cultura, precisamos entender e respeitar assim como qualquer outra prática, basta de toda ignorância e intolerância. Nada justifica tamanha falta de respeito com nossos membros e com o público presente que presenciou toda cena lamentável. Estamos contando a história de Santa Dulce, e tudo que é abordado fez parte de sua vida, no mais, um bom dia a todos"


Leia mais em: https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/uruburetama/2022/06/21/secretaria-de-cultura-de-uruburetama-interrompe-apresentacao-de-quadrilha-alegando-ser-macumba.html
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terça-feira, 21 de junho de 2022

LIVROS. Wilton Bezerra lança suas "Crônicas e Causos", dia 1º DE JULHO .

 

 

LIVROS. Wilton Bezerra lança suas "Crônicas e Causos", dia 1º DE JULHO .

 Na estrada há 54 anos - Wilton Bezerra - Diário do Nordeste

LIVROS. Wilton Bezerra lança suas "Crônicas e Causos", dia 1º

O radialista é o pobre 

mais alegre que existe"

(Wilton Bezerra)
Quem tem histórico de rádio, vez por outra, se vê às voltas com cobranças para contar sua vida no "sem fio", relatar passagens importantes de sua carreira em um livro que enseje o registro de sua atividade profissional. O comentarista esportivo Wilton Bezerra, pelo que parece, não foge à regra. Amigos insistiram para que ele seguisse esse caminho e ele já anuncia o lançamento.

Trata-se de uma obra reunindo "Crônicas e Causos" - e ele deve ter uma lista enorme para dividir com seus fãs e amigos - cujo lançamento será no dia 1º de julho, no Cantinho do Frango, na rua Torres Câmara.

Wilton, um dos mais benquistos profissionais da área, reuniu na obra relatos que havia feitos em jornais /ou postadas no Facebook.

"O conteúdo das crônicas é singelo", diz ele com modéstia. Na verdade, é livro de autor, que costuma contar estórias, desde a infância do autor, da trajetória profissional, do futebol e das dimensões do cotidiano.

"Através de programas esportivos, ou não, sempre cultivamos o hábito de contar a vida de forma divertida e bem humorada", explica o autor, que tem um nome respeitado pela eticidade que testifica sua vida profissional. 

É dele a frase: "O radialista é o pobre mais alegre que existe", elencando outras tiradas irreverentes que a maneira sensata de levar a vida tem marcado a experiência radiofônica. 

Fãs, colegas e amigos estamos intimidados a marcar presença no lançamento. 


SERVIÇO

Livro: "Wilton Bezerra - Crônicas e Causos"
Prefácio:  professor Renato Casemiro
Lançamento: Dia 1º de julho
Local: Casa do Frango, na Torres Câmara
Horário: 19 horas 


 

 

 

LIVROS. Wilton Bezerra lança suas "Crônicas e Causos", dia 1º

O radialista é o pobre 

mais alegre que existe"

(Wilton Bezerra)

 

Quem tem histórico de rádio, vez por outra, se vê às voltas com cobranças para contar sua vida no "sem fio", relatar passagens importantes de sua carreira em um livro que enseje o registro de sua atividade profissional. O comentarista esportivo Wilton Bezerra, pelo que parece, não foge à regra. Amigos insistiram para que ele seguisse esse caminho e ele já anuncia o lançamento.

Trata-se de uma obra reunindo "Crônicas e Causos" - e ele deve ter uma lista enorme para dividir com seus fãs e amigos - cujo lançamento será no dia 1º de julho, no Cantinho do Frango, na rua Torres Câmara.

Wilton, um dos mais benquistos profissionais da área, reuniu na obra relatos que havia feitos em jornais /ou postadas no Facebook.

"O conteúdo das crônicas é singelo", diz ele com modéstia. Na verdade, é livro de autor, que costuma contar estórias, desde a infância do autor, da trajetória profissional, do futebol e das dimensões do cotidiano.

"Através de programas esportivos, ou não, sempre cultivamos o hábito de contar a vida de forma divertida e bem humorada", explica o autor, que tem um nome respeitado pela eticidade que testifica sua vida profissional. 

É dele a frase: "O radialista é o pobre mais alegre que existe", elencando outras tiradas irreverentes que a maneira sensata de levar a vida tem marcado a experiência radiofônica. 

Fãs, colegas e amigos estamos intimidados a marcar presença no lançamento. 

SERVIÇO

Livro: "Wilton Bezerra - Crônicas e Causos"
Prefácio:  professor Renato Casemiro
Lançamento: Dia 1º de julho
Local: Casa do Frango, na Torres Câmara
Horário: 19 horas 


 

LIVROS. Wilton Bezerra lança suas "Crônicas e Causos", dia 1º DE JULHO .

 Na estrada há 54 anos - Wilton Bezerra - Diário do Nordeste

LIVROS. Wilton Bezerra lança suas "Crônicas e Causos", dia 1º

O radialista é o pobre 

mais alegre que existe"

(Wilton Bezerra)

 

Quem tem histórico de rádio, vez por outra, se vê às voltas com cobranças para contar sua vida no "sem fio", relatar passagens importantes de sua carreira em um livro que enseje o registro de sua atividade profissional. O comentarista esportivo Wilton Bezerra, pelo que parece, não foge à regra. Amigos insistiram para que ele seguisse esse caminho e ele já anuncia o lançamento.

Trata-se de uma obra reunindo "Crônicas e Causos" - e ele deve ter uma lista enorme para dividir com seus fãs e amigos - cujo lançamento será no dia 1º de julho, no Cantinho do Frango, na rua Torres Câmara.

Wilton, um dos mais benquistos profissionais da área, reuniu na obra relatos que havia feitos em jornais /ou postadas no Facebook.

"O conteúdo das crônicas é singelo", diz ele com modéstia. Na verdade, é livro de autor, que costuma contar estórias, desde a infância do autor, da trajetória profissional, do futebol e das dimensões do cotidiano.

"Através de programas esportivos, ou não, sempre cultivamos o hábito de contar a vida de forma divertida e bem humorada", explica o autor, que tem um nome respeitado pela eticidade que testifica sua vida profissional. 

É dele a frase: "O radialista é o pobre mais alegre que existe", elencando outras tiradas irreverentes que a maneira sensata de levar a vida tem marcado a experiência radiofônica. 

Fãs, colegas e amigos estamos intimidados a marcar presença no lançamento. 

SERVIÇO

Livro: "Wilton Bezerra - Crônicas e Causos"
Prefácio:  professor Renato Casemiro
Lançamento: Dia 1º de julho
Local: Casa do Frango, na Torres Câmara
Horário: 19 horas 


domingo, 19 de junho de 2022

Encantado trem, Letra de Dr Ildo Simões Ramos e música de Diogo Simões

Dr. Ildo Simões , hoje com 86 anos de idade e gozando saúde.

É poeta clássico,  cantor, cordelista, cronista  e contista de primeira , é um literato.

Nascido na cidade de Itabuna Bahia 

Formado pela Faculdade de Medicina da Ufba.

Foi presidente da Sobrames por dois mandatos.

Participou   de quase todas as diretorias enquanto a Sociedade funcionou .

O Dr. Ildo Simões é um patrimônio e uma lenda viva da Bahia.

Autor de artigos para os jornais da Bahia, do Sindicato, da Associação  de Medicina da Bahia e para a Revista do Conselho Regional de Medicina , livros , diversas coletâneas . É um grande organizador de concursos literários , eventos culturais , um grande orientador e  um crítico de valor.

É um  baluarte .

Tem diversas músicas , esta,  Encantado Trem,  foi gravada por um artista que mora no exterior , o seu sobrinho Diogo Rammos .  Faz sucesso na Europa.  

Escutem.

Iderval Reginaldo Tenório

20 de Junho de 2022

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Dr. Ildo Simões lança livro sobre a terceira idade

22 de janeiro de 2016

Ao longo da sua experiência, Dr. Ildo Simões, médico fiscal do Conselho Regional de Medicina do Estado Bahia (Cremeb), coleciona histórias e poesias sobre a vida. E é através desse conhecimento que ele reúne suas crônicas e poesias em um livro chamado “A idade do Co(m)dor”. São 20 textos sobre a terceira idade, escritos de forma leve e com uma pitada de bom humor.

A obra, cuja primeira tiragem foi de mil exemplares, foi apresentada aos funcionários do Cremeb, no último dia 11, na sede da instituição. Na oportundiade, Dr. Ildo Simões presenteou a todos com um exemplar autografado. “A idade do Co(m)dor” já tinha sido lançado na sede do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), no dia 12 de dezembro de 2015. A publicação está sendo distribuída gratuitamente pelo próprio autor.

De acordo com Dr. Ildo Simões, que atua no Cremeb há 20 anos, esse projeto é uma satisfação pessoal. “Ao longo da minha experiência de vida venho recolhendo histórias e, com isso, tenho muito prazer em poder expandir meu trabalho com os colegas junto ao estímulo pelo gosto da leitura”, resumiu o médico fiscal.

A MULHER AMAZONA DA CHAPADA DO ARARIPE- DONA DUZINHA

 Amazonas Maravilhosas – As outras guerreiras da cultura pop! – Formiga  Elétrica

Princesa Tatiana Constantinovna numa sela lateral montada em um jumento  virada para a esquerda, em 1902. Ela está segurando… | Grand duke, Romanov,  Tsar nicholas ii
Qualidade do Jumentos - Jumentos e Muares Online
 
Alcoutim Livre: Mulheres que viravam o mundo do avesso!
Doma natural de cavalos - 5 passos para encilhar o equino | Artigos |  Cursos a Distância CPT
HISTÓRIAS  DA CHAPADA DO ARARIPE.
DONA DUZINHA 
 
CAPITULO I
I
          Dezembro de 1954, o país em frangalhos, o mais popular de todos os presidentes, o Getúlio Vargas,    cometera suicídio no mês de agosto, o Tancredo Neves renuciára ao ministério da Justiça e  passou a ser oposição ao   Café Filho, o vice que assumira a presidência.  
 
             A elite atropelava a nação com os seus caprichos e em todos os recantos grassavam as doenças, a fome, o crime organizado e o abandono dos pobres. A atenção estava virada para os desentendimentos políticos e a eleição de Juscelino Kubistchek dali a dez meses, outubro de 1955.

         Sofriam os Estados  mais pobres, notadamente do norte e nordeste, aqueles que não possuíam infra estruturas, os  mais distantes da capital , o Rio de Janeiro. A malária, a febre amarela, a dengue ,  mazelas virais e bacterianas    matavam nos rincões do  norte,  nordeste , Brasil central , nas zonas rurais de  São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas, Paraná e Rio de Janeiro mesmo sendo  Estados ricos.
II
          Zé Manoel,  um pequeno produtor rural, nascido nas alagoas,  morava no topo da Chapada do Araripe  divisa do Ceará com Pernambuco, hoje patrimônio Nacional.  Orientado pelo Padre Cícero   vivia da lavoura do feijão ,  fava ,  milho,  batata doce,   mandioca, da criação de  bovinos pé duro ,  porcos,  bodes, carneiros,  cavalos ,  jumentos,  galinhas d'angola , carijó e  perus. 

Era um trabalhador incansável, inteligente e muito diligente.  Num raio de vinte  quilômetros  era quem comandava,  e ao mesmo tempo o intermediário daquele povo com os centros urbanos; Crato, Bodocó e Exu  na venda da lavoura de subsistência.

          Pioneiro em quase tudo, do motor a gasolina para a produção da farinha , modernizando os aviamentos,  ao primeiro  caminhão.  O primeiro carro de passeio,  bicicletas e o primeiro   rádio daquele sertão.  Foi mestre na construção de estradas  ,  era quem abastecia a região de gasolina e querosene , foi  o responsável por introduzir os utensílios domésticos e tudo que se consumia na região. 
 
            Incentivou as famílias  a comprarem casas no Exu, Poço Verde, Bodocó, Ouricuri, Araripe, Crato Juazeiro do Norte, Caruaru e Petrolina com a finalidade de colocar os jovens na Escola, aqueles que não tinham condições recebiam   a sua ajuda,  muitos foram beneficiados.

           Era um incansável visionário e futurista, dizia que só a educação poderia salvar os mais pobres e assim se pronunciava para todos os habitantes da Chapada do Araripe com muita ênfase. 
 
“No  futuro a força muscular não terá mais valor, quem vai comandar  é o cérebro.  As maiores ferramentas  serão os lápis, as canetas, os  livros e os    cadernos.  Pegar peso, carregar sacos, tijolos, lenhas, areias, arar a terra , inclusive plantar e colher  serão tarefas para as máquinas . O cérebro será o senhor todo poderoso para a humanidade, quem quiser viver bem e melhor terá que estudar, o mundo está mudando”
Zé Manoel .
 
          Instituiu e aplicou a reforma agrária na região , antecipando os poderes públicos.  Doou terras aos mais próximos e aos seus melhores trabalhadores, nunca negou o fornecimento da maior dádiva da natureza, a  água potável  dos seus barreiros e reservas.  
 
         Zé Manoel  um baluarte alagoano  deste sofrido Brasil.  Só quem com ele conviveu sabe das suas ações, muitos foram os seus legados, o principal,  o gosto contumaz pela educação dos habitantes da serra do Araripe.

III
          Dezembro de 1954,  a malária grassava no Estado do Maranhão, o Zé Manoel recebera uma inusitada carta escrita três meses antes, datada do mês de outubro,  no conturbado início do governo  Café Filho, um dos desafetos do Getúlio Vargas. 

“ Compadre Zé, acuda nós, a doença aqui está matando os homens, morre gente como morre passarinho,  ajuda nós, se não nós vamos morrer de fome ou de malária, o governo não sabe o que fazer, não existe ricurso, não tem escola, agasalhos  e falta o pão, falta a dignidade , só existe fome e sofrimento” 
                                                                   
  Assina: Maria Duzinha.

        Maria Duzinha era casada com o irmão mais velho da esposa do Zé Manoel, o sr.  Ginaldo, homem probo, trabalhador e um dos mais respeitados da região. Nos idos dos anos 40, no pós seca de 1937,  deixou a sua região nas Alagoas, Palmeiras dos Índios, e foi escapar no Maranhão.  Levou seis filhos e lá nasceram mais cinco, com a morte do Getúlio e a crise no  país vinheram   as dificuldades, a  Maria  Duzinha pediu socorro ao cunhado que não arredara das orientações do Patriarca do Juazeiro do Norte , o Padre Cícero Romão Batista. 

          O Zé Manoel  não perdeu tempo , foi diligente.  Comprou mais um pedaço de serra , pura mata,  levantou casa , construiu  barreiro, chiqueiros, comprou   alguns porcos,  cabras de leite,  dois ou três jegues de carga, plantou roças de feijão, milho, favas , andu e mandiocas,  pegou o seu caminhão Chevrolet  e mandou buscar a família da comadre Duzinha,  doou a terra com as suas benfeitorias. Por mais de um ano , depois do regresso de toda a familia,  ficaram morando na casa do Zé Manoel .

          A Serra do Araripe  ganhou a sua amazonas, a sua casa passou a ser o ponto de encontro dominical para todos da familia  . Durante muitos anos  Dona Duzinha passou a ser a mais enérgica mulher da Chapada , num raio de quarenta  quilômetros foi a maior e mais importante  amansadeira de burros e cavalos bravos   . 
 
        Apesar de ser os seus filhos exímios amansadores , era a matriarca a preferida, principalmente  quando os animais eram encomendados  para transportarem mulheres, crianças e noivas nos dias de casamentos.  
 
        Diziam os contratantes que os animais que Dona Duzinha amansava eram mais obedientes, delicados, mansos, conheciam o aveludamento das vozes e os agudos estrogênicos das mulheres  . Os animais   respeitavam as mulheres , as crianças e as noivas.

         Dona Duzinha era dura e exigente , porém delicada, mansa, compreensiva e respeitada, era uma dama , era a mais temida mulher da redondeza.  Em pouco tempo assumira as rédeas da casa,  o seu esposo falecera logo  ao chegar do Maranhão  .
 
IV
          Zé Manoel ,  a sua esposa  e   Maria Duzinha fazem parte da vida de todos os serranos.  Bucho cheio , respeito coletivo e o incentivo à educação eram os alicerces para vencer as agruras da vida sem se esquecer  das enxadas,  enxadecos,  cavadores, foices, roçadeiras ,  facões ,  machados, pés de cabras na estica do arame , cangalhas ,  caçuás,  ancoretas  e dos cambitos na lida diária no transporte da mandioca, farinha,  água  e da lenha .

           A união  familiar do Zé Manoel e  de sua esposa   com a   Maria Duzinha, a amazonas da Serra do Araripe,   fez a diferença,  constituindo o maior laço familiar  de toda  a Chapada. A luta foi árdua , dura  e desgastante, porém profícua.
 
Valeu a pena e como valeu.

 
Iderval Reginaldo Tenório


MEU ARARIPE
-DE JOÃO SILVA COM LUIZ GONZAGA , 1968-

Luiz Gonzaga - Meu Araripe - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=mVFAJWJFTi0
24 de fev de 2016 - Vídeo enviado por Geylsson Ylsson
Música do CD: Luiz Gonzaga – 50 Anos de Chão. ... Luiz Gonzaga - Meu Araripe. Geylsson Ylsson ...

Meu Araripe - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=TrXCDamaYD4
18 de mar de 2012 - Vídeo enviado por apfrezende G
Música Me