segunda-feira, 28 de agosto de 2017

O PORQUÊ QUE A BARRAGEM DE MARIANA ROMPEU

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O PORQUÊ  QUE A BARRAGEM DE MARIANA ROMPEU

POSTERGAÇÃO E SOLUÇÃO PARA A BARRAGEM DE MARIANA
Brasileiros esta postergação com a Empresa Samarco com o rompimento da Barragem do Fundão em Mariana ou Represa de Mariana   tem como fundo um complicado crime cometido por um explorador de commodities acumpliciado pelo Governo Federal. 
Nos últimos 14 anos , o Governo Federal com a sua política equivocada fechou o Parque Industrial Brasileiro, é este o setor que gera riquezas , que gera divisas com a exportação dos produtos acabados e com agregação de valores utilizando a sagrada matéria prima existente na nação.
Como o mesmo governo incrementou as despesas em todos os setores , com exceção da Saúde Nacional e da Educação Básica Fundamental de Qualidade e incrementou irresponsavelmente o setor consumo, um adendo ( o setor consumo só é bom para uma nação,  quando os produtos consumidos são fabricados dentro do país , uma vez importados em mais de 60% é uma das maneiras de enviar dólares para os países exportadores, os países produtores , no Brasil tudo que o brasileiro consome vem de fora, da caneta ao veículo , com esta medida só existia uma solução para manter a entrada de dólares e este consumo doentio, vender as commodities) , o caminho encontrado pelos gestores.
Com a queda dos preços destas matérias in natura, o governo desesperadamente chamou os exploradores de commodities do mundo todo, dos alimentos aos minerais, e disse:
“Derrubem as matas para produzir carne e soja, destruam e esburaquem as serras, os morros e os vales , dinamitem as jazidas para produzir os minerais, vamos consumir o Brasil, vamos mandá-lo em grandes navios para o resto do mundo , principalmente para a China, está aí a vontade do governo Chinês em aumentar o calado dos nossos portos apenas com a finalidade dos seus cestos , dos seus balaios ficarem maiores, isto é,  para que os seus navios levem mais ferro e outros minerais, o negócio é baratearem o frete, a nossa meta é exportar o máximo de commodities, só assim manteremos esta nação sem indústrias, sem escola básica fundamental de qualidade e sedenta pelo consumo, adestradamente ensinada pelo Governo Federal, o lema é se endividar, é perder a vergonha , é perder a cidadania, é baixar a cabeça e ficar refém da vontade de cada um, compre tudo e mais alguma coisa , o negócio é manter o comercio.os serviços  e enviar divisas para os produtores internacionais, as nações exportadoras, quase tudo é : FABRICADO EM ... OU IMPORTADO POR ...
Isto foi um Crime Coletivo, os produtores de commodities , verdadeiros extrativistas foram paus mandados,daí esta demora em encontrar uma solução.
Vamos salva o Brasil.
Iderval Reginaldo Tenório

ELIANA PITTMAN ESSE MAR É MEU - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=45J4efcUUeo
13 de nov de 2010 - Vídeo enviado por Alves Junior Oficial Siga Me
Curta Nossa Fan Page Clique No link https://www.facebook.com/alvisjuniorr... Eliana Leite da Silva ...

João Nogueira - "Das 200 pra lá" ("Esse mar é meu") - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=LSWujh8PQfQ
15 de jun de 2008 - Vídeo enviado por calulinho
João Nogueira canta "Das 200 pra lá" no programa "Sambão" (apresentado por Elizeth Cardoso) da TV ...

Presença de Camilo na caravana de Lula pelo Ceará ainda é incerta




DEU ÁGUA NO BARCO DO EX-PRESIDENTE,
OS MARINHEIROS QUE SABE NADAR ESTÃO PULANDO NO MAR

Presença de Camilo na caravana de Lula pelo Ceará ainda é incerta

Embora De Assis Diniz e José Guimarães afirmem que o governador participará, a assessoria não confirmou a agenda até ontem à noite

01:30 | 28/08/2017

Carava do ex-presidente Lula já passou por seis estados do Nordeste e chega nesta terça-feira ao Ceará RICARDO STUCKERT/INSTITUTO LULA
Carava do ex-presidente Lula já passou por seis estados do Nordeste e chega nesta terça-feira ao Ceará RICARDO STUCKERT/INSTITUTO LULA
O ex-presidente Lula (PT) chega ao Ceará amanhã, iniciando caravana pelo Estado no município de Quixeré, localizado no Vale do Jaguaribe. Até quarta-feira, 30, ele fará paradas em pelo menos quatro cidades cearenses e passará por outras nove no trajeto. Presença de Camilo Santana (PT) ainda não é certa porque, embora líderes petistas deem como certa sua participação, a assessoria do governador não confirmou agenda até a noite de ontem.

De acordo com De Assis Diniz, presidente do PT no Ceará, Camilo se encontrará com Lula amanhã em Mossoró, de onde seguirá para Quixeré e acompanhará comitiva até quarta-feira. “Ele fica os dois dias, na entrada e na saída (da caravana), a informação acertada é essa”, afirma De Assis.
O deputado federal José Guimarães, um dos organizadores do evento pela Executiva Nacional do PT, não só confirmou a presença de Camilo como informou que ele é voz garantida no palco dos atos que serão realizados todos os dias. “Ele participará com certeza”, disse. Desde a última sexta-feira, porém, a assessoria de Camilo informa que agenda ainda não está fechada. 


Se Camilo não participar de nenhum ato, ele será o primeiro governador a não receber, ao menos até agora, o ex-presidente na caravana. Lula já passou por Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. A presença de Camilo também sinalizaria um apoio a Lula nas eleições de 2018, contrariando tendência de defesa do nome do aliado, o ex-governador Ciro Gomes (PDT), ao cargo.
 Eleições
De Assis nega caráter eleitoreiro da caravana. Segundo ele, o objetivo dos eventos é “dialogar sobre esse momento tão complexo e delicado da vida política e econômica do Brasil, com a retirada de direitos, a extinção de programas que tiveram importância na vida do homem e da mulher do campo”, além de dar “esperança” à população do Nordeste.


“Nós não estamos nenhum pouco preocupados com a eleição do Lula. O que nós precisamos fazer é garantir que, neste momento, haverá resistência e luta. Não podemos discutir 2018 quando o Brasil está sendo esfacelado”, completou.
Guimarães defende o mesmo ponto. De acordo com ele, além de a caravana representar um “reencontro” de Lula com a região e permitir um diálogo de Lula com os moradores, ela também servirá para o ex-presidente “defender a inocência dele nesse processo em que tentam impedir sua candidatura”.


Durante os dois dias, Lula fará paradas para atos públicos em quatro cidades: Quixeré (Posto do Capricho), Morada Nova (Posto do Ubiratan), Quixadá (Praça José de Barros) e Crato (Centro de Convenções do Cariri). Nesta última, ele receberá a Medalha Bárbara de Alencar e o título de doutor honoris causa da Universidade Regional do Cariri (Urca), além do título de cidadania de alguns municípios da região.

Clementina de Jesus - "Marinheiro Só" (1982) - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=RQMBOlzajEg
8 de nov de 2008 - Vídeo enviado por calulinho
Clementina de Jesus canta "Marinheiro Só" (tradicional) no Teatro Municipal de São Paulo em 1982.

Clementina de Jesus Marinheiro Só - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=oTK5furuNIk
15 de set de 2009 - Vídeo enviado por wjmattos1
50 videos Play all Top Tracks - Clementina de JesusClementina de Jesus - Topic · O CANTO DOS ESCRAVOS ...

Clementina de Jesus – Marinheiro Só - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=cYqJbRpueEI
15 de set de 2014 - Vídeo enviado por BATUKILIN BRASIL
Clementina de Jesus - "Marinheiro Só" (1982) - Duration: 2:22. calulinho 946,115 views · 2:22 ...

domingo, 27 de agosto de 2017

A violência , a desonestidade politica, o patrocinio dos poderosos economicos, as mazelas estruturais inter classes sociais, a subserviencia por interesse e o populismo, configuram o fermento para que os mandantes se mantenham no poder e inibam a participação daqueles que pensam numa nação democrática para todos.

A violência , a desonestidade politica, o patrocinio dos poderosos economicos, as mazelas estruturais inter classes sociais, a subserviencia por interesse e o populismo configuram o fermento para que os mandantes se mantenham no poder e inibam a participação daqueles que pensam numa nação democrática para todos.

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 A VIOLÊNCIA ,  A DESONESTIDADE POLITICA, O PATROCINIO DOS PODEROSOS ECONOMICOS, AS  MAZELAS ESTRUTURAIS INTER CLASSES SOCIAIS, A SUBSERVIENCIA POR INTERESSE E O POPULISMO CONFIGURAM  O FERMENTO PARA QUE OS MANDANTES  SE  MANTENHAM NO PODER E INIBAM A PARTICIPAÇÃO DAQUELES  QUE PENSAM NUMA  NAÇÃO DEMOCRÁTICA  PARA TODOS.



A violência é o fruto da falta do ensino fundamental de qualidade para toda a juventude, fruto do abandono da juventude das classes sociais mais baixas, do consumismo doentio implantado pelo governo  populista,  fruto da segregação racial e econômica camuflada por manobras politicamente corretas,isto é: falar o que o eleitor quer ouvir, prometer a concretizar os sonhos irrealizáveis da população , dividir uma ínfima parte das propinas desviadas para alguns segmentos da sociedade, tudo com finalidade puramente eleitoreira e para o domínio de feudos , fruto  da queda dos empregos no setor produtivo, as indústrias, tudo isso alimentado pelo mau exemplo dado com a corrupção praticada pelos políticos e pelos gestores  que ocuparam  o poder , que partidarizaram as estatais,  ocupando as suas diretorias politicamente,   visando a implantação dos propinodutos  ,  pelos políticos  que se locupletaram com os grandes empresários principalmente nestes  últimos 15 anos, pelos gestores que banalizaram o ensino superior abrindo faculdades em todos os rincões da nação, verdadeiras fábricas de desempregados de formação duvidosa, todas  pagas pelo erário publico em vez de investir na Escola Publica de Curso Superior de Qualidade.  Tudo isso junto   poderia ter  gerado esta violência brutal e que jamais será sanada com o modus operandi do governo atual  , prendendo e matando os infratores, todos ou        quase todos frutos do descaso com a educação nestas últimas três décadas.
A solução é educar todas as crianças de todas as classes sociais  a partir desta data, do zero aos dezoitos anos,  educar com um ensino fundamental e técnico de qualidade e com isonomia entre as classes, mesmo assim serão necessários 20 anos para  esta correção.
Vamos educar os nossos jovens,  para que não sejam presas fáceis para os recrutadores do mal, para o poder marginal da sociedade , para o governo paralelo dos guetos e dos palacianos, das periferias e dos centros, dos lambaris e dos tubarões, dos que obedecem e dos que mandam, vamos implantar um Brasil para todos.

A VIOLÊNCIA , A DESONESTIDADE POLITICA, O PATROCINIO DOS PODEROSOS ECONOMICOS, AS MAZELAS ESTRUTURAIS INTER CLASSES SOCIAIS, A SUBSERVIENCIA POR INTERESSE E O POPULISMO, CONFIGURAM O FERMENTO PARA QUE OS MANDANTES SE MANTENHAM NO PODER E INIBAM A PARTICIPAÇÃO DAQUELES QUE PENSAM NUMA NAÇÃO DEMOCRÁTICA PARA TODOS.


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 A VIOLÊNCIA ,  A DESONESTIDADE POLITICA, O PATROCINIO DOS PODEROSOS ECONOMICOS, AS  MAZELAS ESTRUTURAIS INTER CLASSES SOCIAIS, A SUBSERVIENCIA POR INTERESSE E O POPULISMO  CONFIGURAM  O FERMENTO PARA QUE OS MANDANTES  SE  MANTENHAM NO PODER E INIBAM A PARTICIPAÇÃO DAQUELES  QUE PENSAM NUMA  NAÇÃO DEMOCRÁTICA  PARA TODOS.



A violência é o fruto da falta do ensino fundamental de qualidade para toda a juventude, fruto do abandono da juventude das classes sociais mais baixas, do consumismo doentio implantado pelo governo  populista,  fruto da segregação racial e econômica camuflada por manobras politicamente corretas,isto é: falar o que o eleitor quer ouvir, prometer a concretizar os sonhos irrealizáveis da população , dividir uma ínfima parte das propinas desviadas para alguns segmentos da sociedade, tudo com finalidade puramente eleitoreira e para o domínio de feudos , fruto  da queda dos empregos no setor produtivo, as indústrias, tudo isso alimentado pelo mau exemplo dado com a corrupção praticada pelos políticos e pelos gestores  que ocuparam  o poder , que partidarizaram as estatais,  ocupando as suas diretorias politicamente,   visando a implantação dos propinodutos  ,  pelos políticos  que se locupletaram com os grandes empresários principalmente nestes  últimos 15 anos, pelos gestores que banalizaram o ensino superior abrindo faculdades em todos os rincões da nação, verdadeiras fábricas de desempregados de formação duvidosa, todas  pagas pelo erário publico em vez de investir na Escola Publica de Curso Superior de Qualidade.  Tudo isso junto   poderia ter  gerado esta violência brutal e que jamais será sanada com o modus operandi do governo atual  , prendendo e matando os infratores, todos ou        quase todos frutos do descaso com a educação nestas últimas três décadas.

A solução é educar todas as crianças de todas as classes sociais  a partir desta data, do zero aos dezoitos anos,  educar com um ensino fundamental e técnico de qualidade e com isonomia entre as classes, mesmo assim serão necessários 20 anos para  esta correção.
Vamos educar os nossos jovens,  para que não sejam presas fáceis para os recrutadores do mal, para o poder marginal da sociedade , para o governo paralelo dos guetos e dos palacianos, das periferias e dos centros, dos lambaris e dos tubarões, dos que obedecem e dos que mandam, vamos implantar um Brasil para todos.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Cursos de medicina sem estrutura crescem e chegam a custar R$ 11 mil




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Cursos de medicina sem estrutura crescem e chegam a custar R$ 11 mil

Dados do Conselho Federal de Medicina mostram que nenhuma faculdade de medicina do país tirou a nota máxima na última avaliação do Inep.

Que médicos estão sendo formados pelas faculdades de medicina? Um levantamento inédito do Conselho Federal de Medicina mostrou que elas viraram um balcão de negócios. A qualidade do ensino fica em segundo plano. O Fantástico percorreu o país e encontrou escolas sem nenhuma estrutura para formar um médico. E até estudantes atendendo pacientes sozinhos, sem a supervisão de professores.


Não é Natal, nem réveillon. Mas a rodoviária da pequena Mineiros, no interior de Goiás, está lotada. É fim de julho e quem chega com as malas são todos jovens, com uma mesma expectativa. O objetivo é um só: fazer vestibular para medicina.


Mais de três mil alunos vieram de longe pro vestibular da faculdade particular Fama.


Há dois anos, Marcela tenta entrar em medicina. Já encarou mais de vinte vestibulares.


E quando soube de um curso novo em Goiás, ficou animada e viajou 1.200 quilômetros. O vestibular é só o primeiro passo de uma longa carreira. Mas o que esses estudantes podem encontrar pela frente está longe de ser um sonho.


 
Um estudo inédito do Conselho Federal de Medicina fez uma radiografia do ensino médico no Brasil. E expôs uma realidade preocupante: o número de faculdades disparou nos últimos anos. São instituições em sua maioria particulares, com mensalidades muito altas, que chegam a R$ 11 mil. Só que preço nem sempre quer dizer qualidade.


“Lamentavelmente hoje virou um balcão de negócios a abertura de cursos médicos. Isso é triste. A medicina brasileira está em decadência”, afirma José Hiram Gallo, conselheiro do Conselho Federal de Medicina.


Na nova faculdade de Mineiros, as salas de aula e os laboratórios já estão prontos. Os bonecos de plástico estão no lugar. Mas falta o espaço para a formação prática. Os últimos dois anos do curso de medicina são dedicados ao estágio, chamado de internato.


“Fundamentalmente a medicina precisa de campo de prática, os alunos precisam ser levados para as enfermarias”, Carlos Vital, presidente do Conselho Federal de Medicina.


Internato é diferente de residência, que vem depois da formatura, como especialização.


O MEC exige que, para cada vaga do curso de medicina, deve haver um mínimo de cinco leitos do SUS, ou conveniados, para o internato.


A Fama abriu 200 vagas. Portanto seriam necessários mil leitos. Mas no lugar do futuro hospital universitário, por enquanto, só tem mato. No lugar onde serão os consultórios, também. E onde será construído um campus exclusivo pra faculdade de medicina, só se vê terra.


A rede pública da região também não comportaria os alunos. Só tem 379 leitos. Faltariam mais de 600 leitos para cumprir a exigência do MEC.


O diretor da faculdade garante que fez convênios para ter todos os mil leitos. Para atingir a cota, a faculdade promete vagas de estágio em Goiânia, a mais de 400 quilômetros de distância.
Alessandro Rezende, diretor da Faculdade Mineirense - Fama: A gente tem 1050 leitos conveniados em Goiás.

Fantástico: E são quais hospitais?


Alessandro Rezende: São três em Mineiros, 14 hospitais no interior de Goiás e são mais três grandes hospitais aqui de Goiânia.

“Não precisa ser uma pessoa que viva na área da saúde para saber que essa distância é absolutamente incompatível com esse processo de ensino de aprendizado”, observa Carlos Vital.
Além disso, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás diz que o convênio não existe. “Não foi feito nenhum contato conosco, até o momento, dessa faculdade para a busca de nenhuma possibilidade de nenhuma oferta de campo de estágio”, afirma Nelson Bezerra, da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás.


Por causa da falta de leitos para o estágio, o MEC não autorizou a abertura do curso. Mas a faculdade conseguiu uma liminar na Justiça para funcionar. Os alunos que passaram no vestibular começam as aulas nesta segunda (24), pagando R$ 7 mil por mês.
Fantástico: O aluno que vai estudar lá pode sair mal formado?
Maria do Socorro de Souza, presidente do Conselho Nacional de Saúde: Pode. Pode sair mal formado sim. E é lamentável porque é um custo caro pra família, é um custo caro para a sociedade porque muitos deles podem dispor do crédito educativo.



Só nos últimos cinco anos, foram abertas 81 escolas médicas. Quase a metade do total de faculdades de medicina criadas em mais de 200 anos. O governo federal diz que a abertura de novas faculdades é necessária porque faltam médicos no Brasil.
“Nós estamos ainda muito abaixo do que se espera para que nós possamos atender a nossa população com o número de médicos que queremos”, diz Luiz Cláudio Costa, secretário executivo do Ministério da Educação.


Atualmente, o Brasil tem 1,8 médico por mil habitantes. A média das Américas, incluindo Estados Unidos, é de 2,2. E a da Europa é 3,3.


“O Brasil está muito abaixo ainda do desejável no mundo, até dos nossos países vizinhos”, afirma Luiz Cláudio Costa.
Um especialista em educação médica estudou o surgimento recente de escolas de medicina. E afirma que o número de faculdades existentes hoje já seria suficiente para ultrapassar até os padrões europeus.


“Não há mais necessidade de nenhum curso de medicina novo no Brasil. O Brasil tem falta de médicos, com certeza, mas já houve uma expansão tão grande no número de cursos de medicina que essa falta de médicos vai ser resolvida com os cursos de medicina que já existem. O que o Brasil precisa é de médicos com formação de qualidade”, informa professor titular de Faculdade de Medicina da USP Milton de Arruda Martins.


E qual será a qualidade dos médicos que o Brasil está formando? Uma das respostas pode estar nos estágios que as faculdades oferecem.


Em Porto Velho, existem três faculdades de medicina. Nenhuma tem um local próprio para estágio.


O estudante João Otavio Salles Braga está quase se formando pela Universidade Federal de Rondônia. Ele faz estágio no Hospital Estadual João Paulo II, que está abarrotado de estudantes. “Tem um excesso de alunos, às vezes sete, oito ali para dez leitos”, conta.
Segundo João, os pacientes às vezes se sentem incomodados com tantos alunos: “Imagina, sete, oito pessoas apalparem aquele mesmo lugar. Eu tive paciente que falou: ‘Não, não, não aperta mais não. Já tá doendo, eu sei que tá doendo’. É um ambiente relativamente pequeno para acomodar todos os pacientes ali, mas os médicos, se você bota mais acadêmicos ali dentro, fica mais sobrecarregado", afirma.


Um funcionário diz que os alunos ficam a maior parte do tempo sem supervisão.

Funcionário: Foi um corte que ele teve na face, então foi feita a sutura de forma inadequada.

Fantástico: Mas o estudante fez a sutura sozinho?
Funcionário: Sozinho.

Um professor alerta.

Professor: As pessoas que estão se formando ali vão atender seres humanos daqui a pouco e isso é muito desagradável, pois vão dar um mau atendimento.


Fantástico: Qual pode ser a consequência disso?
Professor: A morte do doente.



O Fantástico visitou o Hospital Infantil Cosme e Damião, também em Porto Velho. Durante duas horas, nossa equipe flagrou vários estudantes, como uma jovem examinando uma criança na emergência, sem nenhum professor acompanhando. Outra aluna atendia uma criança que passava mal.


Mostramos as imagens para o representante de Rondônia no Conselho Federal de Medicina.


“Apalpou, auscultou, fez tudo que não era da competência dela. E sim do médico. Ela poderia até fazê-lo, mas do lado do médico professor”, avalia José Hiram Gallo.
E o segundo caso? “Essa criança precisava de um atendimento médico que estivesse um médico próximo, essa criança poderá ter até a morte por falta de um atendimento”, alerta José Hiram Gallo.
“Se esse tipo de denúncia chega pra gente, a primeira coisa que se faria, se houvesse, era demitir o professor preceptor”, afirma Nina Lee Magalhães, coordenadora acadêmica da Faculdades Integradas Aparício Carvalho.


“Eu vou apurar e será... Esse supervisor será desligado do serviço”, garante Maria Eliza de Aguiar, diretora da Faculdade São Lucas.
O coordenador de estágio da Universidade Federal de Rondônia diz que a presença do professor é indispensável.


“Se ele realizar alguma conduta isso é absolutamente ilegal porque ele não é médico, ele é um aprendiz e está ali pra aprender uma profissão”, diz José Ferrari.


Condições precárias de estágio são apenas uma das deficiências de escolas médicas brasileiras. Dados inéditos do Conselho Federal de Medicina mostram que nenhuma faculdade de medicina do país tirou a nota máxima na última avaliação do Inep, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Numa escala de um a cinco, mais da metade teve nota menor ou igual a três.


Além das notas baixas, o estudo chama atenção para a abertura de escolas em cidades pequenas, que não têm estrutura para estágio. Nos últimos dois anos, foram 20 casos assim.


“A interiorização dos cursos de medicina com condições de fixação é que nos vão garantir que esses médicos não vão ser atraídos somente para trabalhar nas capitais”, afirma Luiz Cláudio Costa.
O professor da Faculdade de Medicina da USP Mário Scheffer analisou médicos formados no interior, nos últimos 30 anos. E concluiu: apenas um em cada cinco permanece na cidade onde se formou.


“A interiorização dos cursos de medicina é totalmente insuficiente para fixar médicos no lugar. Os médicos formados nesses pequenos municípios migram para os grandes centros em busca de empregos e condições de trabalho e remuneração mais atraentes”, diz Mário Scheffer.


O estado de São Paulo concentra o maior número de escolas médicas do país: 44. O Conselho Regional de Medicina do estado é o único que aplica uma prova para recém-formados. Nos últimos três anos, o desempenho das particulares foi bem pior que o das públicas.
No ano passado, 67% dos alunos da rede pública foram aprovados na avaliação. Na rede privada, apenas 35% passaram.
Da universidade Camilo Castelo Branco, em Fernandópolis, onde a mensalidade custa cerca de R$ 6 mil, só 23% dos alunos passaram na prova. O curso está entre os três piores do estado.
“O risco de um médico mal formado são 43 anos, é a média que um médico depois de formado exerce a profissão, fazendo uma medicina de má qualidade”, diz Bráulio Luna Filho, presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo.


O número de denúncias de erros médicos no Conselho Regional de Medicina de São Paulo cresceu de 5 para 18 por dia, nos últimos 20 anos. O presidente do conselho atribui o aumento à má formação dos profissionais.


“Antigamente eram denunciados médicos com mais de 15, 20 anos de formado. Agora, não. São médicos com três, quatro, cinco anos de formado. Foi o que nos levou a fazer o exame do conselho”, diz Bráulio Luna Filho.


Pelas leis atuais, aprovados ou reprovados, todos os formados podem exercer a medicina. Mas o Cremesp propõe que só possam trabalhar como médicos os que forem aprovados no exame do conselho.


Em Cuiabá, num dia de festa tão simbólico, essa ideia divide opiniões.


“O bom aluno que estudou, que dedicou, ele não vai ter medo dessa prova, dessa avaliação, visando o bem comum, que é a melhora da medicina e consequentemente da qualidade de vida das pessoas”, opina Pedro Vitor Magalhães, formando em medicina.


“Depois da nossa faculdade, muitos fazem a residência, e pra você passar na residência é necessário passar por um novo processo seletivo, uma nova prova. Então acho que seria desnecessário”, comenta a formanda Camila Leite Teixeira.


Para esses recém-formados, existem duas certezas: o caminho até aqui não foi fácil. E o futuro é cheio de sonhos.


E a Marcela, aquela estudante do começo da reportagem, ainda não passou no vestibular de Mineiros, em Goiás. Já houve seis listas, e ela ainda não foi chamada.