sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O CONSUMISMO É UM SUICÍDIO ECONÔMICO










VIVA O CONSUMISMO

ISTO É UMA DOENÇA SEM CURA, ISTO  

É UM

SUICÍDIO ECONÔMICO

A Falta de respeito com o povo é de deixar todo mundo de boca aberta, o povo compra o que não precisa, o povo compra o     que já tem, o povo compra por compulsão, o povo  é forçado e convencido pela mídia, o povo é incentivado pelos poderes governamentais. Nós o povo devemos abrir mais o olhos e fechar mais a boca.

 O país entrou em parafuso.

Sendo sabedor do dia do pagamento salarial do mês, do dia da primeira parcela do 13o- Salário e da última sexta-feira , arma-se a fôrca, o fôjo, a arapuca, a armadilha , o mundé ,o alçapão e tome isca,    minhoca e chove peixe, onça, gato, pássaro e outros inocentes.
O país está doente.

Iderval Reginaldo Tenório

CARLOS DRUMOND DE ANDRADE





Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade foi um poeta brasileiro (1902 - 1987),
 também cronista, contista e tradutor. Entre suas obras 
de maior destaque, Alguma poesia, Sentimento do mundo
 e A rosa do povo

ALGUMA POESIAJOSÉ


Ouça o poema:
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde




  • E Agora José - Paulo Diniz - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=jM-Q4mofucY

    11 de mar de 2011 - Vídeo enviado por Stephanie Melo
    Poema de Carlos Drummond.... interpretado por Paulo Diniz! Trabalho de Português - 3ºA.
  • Paulo Diniz - E AGORA JOSÉ - poema de Carlos ... - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=1L9mZIxgaq0

    21 de mar de 2014 - Vídeo enviado por luciano hortencio
    Paulo Diniz - E AGORA JOSÉ - poema de Carlos Drummond de Andrade, musicado por Paulo Diniz ...
  • CASTRO ALVES



    Antônio Frederico de Castro Alves nasceu na fazenda Cabaceiras, próxima à vila de Curralinho, hoje cidade de Castro Alves, no Estado da Bahia

    Vozes d'África


    Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
    Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
    Embuçado nos céus?

    Há dois mil anos te mandei meu grito,
    Que embalde desde então corre o infinito...
    Onde estás, Senhor Deus?...
    Qual Prometeu tu me amarraste um dia
    Do deserto na rubra penedia
    - Infinito: galé! ...

    Por abutre - me deste o sol candente,
    E a terra de Suez - foi a corrente
    Que me ligaste ao pé... 

    O cavalo estafado do Beduíno
    Sob a vergasta tomba ressupino
    E morre no areal.

    Minha garupa sangra, a dor poreja,
    Quando o chicote do simoun dardeja
    O teu braço eternal.
    Minhas irmãs são belas, são ditosas...
    Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas
    Dos haréns do Sultão.

    Ou no dorso dos brancos elefantes
    Embala-se coberta de brilhantes
    Nas plagas do Hindustão.

    Por tenda tem os cimos do Himalaia...
    Ganges amoroso beija a praia
    Coberta de corais ... 
    A brisa de Misora o céu inflama;
    E ela dorme nos templos do Deus Brama,
    - Pagodes colossais... 

    A Europa é sempre Europa, a gloriosa! ...
    A mulher deslumbrante e caprichosa,
    Rainha e cortesã.

    Artista - corta o mármor de Carrara;
    Poetisa - tange os hinos de Ferrara,
    No glorioso afã! ...
    Sempre a láurea lhe cabe no litígio...
    Ora uma c'roa, ora o barrete frígio
    Enflora-lhe a cerviz.
    Universo após ela - doudo amante
    Segue cativo o passo delirante
    Da grande meretriz. 

    Mas eu, Senhor!... Eu triste abandonada
    Em meio das areias esgarrada,
    Perdida marcho em vão!
    Se choro... bebe o pranto a areia ardente;
    talvez... p'ra que meu pranto, ó Deus clemente!
    Não descubras no chão...
    E nem tenho uma sombra de floresta...
    Para cobrir-me nem um templo resta
    No solo abrasador...
    Quando subo às Pirâmides do Egito
    Embalde aos quatro céus chorando grito:

    "Abriga-me, Senhor!..."

    Como o profeta em cinza a fronte envolve,
    Velo a cabeça no areal que volve
    O siroco feroz...
    Quando eu passo no Saara amortalhada...
    Ai! dizem: "Lá vai África embuçada
    No seu branco albornoz. . . "
    Nem vêem que o deserto é meu sudário,
    Que o silêncio campeia solitário
    Por sobre o peito meu.

    Lá no solo onde o cardo apenas medra
    Boceja a Esfinge colossal de pedra
    Fitando o morno céu.
    De Tebas nas colunas derrocadas
    As cegonhas espiam debruçadas
    O horizonte sem fim ...
    Onde branqueia a caravana errante,
    E o camelo monótono, arquejante
    Que desce de Efraim

    Não basta inda de dor, ó Deus terrível?!
    É, pois, teu peito eterno, inexaurível
    De vingança e rancor?...
    E que é que fiz, Senhor? que torvo crime
    Eu cometi jamais que assim me oprime
    Teu gládio vingador?!

    Foi depois do dilúvio... um viadante,
    Negro, sombrio, pálido, arquejante,
    Descia do Arará...
    E eu disse ao peregrino fulminado:
    "Cão! ... serás meu esposo bem-amado...

    - Serei tua Eloá. . . "

    Desde este dia o vento da desgraça
    Por meus cabelos ululando passa
    O anátema cruel.
    As tribos erram do areal nas vagas,
    E o Nômada faminto corta as plagas
    No rápido corcel. 

    Vi a ciência desertar do Egito...
    Vi meu povo seguir - Judeu maldito -
    Trilho de perdição.
    Depois vi minha prole desgraçada
    Pelas garras d'Europa - arrebatada -
    Amestrado falcão! ...

    Cristo! embalde morreste sobre um monte
    Teu sangue não lavou de minha fronte
    A mancha original.
    Ainda hoje são, por fado adverso,
    Meus filhos - alimária do universo,
    Eu - pasto universal...

    Hoje em meu sangue a América se nutre
    Condor que transformara-se em abutre,
    Ave da escravidão,
    Ela juntou-se às mais... irmã traidora
    Qual de José os vis irmãos outrora 

    Venderam seu irmão.
    Basta, Senhor! De teu potente braço
    Role através dos astros e do espaço
    Perdão p'ra os crimes meus!
    Há dois mil anos eu soluço um grito...
    escuta o brado meu lá no infinito,
    Meu Deus! Senhor, meu Deus!!.

  • Miriam Makeba - Mama Afrika - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=FP6CdNVzjC8

    2 de mar de 2009 - Vídeo enviado por transformed122
    Miriam Makeba. tu chantes l'Afrique. Le colon est toujours là. Mè tu nous a ouvert les yeux. le combat se ...



  • Miriam Makeba - Khawuleza 1966 - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=V74f9eIi9c0

    3 de set de 2006 - Vídeo enviado por RaynerJM
    South African singer and political activist Miriam Makeba sings Khawuleza on a Swedish TV show from 1966 ...
  • www.youtube.com/watch?v=87S_wbCsNbQ

    10 de jan de 2011 - Vídeo enviado por PEDRO HERNANDEZ Petermadison
    MIRIAM MAKEBA 67 Pata, Pata.
  • FERNANDO PESSOA - Nunca Conheci quem Tivesse Levado Porrada

    Adicionar legenda

    Fernando Pessoa

    Fernando Pessoa (1888-1935) foi um poeta e escritor português, nascido em Lisboa. É considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal

    Nunca Conheci quem Tivesse Levado PorradaNunca conheci quem tivesse levado porrada. 
    Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. 

    E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, 
    Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, 
    Indesculpavelmente sujo, 
    Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, 
    Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, 
    Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, 
    Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, 
    Que tenho sofrido enxovalhos e calado, 
    Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; 
    Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel, 
    Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, 
    Eu que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, 
    Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado, 
    Para fora da possiblidade do soco; 
    Eu que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, 
    Eu que verifico que não tenho par nisto neste mundo. 

    Toda a gente que eu conheço e que fala comigo, 
    Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu um enxovalho, 
    Nunca foi senão princípe - todos eles princípes - na vida... 

    Quem me dera ouvir de alguém a voz humana, 
    Quem confessasse não um pecado, mas uma infâmia; 
    Quem contasse, não uma violência, mas uma cobardia! 
    Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. 
    Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? 
    Ó princípes, meus irmãos, 

    Arre, estou farto de semideuses! 
    Onde há gente no mundo? 

    Então só eu que é vil e erróneo nesta terra? 

    Poderão as mulheres não os terem amado, 
    Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca! 
    E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, 
    Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? 
    Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, 
    Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. 

    Álvaro de Campos, in "Poemas" 
    Heterónimo de Fernando Pessoa



  • Miriam Makeba - Mama Afrika - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=FP6CdNVzjC8

    2 de mar de 2009 - Vídeo enviado por transformed122
    Miriam Makeba. tu chantes l'Afrique. Le colon est toujours là. Mè tu nous a ouvert les yeux. le combat se ...

  • TV show from 1966 ...