quinta-feira, 11 de agosto de 2011

IDERVAL TENÓRIO: O VELHO CAVALO


                                                     
O VELHO CAVALO



Foi no meado de 1915 no sertão do Ceará quando das chuvas nem  prenúncios .

 Relatos de minha avó.

Relata que nos sertões do Ceará havia um almocreve de meia idade, que negociava nos cafundós e nos grotões da esturricada serra do Araripe, divisa do Ceará com o Estado de Pernambuco, para o ganho do pão de cada dia utilizava como meio de transporte uma parelha de animais, um belo eqüino e um musculoso muar.

Grandes eram as distancias a percorrer e belos os lugares visitados, o muar para as cargas e o eqüino para os passeios junto ao dono, sempre nas festas, nos namoros , nas comemorações e nas grandes corridas, era com orgulho que o belo animal desfilava naqueles sertões, bem tratado, bem alimentado , bom capim, boa alfafa , excelente milho e muitas vezes tortas de resíduos de caroços de algodão, era uma vida de rei, cheio de arreios e ornamentos, manta vermelha, sela nova, dois alforjes do puro e macio couro de carneiro, rédeas de couro curtido, rabicho trançado com fio de seda, boqueira do melhor metal, estribos de pura prata, polidos, encerados e bem conservados, vivia época de glórias, se orgulhava quando nas paragens recebia preço, recebia avaliação, elogios e jamais o seu dono pendia para negociação, era um animal orgulhoso e cheio de brios, na sua garupa as mais belas donzelas, as mais macias das nádegas, era motivo de festas onde chegava com o seu baixo , com o seu galope, trotando, chispando ou com os seus admiráveis passos sempre a esquipar demonstrando a sua bela marcha , qualidades estas que lhe credenciava a cruzar semanalmente com uma diferente e bela égua, com uma formosa e elegante asinina, todo faceiro, todo pabo .

O muar , coitadinho, a subir ladeiras, a cortar caminhos, dois a três sacos na pesada cangalha, cabresto de cordas de croá, rabicho de agave e uns puídos tapa olhos laterais de couro cru impedindo, tapando, obstruindo, abortando, escurecendo a visão lateral, um pesado chocalho bovino pendurado no pescoço, festas só para carregar frutas para as vendas, garrafas de bebidas ou feixes de canas caiana muito apreciadas naquela redondeza, como pastagem capim seco, algumas relvas nos arredores e monturos das casas, não sabia se vivia para comer e trabalhar ou só teria comida se trabalhasse.

Longas eram as conversas entre os dois animais nos seus encontros , um peado nas duas patas direitas e o outro solto pelos terreiros, discutiam as suas vidas, as injustiças e quão ingrata era a vida para um deles, a diferença era exorbitante, era de fazer pena e foi assim durante muitos anos, foi assim, um sempre sorrindo , a gargalhar ; e o outro... o outro só Deus.

Como o tempo é o pai ,o aconselhador e o diluidor dos sofrimentos como a água é diluidor universal e a esperança a mãe de todos os animais,  uma década se passou e os dois viventes sempre a dialogar, com a falta de chuvas foram escasseando as vendas, os compradores cotidianamente caindo , motivo mais do que suficiente para o almocreve diminuir os momentos de festas e de alegrias , primeiro se desfez dos belos arreios, diminuiu as compras de alimentos especiais e necessitava aumentar o volume das cargas para suprir as suas despesas azeitando a sua sobrevivência.

O belo e orgulho eqüino passou a andar na vala comum, a sela foi substituída por uma cangalha, dois sacos , um de cada lado e por ser um exímio esquipador,  o dono escanchado no meio, desta vez subindo e descendo ladeiras, pulando grotas, na ida produtos da lavoura para a venda e na volta especiarias para abastecer as bodegas da região :como querosenes, peixes salgados, açúcar, café e outros mantimentos, com a idade desapareceram as belas éguas, as formosas asininas e os manjares nos terreiros dos esturricados sertões.

O muar continuou a sua batalha, agora como coadjuvante, apenas como complemento de carga, quando o produto era pouco ficava a pastar, a perambular pelas capoeiras à procura de uma relva mais hidratada pensando na sua atual e inútil vida , costas batidas, boca mucha , dentes amarelos, desgastados, bicheiras nos ombros, espinhaço pelado ,cascos rachados , juntas calcificadas, perambulando caatinga adentro..  E lá ia o velho eqüino, dois sacos , o dono escanchado no meio da cangalha , o filho na garupa , subia e descia,  já não possuía belas boqueiras, o rabicho de cordas como afiadas facas a cortar a borda anal ao menor grito do patrão, as cilhas de couro apertadas na barriga caindo pelo vazio a traumatizar os bagos aposentados, força era agora a sua maior virtude, força para não sofrer com as esporas que tangenciavam os órgãos genitais, muitas vezes ferindo-os quando desacertava os passos, a vida endureceu e trouxe à memória os momentos vividos ao lado do amigo muar nos tempos das bonanzas, das vacas gordas, das grandes chuvas, das farturas e dos grandes bailes. Olhava para os lados e não mais enxergava,  pois as viseiras laterais do muar agora se encontravam na sua cabeça  tapando os seus olhos, a visão agora era limitada, era uma visão de subserviência, não mais participava dos acontecimentos, agora era apenas um animal de cargas, vivia apenas para comer e para o trabalho, não tinha direito a pensar, seguia a dura e pétrea regra, para viver só lhe restava a obediência sem contestação, seguia os puxavancos do puído e velho cabresto que dava duas voltas na funcieira , vivenciava a mais espúria entidade criada pelo dominador, o mais baixo golpe sofrido por um ser vivo, obedecer sem contestar ,simplesmente a mais velada escravidão.

Os três entes aos poucos foram minguando, o muar sem trabalho foi sumindo , esquecido ,menosprezado e abandonado até o dia em que foi requisitado pelos produtores de charques.

 O belo eqüino agora não mais belo, sem a força da juventude, com a estima em baixa  caiu na desconfiança, calda caída, olhos sempre para o chão, dentes puídos , rentes às gengivas, desgastados, musculatura minguada, pelos ásperos, relinchos abafados; sem força , sem brio , sem pernas foi substituído por sangue novo, mergulhou na solidão e se perdeu nos carrascos das matas que ainda existiam e nunca mais soube do seu paradeiro.
 O dono caiu numa crise de desgraça , envelheceu sem os seus maiores amigos, engolido pelo bafo do progresso trazidos pelos bulidos dos motores de dois tempos  nos velhos aviamentos e nos transportes das poucas mercadorias, mergulhou no esquecimento, mergulhou no solitarismo da vida, conheceu o êxodo,  com o abandono foi alimentando as grandes metrópoles com a sua prole na construção e reconstrução de uma nação que continua sem rumo, sem prumo e sem um paradeiro ou porto seguro para os que nela batalham e lutam.

Os três se foram, continua a condescendência e as condutas sem uma instituição sustentada, sem nenhuma criação institucional que traga garantias futuras para um povo sofrido , que trabalha até os setenta e depois vaga pelos valados da vida, basta vê os liberais e autônomos de ontem, hoje abandonados , como os de hoje os abandonados do futuro.

Hoje na mesma serra do Araripe, nos mesmos grotões do Nordeste ainda vagam muitos Três Entes Amigos à espera do mesmo futuro.

O Mundo gira e com ele a repetição, mostrando que na natureza nada se constrói , tudo se transforma, apenas o tempo é o senhor que dita e conduz o destino de cada um, pedindo que viva a vida como o único patrimônio .
Iderval Reginaldo Tenório 2010


IDERVAL TENÓRIO:                             FÉRIAS  NA SERRA DO AR...

IDERVAL TENÓRIO: FÉRIAS NA SERRA DO AR...: " FÉRIAS NA SERRA DO ARARIPE Era 5 da tarde, o jipe azul..."

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

NOVAS UNIVERSIDADES FEDERAIS NA BAHIA

DE PARABENS A BAHIA POR CONQUISTAR MAIS DUAS UNIVERSIDADES FEDERAIS, SUL DA BAHIA E OESTE EM FESTA.-NOTICIA ABAIXO.


 

Quarta-feira, Agosto 10, 2011

Sul da Bahia terá faculdade federal

Uma reunião com o senador Walter Pinheiro e 22 deputados da Bahia, entre eles Geraldo Simões, com o Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, professor Luiz Cláudio Costa, confirmou duas universidades federais para o Sul da Bahia.
facsulba
Serão criadas a Universidade do Sul da Bahia, com sede em Itabuna e campi em Teixeira de Freitas e Porto Seguro. E a Universidade do Oeste da Bahia, com campi em Barra, Bom Jesus da Lapa e Luís Eduardo Magalhães.
Também serão implantados novos campi da Ufba em Camaçari e da Univasf em Senhor do Bonfim. Luiz Cláudio vai fazer outra reunião com a bancada para debater os cursos que serão criados para atender a necessidade regional.
Para Geraldo Simões, "a criação da Universidade do Sul da Bahia é fundamental para dotar a região de profissionais capacitados para ocupar os postos de especialistas e gestores que serão criados pelo complexo intermodal".
"Eles devem ocupar as vagas geradas pelo crescimento industrial, a retomada da agricultura, crescimento do comércio e turismo, que brevemente dinamizarão a economia”, resume o deputado.
Para Walter Pinheiro, “o anúncio de duas novas universidades, além dos novos campi, significa um grande passo no sentido de resgatar a dívida com a educação na Bahia, resgate que vem sendo promovido pelo governador Jaques Wagner".
6:44 PM   |  

DR IDERVAL REGINALDO TENÓRIO
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IDERVAL TENÓRIO: SAFONA DE 8 BAIXO- CULTURA-

IDERVAL TENÓRIO: SAFONA DE 8 BAIXO- CULTURA-: " A sanfona de oito baixos na música instrumental brasileira Por Leonardo Ruge..."

PADRE IBIAPINA


HISTÓRIA

O CEARÁ NÃO É CONHECIDO APENAS PELO PADRE CÍCERO, ANTES SURGIU UM HOMEM QUE NA PRIMEIRA INSTÂNCIA ERA ADVOGADO E DE MUITAS POSSES ABDICANDO DE TUDO PARA PEREGRINAR PELO NORDESTE BRASILEIRO PREGANDO A DEMOCRACIA,A CIDADANIA E O DIREITO A VIDA.  PADRE IBIAPINA, NESTE BLOG PUBLÍ9CO A SUA VIDA QUE ACHO MUITO IMPORTANTE QUE O BRASILEIRO CONHEÇA. O PADRE IBIAPINA HOJE EM PROCESSO  DE BEATIFICAÇÃO.







´APÓSTOLO DO NORDESTE´

Missão de Pe. Ibiapina no Cariri faz 145 anos

Publicado em 3 de janeiro de 2010

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Religioso fez três visitas ao Cariri, atuando na reforma de igreja e construção das Casas de Caridade
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Casas de Caridade eram destinadas a moças pobres. Elas eram educadas para a fé e o exercício dos trabalhos domésticos
A data até o momento passou despercebida na região. Atuação do Padre Ibiapina no Cariri influenciou Padre Cícero
Crato O ano de 2009 termina sem nenhuma comemoração dos 145 anos do início da ação missionária do Padre Mestre Ibiapina em terras caririenses. Uma data que, até o momento, passou despercebida, apesar dele ter deixado uma extensa obra social na região do Cariri, entre as quais a construção de casas de caridade, cemitérios, igrejas, açudes e barragens. Atualmente, o processo de canonização de padre Ibiapina encontra-se na Congregação das Causas dos Santos, no Vaticano.

Padre Ibiapina já é oficialmente reconhecido como Servo de Deus, após o documento "Nihil Obstat" da Santa Sé, emitido a 18 de fevereiro de 1992. No último dia 17 de setembro, por ocasião da visita "ad limina", os 22 bispos do Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que abrange os Estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte), tendo à frente o arcebispo de Maceió, Dom Antônio Muniz Fernandes, solicitaram celeridade no processo de canonização do Apóstolo do Nordeste.

Esquecimento

"Infelizmente, não costumamos cultivar nossa memória", lamenta o professor de História da Universidade Regional do Cariri (Urca), Océlio Teixeira. O pesquisador também considera que "Padre Ibiapina, com certeza, foi o maior cearense do século XIX".

Numa época em que a Igreja Católica vivia atrelada ao Estado imperial e o clero, por sua vez, vivia longe do povo, Padre Ibiapina deu curso a um novo modelo e, conforme escreve José Comblim, rompeu "radicalmente com essa estrutura eclesiástica tradicional. Na idade em que muitos sacerdotes já pensam no seu estabelecimento definitivo, numa função sedentária que lhe permita economizar as energias declinantes, Ibiapina escolhe a vida itinerante no interior".

O assessor da Cáritas Diocesana, Alex Josberto Andrade Sampaio, a quem cabe a animação das ações sociais da Diocese do Crato, informou que as comemorações da atuação do Padre Ibiapina na região foram transferidas para o mês de novembro. Ele diz que o Padre Ibiapina é fonte do trabalho pastoral da Diocese.

Visitas

O trabalho missionário do Padre Ibiapina, também conhecido como "apóstolo do Nordeste" na região do Cariri teve início em 14 de outubro de 1864, na então vila de Missão Velha, estendendo-se até o início de fevereiro do ano seguinte. Durante esse período ele visitou, além de Missão Velha, a vila de Barbalha e o povoado de Conceição do Cariri, hoje município de Porteiras.

Como principal obra dessa primeira visita à região, Padre Ibiapina inaugurou, em 2 de fevereiro de 1865, a Casa de Caridade da vila de Missão Velha. A ideia de base das Casas de Caridade fundadas pelo religioso por todo o Nordeste era o acolhimento das pequenas órfãs. Ali as meninas receberiam uma educação completa e seriam preparadas para serem boas esposas e mães de família.

A educação nestas casas era tão boa, a cargo das irmãs que ficaram conhecidas por beatas, que muitas famílias pediram para que suas filhas pudessem participar da formação. Nas Casas de Caridade havia também a "roda de enjeitados" pela qual se recebiam as crianças cujas mães não tinham condições para criá-las.

Influência

Desse ato de inauguração da Casa de Caridade de Missão Velha participou o cratense Cícero Romão Batista, à época um jovem de cerca de vinte anos de idade, que segundo os mais diversos estudiosos foi fortemente influenciado pela pregação do Padre Ibiapina e pelo seu exemplo de serviço ao povo pobre e humilde do Cariri. Cícero viria a se tornar um dos líderes religiosos mais importantes da região, fazendo da cidade que fundou, Juazeiro do Norte, um polo de peregrinação.

A segunda visita à região ocorreu no período de maio de 1868 a agosto de 1869, passando mais de um ano na região. Nessa etapa, ele visitou Missão Velha, Barbalha, Caldas (vila de Barbalha), Crato, Goianinha (atual distrito de Jamacaru), Jardim, Porteiras, Milagres, Brejo Santo e Vila de São Pedro (atualmente Abaiara). As principais ações foram a construção de capelas, recuperação de igrejas e três Casas da Caridade.

A terceira e última visita do religioso ao Cariri ocorreu no período de 9 de fevereiro de 1870 a 25 de abril do mesmo ano. Visitou as Casas de Caridade implantadas na região. Depois dessa data, Ibiapina não realizou mais missões no Ceará. O padre peregrino continuou seu trabalho missionário até 1876, quando foi acometido por uma doença que o deixou paralítico, não podendo se locomover sozinho. Passou a residir na Casa de Caridade de Santa Fé, na Paraíba. Nessa Casa, ele viveu mais sete anos, participando ativamente da vida da comunidade. Faleceu no dia 19 de fevereiro de 1883.
BIOGRAFIA
Religioso optou pela vida missionária

Crato José Antônio Pereira Ibiapina nasceu em 5 de agosto de 1806, na Vila de Sobral. Era o terceiro filho do casal Francisco Miguel Pereira e Teresa Maria de Jesus. Em 1816, sua família se transfere para a vila de Icó e Ibiapina é matriculado na escola do professor José Felipe. Nessa vila seu pai trabalhou como tabelião público, sendo convidado em 1919 para ocupar o mesmo cargo na recém-criada Comarca do Crato. Em Crato, Ibiapina teve aulas com o José Manuel Felipe Gonçalves.

Diante das agitações políticas após a Revolução Pernambucana de 1817, que teve na vila de Crato um de seus pilares no Ceará, o pai de Ibiapina, em 1820, resolve enviar o filho para a recém-criada vila de Jardim para estudar com o latinista Joaquim Teotônio Sobreira de Melo. Em 1823, toda a família se transfere para Fortaleza. Nesse ano morre sua mãe e Ibiapina ingressa no Seminário de Olinda, onde permaneceu por um curto período.

Em Fortaleza seu pai e seu irmão mais velho, Alexandre, se envolveram na Confederação do Equador. O pai foi fuzilado em 1825, e o irmão, preso em Fernando de Noronha, onde morreu pouco tempo depois. Ibiapina, que voltara ao Ceará no inicio de 1824, teve que assumir e manter financeiramente a família. Segundo o estudioso padre Francisco Sadoc de Araújo, foi nessa época que adotou o sobrenome Ibiapina, uma homenagem do pai à povoação de São Pedro de Ibiapina, como também fizeram outros confederados a fim de homenagear topônimos regionais.

Em 1828, Ibiapina retorna ao Seminário de Olinda para continuar os estudos. No entanto, permanece apenas seis meses. Após o seminário, Ibiapina ingressou no Curso de Direito do Recife, concluindo em 1832. No ano seguinte, Ibiapina exerce o cargo de professor substituto de Direito Natural na Faculdade de Olinda, foi eleito Deputado Geral e nomeado, em dezembro, Juiz de Direito da Comarca de Campo Maior (hoje Quixeramobim) do Ceará.

Concluídos os trabalhos legislativos, em 1837, Ibiapina voltou para o Recife e resolve exercer a advocacia. No entanto, ele passa a exercer efetivamente a profissão na Paraíba. Em 1840 volta ao Recife e continua a exercer a advocacia. A partir de 1850, no entanto, Ibiapina resolve abandonar seus trabalhos forenses e inicia um período dedicado à meditação e exercícios de piedade.

Após três anos de meditação e reflexão, Ibiapina decide-se pelo sacerdócio. Nesse sentido, em 12 de julho de 1853, aos 47 anos de idade, ele se tona Padre Ibiapina. Logo após sua ordenação, o Bispo Dom João da Purificação o nomeia Vigário Geral e Provedor do Bispado, e professor de Eloquência do Seminário de Olinda, mas opta pela vida missionária.

Padre Ibiapina começou então seu trabalho missionário pelo Interior do Nordeste. Até sua morte, em 13 de fevereiro de 1883, ele peregrinou por Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Paraíba. Em cada lugar ele pregava, orientava, promovia reconciliações, construía açudes, igrejas, cemitérios, cacimbas, dentre outras tantas obras.

Em diversas vilas construiu Casas de Caridade, destinadas a moças pobres. Elas eram educadas para a fé, o exercício dos trabalhos domésticos e para o casamento. No Ceará ele esteve entre 1862 a 1870. Primeiro na região norte, na vila de Sobral e adjacências. Depois no Cariri, sul da província.

MAIS INFORMAÇÕES Cúria Diocesana
Rua Teófilo Siqueira, 631
(88) 3521.1110
Fax: (88) 3523.7819.

Antônio Vicelmo
Repórter

terça-feira, 9 de agosto de 2011

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI -

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI

-JUAZEIRO.CRATO E BARBALHA SUL DO CEARÁ

A PRESIDENTE DILMA ABRIRÁ NOVAS UNIVERSIDADES FEDERAIS, UMA DELAS NO CARIRI,JUAZEIRO,CRATO E BARBALHA EM CHAMAS DE MÃOS DADAS LUTANDO PELA MESMA CAUSA -AGENCIA O GLOBO DE NOTICIAS
BRASÍLIA -
 
A presidente Dilma Rousseff anuncia, nos próximos dias, a criação de novas universidades federais. O Ministério da Educação (MEC) está finalizando a proposta, que detalhará o valor global do investimento e a localização das instituições. Em conversas com reitores, o ministro Fernando Haddad já teria mencionado a intenção de erguer pelo menos quatro novas universidades, mas o número pode ser ligeiramente maior.
A expansão da rede federal de ensino superior foi precedida de um levantamento, em todo país, da oferta de vagas em faculdades públicas. Esse número foi comparado com o tamanho da população. Pará, Ceará e Bahia estão entre os estados que deverão ser escolhidos para sediar as novas universidades. Santa Catarina é outro que pode aparecer na lista.
O MEC informa que a proposta está em fase de elaboração, mas não fornece detalhes. No ministério, fala-se que o anúncio das novas instituções deverá ocorrer no próximo dia 16. Além de criar universidades, o governo deverá lançar novos campi em instituições já existentes. A expansão dará continuidade ao projeto iniciado no governo Lula, que criou 14 universidades - algumas delas a partir de desmembramentos ou da federalização de instituições já existentes.
O vice-presidente da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Alvaro Prata, diz que a ampliação da rede federal está em estudo no MEC. Segundo ele, o ministro já conversou com diferentes reitores:
- O governo tem uma proposta de seguir a expansão das universidades. E está se baseando no número de alunos, na oferta de instituições públicas e federais por habitante - conta Prata, que é reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O mapeamento da oferta pública, segundo ele, identificou que há a necessidade de uma nova federal em Santa Catarina: precisamente em Blumenau, no Vale do Itajaí. Prata diz que foi sondado pelo ministério para saber se a UFSC teria condições de abrir um novo campus na região. Segundo o reitor, porém, a universidade está empenhada em consolidar três campi já em funcionamento, além da sede em Florianópolis. Por isso, não teria como bancar mais um.
O vice-presidente da Andifes defende tanto a criação de novas universidades quanto a liberação de mais verbas para as atuais 59 instituições federais em funcionamento:
- Entendemos que a expansão das universidades não está terminada. É preciso dar sequência a esse projeto. As universidades existentes precisam ter condições de consolidar a expansão

sábado, 6 de agosto de 2011

AMIGOS QUE ACESSAM ESTE BLOG ,DAREI AOS AMIGOS A OPORTUNIDADE DE CONHECER E VIVER UMA DAS MAIS BONITAS PÁGINA QUE ACESSEI NA INTERNET E QUE VIVO DIARIAMENTE, NÃO CONSIGO DORMIR SEM  VISITÁ-LO.


http://www.arteseescritas.blogspot.com

Ideval ReginaldoTenório

IVONE LARA

 

DONA IVONE LARA UMA DAS MAIORES ARTISTAS DO PAIS ,UMA NEGRA QUE SOUBE E SABE SE IMPOR , UMA BALUARTE DA MUSICA BRASILEIRA,CONSIREDARADA  A MAIOR REPRESENTANTE DO BRASIL EM MUSICALIDADE.


NÃO DEIXE A CULTURA  DE FORA APAGAR A SUA ,NÃO DEIXE SE ENGANAR PELO BESTEROL ESTRANGEIRO.  EU REPITO  DONA IVONE LARA- VÁ AO YOUTUBE E CONHEÇA ESTA HEROINA DO BRASIL.  IDERVAL REGINALDO TENÓRIO

 

Dona Ivone Lara, Uma Biografia

Tenho discutido como avaliar uma produção cultural que não seja violentada pela indústria cultural e agora chegou um momento de deixar isso mais claro. Saiu a biografia da Dona Ivone Lara escrita pela antropóloga Mila Burns. Uma biografia honesta dá elementos de como se constroi uma produção artística e quais as circunstancias que contribuiram para essa produção. Escrito por uma antropóloga a observação sobre a produção tem outros elementos desprezados tradicionalmente em biografias e que ajuda a entender como o meio em que o biografado vive influenciou na sua criação. O livro é cheio de surpresas. Uma delas é que Dona Ivone Lara não se encaixa em nenhum dos tipos mais conhecidos desse universo . Não é "tia", não é passista, tampouco é musa inspiradora. Ela simplesmente compõe e canta como fazem todos os homens. É isso que confere a Dona Ivone Lara sua genialidade. Imagine mulher negra, pobre que faz samba e samba de altíssima qualidade. Suas composições eram foram presentados a roda de samba no Império Serrano pelo seu primo Fuleiro como sendo dele. Quando foi revelado que a autora desses sambas era a Dona Ivone foi imediatamente integrada a ala de compositores da escola. Embora seu pai fosse musico e sua casa tinha musica toda hora sua qualidade musical extrapola a esse genêro de musica. Essa outra qualidade musical vem de quando orfã aos 12 anos aprendeu musica com Dona Lucilia, mulher do maestro Villa- Lobos. Ela foi considerada a melhor voz da escola Orsina da Fonseca onde ficou internada. Outra professora que foi importante na sua formação musical foi Zaíra de Oliveira, cantora e mulher do compositor Donga. Alternando entre a musica de concerto e musica popular Dona Ivone Lara foi construindo seu gosto musical. Lembrando que quando pequena ouvia sambas e choros em sua casa deu a ela uma capacidade de desenvolver ritmos. Ela cria ritmos em sua cabeça e para as letras ela convida parceiros. Como ela mesmo diz "não gosto de letra, não. Deixo para os meus parceiros". Dona Ivone Lara só teve chance de aparecer e mostrar sua genialidade num momento muito específico nos 60 quando o bonito era a diferença. Há outras considerações a serem feitas mas isso vai ficar para uma outra vez.