A mídia e os especialistas, em política, ao comentarem os resultados das urnas 2024 em São Paulo pocuram camuflar a real situação.
Em São Paulo os eleitores votaram no Boulos e no Nunes fundamentados nas ideias do Partido, e no Pablo Marçal, em relação à novidade e no que desejariam falar sobre os políticos brasileiros. Eles sentem-se sem condições, coragem e eivados de medo de serem excluídos dos seus empregos, serem avacalhados pelos amigos e sujeitos a processos pós eleição ao mostrarem os podres dos candidatos.
Votaram nas ideias dos partidos dos dois primeiros e nas tiradas do Marçal numa atitude de revolta, de modernidade e do desconhecimento da ciência política.
O resultado mostrou a abstenção histórica de 30%, a indiferença, a incredibilidade e o desânimo de parte da população.
Dos 70% restantes, os 100% dos votos válidos, 58% dos eleitores são conservadores, 29% da esquerda ou da extrema esquerda e os demais, 13%, não sabem a qual grupo pertence. Poderão pender para qualquer lado, migrarão para onde as águas levarem, são folhas ao vento ou isopor nas correntezas dos rios.
Nas últimas 06 eleições, historicamnente, a esquerda (PT, PSOL, PC DO B) domina 30% dos votos, a direita 58%, e os indefinidos, porém votantes, 13%, foi este o resultado no primeiro turno.
O mapa que se desenha para o segundo turno.
O Boulos manterá os 29% e poderá acrescentar 60% da Tábata( +6), 50% do Datena( +1), 15% da revolta do Marçal(+3) e (+2) dos que não foram às urnas no primeiro turno, podendo chegar a 41% do total (29+6+1+3+ 2).
O Ricardos Nunes manterá os seus 29% e poderá acrescentar 30% da Tábata(+3), 50% do Datena(+1), 80% do Marçal( +24) e mais 2 dos que não foram às urnas, perfazendo 59% dos votos válidos( 29+3+1+24+2).
Será o embate entre a centro-esquerda do Lula, Marta e Erondina versus a centro-direita do Bolsonaro, Tarcísio, Cassab, Ratinho Filho, ACM NETO e o Ronaldo Caiado.
Previsão do segundo truno:
Boulos 41% e Ricardo Nunes 59%
A variação vai depender dos 30% que não foram às urnas.
NA BALANÇA
EUA(OTAN) versus China(China, Rússia e Índia), uma vez que, a Europa é como folhas ao vento ou isopor nas correntezas dos rios.
Salvador, 08 de Outubro de 2024
Iderval Reginaldo Tenório
ESCUTEM O DICRÓ
TRAIDOR.
Dicró, nome artístico de Carlos Roberto de Oliveira, foi um cantor e compositor brasilei
Falero de sambas satíricos. Ao lado de Moreira da Silva, Osmar do Breque, Germano Mathias e Bezerra da Silva, é considerado um dos principais sambistas da linha.
Um comentário:
ARTUR TORRES DISSE. A esquerda precisa apreender o espírito da época
Dante Lucchesi
Vi um vídeo agora em que um menino do MBL empareda sozinho o candidato à prefeitura do PSOL em Salvador, este cercado de apoiadores. Esse menino se elegeu como o vereador mais jovem da capital baiana. É impressionante a renovação e a juventude da extrema direita.
Não se vê isso na esquerda.
A esquerda passou a defender o sistema democrático capitalista. Perdeu o caráter revolucionário. A pauta social tem sido conduzida de uma forma que não politiza a população. Não há o embate ideológico contra a exploração capitalista, cada vez mais desumana. Os beneficiados com os programas sociais, quando passam das classes D e E para a classe C, tornam-se eleitores da direita, porque, do alto de sua ignorância e alienação, acham que quem vota na esquerda é pobre, que precisa do Bolsa Família. E, em época de cultura da prosperidade e de empreendedorismo, a última coisa que o indivíduo quer é ser visto como o pobre, ou como trabalhador. Ele quer ser empreendedor, patrão de si mesmo (ou seja, se auto explorar).
Essa ideologia, alimentada pelas bolhas das redes sociais, e turbinada com o fundamentalismo religioso, o conservadorismo comportamental (a defesa da tradicional família burguesa) e toda sorte de preconceitos é o caldo cultural da hegemonia política da direita na atualidade.
E a esquerda não é mais capaz de galvanizar, entusiasmar, porque não entrou no espírito do tempo, não domina a linguagem, a gramática da época.
Por que um moleque de esquerda não pega um microfone e vai pra cima de um político bolsonarista e causa?
Porque quem é contra o sistema é a extrema direita: “contra tudo isso que está aí”. O que sempre mobilizou a juventude, potencialmente irreverente e contestadora. Soma-se isso ao individualismo e a ideologia do sucesso pessoal, e se tem um monte de moleque de direita lacrando por aí. Nicolas Ferreira é o arquétipo dessa criatura, que junta o discurso contra o sistema, os mais reacionários preconceitos e o combate ao inimigo interno: o comunismo. Nenhuma lógica, nenhuma coerência, mas isso é o que menos importa em tempos de alienação absoluta, das bolhas na Internet e do império das fake news
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