Brasil 500 anos, um malabarista cambaleante.
Brasil, um país idealizado para ser explorado e vilipendiado. Nasceu com o intuito de não crescer, não possuir alma e para que as suas riquezas fossem exauridas pelo resto do mundo, notadamente os Europeus.
Portugal e Inglaterra, os dominantes e detentores das rédeas, o primeiro, como invasor, em 1500, o segundo, como protetor do rei de Portugal, Dom João VI, sob a tutela da Rainha britânica Maria I, filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão, quando o Príncipe Regente foi forçado a fugir às pressas para a sua maior colônia, Brasil, expulso por Bonaparte, o imperador da França.
O rei embarcou com todo o seu reinado no dia 29 de novembro de 1807, foram necessários oito naus, três fragatas, três brigues e duas escunas para o transporte.
Aportou em Salvador (BA), 54 dias depois, em 22 de janeiro de 1808, onde fundou a primeira Faculdade de Medicina do Brasil, no dia 18 de Fevereiro de 1808.
Depois continuou a viagem para Rio de Janeiro, aportando no dia 8 de março de 1808, declarada como a capital do Império. A cidade contava com 50 mil habitantes, dobrou em 13 anos com a chegada do Imperador. Neste município, o Rei confiscou as melhores casas para os seus auxiliares, despejando os seus proprietários e por intermédio das capitanias hereditárias, presenteou outros portugueses com milhares de glebas de terra em toda a colônia.
O país foi planejado para não ter coesão entre os seus habitantes, um país eivado de todos os tipos preconceitos desde o seu nascimento. Ser índio, negro, pobre ou deles descendentes são motivos mais do que suficientes para viverem no limbo do império. Este ainda é o país do hoje, fruto de todas as atrocidades sociais e desumanas do ontem. País dos 10% mergulhados na riqueza, 20% à procura de viver com dignidade às suas custas e suor, e dos 70% sem vida digna, saúde, educação, segurança e respeito, apesar do escaldante trabalho e do grande sofrimento.
É o único país no mundo, segundo os historiadores, ligado ao mercantilismo leonino, à exploração secular dos colonizadores e que tem o seu nome oriundo de uma mercadoria, o pau Brasil, que significa extrativismo vegetal, exploração do homem por outro homem, devastação das florestas e matança dos gentílicos, executadas sob a chibata no lombo dos escravos e dos índios, com a finalidade ocupar as terras e produzir riquezas para abastecer os colonizadores. Fatos que perduram até os dias atuais, sob a tutela das elites econômicas, artísticas e dos intelectuais que se orgulham dos exploradores europeus.
É bom lembrar, que a miséria brasileira e tudo que aqui falta, sobra nos palácios, museus, igrejas, cofres, festas e nas ruas da Europa, transferidos por séculos sob coerção. Não é motivo de orgulho de nós coloniais e sim de vergonha. Estima-se que, em cinco séculos, 700 das 1.200 nações indígenas foram exterminadas. Nos dois primeiros séculos, de 1531 a 1759 foram mortos mais de 2,5 milhões de autóctones, os verdadeiros brasileiros, os donos do paraíso batizado com o nome Brasil.
A exploração foi tão severa, que em pleno século XXI, não se firmou como nação, continua sendo propriedade das elites endógenas e exógenas, tanto da direita como da esquerda, que utilizam o capitalismo troglodita em benefício próprio. É uma grande colônia sem indústria e sem patentes, vive-se da venda das commodities minerais, vegetais e animais, como também da exportação de cérebros qualificados, e que, devido a miscigenação, de corpos esculturais.
Presencia-se homens que propagam mentirosas ações sociais para enganar um povo sem voz, sem coesão e a passos lentos para constituir uma nação. Povo que perdeu os idiomas, os costumes e a alma no decorrer dos séculos, auxiliado pela Igreja Católica, os Jesuítas, uma companhia francesa, de 1549 a 1759, quando foi expulsa pelo marquês de Pombal.
Quando os portugueses adentraram em terras do Brasil, a população indígena sofreu um processo de extermínio e escravização, que resultou no desaparecimento de muitos povos.
Como todos que vieram ao Brasil, com a finalidade de levarem as suas riquezas, o marquês de Pombal não queria concorrentes, bastava a espada Inglesa nos peitos, e expulsou os jesuítas de todas as suas colônias: Açores, Madeira, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe na costa da África; Cochim, Goa e Colombo no subcontinente indiano; Macau e Nagasaki na Ásia Oriental; Moçambique e Angola na África; e Brasil na America do Sul, inclusive da Metrópole, Portugal, no ano de 1759.
"Ao longo dos séculos, os jesuítas nas suas missões, enriqueceram, pois, além de controlar os indígenas e explorar sua mão de obra, tinham acesso a recursos importantes, como as drogas do sertão exploradas pelos religiosos no Grão-Pará. A partir do século XVIII, a relação da Companhia de Jesus com a Coroa portuguesa foi piorando progressivamente.
A expulsão da Ordem, da metrópole e de todas as suas colônias aconteceu durante a gestão de Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, secretário de Estado de Portugal. Foi uma tentativa da Coroa de centralizar a administração colonial e neutralizar a ação de ordens religiosas que atuavam na colônia de maneira autônoma, sem o controle da metrópole. Ao longo desses séculos, os jesuítas ainda foram expulsos de outras nações europeias." Fonte Mundo Educção
Os jesuítas retornaram ao Brasil em 1842 inicialmente na cidade de Porto Alegre, na antiga Província de São Pedro do Rio Grande do Sul e depois 1844 para todo o país. Contribuiram para a Educação e a Libertação do país.
Naquele tempo, o ouro roubado da coroa era transpotado dentro de toras de madeiras em forma de esculturas ocas, os chamados Santo de Pau Ôco, enquanto maior o Santo e a Fé, maior o tráfico do ouro. Era fundada a maior escola brasileira de corrupção, hoje transformada nesta mega Universidade, com mestrado, doutorado, pós doutorado e cátedra.
A esquerda brasileira, junta à direita capitalista, ano após ano, minam os cofres públicos em seus benefícios, tiram das tetas da viúva os seus sustentos e revesam as rédias do poder.
Os antes pobres e pseudoesquerdistas, hoje fazem parte das elites capitalistas e políticas, fruto de ações contra o erário público, confirmando que ao chegar ao poder ou aos seus quintais passam a se comportar como irmãos siameses.
Sobra dinheiro sujo nas suas contas, comida nos seus buchos e viagens ao exterior, enquanto faltam pão, escola, saúde, segurança e respeito aos 70% que ficam abaixo do ápice da pirâmide social, presenteados com circo, migalhas, futebol, bets e carnaval.
O pior, ainda possuem apoiadores e idólatras, que funcionam como combustíveis a alimentar as desfaçatez dos proprietários e donos da pseudo nação.
Iderval Reginaldo Tenório
Belchior - Populus
Nenhum comentário:
Postar um comentário