terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO - SÓ EM PAÍSES DESENVOLVIDOS? O QUE ACHA?


         
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As clínicas de aborto na Holanda

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Alunos:
Ana Balbachevsky Guilhon Albuquerque
Henrique Affonso Rizzo
Julia Barcha

Aborto: O Papel Social do Direito à Escolha

1.Informações Gerais.


Breve histórico do aborto:

O aborto pode ser traçado até os tempos antigos. Hoje sabemos de mil maneiras de como se abortava naquela época, de exercícios (como por exemplo montar a cavalo ou carregar coisas pesadas) e até alguns chás medicinais, além do desesperado método que consiste em introduzir algum objeto pontudo (como cabides, arames ou agulhas de tricô) pela genitália para arrancar o feto - um método infelizmente ainda muito utilizado nos dias de hoje.

Na era vitoriana, nos Estados Unidos e Inglaterra, foi proibido o aborto; mas mesmo assim, as clínicas continuaram existindo e fazendo propaganda (ainda que disfarçada).

No século XX alguns países legalizaram o aborto, como a Holanda, a URSS e a Suécia. A Alemanha nazista também legalizou o aborto para as mulheres que eram consideradas "hereditariamente doentes"; mulheres germânicas eram, no entanto, proibidas da prática.

O aborto foi legalizado na Holanda em 1981, através da lei "Wet Afbreking Zwangerschap" - que quer dizer "Lei Para o Término da Gravidez". Desde então foram criadas clínicas que vem contando com aparelhos de primeira qualidade e os melhores profissionais na área. As clínicas da StiSAN (Fundação das Clínicas de Aborto Holandesas), têm licença e supervisão do próprio governo: o serviço é gratuito para mulheres residentes na Holanda, graças ao AWBZ (Algemene Wet Bijzondere Ziektekosten), um seguro que cobre custos de bem-estar social excessivamente caros dos cidadãos (algo parecido com a iniciativa do governo brasileiro de dar certos remédios de graça). Estrangeiras também podem ser aceitas nas clínicas, mas terão de arcar pessoalmente com os custos do processo.

A clínica que escolhemos para análise foi a situada em Zwolle, cidade de porte mediano que fica na província Overijsel. Essa clínica começou em 1972, criada e financiada por um grupo esquerdista, um ano após a primeira clínica na holanda ser aberta. É verdade que na época não existiam leis favoráveis ao aborto na Holanda, mas também não haviam leis contra. A legislação vigente foi aprovada no congresso com um voto de vantagem, e a partir daí foi possível o aprimoramento de métodos e tecnologias.

2.Conhecendo a Proposta

Em seu site oficial, é possivel encontrar as seguintes palavras sobre a clínica:
"Nossa clínica ajuda mulheres inteligentes que acreditam ter uma gravidez indesejada. Com mais de 3 anos de prática, as mulheres que aqui vêm tem uma maneira profissonal para terminar sua gravidez. Cada caso é tratado particularmente, tendo um atendimento especial. O cuidado com a mulher é nossa principal preocupação, antes durante e depois do procedimento."

A mulher pode procurar ajuda da clínica até a 13ª semana após sua última menstruação. Lá, ela recebe atendimento médico clínico e psicológico, além um atencioso aconselhamento que está presente em todas as etapas do processo. Não existe nenhuma pressão para que o aborto aconteça, e a paciente também tem acesso a um grupo de ajuda para mulheres que estão com uma gravidez que não sabem se é bem-vinda ou não. A consulta de checagem acontece em geral em menos de três semanas depois do procedimento. As informações dos clientes são completamente confidenciais. Existem, porém, alguns protocolos: menores de 16 anos não podem comparecer sozinhas à clínica para abortarem, mas podem ir para uma consulta sobre anteconcepcionais e sexualidade em geral.


Forma de contato:

Local: Stimezo Zwolle, Oosterlaan 14, 8011 GC Zwolle, Holanda.
Duração: 36 anos
Contato: 00XX 31 384217000, Email: vragen@stimezo-zwolle.nl


3.Discussão

Anticoncepcionais adequados e eficazes (preservativos, implantes hormonais, DIUs, cirurgias como vasectomia e ligadura de trompas, etc.) são disponibilizados gratuitamente (ou ao menos com baixo custo, no caso das cirurgias) pelo governo, e seu uso e funcionamento deve ser claro para todos; a educação sexual livre de preconceitos e direcionada às reais necessidades da natureza humana deve atingir todo cidadão. Espera-se com isso reduzir a incidência de abortos como método anticoncepcional, mantendo-os como medida estritamente emergencial (apesar de não limitada às costumeiras circunstâncias de risco de vida da mãe ou estupro). 

Deve ser fornecida à mãe a opção de ceder seu filho para adoção, regulamentada por instituições capazes e humanitárias, governamentais ou não. Caso se opte por realizar o aborto, este ocorrerá como qualquer outra operação médica: com procedimentos limpos e seguros.

De modo a reforçar a preocupação com o mau uso que possa se fazer do aborto descriminalizado, um esquema de regras torna-se necessário. Julgamos adequado o seguinte sistema:

  • Caso se saiba quem é o pai, este deve estar presente durante todo o processo. Se a paciente possuir um parceiro fixo, este também deve estar presente, ainda que não assuma ou não tenha responsabilidade pela paternidade.
  •  
  • O procedimento só pode ser feito de 8 em 8 anos.
  •  
  • Caso não tenha atingido a maioridade, a paciente precisa da autorização de ambos os pais ou responsáveis.
  •  
  • A paciente pode participar de sessões de análise psicológica antes de realizar o aborto, onde terá a oportunidade de elaborar seus motivos e mudar de idéia caso tenha tomado uma decisão precipitada. Grupos de apoio também são opções.
  •  
  • O aborto só pode ser realizado até o terceiro mês de gestação. Após este período, apenas em casos de má formação fetal, risco de vida da paciente ou situação de estupro (é necessário apresentar o B.O. ao psiquiatra ou psicólogo, pessoa de confiança da paciente).
  • Após o procedimento, a paciente deverá usar um DIU que a impedirá de engravidar por cinco anos.
  •  
  • A clínica deve continuar acompanhando a paciente pelos seis meses subseqüentes à operação, no mínimo.
  •  
  • Dá autonomia à mulher e diminui as chances de crianças indesejadas nascerem, limitando uma vida ruim para crianças que seriam abandonadas por não estarem nos planos de suas progenitoras ou simplesmente geradas em circunstâncias pessoalmente humilhantes, apesar de normais aos olhos da lei.
Mas ao mesmo tempo existem debates sobre danos que o aborto pode causar em mulheres, como o aumento do risco de câncer de mama. E ainda existe o fator da dor que o feto pode ou não sentir no aborto, o que é discutido por razões óbvias: por mais que a mulher tenha direito sobre seu corpo, o feto é um organismo independente que também tem direito à vida e um tratamento adequado. Um argumento mais prático contra o aborto é o financeiro: seria extremamente dispendioso manter um tratamento desta complexidade disponível à população geral.

É inegável que uma criança indesejada pode nascer com uma série de graves problemas que facilitam a e entrada na criminalidade. São estes alguns dos traumas sofridos por uma criança que nasce em um ambiente onde não é querida:

  • doença e morte prematura
  • pobreza
  • problemas de desenvolvimento
  • abandono escolar
  • delinqüência juvenil
  • abuso de menores
  • instabilidade familiar e divórcio
  • necessidade de apoio psiquiátrico
  • falta de auto-estima
Existem milhões de questões envolvendo o aborto, e cada uma delas é polêmica. O que vemos de imprescindível em sua legalização é que, apesar da legislação, o desespero sempre levará muitas mulheres a terminarem uma gravidez forma clandestina e perigosa - e vão fazê-lo de qualquer maneira. Com a descriminalização do aborto, essas pessoas teriam um atendimento decente, sem envolver cabides, agulhas e muito menos facas e remédios. Sem falar que, ao oficializar o processo, seria possível obter dados e mobilizar-se para que as circunstâncias que levaram a mulher a tal estado de vulnerabilidade fossem combatidas.

E, logicamente, a laicidade do estado deve ser respeitada. O aborto descriminalizado é uma questão de escolha, e não é ético e nem inteligente passar por cima de minorias que não vêem problemas no assunto, e que portanto teriam o direito de dispor da operação. A questão fundamental aqui é a hipocrisia, pois a maioria das pessoas que se opõem ao aborto têm acesso seguro à ele através de contatos e propinas.

As clínicas de aborto na Holanda


                                            

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As clínicas de aborto na Holanda

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Alunos:
Ana Balbachevsky Guilhon Albuquerque
Henrique Affonso Rizzo
Julia Barcha

Aborto: O Papel Social do Direito à Escolha

1.Informações Gerais.


Breve histórico do aborto:

O aborto pode ser traçado até os tempos antigos. Hoje sabemos de mil maneiras de como se abortava naquela época, de exercícios (como por exemplo montar a cavalo ou carregar coisas pesadas) e até alguns chás medicinais, além do desesperado método que consiste em introduzir algum objeto pontudo (como cabides, arames ou agulhas de tricô) pela genitália para arrancar o feto - um método infelizmente ainda muito utilizado nos dias de hoje.

Na era vitoriana, nos Estados Unidos e Inglaterra, foi proibido o aborto; mas mesmo assim, as clínicas continuaram existindo e fazendo propaganda (ainda que disfarçada).

No século XX alguns países legalizaram o aborto, como a Holanda, a URSS e a Suécia. A Alemanha nazista também legalizou o aborto para as mulheres que eram consideradas "hereditariamente doentes"; mulheres germânicas eram, no entanto, proibidas da prática.

O aborto foi legalizado na Holanda em 1981, através da lei "Wet Afbreking Zwangerschap" - que quer dizer "Lei Para o Término da Gravidez". Desde então foram criadas clínicas que vem contando com aparelhos de primeira qualidade e os melhores profissionais na área. As clínicas da StiSAN (Fundação das Clínicas de Aborto Holandesas), têm licença e supervisão do próprio governo: o serviço é gratuito para mulheres residentes na Holanda, graças ao AWBZ (Algemene Wet Bijzondere Ziektekosten), um seguro que cobre custos de bem-estar social excessivamente caros dos cidadãos (algo parecido com a iniciativa do governo brasileiro de dar certos remédios de graça). Estrangeiras também podem ser aceitas nas clínicas, mas terão de arcar pessoalmente com os custos do processo.

A clínica que escolhemos para análise foi a situada em Zwolle, cidade de porte mediano que fica na província Overijsel. Essa clínica começou em 1972, criada e financiada por um grupo esquerdista, um ano após a primeira clínica na holanda ser aberta. É verdade que na época não existiam leis favoráveis ao aborto na Holanda, mas também não haviam leis contra. A legislação vigente foi aprovada no congresso com um voto de vantagem, e a partir daí foi possível o aprimoramento de métodos e tecnologias.

2.Conhecendo a Proposta

Em seu site oficial, é possivel encontrar as seguintes palavras sobre a clínica:
"Nossa clínica ajuda mulheres inteligentes que acreditam ter uma gravidez indesejada. Com mais de 3 anos de prática, as mulheres que aqui vêm tem uma maneira profissonal para terminar sua gravidez. Cada caso é tratado particularmente, tendo um atendimento especial. O cuidado com a mulher é nossa principal preocupação, antes durante e depois do procedimento."

A mulher pode procurar ajuda da clínica até a 13ª semana após sua última menstruação. Lá, ela recebe atendimento médico clínico e psicológico, além um atencioso aconselhamento que está presente em todas as etapas do processo. Não existe nenhuma pressão para que o aborto aconteça, e a paciente também tem acesso a um grupo de ajuda para mulheres que estão com uma gravidez que não sabem se é bem-vinda ou não. A consulta de checagem acontece em geral em menos de três semanas depois do procedimento. As informações dos clientes são completamente confidenciais. Existem, porém, alguns protocolos: menores de 16 anos não podem comparecer sozinhas à clínica para abortarem, mas podem ir para uma consulta sobre anteconcepcionais e sexualidade em geral.

Forma de contato:

Local: Stimezo Zwolle, Oosterlaan 14, 8011 GC Zwolle, Holanda.
Duração: 36 anos
Contato: 00XX 31 384217000, Email: vragen@stimezo-zwolle.nl

3.Discussão

Anticoncepcionais adequados e eficazes (preservativos, implantes hormonais, DIUs, cirurgias como vasectomia e ligadura de trompas, etc.) são disponibilizados gratuitamente (ou ao menos com baixo custo, no caso das cirurgias) pelo governo, e seu uso e funcionamento deve ser claro para todos; a educação sexual livre de preconceitos e direcionada às reais necessidades da natureza humana deve atingir todo cidadão. Espera-se com isso reduzir a incidência de abortos como método anticoncepcional, mantendo-os como medida estritamente emergencial (apesar de não limitada às costumeiras circunstâncias de risco de vida da mãe ou estupro). 

Deve ser fornecida à mãe a opção de ceder seu filho para adoção, regulamentada por instituições capazes e humanitárias, governamentais ou não. Caso se opte por realizar o aborto, este ocorrerá como qualquer outra operação médica: com procedimentos limpos e seguros.

De modo a reforçar a preocupação com o mau uso que possa se fazer do aborto descriminalizado, um esquema de regras torna-se necessário. Julgamos adequado o seguinte sistema:
  • Caso se saiba quem é o pai, este deve estar presente durante todo o processo. Se a paciente possuir um parceiro fixo, este também deve estar presente, ainda que não assuma ou não tenha responsabilidade pela paternidade.
  •  
  • O procedimento só pode ser feito de 8 em 8 anos.
  •  
  • Caso não tenha atingido a maioridade, a paciente precisa da autorização de ambos os pais ou responsáveis.
  •  
  • A paciente pode participar de sessões de análise psicológica antes de realizar o aborto, onde terá a oportunidade de elaborar seus motivos e mudar de idéia caso tenha tomado uma decisão precipitada. Grupos de apoio também são opções.
  •  
  • O aborto só pode ser realizado até o terceiro mês de gestação. Após este período, apenas em casos de má formação fetal, risco de vida da paciente ou situação de estupro (é necessário apresentar o B.O. ao psiquiatra ou psicólogo, pessoa de confiança da paciente).
  • Após o procedimento, a paciente deverá usar um DIU que a impedirá de engravidar por cinco anos.
  •  
  • A clínica deve continuar acompanhando a paciente pelos seis meses subseqüentes à operação, no mínimo.
  •  
  • Dá autonomia à mulher e diminui as chances de crianças indesejadas nascerem, limitando uma vida ruim para crianças que seriam abandonadas por não estarem nos planos de suas progenitoras ou simplesmente geradas em circunstâncias pessoalmente humilhantes, apesar de normais aos olhos da lei.
Mas ao mesmo tempo existem debates sobre danos que o aborto pode causar em mulheres, como o aumento do risco de câncer de mama. E ainda existe o fator da dor que o feto pode ou não sentir no aborto, o que é discutido por razões óbvias: por mais que a mulher tenha direito sobre seu corpo, o feto é um organismo independente que também tem direito à vida e um tratamento adequado. Um argumento mais prático contra o aborto é o financeiro: seria extremamente dispendioso manter um tratamento desta complexidade disponível à população geral.

É inegável que uma criança indesejada pode nascer com uma série de graves problemas que facilitam a e entrada na criminalidade. São estes alguns dos traumas sofridos por uma criança que nasce em um ambiente onde não é querida:
  • doença e morte prematura
  • pobreza
  • problemas de desenvolvimento
  • abandono escolar
  • delinqüência juvenil
  • abuso de menores
  • instabilidade familiar e divórcio
  • necessidade de apoio psiquiátrico
  • falta de auto-estima
Existem milhões de questões envolvendo o aborto, e cada uma delas é polêmica. O que vemos de imprescindível em sua legalização é que, apesar da legislação, o desespero sempre levará muitas mulheres a terminarem uma gravidez forma clandestina e perigosa - e vão fazê-lo de qualquer maneira. Com a descriminalização do aborto, essas pessoas teriam um atendimento decente, sem envolver cabides, agulhas e muito menos facas e remédios. Sem falar que, ao oficializar o processo, seria possível obter dados e mobilizar-se para que as circunstâncias que levaram a mulher a tal estado de vulnerabilidade fossem combatidas.

E, logicamente, a laicidade do estado deve ser respeitada. O aborto descriminalizado é uma questão de escolha, e não é ético e nem inteligente passar por cima de minorias que não vêem problemas no assunto, e que portanto teriam o direito de dispor da operação. A questão fundamental aqui é a hipocrisia, pois a maioria das pessoas que se opõem ao aborto têm acesso seguro à ele através de contatos e propinas.

A LEGALIZAÇÃO DA PROSTITUIÇÃO NA HOLANDA- UMA PROFISSÃO LEGAL. HOLANADA RESSUCITA A MAIS ANTIGA PROFISSÃO DO MUNDO.



A vida por trás das vitrines de Amsterdã

As gêmeas Louise e Martine Fokkens compartilham seus genes e uma história classificada como ‘X’

Prostitutas há quase meio século, aos 72 anos preferem contar o lado agradável de sua profissão

Depois de um documentário e dois livros, já escrevem o terceiro



Louise e Martine Fokkens, em 2012, durante um passeio pelo bairro vermelho de Amsterdã.

Louise e Martine Fokkens parecem duas idosas típicas. De cabelos loiros quase brancos e sorriso cativante, sempre se vestem igual e normalmente com tons de vermelho porque, para elas, parecem mais jovens. Mas essas gêmeas holandesas, com 72 anos completados no começo de maio, somam 100 exercendo a prostituição. Juntas, conheceram 350.000 homens. “Ou talvez mais”, diz Martine, sorrindo. São a memória viva do Bairro da Luz Vermelha de Amsterdã.

“O Bairro da Luz Vermelha mudou muito nestas décadas. Agora as holandesas quase não trabalham lá. São todas estrangeiras e não há solidariedade. Com a mudança das leis [a Holanda legalizou a prostituição em bordéis em 2000], é preciso ter muitos documentos e pagar por tudo antes de ter clientes, já que você tem que pagar o Governo. Transformaram a zona em um parque temático”, lamenta, do outro lado do telefone, Louise.

Ela foi a primeira das irmãs Fokkens a chegar ao famoso bairro das vitrines. Tinha 20 anos, um marido desde os 17 e três filhos. Praticamente foi arrastada pelo esposo. Depois de abandoná-la, colocou como condição para voltar para ela e para os seus três filhos que ganhasse dinheiro, embora Louise na época trabalhasse há alguns dias em uma fabrica de lâmpadas. Ela aceitou. O amava. “Me disse que seriam apenas dois anos, pelo bem dos filhos”, conta dando risada, meio século mais tarde. Quando chegou, encontrou o apoio de suas companheiras de cabine: “Foram as putas mais velhas que me ensinaram o que podia ou não fazer e que me ensinaram que não é tão fácil que um homem esteja preparado”, diz em um inglês mesclado com holandês, mas sem papas na língua.

Um ano mais tarde, seria ela quem ensinaria o ofício mais antigo do mundo à irmã gêmea, nada como o amor de uma irmã. O marido de Martine não tinha trabalho e Louise lhe ofereceu trabalhar no bordel limpando cabines. Passados alguns meses, depois de despertar o interesse de alguns clientes, acabou entrando. “Meu marido continuava sem trabalho e lhe disse que queria tentar. Conversamos muito sobre isso e concordou”, lembra.

“Durante muitos anos tivemos muitos, muitíssimos clientes”. Graças a esse sucesso e cansadas de prestar contas a outros, nos anos 80 abriram seu próprio bordel. Chegaram a ganhar tanto dinheiro que puderam comprar um carro em poucos meses, orgulha-se Louise. Os problemas com a Administração lhes levou a fundar The Little Red, o primeiro sindicato independente de prostitutas. Mas o momento amargo para as Fokkens foi quanto tiveram que fechar seu negócio por problemas com grandes empresários da indústria do sexo e com o Governo, disse Louise. Mas não deixaram de trabalhar.

Mais de um cliente pediu Martine em casamento. Louise lembra que alguns a levaram para viajar a Israel, Itália e Espanha, embora fale um pouco de castelhano devido ao seu segundo marido, nascido em Barcelona e com quem teve sua quarta filha (María Conchita). “O que pedem na cama? Muitos querem o jogo da sedução. Quase nunca é ir direto ao ponto desde o começo”, analisa. “Há tantas coisas... As pessoas pensam que só se fazem coisas estranhas, mas muitas vezes é mais normal do que pensam. Eu me divirto”, responde Martine. Talvez por isso e, apesar de ter se aposentado há um ano, quando a chamam ainda têm ânimo para trabalhar. O número 69 marcou a idade com a qual sua irmã se aposentou, já que a artrite impedia alguns movimentos. Se não fosse por isso, ainda hoje continuaria em sua vitrine. “Eu gosto, faz com que eu me sinta jovem”.

Agora são proprietárias de uma pequena loja no centro da cidade na qual vendem postais, quadros próprios e também livros de sua autoria. Muitos aproximam-se para conhecer as gêmeas e tirar fotos com elas. Em 2011, o documentário sobre suas vidas Meet the Fokkens (Conheça as Fokkens, em tradução livre) as tornou famosas fora da cidade e foi exibido em vários canais do mundo. E, depois de publicar On Travel with the Fokkens e The Ladies of Amsterdam — que chegou a ser o número um em vendas de livros de não ficção na Holanda e hoje está em negociações com editoras espanholas, russas e brasileiras —, dedicam seu tempo a escrever um terceiro livro sobre suas vidas.

Depois de ter exposto seu corpo e contado sua história, Louise disse ter notado um maior respeito das pessoas. Ambas suportaram chacotas, provocações, insultos, e seus filhos souberam de sua profissão pelos vizinhos, antes que encontrassem o momento adequado para lhes contar. “Se eu estivesse em sua situação, seria a última a dizer que jamais faria o que minha mãe teve que fazer”, conta uma filha, de um total de quatro de Louise, no documentário. Sem recriminações, afirma sentada ao lado de sua mãe que, apesar de passar vários anos de sua infância em uma casa de abrigo, foi uma criança feliz. Parece seguir a filosofia dos avós. “Depois da desaprovação inicial, meus pais ficaram do meu lado”. “Você é minha filha, não importa o que os outros digam, deixe que eles cuidem de suas próprias vidas”, disseram a ela.

Convencidas de que sempre se ressalta o lado ruim de sua profissão, elas preferem buscar o aspecto agradável. As duas, além de compartilham genes e uma história, concordam que nunca foi o sonho delas serem classificadas como “X”. “Você fez o trabalho, foi uma puta. E nunca se livrará desse nome. Eles sempre dizem isso pra você de muitas maneiras. Que assim seja”. Conselho de irmã para irmã.

A vida por trás das vitrines de Amsterdã As gêmeas Louise e Martine Fokkens compartilham seus genes e uma história classificada como ‘X’






A vida por trás das vitrines de Amsterdã

As gêmeas Louise e Martine Fokkens compartilham seus genes e uma história classificada como ‘X’

Prostitutas há quase meio século, aos 72 anos preferem contar o lado agradável de sua profissão

Depois de um documentário e dois livros, já escrevem o terceiro



Louise e Martine Fokkens, em 2012, durante um passeio pelo bairro vermelho de Amsterdã.

Louise e Martine Fokkens parecem duas idosas típicas. De cabelos loiros quase brancos e sorriso cativante, sempre se vestem igual e normalmente com tons de vermelho porque, para elas, parecem mais jovens. Mas essas gêmeas holandesas, com 72 anos completados no começo de maio, somam 100 exercendo a prostituição. Juntas, conheceram 350.000 homens. “Ou talvez mais”, diz Martine, sorrindo. São a memória viva do Bairro da Luz Vermelha de Amsterdã.

“O Bairro da Luz Vermelha mudou muito nestas décadas. Agora as holandesas quase não trabalham lá. São todas estrangeiras e não há solidariedade. Com a mudança das leis [a Holanda legalizou a prostituição em bordéis em 2000], é preciso ter muitos documentos e pagar por tudo antes de ter clientes, já que você tem que pagar o Governo. Transformaram a zona em um parque temático”, lamenta, do outro lado do telefone, Louise.

Ela foi a primeira das irmãs Fokkens a chegar ao famoso bairro das vitrines. Tinha 20 anos, um marido desde os 17 e três filhos. Praticamente foi arrastada pelo esposo. Depois de abandoná-la, colocou como condição para voltar para ela e para os seus três filhos que ganhasse dinheiro, embora Louise na época trabalhasse há alguns dias em uma fabrica de lâmpadas. Ela aceitou. O amava. “Me disse que seriam apenas dois anos, pelo bem dos filhos”, conta dando risada, meio século mais tarde. Quando chegou, encontrou o apoio de suas companheiras de cabine: “Foram as putas mais velhas que me ensinaram o que podia ou não fazer e que me ensinaram que não é tão fácil que um homem esteja preparado”, diz em um inglês mesclado com holandês, mas sem papas na língua.

Um ano mais tarde, seria ela quem ensinaria o ofício mais antigo do mundo à irmã gêmea, nada como o amor de uma irmã. O marido de Martine não tinha trabalho e Louise lhe ofereceu trabalhar no bordel limpando cabines. Passados alguns meses, depois de despertar o interesse de alguns clientes, acabou entrando. “Meu marido continuava sem trabalho e lhe disse que queria tentar. Conversamos muito sobre isso e concordou”, lembra.

“Durante muitos anos tivemos muitos, muitíssimos clientes”. Graças a esse sucesso e cansadas de prestar contas a outros, nos anos 80 abriram seu próprio bordel. Chegaram a ganhar tanto dinheiro que puderam comprar um carro em poucos meses, orgulha-se Louise. Os problemas com a Administração lhes levou a fundar The Little Red, o primeiro sindicato independente de prostitutas. Mas o momento amargo para as Fokkens foi quanto tiveram que fechar seu negócio por problemas com grandes empresários da indústria do sexo e com o Governo, disse Louise. Mas não deixaram de trabalhar.

Mais de um cliente pediu Martine em casamento. Louise lembra que alguns a levaram para viajar a Israel, Itália e Espanha, embora fale um pouco de castelhano devido ao seu segundo marido, nascido em Barcelona e com quem teve sua quarta filha (María Conchita). “O que pedem na cama? Muitos querem o jogo da sedução. Quase nunca é ir direto ao ponto desde o começo”, analisa. “Há tantas coisas... As pessoas pensam que só se fazem coisas estranhas, mas muitas vezes é mais normal do que pensam. Eu me divirto”, responde Martine. Talvez por isso e, apesar de ter se aposentado há um ano, quando a chamam ainda têm ânimo para trabalhar. O número 69 marcou a idade com a qual sua irmã se aposentou, já que a artrite impedia alguns movimentos. Se não fosse por isso, ainda hoje continuaria em sua vitrine. “Eu gosto, faz com que eu me sinta jovem”.

Agora são proprietárias de uma pequena loja no centro da cidade na qual vendem postais, quadros próprios e também livros de sua autoria. Muitos aproximam-se para conhecer as gêmeas e tirar fotos com elas. Em 2011, o documentário sobre suas vidas Meet the Fokkens (Conheça as Fokkens, em tradução livre) as tornou famosas fora da cidade e foi exibido em vários canais do mundo. E, depois de publicar On Travel with the Fokkens e The Ladies of Amsterdam — que chegou a ser o número um em vendas de livros de não ficção na Holanda e hoje está em negociações com editoras espanholas, russas e brasileiras —, dedicam seu tempo a escrever um terceiro livro sobre suas vidas.

Depois de ter exposto seu corpo e contado sua história, Louise disse ter notado um maior respeito das pessoas. Ambas suportaram chacotas, provocações, insultos, e seus filhos souberam de sua profissão pelos vizinhos, antes que encontrassem o momento adequado para lhes contar. “Se eu estivesse em sua situação, seria a última a dizer que jamais faria o que minha mãe teve que fazer”, conta uma filha, de um total de quatro de Louise, no documentário. Sem recriminações, afirma sentada ao lado de sua mãe que, apesar de passar vários anos de sua infância em uma casa de abrigo, foi uma criança feliz. Parece seguir a filosofia dos avós. “Depois da desaprovação inicial, meus pais ficaram do meu lado”. “Você é minha filha, não importa o que os outros digam, deixe que eles cuidem de suas próprias vidas”, disseram a ela.

Convencidas de que sempre se ressalta o lado ruim de sua profissão, elas preferem buscar o aspecto agradável. As duas, além de compartilham genes e uma história, concordam que nunca foi o sonho delas serem classificadas como “X”. “Você fez o trabalho, foi uma puta. E nunca se livrará desse nome. Eles sempre dizem isso pra você de muitas maneiras. Que assim seja”. Conselho de irmã para irmã.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

UM EXEMPLOA SER SEGUIDO- VIVA A HUMANIDADE

                                                                        
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                             UM EXEMPLO A SER SEGUIDO- VIVA A HUMANIDADE
PROPRIEDADES DA VIDA

Diz este  mortal depois de passar quatro dias na casa do meu irmão mais velho, exemplo de dedicação , de sabedoria, de humildade no  saber conduzir a vida.

Que todos os humanos sigam os seus ensinamentos, bom filho, exemplar irmão,  grande  pai, excelente avô, incansável e paciente esposo , homem probo e um amigo do maior quilate.
Que todos nós sigamos pelo menos parte dos seus  ensinamentos.

Meu irmão , João Reginaldo Tenório, para você todos nós tiramos o chapeu.
Iderval ReginaldoTenório

Diz este simples mortal sobre a vida,  após estes dias de rejuvenecimentos, a Serra do Araripe e os seus mistérios foram  os Temas.




Escutar os mais velhos, ensinar aos mais novos, dialogar com a comunidade e respeitar a todos sem subserviência é uma das melhores maneiras de se viver.
 Iderval Reginaldo Tenório


USA FOR AFRICA - We Are The World - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=Zi0RpNSELas
26 de ago de 2009 - Vídeo enviado por mrflashouse
We are The World Sobre a música: We Are the World é um LP gravado em Janeiro de 1985 por 45 dos ...

USA for Africa - We are the World - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=M9BNoNFKCBI
5 de abr de 2008 - Vídeo enviado por kamikatze07
25.6.2009 - Michael Jackson died 50 years old.... great singer in the past, "broken soul" in the present... USA ...

We Are The World 25 For Haiti - Official Video - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=Glny4jSciVI
12 de fev de 2010 - Vídeo enviado por wearetheworld
Recorded on February 1st, 2010, in the same studio as the original 25 years earlier (Henson Recording Studios ...


Imagine - John Lennon (Legendado) Excellent !!! - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=bBW8g64Vzf8
8 de dez de 2011 - Vídeo enviado por ByNewsFacts
Imagine que não há paraíso, É fácil se você tentar, Nenhum inferno abaixo de nós, Acima de nós apenas o céu ...

John Lennon - Imagine - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=VOgFZfRVaww
20 de dez de 2012 - Vídeo enviado por Emi Records Italy
John Lennon - Imagine. Emi Records Italy. SubscribeSubscribedUnsubscribe 17,96417K. Loading... Loading .

Blowin in The Wind - Bob Dylan - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=3l4nVByCL44
4 de out de 2013 - Vídeo enviado por Naucruz
Blowin in The Wind Bob Dylan How many roads must a man walk down, Before you can call him a man? How ...

Blowing In The Wind (Live On TV, March 1963) - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=vWwgrjjIMXA
11 de set de 2012 - Vídeo enviado por BobDylanTV
Peter, Paul and Mary - Blowing in the Wind - Duration: 3:01. Subtitleman 8,637,857 views · 3:01. Blowin' In ...

Blowin' In The Wind -Bob Dylan - Lyrics - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=G58XWF6B3AA
1 de fev de 2016 - Vídeo enviado por Alex supertramp
Bob Dylan-Blowing in the wind Lyrics - Duration: 2:47. ENIGMA 67,805 views · 2:47. Mr. Tambourine Man ...


PROPRIEDADES DA VIDA

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PROPRIEDADES DA VIDA

Diz este  mortal depois de passar quatro dias na casa do meu irmão mais velho, exemplo de dedicação , de sabedoria, de humildade no  saber conduzir a vida.

Que todos os humanos sigam os seus ensinamentos, bom filho, exemplar irmão,  grande  pai, excelente avô, incansável e paciente esposo , homem probo e um amigo do maior quilate.
Que todos nós sigamos pelo menos parte dos seus  ensinamentos.

Meu irmão , João Reginaldo Tenório, para você todos nós tiramos o chapeu.
Iderval ReginaldoTenório

Diz este simples mortal sobre a vida,  após estes dias de rejuvenecimentos, a Serra do Araripe e os seus mistérios foram  os Temas.




Escutar os mais velhos, ensinar aos mais novos, dialogar com a comunidade e respeitar a todos sem subserviência é uma das melhores maneiras de se viver.
 Iderval Reginaldo Tenório


USA FOR AFRICA - We Are The World - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=Zi0RpNSELas
26 de ago de 2009 - Vídeo enviado por mrflashouse
We are The World Sobre a música: We Are the World é um LP gravado em Janeiro de 1985 por 45 dos ...

USA for Africa - We are the World - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=M9BNoNFKCBI
5 de abr de 2008 - Vídeo enviado por kamikatze07
25.6.2009 - Michael Jackson died 50 years old.... great singer in the past, "broken soul" in the present... USA ...

We Are The World 25 For Haiti - Official Video - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=Glny4jSciVI
12 de fev de 2010 - Vídeo enviado por wearetheworld
Recorded on February 1st, 2010, in the same studio as the original 25 years earlier (Henson Recording Studios ...


Imagine - John Lennon (Legendado) Excellent !!! - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=bBW8g64Vzf8
8 de dez de 2011 - Vídeo enviado por ByNewsFacts
Imagine que não há paraíso, É fácil se você tentar, Nenhum inferno abaixo de nós, Acima de nós apenas o céu ...

John Lennon - Imagine - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=VOgFZfRVaww
20 de dez de 2012 - Vídeo enviado por Emi Records Italy
John Lennon - Imagine. Emi Records Italy. SubscribeSubscribedUnsubscribe 17,96417K. Loading... Loading .

Blowin in The Wind - Bob Dylan - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=3l4nVByCL44
4 de out de 2013 - Vídeo enviado por Naucruz
Blowin in The Wind Bob Dylan How many roads must a man walk down, Before you can call him a man? How ...

Blowing In The Wind (Live On TV, March 1963) - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=vWwgrjjIMXA
11 de set de 2012 - Vídeo enviado por BobDylanTV
Peter, Paul and Mary - Blowing in the Wind - Duration: 3:01. Subtitleman 8,637,857 views · 3:01. Blowin' In ...

Blowin' In The Wind -Bob Dylan - Lyrics - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=G58XWF6B3AA
1 de fev de 2016 - Vídeo enviado por Alex supertramp
Bob Dylan-Blowing in the wind Lyrics - Duration: 2:47. ENIGMA 67,805 views · 2:47. Mr. Tambourine Man ...