sábado, 15 de dezembro de 2018

Cante Lá Que Eu Canto Cá



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PATATIVA DO ASSARÉ
GRANDE POETA CEARENSE
FOI CONSIDERADO JUNTO AOM PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA O
CEARENSE DO SÉCULO


VEJAM O QUE DIZ NAS ESTROFES EM VEMELHO, NAS ROCHAS E NAS PRETAS EM NEGRITOS .

 

Cante Lá Que Eu Canto Cá

Patativa do Assaré


Poeta, cantô de rua,
Que na cidade nasceu,
Cante a cidade que é sua,
Que eu canto o sertão que é meu.

Se aí você teve estudo,
Aqui, Deus me ensinou tudo,
Sem de livro precisá
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá, que eu canto cá.

Você teve inducação,
Aprendeu munta ciença,
Mas das coisa do sertão
Não tem boa esperiença.
Nunca fez uma paioça,
Nunca trabaiou na roça,
Não pode conhecê bem,
Pois nesta penosa vida,
Só quem provou da comida
Sabe o gosto que ela tem.

Pra gente cantá o sertão,
Precisa nele morá,
Tê armoço de fejão
E a janta de mucunzá,
Vivê pobre, sem dinhêro,
Socado dentro do mato,
De apragata currelepe,
Pisando inriba do estrepe,
Brocando a unha-de-gato.

Você é muito ditoso,
Sabe lê, sabe escrevê,
Pois vá cantando o seu gozo,
Que eu canto meu padecê.
Inquanto a felicidade
Você canta na cidade,
Cá no sertão eu infrento
A fome, a dô e a misera.
Pra sê poeta divera,
Precisa tê sofrimento.

Sua rima, inda que seja
Bordada de prata e de ôro,
Para a gente sertaneja
É perdido este tesôro.
Com o seu verso bem feito,
Não canta o sertão dereito,
Porque você não conhece
Nossa vida aperreada.
E a dô só é bem cantada,
Cantada por quem padece.

Só canta o sertão dereito,
Com tudo quanto ele tem,
Quem sempre correu estreito,
Sem proteção de ninguém,
Coberto de precisão
Suportando a privação
Com paciença de Jó,
Puxando o cabo da inxada,
Na quebrada e na chapada,
Moiadinho de suó.

Amigo, não tenha quêxa,
Veja que eu tenho razão
Em lhe dizê que não mêxa
Nas coisa do meu sertão.
Pois, se não sabe o colega
De quá manêra se pega
Num ferro pra trabaiá,
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mêxo aí,
Cante lá que eu canto cá.

Repare que a minha vida
É deferente da sua.
A sua rima pulida
Nasceu no salão da rua.
Já eu sou bem deferente,
Meu verso é como a simente
Que nasce inriba do chão;
Não tenho estudo nem arte,
A minha rima faz parte
Das obra da criação.


Mas porém, eu não invejo
O grande tesôro seu,
Os livro do seu colejo,
Onde você aprendeu.
Pra gente aqui sê poeta
E fazê rima compreta,
Não precisa professô;
Basta vê no mês de maio,
Um poema em cada gaio
E um verso em cada fulô.


Seu verso é uma mistura,
É um tá sarapaté,
Que quem tem pôca leitura
Lê, mais não sabe o que é.
Tem tanta coisa incantada,
Tanta deusa, tanta fada,
Tanto mistéro e condão
E ôtros negoço impossive.
Eu canto as coisa visive
Do meu querido sertão.


Canto as fulô e os abróio
Com todas coisa daqui:
Pra toda parte que eu óio
Vejo um verso se bulí.
Se as vêz andando no vale
Atrás de curá meus male
Quero repará pra serra
Assim que eu óio pra cima,
Vejo um divule de rima
Caindo inriba da terra.

Mas tudo é rima rastêra
De fruita de jatobá,
De fôia de gamelêra
E fulô de trapiá,
De canto de passarinho
E da poêra do caminho,
Quando a ventania vem,
Pois você já tá ciente:
Nossa vida é deferente
E nosso verso também.


Repare que deferença
Iziste na vida nossa:
Inquanto eu tô na sentença,
Trabaiando em minha roça,
Você lá no seu descanso,
Fuma o seu cigarro mando,
Bem perfumado e sadio;
Já eu, aqui tive a sorte
De fumá cigarro forte
Feito de paia de mio.

Você, vaidoso e facêro,
Toda vez que qué fumá,
Tira do bôrso um isquêro
Do mais bonito metá.
Eu que não posso com isso,
Puxo por meu artifiço
Arranjado por aqui,
Feito de chifre de gado,
Cheio de argodão queimado,
Boa pedra e bom fuzí.

Sua vida é divirtida
E a minha é grande pená.
Só numa parte de vida
Nóis dois samo bem iguá:
É no dereito sagrado,
Por Jesus abençoado
Pra consolá nosso pranto,
Conheço e não me confundo
Da coisa mió do mundo
Nóis goza do mesmo tanto.

Eu não posso lhe invejá
Nem você invejá eu,
O que Deus lhe deu por lá,
Aqui Deus também me deu.
Pois minha boa muié,
Me estima com munta fé,
Me abraça, beja e qué bem
E ninguém pode negá
Que das coisa naturá
Tem ela o que a sua tem.


Aqui findo esta verdade
Toda cheia de razão:
Fique na sua cidade
Que eu fico no meu sertão.
Já lhe mostrei um ispeio,
Já lhe dei grande conseio
Que você deve tomá.
Por favô, não mexa aqui,
Que eu também não mêxo aí,
Cante lá que eu canto cá.
 
VACA ESTRELA E BOI FUBÁ.
 
DE PATATIVA DO ASSARÉ COM O FAGNER.

Vaca Estrela E Boi Fubá - Patativa do Assaré - VAGALUME


https://www.vagalume.com.br/patativa-do-assare/vaca-estrela-e-boi-fuba.html
8 de jun de 2011
Letra e música de “Vaca Estrela E Boi Fubá“ de Patativa do Assaré - Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê Vaca Estrela, / Ô ô ô ô ...
 

 DE PATATIVA DO ASSARÉ  COM O LUIZ GONZAGA.

A Triste Partida - Luiz Gonzaga - VAGALUME


https://www.vagalume.com.br/luiz-gonzaga/a-triste-partida.html
31 de jan de 2001.
 

Patativa do Assaré

Poeta popular

Biografia de Patativa do Assaré

Patativa do Assaré (1909-2002) foi um poeta e repentista brasileiro, um dos principais representantes da arte popular nordestina do século XX. Com uma linguagem simples, porém poética, retratava a vida sofrida e árida do povo do sertão. Projetou-se nacionalmente com o poema "Triste Partida" em 1964, musicado e gravado por Luiz Gonzaga. Seus livros, traduzidos em vários idiomas, foram tema de estudos na Sorbonne, na cadeira de Literatura Popular Universal.

Infância e Adolescência

Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva) nasceu no sítio Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do Ceará. Foi o segundo dos cinco filhos dos agricultores Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Com seis anos, perdeu a visão do olho direito em consequência do sarampo. Órfão de pai aos oito anos de idade teve que trabalhar no cultivo da terra, ao lado do irmão mais velho, para sustentar a família.
Com a idade de 12 anos, Patativa do Assaré frequentou uma escola durante quatro meses onde aprendeu um pouco da leitura e se tornou apaixonado pela poesia. Com 13 anos começou a fazer pequenos versos. Com 16 anos comprou uma viola e logo começou a fazer repentes com os motes que lhe eram apresentados.

O Apelido de Patativa do Assaré

Descoberto pelo jornalista cearense José Carvalho de Brito, Patativa publicou seus textos no jornal Correio do Ceará. O apelido de Patativa surgiu porque suas poesias eram comparadas com a beleza do canto dessa ave nativa da Chapada do Araripe.
Com vinte anos, Patativa do Assaré começou a viajar por várias cidades do Nordeste e diversas vezes se apresentou na Rádio Araripe. Viajou para o Pará em companhia de um parente José Alexandre Montoril, que lá morava. Patativa passou cinco meses cantando ao som da viola em companhia dos cantadores locais. Nessa época, incorpora o Assaré ao seu nome. Patativa do Assaré que foi casado com D. Belinha, teve nove filhos.

Primeiro Livro de Poesias

Entre 1930 e 1955, Patativa permanece na Serra de Santana, quando compõe a maior parte de sua poesia. Nessa época, passa a declamar seus poemas na Rádio Araripe, quando é ouvido pelo filólogo José Arraes, que o ajuda na publicação de seu primeiro livro, “Inspiração Nordestina” (1956), onde reuniu vários de seus poemas.

Triste Partida

Mesmo com um linguajar rude falado pelo sertanejo, crivado de erros e mutilações, a poesia de Patativa do Assaré teve projeção por todo o Brasil com a gravação de "Triste Partida" (1964), pelo cantor Luiz Gonzaga:
Setembro passou
Oitubro e Novembro
Já tamo em Dezembro
Meu Deus, que é de nós,
Meu Deus, meu Deus
Assim fala o pobre
Do seco Nordeste
Com medo da peste
Da fome feroz. (...)
A poesia de Patativa do Assaré traz uma visão crítica da dura realidade social do povo sertanejo o que lhe valeu o título de “Poeta Social”. Um exemplo é o poema “Brasi de Cima e Brasi de Baixo:
Meu compadre Zé Fulô,
Meu amigo e companheiro,
Faz quage um ano que eu tou
Neste Rio de Janeiro;
Eu saí do Cariri
Maginando que isto aqui
Era uma terra de sorte,
Mas fique sabendo tu
Que a miséra aqui no Su
É esta mesma do Norte.

Tudo o que procuro acho,
Eu pude vê neste crima,
Que tem o Brasi de Baxo
E tem tem o Brasi de Cima.
Brasi de Baxo, coitado!
É um pobre abandonado;
O de Cima tem cartaz,
Um do ôtro é bem deferente;
Brasi de Cima é pra frente,
Brasi de Baxo é pra trás. (...)
Mesmo longe dos grandes centro, Patativa estava sempre atento com os fatos políticos do país, a política também foi tema de sua obra. Durante o regime militar, ele criticou os militares e chegou a ser perseguido. Participou da campanha das Diretas Já, e em 1984 publicou o poema "Inleição Direta 84".
Patativa do Assaré publicou inúmeros folhetos de cordel, viu seus poemas serem publicados em jornais e revista. Suas poesias foram reunidas em diversos livros, entre eles: “Cantos da Patativa” (1966), “Canta lá Que Eu Canto Cá” (1978), “Aqui Tem Coisa” (1994), entre outros. Com a produção de Fagner, gravou o LP “Poemas e Canções” (1979). Em 1981 lançou o LP  "A Terra é Naturá".

Últimos Anos

Ao completar 85 anos, Patativa do Assaré foi homenageado com o LP "Patativa do Assaré - 85 Anos de Poesia" (1994), com participação das duplas de repentistas Ivanildo Vila Nova e Geraldo Amâncio e Otacílio Batista e Oliveira de Panelas.
Os livros de Patativa do Assaré foram traduzidos em diversos idiomas e seus poemas tornaram-se temas de estudo na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel.
Patativa do Assaré, sem audição e totalmente cego desde o final dos anos 90, faleceu em consequência de falência múltipla dos órgãos, em sua casa em Assaré, Ceará, no dia 8 de julho de 2002.
 
 
 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

UM CEARENSE DE RESPEITO - Capistrano de Abreu - biografia resumida, obras Biografia resu

Capistrano de Abreu - biografia resumida, obras

Biografia resumida, obras principais, importância para a historiografia brasileira, dados do historiador


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Capistrano de Abreu: importante historiador brasileiro
Capistrano de Abreu: importante historiador brasileiro


Quem foi e sua importância

João Capistrano Honório de Abreu, conhecido também como Capistrano de Abreu, foi um importante historiador, que mudou o cenário da historiografia brasileira, no final do século XIX e come do XX. Ele é considerado um dos primeiros grandes historiadores do Brasil e o responsável pela entrada do nosso país no mundo da historiografia moderna.

Uma de suas grandes obras foi o livro Capítulos da História Colonial (1500 – 1800), que foi publicado em 1907.

Capistrano de Abreu atuou também nas áreas de Etnografia (método antropológico de coleta de dados) e Linguística (estudo científico da linguagem).

Hoje, as obras do historiador são vistas como grandes fontes de fatos e informações, que fizeram parte da História brasileira.

Biografia resumida

Capistrano de Abreu nasceu em Maranguape, uma cidade localizada no estado do Ceará, no dia 23 de outubro de 1853.

Capistrano de Abreu começou seus estudos em rápidas passagens por diversas escolas locais.

No ano de 1869, ele viajou para o Recife, onde deu início aos seus cursos voltados para as áreas humanas. Após dois anos no Recife, Capistrano de Abreu decidiu voltar para o Ceará.

Na capital de seu estado natal, Capistrano de Abreu foi um dos fundadores da Academia Francesa, um órgão voltado para cultura e debate, que possuía caráter anticlerical e progressista. A Academia Francesa durou de 1872 a 1875.

Em 1875, Capistrano se estabeleceu no Rio de Janeiro e começou a lecionar no colégio Aquino. Ele também teve participação importante no jornal O Globo. Trabalhou também como redator do jornal Gazeta de Notícias e, principalmente, teve participação da vida literária da corte do país.

Após ser aprovado em concurso público, Capistrano tornou-se bibliotecário, em 1879, da Biblioteca Nacional, onde permaneceu até o ano de 1883. Nesse mesmo ano, Capistrano conseguiu ser aprovado em concurso para o Colégio Pedro II (Rio de Janeiro) ao defender a tese O descobrimento do Brasil e o seu desenvolvimento no século XVI.

Capistrano lecionou Corografia e História do Brasil nesse mesmo colégio.

Grande parte de sua vida foi a dedicada aos estudos de História do Brasil Colonial.

No dia 13 de agosto de 1927, Capistrano faleceu no Rio de Janeiro, cidade onde viveu grande parte de sua carreira profissional.

Curiosidade

- Capistrano de Abreu foi escolhido para integrar a Academia Brasileira de Letras, porém, recusou o convite.

Obras de Capistrano de Abreu:

- Estudo sobre Raimundo da Rocha Lima (1878)

- José de Alencar (1878)

- A língua dos Bacaeris (1897)

- Capítulos de História Colonial (1907)

- Dois documentos sobre Caxinauás (1911-1912)

- Os Caminhos Antigos e o Povoamento do Brasil (1930)

- O Descobrimento do Brasil (1883)

- Ensaios e Estudos (1931-33, póstuma)

- Correspondência (1954, póstuma)


Bibliografia indicada:

As cartas de Capistrano de Abreu

Autor: Amed, fernando José

Editora: Alameda

Ano: 2006

Temas do livro: Biografias, História do Brasil

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Se o cérebro precisa de açúcar para funcionar, por que devemos parar de consumi-lo?



Nutrição

Se o cérebro precisa de açúcar para funcionar, por que devemos parar de consumi-lo?

Mecanismo que abastece nosso organismo de glicose é um exemplo de sobrevivência


Como disse o escritor e químico italiano Primo Levi em seu livro O Sistema Periódico, de 1975, “o destino do vinho é ser bebido, e o da glicose é ser oxidada”. Assim, não é à toa que esse composto orgânico é o principal combustível que fornece energia às células do organismo. Também aos neurônios do nosso cérebro, que, assim como o de todos os mamíferos, precisa de uma dose constante de glicose para funcionar.
No entanto, a OMS recomenda reduzir o consumo de açúcar livre (o que se acrescenta, não o que se encontra de forma natural em alguns alimentos como a frutose, nas frutas, ou a lactose no leite) a menos de 10% da ingestão calórica total do dia, e inclusive estimula que esse consumo seja inferior a 5%, pois isso “produziria benefícios adicionais para a saúde”. Neste ano, também a indústria alimentícia entrou num processo de reformulação de seus produtos para reduzir esses açúcares, além do sal e das gorduras saturadas. Mas por que, se a glicose é fundamental para o funcionamento do cérebro, não é bom que comamos açúcar?

Como o cérebro ‘come’ açúcarA glicose – o termo vem do grego e significa algo como “açúcar de mosto” – é um composto orgânico muito comum na natureza, uma forma de açúcar formado por grandes moléculas que, através da chamada oxidação catabólica, se transforma em moléculas menores e mais simples, um processo que libera uma importante quantidade de energia utilizada para realizar o conjunto de reações químicas e fisicoquímicas que ocorrem em todas as células vivas do organismo, o que se conhece como metabolismo.
O cérebro especificamente consome 5,6 miligramas de glicose por cada 100 gramas de tecido cerebral por minuto, segundo Ramón de Cangas, da Academia Espanhola de Nutrição e Dietética. No cérebro de um indivíduo adulto, acrescenta ele, a maior demanda por energia procede dos neurônios, que têm gostos exigentes: para elas a glicose é primordial, porque, diferentemente das células comuns, que também obtêm energia de outras fontes, os neurônios dependem quase que exclusivamente dessa substância. Por isso, embora o cérebro represente menos de 2% do peso corporal, gasta até 20% da energia total que o organismo fabrica a partir da glicose; é o seu principal consumidor.

De onde tiramos a glicose

A glicose, portanto, é um componente essencial para a vida, e especificamente para o correto desenvolvimento das funções cerebrais. Entretanto, embora seja um açúcar simples, ou monossacarídeo, não é preciso comer açúcar nem alimentos doces para que o organismo conte com a quantidade necessária, um argumento ao qual frequentemente a indústria alimentícia recorre para justificar a inclusão de açúcares nos seus produtos.
Todos os alimentos que ingerimos acabam sendo transformados em glicose, especialmente os carboidratos: cereais, tubérculos, leguminosas, laticínios, frutas e hortaliças
“De fato, se uma pessoa adotasse uma dieta livre de açúcar isso não representaria nenhum problema: o organismo tem vários mecanismos para obter glicose”, aponta De Cangas. “Além de obtê-la através da alimentação, nosso corpo pode sintetizá-la a partir do glicogênio, um polissacarídeo armazenado no fígado e, em menor quantidade, nos músculos. Também se gera glicose a partir de subprodutos das gorduras chamados corpos cetônicos, os quais, em situações de hipoglicemia (baixo conteúdo de açúcar no sangue), podem suprir essa carência.” Outras fontes de energia são os ácidos graxos. “A gordura se armazena em forma de triacilglicerídeos (uma molécula de glicerol e três de ácidos graxos). Nos humanos, os ácidos graxos não podem originar glicose, mas o glicerol pode, embora em quantidades mínimas.”

A quantidade certa: nem muito nem muito pouco

Definitivamente, todos os alimentos que ingerimos acabam, em maior ou menor medida, sendo transformados em glicose, ou seja, em energia para o organismo. O tipo de alimento de mais fácil transformação é o grupo dos carboidratos. Eles incluem os açúcares livres, acrescidos a uma infinidade de produtos, mas também muitos outros, como os cereais, tubérculos, leguminosas, laticínios, frutas e hortaliças. Se mantivermos uma dieta saudável e nosso organismo funcionar bem, não há por que se preocupar: o suprimento de glicose está assegurado, mesmo que nunca mais comamos cup cakes. A evolução já se ocupou de criar recursos para obter o principal suprimento de energia celular.
Mas, como é sabido, o organismo pode falhar por múltiplas razões, também no que diz respeito à obtenção de glicose. Quando o fornecimento não é adequado, ou seja, quando a quantidade de glicose no sangue é excessiva ou insuficiente, ocorrem, respectivamente, hiperglicemia e hipoglicemia.

O diabetes é uma das causas mais disseminadas dessa disfunção, e se deve à resistência à insulina entre os afetados por essa doença. A insulina é o hormônio que se encarrega de regular a quantidade de glicose no sangue. Se ela não funciona, pode ocorrer tanto a hiperglicemia (de forma mais frequente) como a hipoglicemia, e as consequências disso são sempre negativas. “Os níveis permanentemente elevados de glicose no sangue podem causar danos em vários órgãos do corpo, como a retina, o rim, as artérias e o sistema nervoso”, diz De Cangas. “Por outro lado, os níveis baixos de glicose (por exemplo, causados pelo diabetes tipo 1 descontrolado) podem conduzir inclusive a um coma diabético e à morte do paciente.”

Quando o cérebro pede comida, está nos mandando um SOS

Se a glicose escasseia surgem várias disfunções e doenças, conforme evidenciou um estudo realizado por pesquisadores da Alemanha e Estados Unidos. “O metabolismo da glicose proporciona o combustível para a função fisiológica do cérebro através da geração de ATP – adenosina trifosfato, a molécula-estrela no processo de obtenção de energia celular nas reações químicas –, a base para a manutenção celular neuronal e não neuronal, assim como para a geração de neurotransmissores”, explica o estudo.

“Se o metabolismo da glicose for alterado”, diz De Cangas, “podem ocorrer várias alterações neurológicas, bem como obesidade, diabetes tipo 2, demência e Alzheimer: um dos sinais mais precoces dessa doença, aliás, é a redução do metabolismo da glicose cerebral”.

Cabe destacar, acrescenta De Cangas, que “se os neurônios não podem obter a glicose que necessitam, pode-se desencadear inclusive um processo de morte celular por autofagia; ao não contar com o alimento necessário para funcionar, estas células cerebrais obtêm a energia de si mesmas até morrerem”.

Por isso, quando os níveis de glicose estão abaixo do necessário, os neurônios enviam uma série de sinais de alarme ao conjunto do organismo: problemas de visão, irritabilidade, ansiedade, suores, enjoo, sonolência, confusão, fraqueza, fome… Um acervo de mensagens que levam a pessoa a corrigir essa falta de glicose ingerindo alimentos. Se a glicose não aumentar, podem ocorrer convulsões, desmaios e inclusive um coma, que poderia terminar com uma morte neuronal. Por outro lado, os sintomas da hiperglicemia (uma concentração de açúcar no sangue superior a 180 miligramas por decilitro) são sede desmesurada, dor de cabeça, problemas de concentração, visão imprecisa, micção frequente e perda de peso.

“Em seu caminho ascendente, que leva ao equilíbrio e por fim à morte, a vida cria uma alça e se agarra a ela”, diz Primo Levi sobre o processo pelo qual a glicose se oxida e vira energia. Sem dúvida, essa biomolécula é um bom exemplo da maravilhosa capacidade do organismo de adotar as mais intrincadas maneiras de se aferrar à existência

RUY APROVA MEDIDAS .Pela primeira vez, governador enfrenta fúria de sindicatos e tem desafio para aprovar medidas











Pela primeira vez, governador enfrenta fúria de sindicatos e tem desafio para aprovar medidas

Servidores acamparam nos corredores da Alba


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Breno Cunha
breno@varelanoticias.com.br
O governador Rui Costa (PT) enfrenta o seu maior desafio desde que assumiu o comando do Palácio de Ondina, em 2015, nesta quarta-feira (12).
O petista tenta aprovar na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) um pacote de medidas para reajustar as contas do governo de modo a estancar a sangria provocada pelo déficit da previdência estadual, que chegará neste ano a quase R$ 5 bilhões.
Pela primeira vez, sindicatos e centrais sempre criticados pela “conivência” com a gestão estadual agora se voltaram contra medidas como, por exemplo, o aumento da alíquota previdenciária de 12% para 14% e a redução da participação do estado no aporte ao Planserv –que culminou na saída da diretora-geral.
Servidores do Sinpojud (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia), APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia) e outros ocupam corredores e plenários da Alba desde a noite desta terça (11).
Uma alternativa do presidente Angelo Coronel (PSD) é votar o pacote em um auditório da Casa que já fui utilizado para sessões ordinárias, depois do incêndio na Alba neste ano. Os servidores, no entanto, pretendem fazer de tudo para evitar que a votação aconteça.
O reinício da sessão está previsto para às 9h30 desta quinta.


Confira quem votou a favor da reforma de Rui:

ADERBAL CALDAS
ADOLFO MENEZES
ALAN CASTRO
ALEX DA PIATÃ
ALEX LIMA
ANGELA SOUSA
ANGELO ALMEIDA
ANGELO CORONEL
ANTONIO HENRIQUE JUNIOR
BIRA COROA
BOBÔ
CARLOS GEILSON
CARLOS UBALDINO
EDUARDO SALLES
FABÍOLA MANSUR
FABRICIO FALCÃO
FATIMA NUNES
GIKA
JANIO NATAL
JOSEILDO RAMOS
JURANDY OLIVEIRA
LUIZ AUGUSTO
MANASSES
MARCELO NILO
MARIA DEL CARMEN
MARQUINHO VIANA
MIRELA MACEDO
NELSON LEAL
NEUSA CADORE
PASTOR SARGENTO ISIDORIO
PAULO RANGEL
REINALDO BRAGA
ROBERTO CARLOS
ROBINHO
ROSEMBERG PINTO
VITOR BONFIM
ZÉ NETO
ZÉ RAIMUNDO



O CÉREBRO- RELEMBRE UM POUCO DO ÓRGÃO MAIS IMPORTANTE

cerebro humano



Cérebro




O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo, pesa aproximadamente 1,3 kg, apenas 2% do peso do corpo, porém, apesar disto recebe cerca de 25% do sangue, que é bombeado pelo coração. Com o aspecto semelhante ao miolo de uma noz, sua massa de tecido cinza-rósea apresenta duas substâncias diferentes, sendo uma branca, na região central, e uma cinzenta, da qual se forma o córtex cerebral.
cerebro humano
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O córtex cerebral, um tecido fino com uma espessura entre 1 e 4 mm e uma estrutura laminar formada por 6 camadas distintas de diferentes tipos de corpos celulares, é constituído por células neurôglias e neurônios. Além de nutrir, isolar e proteger os neurônios, as células neurôglias são tão críticas para certas funções corticais quanto os neurônios, ao contrário do que se pensava alguns anos atrás.

Lobos Cerebrais

O córtex cerebral é dividido em áreas denominadas lobos cerebrais, cada uma com funções diferenciadas e especializadas. 

Na região da testa está localizado o lobo frontal, na área da nuca está o lobo occipital, na parte superior central da cabeça localiza-se o lobo parietal e o lobo temporal é encontrado na região lateral, sob a orelha.
Os lobos parietais, temporais e occipitais estão envolvidos na produção das percepções resultantes das informações obtidas por nossos órgãos sensoriais do que diz respeito à relação do meio ambiente e nosso corpo.

 O lobo frontal, por sua vez, por incluir o córtex motor, o córtex pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento de ações e movimento, assim como no pensamento abstrato.

Hemisférios do Cérebro Humano

Especialização dos hemisférios. (Roberto Lent, 2002)
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Especialização dos hemisférios. (Roberto Lent, 2002)


O cérebro é dividido em hemisférios esquerdo e direito, sendo o primeiro dominante em 98% dos humanos, já que é responsável pelo pensamento lógico e competência comunicativa. Isso porque nele estão duas áreas especializadas, a Área de Broca, córtex responsável pela motricidade da fala; e a Área de Wernick, córtex responsável pela compreensão verbal. Já o hemisfério direito é quem cuida do pensamento simbólico e da criatividade. Nos canhotos estas funções destinadas aos hemisférios estão trocadas.
A conexão entre os dois hemisférios é feita pela fissura sagital ou inter-hemisférica, onde está localizado o corpo caloso. 


Essa estrutura, composta por fibras nervosas brancas (axônios envolvidos em mielina) faz uma ponte para a troca de informações entre as muitas áreas do córtex cerebral. Ambos os hemisférios possuem um córtex motor, que controla e coordena a motricidade voluntária. O córtex motor do hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo do indivíduo, enquanto que o do hemisfério esquerdo controla o lado direito. Um trauma nesta área pode causar fraqueza muscular ou paralisia no indivíduo.


A aprendizagem motora e os movimentos de precisão são executados pelo córtex pré-motor, que fica mais ativa do que o restante do cérebro quando se imagina um movimento sem executá-lo. Lesões nesta área não chegam a comprometer a ponto do indivíduo sofrer uma paralisia ou problemas para planejar ou agir, no entanto a velocidade de movimentos automáticos, como a fala e os gestos, é perturbada.


Além dos hemisférios, de quem dependem a inteligência e o raciocínio do indivíduo, o cérebro é formado por mais dois componentes, o cerebelo e o tronco cerebral, sendo o primeiro o coordenador geral da motricidade, da manutenção do equilíbrio e da postura corporal.


No tronco cerebral encontram-se o bulbo raquiano, o tálamo, o mesencéfalo e a ponte de Varólio. Ele conecta o cérebro à medula espinal, além de controlar a atividade de diversas partes do corpo através da coordenação e envio de informações ao encéfalo; enquanto que o bulbo raquiano cuida da manutenção das funções involuntárias, como a respiração, por exemplo.


O tálamo é o centro de retransmissão dos impulsos elétricos, que vão e vem do córtex cerebral, ao passo que o mesencéfalo recebe e coordena as informações que dizem respeito às contrações dos músculos e à postura. Já a ponte de Varólio, constituída principalmente por fibras nervosas mielinizadas, liga o córtex cerebral ao cerebelo.


Enquanto toda essa motricidade acontece na área de Broca, na área de Wernicke, zona onde convergem os lobos occipital, temporal e parietal, um papel muito importante na produção de discurso é desempenhado. É nesta área que acontece a compreensão do que os outros dizem e que dá ao indivíduo a possibilidade de organizar as palavras sintaticamente corretas.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A PAUTA QUE O PT NÃO UTILIZOU NA CAMPANHA 2018, TUDO PORQUE NÃO TINHA CONDIÇÕES E NEM CRÉDITO PARA FALAR, NÃO TINHA SUSTENTAÇÃO. O PRÓPRIO HADDAD QUE DEVERIA FAZER ALGO PELA EDUCAÇÃO NÃO FEZ.


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A PAUTA QUE O PT NÃO UTILIZOU NA CAMPANHA 2018, TUDO PORQUE NÃO TINHA CONDIÇÕES E NEM CRÉDITO PARA FALAR, NÃO TINHA SUSTENTAÇÃO.
O PRÓPRIO HADDAD QUE DEVERIA FAZER ALGO PELA EDUCAÇÃO  NÃO FEZ.

1-
EDUCAÇÃO
O PT não utilizou esta pauta para garimpar votos porque em 14 anos não olhou para o ensino básico, fundamental e nem para o ensino médio.
Aconteceu o abandono neste segmento, sabiam também que é dos 03 aos 18 anos que se encontram os principais ditames da educação do ser humano e nada fizeram, apenas olhar para a fronde da educação, o ensino superior, o maior equivoco do governo PT, neste setor  segmento o HADDAD, O MERCADANTE, O TASSO GENRO E ORENATO JANINE jogaram todas as fichas e do grupo infantil adolescência e juventude  esqueceram de todos, como consequência este alto grau de marginalidade.

2-
Os governos do PT passaram 14 anos vivendo apenas da venda das commodities , exportaram tudo que o Brasil possuía e extraia in natura- o ferro, a soja, a carne e outras riquezas minerais.

3-
Os governos dos últimos  14 anos dilapidaram o parque industrial nacional e implementou a importação desenfreada de todos os produtos de consumo, da agulha ao automóvel, com esta medida enviava vultosas partes da economia do país para o além mar, em 2-003  a industria participava com 34% do PIB  e em 2016 com 8,8%.

4-
Os governos conseguiram implantar o adoecimento social da população, a famigerada doença
 " O  CONSUMISMO"
 os mais pobres consumindo o que não podiam e o que o país não produzia, a classe média comprando tudo e viajando pelo mundo levando os nossos suados dólares para o exterior, todos  rindo, rindo e rindo,  com esta medida empobreceram o país .

5-
Com a queda da produção industrial, com a venda das commodities o setor serviço passou a ser o carro chefe da economia, porém para pior, pois este setor é o inverso dos outros, enquanto mais ele cresce mais empobrece uma nação subdesenvolvida, pois tudo que o povo consome tem que vir do exterior e como nada produz  tem que importar,   haja dólares sendo transferidos para os países industrializado.   Compra-se tudo que os serviços utilizam para funcionar, este setor não gera emprego e sim subemprego, do porta agulha á tesoura  , do alicate ao xampu.
6-
No setor saúde foi um desastre, todos os hospitais de pequeno porte em todas as cidades do interior brasileiros fecharam as suas portas, os médicos que eram os donos passaram a trabalhar no programa da família e em subempregos terceirizados, um desastre, como  remédio construíram alguns  bons  e grandes hospitais regionais para atender a alta complexidade, todos os exames sofisticados foram introduzidos para poucos pacientes , como consequência a falta de assistência à baixa complexidade,  a morte de uma profissão liberal, a desassistência nas média e pequenas cidades, o abandono da população de baixa renda e como álibi a importação de profissionais de saúde sem comprovação de capacidade ou de graduação, neste período teve que ser criado um serviço de ambulancia para o transporte de pacientes cortando este Brasil de norte a sul e haja CARROS .

7-
A terceirização de todos os setores da economia, principalmente no serviço público.

O país só aguentou por 10 anos, veio a quebradeira, fechamento de indústrias, lojas, clínica, hospitais, sumiço dos planos de saúde, mais de 30 mil leitos do SUS fechados e mais de 2000mil pequenos hospitais fechados, ficando concentrado nas mãos do Estado para  a prática eleitoreira,  cortam-se os procedimentos eletivos durante o ano  e tome mutirões:  mutirão de vesiculas, hérnias, cataratas e tudo no rol da eleição.

Então brasileiros , foi por isso que o PT perdeu, o país não aguentaria mais anos neste sistema.
Agora o pior foi a  CORRUPÇÃO, tanto que todos os líderes estão presos, outros respondendo, outros aguardando a sentença, muitos sendo averiguados e o país nesta derrocada.
A coisa estava decadente.
Iderval Reginaldo Tenório


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