As Carnes Bovinas , Suínas e das Aves ao serem produzidas pelos animais para suprirem a saciedade da sociedade atual, utilizam muitas materias naturais e artificiais, água, grãos, capins e medicamantos como antibiótiocos, anabolizantes e vitaminas.
São necessários 16 mil, 6 mil e 4 mil litros dágua para cada quilo do produto respectivamente, são consumindos pelos animais para cada quilograma de carne , uma média de 45 kilogramas de grãos pelos bovinos, 22 pelos suínos e 10 pelos frangos e perus.
Agora o que chama mais a atenção, é o consumo de antibióticos, pois estes produtos continuam fazendo parte das carnes e são repassados aos seres humanos .
Sabe os senhores que os antibioticos são utilizados para aumentar a produção da carne, pois eles fazem o animal crescer mais rápido e produzir mais. Está aí uma das chaves para a obesidade humana da atualidade.
Ao consumir a carne , o ser humano está consumindo antibióticos.
Antibióticos e a epidemia de obesidade
EM CIÊNCIA, ALGUMAS descobertas são tão indesejadas que precisam ser feitas duas vezes para chamarem a atenção. A constatação de que os antibióticos fazem animais ganharem peso é uma delas. Pecuaristas se aproveitam deste fenômeno há décadas para engordar seus rebanhos, mas só agora cientistas investiram esforço em mostrar que o mesmo ocorre com seres humanos. Em um estudo no periódico “International Journal of Obesity”, Martin Blaser, professor de microbiologia da Universidade de Nova York, compilou dados de vários jovens nascidos na década de 1990, mostrando uma correlação forte entre o uso de antibióticos nos primeiros meses de vida e a obesidade infantil.
Outro trabalho recente do médico, na revista “Nature”, mostrou as possíveis causas do fenômeno: em um experimento, esses medicamentos alteraram a comunidade bacteriana no intestino de camundongos, e aqueles micróbios que prevaleceram causaram mudanças no metabolismo.
Descobrir novos efeitos colaterais em antibióticos, claro, é uma coisa a se lamentar. Essas são drogas que salvam vidas de pacientes com tuberculose e outras infecções graves, e sanitaristas já têm de lidar com o grave problema das bactérias que se tornam resistentes a esses medicamentos.
Durante anos, porém, os efeitos crônicos do uso dos antibióticos foram subestimados, e a obesidade é um deles. Martin Blaser, que já era conhecido da comunidade científica por descobrir o papel da bactéria H. Pylori no câncer gástrico, foi o principal responsável por alertar para o aumento da gravidade do problema.
Descoberto no início do século 20, os antibióticos passaram a ter seu uso generalizado após a Segunda Guerra Mundial, com substanciais benefícios para a saúde pública. No entanto, desde então, sua aplicação tem aumentado drasticamente, chegando ao uso de pelo menos um antibiótico por ano por criança nos Estados Unidos. No entanto, há uma preocupação crescente de que essa exposição possa ter consequências a longo prazo, como revela essa recente pesquisa focada nos efeitos dos antibióticos sobre o desenvolvimento do corpo humano.
"O aumento da obesidade em todo o mundo coincide com o uso generalizado de antibióticos e os nossos estudos fornecem uma ligação experimental. É possível que a exposição precoce de crianças aos antibióticos potencialize a obesidade na vida adulta", diz Martin J. Blaser, professor de medicina da Universidade de Nova York. Porém, segundo ele, ainda são necessários mais estudos que comprovem melhor essa teoria.
Descoberto no início do século 20, os antibióticos passaram a ter seu uso generalizado após a Segunda Guerra Mundial, com substanciais benefícios para a saúde pública. No entanto, desde então, sua aplicação tem aumentado drasticamente, chegando ao uso de pelo menos um antibiótico por ano por criança nos Estados Unidos. No entanto, há uma preocupação crescente de que essa exposição possa ter consequências a longo prazo, como revela essa recente pesquisa focada nos efeitos dos antibióticos sobre o desenvolvimento do corpo humano.
"O aumento da obesidade em todo o mundo coincide com o uso generalizado de antibióticos e os nossos estudos fornecem uma ligação experimental. É possível que a exposição precoce de crianças aos antibióticos potencialize a obesidade na vida adulta", diz Martin J. Blaser, professor de medicina da Universidade de Nova York. Porém, segundo ele, ainda são necessários mais estudos que comprovem melhor essa teoria.
Indústria da carne já consome quatro quintos de todos os antibióticos nos EUA
02 de março de 2013 às 6:00
Por Noelia Gigli (da Redação – EUA)
No ano passado, a Administração de Alimentos e Medicamentos propôs um conjunto de “diretrizes” para frear o uso de antibióticos pela indústria da carne. Desde então, a agência vem ponderando como implementar o novo programa.
A Pew Charitable Trusts divulgou números da agência sobre o uso de antibióticos em fazendas pecuárias e os compararam com o uso humano de antibióticos para tratar a doença, e explicou tudo no infográfico a seguir. Nota-se que, enquanto que o uso de antibióticos por humanos se estabilizou abaixo dos 3 trilhões de kg anuais, as fazendas de gado atingiram um recorde de quase 13 trilhões de kg em 2011. Dito de outra forma, a pecuária está agora consumindo quase quatro quintos dos antibióticos utilizados nos EUA, e seu apetite por eles é crescente.
Em um e-mail, um porta-voz do Pew acrescentou que, enquanto o The American Meat Institut relatou um aumento de 0,2% no total de produção de carne e de aves em 2011 em comparação ao ano anterior, os dados do FDA mostram que o consumo de antibióticos saltou para mais de 2% sobre o mesmo período. Isso sugere que o uso de antibiótico pode estar ficando mais intensivo na produção de carne.
Não é surpreendente que, quando animais são amontoados aos milhares e dosados diariamente com antibióticos, as bactérias que vivem sobre e nos animais se adaptem e desenvolvam resistência a esses antibióticos. Pew expôs mais dados, sobre os resultados da FDA de seu National Antimicrobial Resistance Monitoring System, ou NARMS, que obtém amostras de produtos de carne e as submete a testes para patógenos bacterianos. Mais uma vez, os resultados são preocupantes. Aqui estão alguns destaques apontados pelo Pew no e-mail:
- Cerca de 78% das bactérias Salmonella encontradas em carnes de peru moída eram resistentes a pelo menos um antibiótico, e metade das bactérias eram resistentes a três ou mais;
- Cerca de três quartos das bactérias Salmonella encontradas em amostras de peito de frango eram resistentes a, pelo menos, um antibiótico. Cerca de 12% das amostras de peito de frango e de carnes de peru estavam contaminadas com a Salmonella;
- Bactérias do gênero Campylobacter encontradas em carnes de frango estão resistentes ao antibiótico tetraciclina. Cerca de 95% dos produtos derivados da carne de frango estavam contaminados com Campylobacter, e quase a metade dessas bactérias é resistente à tetraciclina. Isso reflete um aumento em relação a 2012 e 2002.
01 quilograma de carne boniva equivale a 16 mil litros dágua e 44 quilogramas de grãos.
A sociedade mundial terá que encontrar uma maneira de alimentar 7 bilhões de pessoas sem acabar com a natureza, imaginem quando esta população chegar aos 10 bilhões. É o fim do Mundo.
A Pew Charitable Trusts divulgou números da agência sobre o uso de antibióticos em fazendas pecuárias e os compararam com o uso humano de antibióticos para tratar a doença, e explicou tudo no infográfico a seguir. Nota-se que, enquanto que o uso de antibióticos por humanos se estabilizou abaixo dos 3 trilhões de kg anuais, as fazendas de gado atingiram um recorde de quase 13 trilhões de kg em 2011. Dito de outra forma, a pecuária está agora consumindo quase quatro quintos dos antibióticos utilizados nos EUA, e seu apetite por eles é crescente.
Em um e-mail, um porta-voz do Pew acrescentou que, enquanto o The American Meat Institut relatou um aumento de 0,2% no total de produção de carne e de aves em 2011 em comparação ao ano anterior, os dados do FDA mostram que o consumo de antibióticos saltou para mais de 2% sobre o mesmo período. Isso sugere que o uso de antibiótico pode estar ficando mais intensivo na produção de carne.
Não é surpreendente que, quando animais são amontoados aos milhares e dosados diariamente com antibióticos, as bactérias que vivem sobre e nos animais se adaptem e desenvolvam resistência a esses antibióticos. Pew expôs mais dados, sobre os resultados da FDA de seu National Antimicrobial Resistance Monitoring System, ou NARMS, que obtém amostras de produtos de carne e as submete a testes para patógenos bacterianos. Mais uma vez, os resultados são preocupantes. Aqui estão alguns destaques apontados pelo Pew no e-mail:
- Cerca de 78% das bactérias Salmonella encontradas em carnes de peru moída eram resistentes a pelo menos um antibiótico, e metade das bactérias eram resistentes a três ou mais;
- Cerca de três quartos das bactérias Salmonella encontradas em amostras de peito de frango eram resistentes a, pelo menos, um antibiótico. Cerca de 12% das amostras de peito de frango e de carnes de peru estavam contaminadas com a Salmonella;
- Bactérias do gênero Campylobacter encontradas em carnes de frango estão resistentes ao antibiótico tetraciclina. Cerca de 95% dos produtos derivados da carne de frango estavam contaminados com Campylobacter, e quase a metade dessas bactérias é resistente à tetraciclina. Isso reflete um aumento em relação a 2012 e 2002.
01 quilograma de carne boniva equivale a 16 mil litros dágua e 44 quilogramas de grãos.
A sociedade mundial terá que encontrar uma maneira de alimentar 7 bilhões de pessoas sem acabar com a natureza, imaginem quando esta população chegar aos 10 bilhões. É o fim do Mundo.