RAQUEL DE QUEIROZ É CEARÁ- É FORTALEZA Rachel de Queiroz, nasceu em Fortaleza - CE, no dia 17 de novembro de 1910, filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz, descendendo, pelo lado materno, da estirpe dos Alencar (sua bisavó materna — "dona Miliquinha" — era prima José de Alencar, autor de "O Guarani"), e, pelo lado paterno, dos Queiroz, família de raízes profundamente lançadas em Quixadá, onde residiam e seu pai era Juiz de Direito nessa época.
Em 1913, voltam a Fortaleza, face à
nomeação de seu pai para o cargo de promotor. Após um ano no cargo, ele pede
demissão e vai lecionar Geografia no Liceu. Dedica-se pessoalmente à educação de
Rachel, ensinando-a a ler, cavalgar e a nadar. As cinco anos a escritora
leu "Ubirajara", de José de Alencar, "obviamente sem entender nada", como
gosta de frisar.
Fugindo dos horrores da seca de 1915,
em julho de 1917 transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro, fato esse
que seria mais tarde aproveitado pela escritora como tema de seu livro de
estréia, "O Quinze".
Logo depois da chegada, em novembro,
mudam-se para Belém do Pará, onde residem por dois anos. Retornam ao Ceará,
inicialmente para Guaramiranga e depois Quixadá, onde Rachel é
matriculada no curso normal, como interna do Colégio Imaculada Conceição,
formando-se professora em 1925, aos 15 anos de idade. Sua formação escolar pára
aí.
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O blog foi criado para a cultura. Mostra o quanto é importante o conhecimento.Basta um click no artigo. Centro Médico Iguatemi,310.CLINICA SÃO GABRIEL LTDA- 33419630 33425331Participe ,comente, seja seguidor. DR IDERVAL REGINALDO TENÓRIO , 1954 , JUAZEIRO DO NORTE -CEARÁ. 08041988lgvi.1984 CHEGOU EM SALVADOR COM 18 ANOS , MEDICINA NA UFBA. CIRURGIÃO GERAL. driderval@bol.com.br ACESSEM DO AMIGO E RADIALISTA PERFILINO NETO O SEU SITE DE MUSICA eradoradio.com.br
sábado, 2 de março de 2013
FORTALEZA- RAQUEL DE QUEIROZ É CEARÁ
RECIFE-CLARICE LISPECTRO
CLARICE LISPECTRO É RECIFE De origem judaica, Clarice foi a terceira filha de Pinkouss e de Mania Lispector. Nasceu na cidade de Tchetchelnik enquanto seus pais percorriam várias aldeias da Ucrânia fugindo à perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa de 1918-1921. Chegou ao Brasil quando tinha 1 ano e dois meses de idade[1], e sempre que questionada de sua nacionalidade, Clarice afirmava não ter nenhuma ligação com a Ucrânia - "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo" - e que sua verdadeira pátria era o Brasil.[2] A família chega a Maceió em março de 1922, sendo recebida por Zaina, irmã de Mania, e seu marido e primo José Rabin. Por iniciativa de seu pai todos mudaram de nome, exceto Tânia, sua irmã. O pai passou a se chamar Pedro; Mania, Marieta; Leia, sua irmã, Elisa; e Haia, por fim, Clarice. Pedro passou a trabalhar com Rabin, já um próspero comerciante.[1] Com dificuldades de relacionamento com Rabin e sua família, Pedro decide mudar-se para Recife, então a cidade mais importante do Nordeste. Clarice Lispector começou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade de Recife, onde passou parte da infância no bairro de Boa Vista. Estudou no Ginásio Pernambucano de 1932 a 1934. Falava vários idiomas, entre eles o francês e o inglês. Cresceu ouvindo no âmbito domiciliar o idioma materno, o iídiche. Sua mãe morreu em 21 de setembro de 1930 (Clarice tinha apenas 9 anos), após vários anos sofrendo com as consequências da Sífilis, supostamente contraída por conta de um estupro sofrido durante a Guerra Civil Russa, enquanto a família ainda estava na Ucrânia. Clarice sofreu com a morte da mãe, e muitos de seus textos refletem a culpa que a autora sentia e figuras de milagres que salvariam sua mãe.[2] |
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SALVADOR-BA Mãe Menininha do Cantois(CANTUÁ)
Maria Escolástica da Conceição Nazaré - Nasceu
em 10 de fevereiro de 1894 ,conhecida como Mãe Menininha do Gantois em razão do
apelido menininha que recebeu na infância por ser quieta e franzina e sua
posição no terreiro que assumiu. Era filha de Oxum.
Foi a quarta Iyálorixá do Terreiro do Gantois,
e a mais famosa de todas as Iyálorixá brasileiras, foi sucessora de sua mãe
Maria da Glória Nazareth e foi sucedida por sua filha Mãe Cleusa Millet.
Ela vinha de uma longa linhagem de Iyalorixás,
as chefes dos terreiros de candomblé. O Gantois foi fundado em 1849, por sua
bisavó Maria Júlia da Conceição Nazaré.
Na década de 20, foi escolhida para ser a
Iyalorixá do terreiro em virtude da morte de sua tia-avó, Mãe Pulchéria,
enquanto se preparava para assumir o cargo, sua mãe Maria da Glória Nazareth
ficou por um curto período à frente do Gantois.
Aos 29 anos, casou com o advogado Álvaro
MacDowell de Oliveira, descendente de ingleses. Com ele teve duas filhas, Cleusa
e Carmem.
MENININHA DO CANTUÁ É SALVADOR |
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SÃO PAULO- TARSYLA DO AMARAL É SÃO PAULO
Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, 'Sagrado Coração de Jesus', 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce. Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris, na Académie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e Oswald foi encontrá-la. |
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RIO DE JANEIRO-MERCEDES BATISTA- É BRASIL- CONHEÇAM ESTA CIDADE
A MAIOR DANÇARINA E CORIOGRAFA NEGRA DO BRASIL,
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sexta-feira, 1 de março de 2013
O ENCONTRO DE DOIS GÊNIOS
PATATIVA DO ASSARÉ (DO CEARÁ) E LUIZ GONZAGA (DE PERNAMBUCO)
FUI UM FELIZARDO: CONVIVI COM OS DOIS LÁ NO MEU JUAZEIRO DO NORTE
Quando Luiz Gonzaga perambulava nos sertões Nordestino, viu no interior do Ceará dois violeiros chorando, choramingando e saboreando a Triste Partida . Parou, ouviu, escutou, também chorou , ajudou a cantar e de imediato perguntou:
____De quem é esta música, é de domínio popular ou tem autor conhecido?
Um dos violeiros disse ao então sanfoneiro que já se esboçava ser, o Rei de todos os ritmos.
___É de um poeta roceiro cearense lá da cidade do Assaré, chamado Patativa do Assaré.
O Rei logo foi dizendo que queria conhece-lo, perguntou como chegaria até o homem, foi de imediato orientado e no outro dia , lá estava o Rei defronte ao Patativa. Se apresentou, o Patativa se e emocionou com a presença do já grande artista. Luiz Falou de sua intenção de gravar a música , colocaria alguns acordes , apenas exigia que fosse feito um acordo: queria parceria tambem na bela letra.
O Patativa deu um pipouco da molesta e não aceitou, argumentou que a poesia era como se fosse sua filha e filha não tem dois pais, Luiz entendeu o argumento e aceitou gravar a música A Triste Partida. Informou que queria apenas contribuir e impôs uma condição : modificaria a última estrofe , aliás, o último verso, só uma palavra e pronto que daria mais fidedignidade ao enredo da história , para isso utilizou o seguinte argumento.
E disse Luiz ao Patativa do Assaré.
___A última estrofe é assim:
Faz pena o nortista,
tão forte e tão bravo,
viver como escravo,
nas terras do Sul.
Perguntou Luiz ao Patativa , se o Nortista sofre no norte, o Patativa disse que sim, perguntou se o nortista sofre no sul, Patativa disse que sim, então Luiz disse com voz firme , conciliatória , convincente e apaziguadora:
___Então Patativa , o nortista sofre no norte e no sul, ele é escravo tanto no norte como no sul, não é verdade? então gravarei a última estrofe com os seguintes versos, não sendo assim, seria uma injustiça nossa com o povo do sul , pois é exatamenteno sul que nós nortistas escapamos da fome feroz. No sul o nortitsa sofre, é escravo, porem Patativa, no Sul ele vive, ele come, ele veste, ele cria a sua familia, no sul ele encontra trabalho.
E Luiz modificou apenas um dos versos da última estrofe, dando alma,valor,fidelidade e fechando com chave de ouro a bela página após convencer o autor, que lhe informou que era extamente o que queria dizer. E a música A TRISTE PARTIDA virou um hino para o Brasil. E assim ficou a ultima estrofe, na voz doRei Luiz:
____Ficará assim, veja se não ficará melhor e mais fiel.
FAZ PENA O NORTISTA,
TÃO FORTE E TÃO BRAVO,
VIVER COMO ESCRAVO
NO NORTE E NO SUL.
Ficou o velho Patativa radiante e muito alegre , o Luiz como a maior expressão da música brasileira de todos os ritmos de todos os tempos e o Brasil presenteado com o mais fidedigno relato do exodo Nordeste -Sul.
Triste Partida
Patativa do Assaré
Meu Deus, meu Deus. . .
Setembro passou
Outubro e Novembro
Já tamo em Dezembro
Meu Deus, que é de nós,
Meu Deus, meu Deus
Assim fala o pobre
Do seco Nordeste
Com medo da peste
Da fome feroz
Ai, ai, ai, ai
A treze do mês
Ele fez experiência
Perdeu sua crença
Nas pedras de sal,
Meu Deus, meu Deus
Mas noutra esperança
Com gosto se agarra
Pensando na barra
Do alegre Natal
Ai, ai, ai, ai
Rompeu-se o Natal
Porém barra não veio
O sol bem vermeio
Nasceu muito além
Meu Deus, meu Deus
Na copa da mata
Buzina a cigarra
Ninguém vê a barra
Pois a barra não tem
Ai, ai, ai, ai
Sem chuva na terra
Descamba Janeiro,
Depois fevereiro
E o mesmo verão
Meu Deus, meu Deus
Entonce o nortista
Pensando consigo
Diz: "isso é castigo
não chove mais não"
Ai, ai, ai, ai
Apela pra Março
Que é o mês preferido
Do santo querido
Senhor São José
Meu Deus, meu Deus
Mas nada de chuva
Tá tudo sem jeito
Lhe foge do peito
O resto da fé
Ai, ai, ai, ai
Agora pensando
Ele segue outra tria
Chamando a famia
Começa a dizer
Meu Deus, meu Deus
Eu vendo meu burro
Meu jegue e o cavalo
Nós vamos a São Paulo
Viver ou morrer
Ai, ai, ai, ai
Nós vamos a São Paulo
Que a coisa tá feia
Por terras alheia
Nós vamos vagar
Meu Deus, meu Deus
Se o nosso destino
Não for tão mesquinho
Cá e pro mesmo cantinho
Nós torna a voltar
Ai, ai, ai, ai
E vende seu burro
Jumento e o cavalo
Inté mesmo o galo
Venderam também
Meu Deus, meu Deus
Pois logo aparece
Feliz fazendeiro
Por pouco dinheiro
Lhe compra o que tem
Ai, ai, ai, ai
Em um caminhão
Ele joga a famia
Chegou o triste dia
Já vai viajar
Meu Deus, meu Deus
A seca terrível
Que tudo devora
Lhe bota pra fora
Da terra natá
Ai, ai, ai, ai
O carro já corre
No topo da serra
Oiando pra terra
Seu berço, seu lar
Meu Deus, meu Deus
Aquele nortista
Partido de pena
De longe acena
Adeus meu lugar
Ai, ai, ai, ai
No dia seguinte
Já tudo enfadado
E o carro embalado
Veloz a correr
Meu Deus, meu Deus
Tão triste, coitado
Falando saudoso
Seu filho choroso
Exclama a dizer
Ai, ai, ai, ai
De pena e saudade
Papai sei que morro
Meu pobre cachorro
Quem dá de comer?
Meu Deus, meu Deus
Já outro pergunta
Mãezinha, e meu gato?
Com fome, sem trato
Mimi vai morrer
Ai, ai, ai, ai
E a linda pequena
Tremendo de medo
"Mamãe, meus brinquedo
Meu pé de fulô?"
Meu Deus, meu Deus
Meu pé de roseira
Coitado, ele seca
E minha boneca
Também lá ficou
Ai, ai, ai, ai
E assim vão deixando
Com choro e gemido
Do berço querido
Céu lindo azul
Meu Deus, meu Deus
O pai, pesaroso
Nos filho pensando
E o carro rodando
Na estrada do Sul
Ai, ai, ai, ai
Chegaram em São Paulo
Sem cobre quebrado
E o pobre acanhado
Procura um patrão
Meu Deus, meu Deus
Só vê cara estranha
De estranha gente
Tudo é diferente
Do caro torrão
Ai, ai, ai, ai
Trabaia dois ano,
Três ano e mais ano
E sempre nos prano
De um dia vortar
Meu Deus, meu Deus
Mas nunca ele pode
Só vive devendo
E assim vai sofrendo
É sofrer sem parar
Ai, ai, ai, ai
Se arguma notícia
Das banda do norte
Tem ele por sorte
O gosto de ouvir
Meu Deus, meu Deus
Lhe bate no peito
Saudade lhe molho
E as água nos óio
Começa a cair
Ai, ai, ai, ai
Do mundo afastado
Ali vive preso
Sofrendo desprezo
Devendo ao patrão
Meu Deus, meu Deus
O tempo rolando
Vai dia e vem dia
E aquela famia
Não vorta mais não
Ai, ai, ai, ai
Distante da terra
Tão seca mas boa
Exposto à garoa
À lama e o paú
Meu Deus, meu Deus
Faz pena o nortista
Tão forte, tão bravo
Viver como escravo
No Norte e no Sul
Ai, ai, ai, ai
Setembro passou
Outubro e Novembro
Já tamo em Dezembro
Meu Deus, que é de nós,
Meu Deus, meu Deus
Assim fala o pobre
Do seco Nordeste
Com medo da peste
Da fome feroz
Ai, ai, ai, ai
A treze do mês
Ele fez experiência
Perdeu sua crença
Nas pedras de sal,
Meu Deus, meu Deus
Mas noutra esperança
Com gosto se agarra
Pensando na barra
Do alegre Natal
Ai, ai, ai, ai
Rompeu-se o Natal
Porém barra não veio
O sol bem vermeio
Nasceu muito além
Meu Deus, meu Deus
Na copa da mata
Buzina a cigarra
Ninguém vê a barra
Pois a barra não tem
Ai, ai, ai, ai
Sem chuva na terra
Descamba Janeiro,
Depois fevereiro
E o mesmo verão
Meu Deus, meu Deus
Entonce o nortista
Pensando consigo
Diz: "isso é castigo
não chove mais não"
Ai, ai, ai, ai
Apela pra Março
Que é o mês preferido
Do santo querido
Senhor São José
Meu Deus, meu Deus
Mas nada de chuva
Tá tudo sem jeito
Lhe foge do peito
O resto da fé
Ai, ai, ai, ai
Agora pensando
Ele segue outra tria
Chamando a famia
Começa a dizer
Meu Deus, meu Deus
Eu vendo meu burro
Meu jegue e o cavalo
Nós vamos a São Paulo
Viver ou morrer
Ai, ai, ai, ai
Nós vamos a São Paulo
Que a coisa tá feia
Por terras alheia
Nós vamos vagar
Meu Deus, meu Deus
Se o nosso destino
Não for tão mesquinho
Cá e pro mesmo cantinho
Nós torna a voltar
Ai, ai, ai, ai
E vende seu burro
Jumento e o cavalo
Inté mesmo o galo
Venderam também
Meu Deus, meu Deus
Pois logo aparece
Feliz fazendeiro
Por pouco dinheiro
Lhe compra o que tem
Ai, ai, ai, ai
Em um caminhão
Ele joga a famia
Chegou o triste dia
Já vai viajar
Meu Deus, meu Deus
A seca terrível
Que tudo devora
Lhe bota pra fora
Da terra natá
Ai, ai, ai, ai
O carro já corre
No topo da serra
Oiando pra terra
Seu berço, seu lar
Meu Deus, meu Deus
Aquele nortista
Partido de pena
De longe acena
Adeus meu lugar
Ai, ai, ai, ai
No dia seguinte
Já tudo enfadado
E o carro embalado
Veloz a correr
Meu Deus, meu Deus
Tão triste, coitado
Falando saudoso
Seu filho choroso
Exclama a dizer
Ai, ai, ai, ai
De pena e saudade
Papai sei que morro
Meu pobre cachorro
Quem dá de comer?
Meu Deus, meu Deus
Já outro pergunta
Mãezinha, e meu gato?
Com fome, sem trato
Mimi vai morrer
Ai, ai, ai, ai
E a linda pequena
Tremendo de medo
"Mamãe, meus brinquedo
Meu pé de fulô?"
Meu Deus, meu Deus
Meu pé de roseira
Coitado, ele seca
E minha boneca
Também lá ficou
Ai, ai, ai, ai
E assim vão deixando
Com choro e gemido
Do berço querido
Céu lindo azul
Meu Deus, meu Deus
O pai, pesaroso
Nos filho pensando
E o carro rodando
Na estrada do Sul
Ai, ai, ai, ai
Chegaram em São Paulo
Sem cobre quebrado
E o pobre acanhado
Procura um patrão
Meu Deus, meu Deus
Só vê cara estranha
De estranha gente
Tudo é diferente
Do caro torrão
Ai, ai, ai, ai
Trabaia dois ano,
Três ano e mais ano
E sempre nos prano
De um dia vortar
Meu Deus, meu Deus
Mas nunca ele pode
Só vive devendo
E assim vai sofrendo
É sofrer sem parar
Ai, ai, ai, ai
Se arguma notícia
Das banda do norte
Tem ele por sorte
O gosto de ouvir
Meu Deus, meu Deus
Lhe bate no peito
Saudade lhe molho
E as água nos óio
Começa a cair
Ai, ai, ai, ai
Do mundo afastado
Ali vive preso
Sofrendo desprezo
Devendo ao patrão
Meu Deus, meu Deus
O tempo rolando
Vai dia e vem dia
E aquela famia
Não vorta mais não
Ai, ai, ai, ai
Distante da terra
Tão seca mas boa
Exposto à garoa
À lama e o paú
Meu Deus, meu Deus
Faz pena o nortista
Tão forte, tão bravo
Viver como escravo
No Norte e no Sul
Ai, ai, ai, ai
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A TRISTE PARTIDA - PATATIVA DO ASSARÉ
Um retrato da alma nordestina. Música de Luiz Gonzaga e Poema de Patativa do Assaré.
12- A TRISTE PARTIDA - Luiz Gonzaga - 50 anos de chão - disco 4
- Luiz Gonzaga - 50 anos de chão - disco 4 -------------------------- A Triste Partida Luiz Gonzaga Meu Deus, meu Deus ...
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