terça-feira, 24 de abril de 2018

DITADOS POPULARES DE GRANDES SIGNIFICIDADOS



  
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Durante O Processo De Impeachment
Três Coisas Me Fez  Reverter À Infância, Pois Fazia Parte Do Meu Cotidiano Na Minha Serra Do Araripe,
Nos Meus Estados De Pernambuco E Ceará.

OS FAMOSOS DITADOS-
1-
Dito por um senador do Mato Grosso-
 José Medeiros

"Tem um ditado na minha terra que diz" 
1- MALANDRO QUANDO SABE QUE VAI CAIR, ELE SE DEITA.

2

Dito por um senador do Rio Grande Do norte-
Agripino Maia
"Como se diz lá nomeu Nordeste"
2-A DILMA ESCAPOU FEDENDO
quando na segunda votação  não ficou inelegível por 08 anos 

3-

O mais contundente  , selando um acórdão( CHAMO DE ACORDÃO) dito pelo presidente Renan Calheiro das Alagoas

"Como se fala lá nas minhas Alagoas" 
3-ALÉM DA QUEDA COICE.
Quando convocou  os seus pares e livrou a Dilma do impedimento a cargos Públicos por 08 anos.


4-

Noutro dia numa plenaria do Conselho Regional um jovem conselheiro saiu com esta pérola.

4- ELE SE FEZ DE MORTO PRA GANHAR SAPATO NOVO


5-

Num acalorante debate  sobre a grande carga de trabalho para alguns magistrados e pequenas para outros , o eminete juíz assim se pronunciou.

BURRO BOM, CARGA MAIOR.


6-
E para encerrar sobre descisões jurídicas o causídico assim se manifestou

6-QUEM PODE MAIS , PODE MENOS.

Isto fez com que  muitos enetendessem a posição do Ministro Ricardo Lewandowski e dos 81  senadores ao cotar em zero   a pena para a deposta ex.presidente Dilma Rousseff, não lhes tirando os direitos políticos por 08 anos, o que reza a cartilha magna do país.  

Iderval Reginaldo Tenório

Almir Rogério - Fuscão Preto - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=P0M0O_n2T_E
20 de jan de 2013 - Vídeo enviado por jukebox4all
Sucesso de Almir Rogério Me disseram que ela foi vista com outro Num fuscão preto pela cidade a ...

Fuscão Preto Trio Parada Dura - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=U5BGX_7ucEQ
17 de fev de 2009 - Vídeo enviado por AleZawadzki
Fuscão Preto Trio Parada Dura Me disseram que ela foi vista com outro Num fuscão preto pela cidade ...
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segunda-feira, 23 de abril de 2018

AOS MÉDICOS BAIANOS- A Associação Bahiana de Medicina (ABM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), ante as notícias de impasse no resultado das eleições

      


      



AOS MÉDICOS BAIANOS

A Associação Bahiana de Medicina (ABM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), ante as notícias de impasse no resultado das eleições para a Diretoria do Sindicato dos Médicos no Estado da Bahia (Sindimed), da designação de nova Comissão Eleitoral composta por sindicalistas representantes de outras categorias de trabalhadores e da judicialização do processo eleitoral, vêm a público externar a preocupação com possíveis desdobramentos que a indecisão possa causar para a categoria médica. Desta forma, concitam aos atuais dirigentes do Sindimed para que seja respeitado o resultado das urnas e o desejo dos médicos sindicalizados.


Cons. Teresa Cristina Santos Maltez
Presidente – Cremeb


Robson Freitas de Moura
Presidente - ABM

PREFEITO DE CIDADE PAULISTA É PRESO EM FLAGRANTE E CONFESSA TER ESTUPRADO MENINA DE 8 ANOS




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PREFEITO DE CIDADE PAULISTA É PRESO EM FLAGRANTE E CONFESSA TER ESTUPRADO MENINA DE 8 ANOS

22 de abr de 2018

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O prefeito interino de Bariri, Paulo Henrique Barros de Araújo (PSDB), de 34 anos, foi preso por suspeita de raptar e abusar de uma menina de oito anos, na manhã deste sábado (21), no Vale do Igapó, em Bauru (SP). De acordo com o delegado ao portal G1, ele confessou ter estuprado a criança. 

Um advogado que se apresentou como defensor não quis comentar o caso. Após o registro do boletim de ocorrência por flagrante de estupro, Araújo foi levado à cadeia de Barra Bonita, às 19h50. Segundo a Polícia Militar, o político pegou a criança no Núcleo Habitacional José Regino e se dirigiu até um matagal, onde o carro acabou caindo em um buraco. 

Conforme informações do boletim de ocorrência, nesse momento a menina conseguiu se desvencilhar do prefeito, saiu correndo e pediu ajuda a um casal que passava pelo local, dizendo que havia sido abusada por um homem de barba.

domingo, 22 de abril de 2018

Entendam o porquê os preços estão subindo neste governo( TEMER) que capenga , que manca e claudica.O congelamento de Dilma



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Entendam o porquê os preços estão subindo neste governo( TEMER)  que capenga , que manca e claudica.

O congelamento de Dilma



1-A gasolina, a energia e  o telefone foram congelados

2-A Folha de Pagamento das  grandes  Empresas foram desoneradas, só os pequenos pagam impostos.

3-O Governo contratou milhares de Funcionários Públicos sem necessidade, aumetando o Custo Brasil, criou a indústria do concurso puramente eleitoreiro, uma vez que sabia que nao poderia contratar tanta gente, hoje a máquina está edemaceada.

4- O Governo maquiou o Câmbio para o real não cair.

5-O Governo aumentou os salários para camuflar a volta da inflação e a aqueda do PIB, como tudo que se compra é importado,  enquanto mais se compra mais dinheiro vai para o exterior, para os fabricantes, geralmente Asiáticos.

6-Como o país nada produzia e tudo importava, tinha que sobreviver com a venda das commodities, foi este modus que acabou com o campo na produção da carne e  da soja  contaminando  a terra e as águas.

7-Foi ordenando a grande exploração do ferro pela mineradora para compensar a balança comercial , isto provocou o desastre de Mariana , "explorem que  queremos dinheiro, aconteça o que acontecer escavaquem, não interessa os dejetos e nem os estragos, queremos dólares"

8-O governo pegou o denheiro do ensino Básico e Fundamental , que era para educar os jovens dos 02 aos 18 anos , repassou para os milhares de amigos, os empresários de Escolas Superiores de pifia qualidade, com esta medida jogou na sarjeta os meninos e as meninas do Brasil até os dezoito anos, hoje muitos engrossando as fileiras da prostituição e da marginalidade, este dinheiro enricou milhares de amigos do rei.

9-O Governo acochou a classe produtiva , industria, serviços e comercio com escorchantes impostos , criando  inclusive taxas para tudo.

10-O Governo partidarizou as Estatais com gente de suas cores, empregou muitos afilhados e dirigentes , estes minaram as Empresas e os seus fundos como: PETROS, FUNDO COREIO, CASSI E CAIXA ECONOMICA, hoje todos bichados, todos eram do PT e partidos aliados,  o mensalão e a LAVA JATO em foco.


  1. Pregou o desastre geral, está nesta propriedade os reajustes do governo Temer para não sepultar o Brasil de um vez , todos as medidas foram simpáticas e eleitoreiras para o Lula e a Dilma e não eleitoreiras para quem assumisse depois dque os dois saíssem , ou reajusta ou fecha eis  a questão,  e nós pagando, pagando, pagando e pagando, a morte do país tem nome, pais e endereço.

                  Iderval Reginaldo Tenório      

O congelamento de Dilma

O MAIOR ENGANO DO GOVERNO E O MAIOR DESASTRE  .

QUEM NÃO ESTUDA NÃO CONHECE A HISTÓRIA DA NAÇÃO

Os preços sensíveis aos custos de energia e ao câmbio ficaram aprisionados. A indústria não podia exportar com o câmbio controlado
por Paulo Rabello de Castro

Não é o que alguns podem pensar. A proposta não é congelar Dilma, e sim falar do congelamento por ela praticado sobre nós. Mas qual? Até a própria autora da façanha pode não ter se dado conta do congelamento de preços por ela ordenado entre 2013 e 2014, quando Dilma repetiu o Sarney de 1986, com seu Plano Cruzado. Mas o Plano Dilma se diferenciou do de Sarney num ponto fundamental: o controle dos preços foi indireto, nunca decretado em âmbito geral.

O congelamento de Dilma foi específico para os fins políticos a que se destinava. E isso foi conseguido. Começou segurando as tarifas e outros preços sob controle do Planalto. Num anúncio bombástico, ainda em 2013, Dilma rebaixou as tarifas de energia em 18%. Em paralelo, sem anúncio formal, o Planalto ia travando o repasse do custo do barril de petróleo sobre os combustíveis vendidos no mercado interno. Resultado bem conhecido: a energia “barata” arrebentou as finanças das empresas distribuidoras e sufocou investimentos no setor; a Petrobras, pobre dela e, sobretudo, seus miseráveis acionistas, foram vilipendiados pelo “suicídio” imposto à empresa, com direito a corda, banquinho e empurrão.

Existe outro aspecto do congelamento de Dilma que passou desapercebido: o papel do câmbio, manobrado por supostas “razões técnicas” pelo Banco Central, que assinou contratos de entrega futura de dólares a preços ruinosos a fim de conter a queda do real. A conta chegou com a desvalorização pós-eleitoral, gerando (até agora) R$ 100 bilhões em prejuízos aos pagadores de impostos, decorrentes dos contratos liquidados. Mas onde estaria, afinal, a vantagem política do congelamento seletivo de Dilma? A inflação amordaçada. O custo das fontes de energia foi contido, deixando a conta amarga para 2015. Os chamados “preços administrados” ficaram congelados em 1,6% de variação em 2013, passando a 5% no pós-eleição, para explodir em 17,9% no fim do ano passado. Aí os efeitos danosos da manobra se multiplicaram. E os preços afetados pelo câmbio, que batem no custo de vida dos eleitores, tiveram sua curva inflacionária contida em 1% (IPA-FGV) até outubro de 2014, para saltarem a 10,7%, nos 12 meses seguintes. No período, o câmbio foi de R$ 2,45 por dólar para R$ 3,87.


Dilma e sua equipe, sem desconfiar da própria esperteza, aperfeiçoaram o artifício de um congelamento sarneyzista de preços, salários e câmbio. Com Sarney, a medida era geral e ostensiva. Com Dilma, a manobra foi astuta e seletiva. Os preços livres continuaram liberados, principalmente os salários, garantindo a felicidade momentânea dos eleitores. Os preços sensíveis aos custos de energia e ao câmbio ficaram aprisionados. A indústria não podia exportar com o câmbio controlado; mas encarou uma espiral de salários, embalada pelos então flamejantes setores de serviços e da construção civil, impulsionados por gastos públicos e crédito a todo o vapor. Foi, portanto, um congelamento dissimulado e segmentado, mas muito eficaz, de resultado cirúrgico sobre o placar eleitoral.

Economistas debaterão anos a fio sobre aspectos curiosos do congelamento dilmista como, por exemplo, o fato de a medida não haver incidido sobre os salários e a despesa pública. O que seria visto como catástrofe pelo lado técnico, foi “genial” pelo aspecto eleitoral. Só que o rescaldo de um congelamento seletivo é sempre mais grave. Pagaremos mais caro para sair dessa do que o freezer da era Sarney. O desemprego, a recessão, a redução do poder aquisitivo, a destruição de riqueza, tudo será mais agudo e penoso. Isso explica a surpresa — para muitos — da intensidade do recuo da economia em 2015. E seu trágico prolongamento neste ano e no próximo, na ausência de uma reação à altura da tragédia instalada.

Paulo Rabello de Castro é coordenador do Movimento Brasil Eficiente


sábado, 21 de abril de 2018

EDUCAÇÃO BÁSICA COMO SOLUÇÃO




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 EDUCAÇÃO BÁSICA COMO SOLUÇÃO
                   
                  A Educação de um povo é o principal pilar para o exercício da cidadania e o maior impulso para a sua   independência  .

                  O Nível de educação de uma população se espraia  nos seus elementos , cria no seu âmago uma estratificação de conhecimentos crescentes.
                   De acordo com a evolução e com o oferecimento do ensino os  elementos crescem na escala social elevando o seu grau de entendimento e de liberdade
.
                  A contemplação de um ser humano a   cidadão, independe do seu grau de instrução, seja ele letrado, estudado, culto ou analfabeto goza dos mesmos princípios da Constituição Federal, não cabendo desconhecer os seus direitos e deveres, agora é claro e notório que,  enquanto maior o índice de escolaridade, enquanto maior o grau de conhecimentos, tem este cidadão maior poder de discernir e optar por determinadas diretrizes.

                 Como alicerce e  radier  é o ensino primário acoplado ao ensinamento  familiar a   bandeira principal e a raiz da árvore educacional  de um cidadão.

                Baseado nestes princípios, abordarei alguns fatos que poderão despertar o  debate entre os responsáveis pela área educacional.

                 É sabido que no Brasil  a Escola Primária é de responsabilidade do  Município,   por entender que é neste território que o  cidadão mora.
               Acontece que  este limitado e autônomo sítio  é dirigido por um  cidadão chamado Prefeito. Dirigente este  oriundo  de qualquer camada social , viciadamente eleito por interesses de alguns segmentos  da população, eleito desde quando seja escolarizado , depois de eleito,  tem plenos poderes de dar o destino que lhe convier a este nível educacional, nem sempre é sua prioridade. 

                Fato relevante também, é a localização, a região , a renda  e o peso político de cada município, sem esquecer as prioridades , as vontades , o  moderno coronelismo e outros fatos intestinais pertinentes a cada povo.

             O que proponho ao debate e à discussão, é criar uma pauta para Federalizar este segmento Educacional, uma vez que todo cidadão é antes de tudo um Cidadão  Brasileiro e tem direito constitucional basilar. 
             Antes de ser Paulistano, Soteropolitano,  Juazeirense, Canudense, Piripiriense, Caxiense ou Santista,  o Cidadão é BRASILEIRO . Este brasileiro não deve sofrer qualquer tipo retaliação , seja regional, financeira, religiosa, de raça, gênero sexual ou preferência política, ele tem direito  por lei a um ensino básico de qualidade  em qualquer recanto que viva, isto é , um ensino homogêneo em todo o território nacional, entendo que  nesta fase da vida, a Escolaridade Primária é  considerada uma atitude de Estado , uma atitude pétrea e não de Governo, seria inclusive criado um departamento dentro do ministério da educação  só para assistir os adolescentes incentivando-o à cidadania.

                  Com esta modalidade, todo cidadão brasileiro de Norte a Sul , de leste a Oeste teria assegurado até os 14 anos de idade uma educação igualitária em todo o território nacional, educação esta regida pelas mesmas leis, com o mesmo conteúdo de informação, comandado por um único dirigente nacional e supervisionado pelas autoridades municipais,  desta maneira, teria o Brasil  uma população adolescente com as mesmas chances de enfrentar a diversidade  da vida na fase mais difícil da sua existência , que é a segunda etapa da adolescência, dos 14 aos 20 anos de vida.

                   Nesta segunda etapa, o Município e o Estado teriam a obrigação de prosseguir o ensino .

                 O Municipal oferecendo cursos técnicos  profissionalizantes de curta  e média duração, enquanto o Estado , cursos científicos preparatórios para os cursos superiores e  cursos técnicos profissionalizantes de alta complexidade para azeitar a economia , ficando os cursos superiores em segundo plano  e sob a tutela da Rede Privada, Rede Estadual e Rede Federal.

                Acredito que com esta configuração, o pais em breve sairia deste pesadelo educacional e deste boom de marginalidade, fruto da pouca escolaridade e da pouca ocupação dos adolescentes em todos os níveis sociais.

                 Teria o pais uma conduta equânime , cada cidadão teria direito à mesma carga de ensino, a verba seria pulverizada nacionalmente independente da arrecadação do município.  A Escolarização Primária seria responsabilidade  do Governo Federal, só assim seria assegurado a cada cidadão , as mesmas ferramentas para se enfrentar a tão concorrida  vida  , dando cabo a este famigerado fosso social.
 
 A Educação básica e  irrestrita é de responsabilidade da União, está aí um bom álibi  para uma justa  distribuição dos royalties do Petróleo.

Iderval Reginaldo Tenório
Salvador Janeiro de  1996

POSSE DA NOVA DIRETORIA DO COLEGIO BRASILEIRO DE CIRUGIÕES CAPITULO BAHIA



POSSE DA NOVA DIRETORIA DO COLEGIO BRASILEIRO DE CIRUGIÕES CAPITULO BAHIA


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PROF IZIO KOWES  EX-PRESIDENTE -IDERVAL TENÓRIO-NOVO PRESIDENTE DR ANDRÉ GUSMÃO- E DR SAVINO GASPARINI NETO PRESIDENTE NACIONAL DO COLEGIO .


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   PROFESSOR RENÊ MARIANO- DRA ANA ROMEO( VICE´PRESIDENTE-)  DR ANDRÉ GUSMÃO NOVO PRESIDENTE- DR ADIL DUARTE , IDERVAL TEN

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                       DR ADIL DUARTE SUB SECRETÁRIO SAÚDE DA BAHIA-             DR PAULO BENIGNO DIRETOR DO HOSPITAL  SAN RAFAEL E COORDENADOR DE CURSO DA UNIVERSIDADE UNIME. 






                LEIAM O DISCURSO DE POSSE 

           DISCURSO DO NOVO PRESIDENTE 
           DR ANDRÉGUSMÃOCUNHA
Prezados convidados,
Quero agradecer enormemente a presença de todos aqui nesta noite, quando, juntos, celebramos um modo de viver... o modo de vida do cirurgião...


Ao longo da história o cirurgião tem sido um personagem importante... sempre necessário... nem sempre querido... mas sempre disponível aos chamados daqueles que, em dificuldade, clamam por ajuda, por apoio, por decisão, por pragmatismo, por atitude... e muitas vezes encontram tudo isso na figura, no amparo, ou até mesmo na lâmina do bisturi do cirurgião...
Hoje sabemos que o pai da medicina ocidental, Hipócrates, foi muito influenciado por uma medicina ainda mais antiga do que a grega... a medicina egípcia... o primeiro tratado escrito da medicina, o papiro de Edwin Smith, com data estimada em 1500 anos antes de Cristo, é na verdade um tratado de cirurgia traumática, um compilado de 48 casos, em sua maioria ferimentos de guerra... e não é à toa que Hipócrates sabiamente nos legou esta máxima: “a guerra é a melhor escola do cirurgião”... 
E assim fomos e continuamos a ser personagens importantes em momentos difíceis vivenciados pela humanidade... nem sempre queridos... mas sempre necessários... e sempre disponíveis.

Enquanto a medicina se desenvolvia em escolas, a arte cirúrgica foi passada adiante, ao longo da história ocidental, por cirurgiões barbeiros a seus aprendizes... por vezes sem o conhecimento adequado... mas com a prática e a experiência do dia a dia exigidas para a solução de problemas múltiplos, frequentes, alguns graves, contudo considerados menos dignos para que médicos deles se ocupassem... e enquanto esses mesmos médicos cuidavam, por vezes sem sucesso, de doenças internas (daí o termo medicina interna), cirurgiões eram os técnicos da medicina externa... 

Gosto muito de filmes... e gosto mais ainda de assistir novamente aqueles que mais me agradaram, que mais me tocaram... a cada vez que os revejo percebo algo que não havia notado antes...
Filmes históricos estão entre meus preferidos...
 Retornando ao filme “Mestre dos Mares”, após a primeira batalha um marinheiro ferido é operado pelo médico de bordo... uma craniotomia descompressiva no convés inferior do navio... enquanto isto uma imensa plateia de marinheiros no convés superior observa a cena, em respeitoso silêncio, quase sem respirar, percebendo estupefata a delicadeza e a firmeza dos movimentos do doutor, até que um marinheiro, sem mais conseguir se conter, comenta com o colega ao lado: “este, sim, é um verdadeiro médico e não apenas um cirurgião...” Assim, aos poucos, fomos nos tornando “verdadeiros médicos”... nem sempre queridos... mas sempre necessários... sempre disponíveis... Na mesma época retratada nesse filme, Dom João VI deixou Portugal fugindo da invasão francesa das lusas terras pelas tropas do corso Bonaparte. Chegou ao Brasil nesta cidade do Salvador trazendo sua corte, e, no dia 18 de fevereiro de 1808, fundou a Escola de Cirurgia da Bahia. Assim, nossa escola, a escola de medicina mais antiga do Brasil, a nossa Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia, nasceu CIRÚRGICA... Cirúrgica, nossa escola sempre foi necessária... sempre disponível...
E assim foi, nos episódios mais sangrentos ocorridos no Brasil e na Bahia a então Faculdade de Medicina e Pharmacia da Bahia, por solicitação do governo central, monarquista ou republicano, enviou alunos e professores para a Guerra do Paraguai, e alunos para a Guerra de Canudos, quando atuaram incansáveis, tanto no palco de operações, nos chamados Hospitais de Sangue instalados a alguns metros da linha de fogo, onde se dedicavam a imobilizar fraturas e tamponar hemorragias, quanto também em enfermarias em Salvador, no Terreiro de Jesus e no Hospital Santa Izabel. 

Atendiam não apenas aos feridos nas batalhas, mas também lidavam com os diversos males inseparáveis da guerra, como beribéri, disenteria, impaludismos e outras febres (varíola, pneumonia, hepatite, tifo), além de fome e sede e miséria... aplacaram o sofrimento e consolaram perdas... 
inclusive as infelizes vidas ceifadas de jovens e promissores alunos desta faculdade... no ano de 1897, a cerimônia de formatura aconteceu sem festejos devido a morte de 3 alunos na Guerra de Canudos...
Sempre necessários... sempre disponíveis...

No início do século XX, a Bahia precisava de melhores equipamentos de saúde... atuando como professor e diretor da Faculdade de Medicina da Bahia, o cirurgião Edgard Santos, primeiro Mestre deste capítulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, quem eu tenho o privilégio de pisar em suas pegadas, conseguiu mobilizar junto aos governos federal e estadual recursos para construir dois hospitais , dois eternos ícones de Salvador: o Hospital das Clínicas, mais tarde merecidamente renomeado Hospital Universitário Professor Edgard Santos, e o Hospital Getúlio Vargas. 
Intencionalmente construídos próximos, o professor Edgard Santos sabia o que estava fazendo... o primeiro serviria como um hospital especializado, e o segundo como pronto-socorro deste... 
visionário, Edgard Santos enviou nomes como Tomás Cruz, Heonir Rocha e Álvaro Rabelo para estudar nos melhores serviços especializados nos Estados Unidos e retornar para nossa cidade, para o Hospital das Clínicas...
Durante décadas os dois hospitais funcionaram na mesma calçada... muitos professores da Faculdade de Medicina da Bahia atuavam em ambos...
Quando criança, indo para o Colégio Maristas, passei diversas vezes em frente ao pronto-socorro, como era então conhecido o Hospital Getúlio Vargas... jamais entrei... e jamais entrarei, pois em 1990 sua equipe foi transferida para o bairro de Brotas, onde hoje é o Hospital Geral do Estado, nosso HGE, e o Hospital das Clínicas perdeu seu pronto-socorro... foi um grande baque no que havia planejado tão cirurgicamente Edgard Santos, que ainda fundaria a Universidade da Bahia, hoje Universidade Federal da Bahia...
O HUPES, o HGE e a UFBA nasceram da visão e do trabalho de um cirurgião... nem sempre querido... mas sempre necessário... sempre disponível...
A vida, amigos, é feita de várias coisas... mas uma vida plena é feita também de simbioses... o cirurgião vive uma simbiose muito forte e muito intensa com os hospitais... assim como não há cirurgião sem hospital, não há hospital sem cirurgião...

Por isso, quando um hospital não permite o desenvolvimento e o fortalecimento de sua atividade cirúrgica... quando o hospital sufoca o cirurgião... quando o hospital sucateia seu centro cirúrgico, seu internamento cirúrgico... quando oferece toda sorte de dificuldades ao cirurgião... este hospital simplesmente morre... pois não há hospital sem cirurgião... sempre necessário... sempre disponível...
E é muito triste, doloroso, incompreensível notar que hospitais, que desta maneira insana agem, habitualmente são dirigidos por nossos próprios colegas... médicos.
Da mesma forma, o nascer de uma nova vida muitas vezes requer a cooperação simbiótica de outra vida já constituída... e assim, hospitais quando nascem sempre nascem cirúrgicos...
Este é o nosso estilo de vida... isto é o que somos... cirurgiões... necessários e disponíveis aos chamados de quem precisa de nossa resolução... nosso apoio... nossa ajuda... nosso consolo...
Não é um estilo de vida fácil... também não é simples... e não vem sem grandes renúncias... sem grandes sacrifícios... sem grandes sofrimentos por parte dos cirurgiões...

Nós tomamos burnout no café da manhã... atualmente 50% dos cirurgiões americanos sofrem de síndrome de burnout... nós comemos burnout no almoço... nós jantamos burnout em casa, mas apesar disto 90% dos cirurgiões com burnout escolheriam ser cirurgiões novamente... contudo, pasmem amigos e por favor reflitam, 90% dos cirurgiões com burnout não gostariam que seus filhos se tornassem cirurgiões...
Nós vencemos o burnout... somos cirurgiões e estamos acostumados a grandes batalhas... e como tal somos também nadadores, remadores, corredores, dançarinos, pintores, músicos, cozinheiros, tenistas... jogamos futebol, vôlei, pólo aquático... ou montamos modelos de aviões e navios durante as madrugadas... ou simplesmente lemos um bom livro... ou nos reunimos para discussões clínicas, boas conversas entre amigos, com boa comida, bom vinho e boa companhia... 

Aproveito para pedir desculpas a minha família... acho que arranjei coisas demais para fazer! Disse à Andréa, minha esposa, que este ano eu não iria conseguir equilibrar tudo... e realmente não consegui... a Influenza me derrubou 15 dias atrás... mas eu voltei... e não caio nessa de novo...
Só existe um trabalho pior do que ser André Gusmão... é suportar André Gusmão... e nisso minha família, a quem tudo devo, é mestre... muito, muito obrigado mesmo!...
Eu gostaria também de apresentar aqueles que, juntamente comigo, seremos responsáveis pelo Capítulo da Bahia do Colégio Brasileiro de Cirurgiões... responsáveis sim... pois já recebi do nosso presidente, Dr. Savino Gasparini, a procuração que nos dá essa responsabilidade...
Ana Celia Diniz Cabral Barbosa Romeo... minha vice-mestre... como toda cirurgiã, melhor do que qualquer cirurgião... afinal as mulheres são mais delicadas... mais ternas... mas também mais rigorosas... e mais rígidas... o companheirismo profissional que desenvolvi com Ana me dá muito orgulho, pois eu, que já conhecia seus predicados cirúrgicos, passei também a conhecer e a reconhecer seus predicados de gestora... juntos apresentamos diversos trabalhos com nossos alunos, internos e residentes... 
ganhamos prêmios... publicamos em revista internacional... mas nada disso é maior em Ana do que o fato dela ser esposa do meu queridíssimo amigo romano André Barbosa Romeo, que já foi mestre deste capítulo, outro que tenho o privilégio de pisar as pegadas, e cujo discurso de despedida de sua gestão me marcou enormemente... Ana, muito obrigado por aceitar mais esta missão... você é ONA 3... 
Luiz Vianna de Oliveira, meu primeiro secretário, grande amigo desde a diretoria passada deste capítulo, entusiasta por natureza... com ele tudo parece possível...
Pedro Carlos Muniz de Figueiredo, meu segundo secretário... se algum cirurgião não for disponível suficiente é porque Pedro é disponível demais... com ele não há tempo ruim...
Marcus de Almeida Correia Lima, meu primeiro tesoureiro... eu só aceitei ser mestre porque você aceitou ser meu tesoureiro, posto da mais alta confiança e eu tenho a mais completa em você...
Augusto Jesuíno Lacerda Santos, meu segundo tesoureiro e colega de hospital... escolha pessoal de Dr. Marcus, prontamente acolhida... Jesú, como carinhosamente o chamamos, e sua família têm o CBC no sangue...
Sílvio Prisco Vilasbôas Filho... nosso Depro... Sílvio tem uma das mais importantes missões dentro desta diretoria que é a de buscar a defesa profissional dos cirurgiões em nosso estado...
E por fim, nosso vice-presidente do Setor IV, Professor Izio Kowes, que viveu o CBC com uma vontade e entusiasmo de uma criança na gestão passada, contagiando a todos nós, é o atual presidente do nosso congresso, que se realizará em setembro aqui em Salvador, e é o responsável por este período de renovação que o Capítulo da Bahia está passando...
Muito obrigado a todos por depositar em mim a confiança para liderar esta diretoria...
Antes de encerrar, gostaria de anunciar que, mesmo que nossa diretoria seja destituída amanhã, ela já logrou seu maior êxito na noite de hoje... hoje finalmente nosso amigo Marcus Lima se tornou Titular do CBC... e recebemos 11 novos membros em nosso colégio, dentre eles nosso mais que querido amigo, Márcio Rivison... um feito que nenhuma diretoria havia conseguido até então...
Agradeço mais uma vez a todos por prestigiarem a posse desta diretoria, e dizer que podem contar com o Colégio Brasileiro de Cirurgiões... podem contar com os cirurgiões... estaremos lá... para curar e confortar... para ajudar... para consolar... para chorar... seremos sempre necessários e sempre disponíveis...
Muito obrigado!
André Gusmão Cunha   Bienio 2018/2019 Presidente

POSSE DA NOVA DIRETORIA DO COLEGIO BRASILEIRO DE CIRURGIA CAPITULO BAHIA






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                               MESTRA DRA ANA ROMEO E O MESTRE DR ANDRÉ GUSMÃO CUNHA
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Prezados convidados,
Quero agradecer enormemente a presença de todos aqui nesta noite, quando, juntos, celebramos um modo de viver... o modo de vida do cirurgião...

Ao longo da história o cirurgião tem sido um personagem importante... sempre necessário... nem sempre querido... mas sempre disponível aos chamados daqueles que, em dificuldade, clamam por ajuda, por apoio, por decisão, por pragmatismo, por atitude... e muitas vezes encontram tudo isso na figura, no amparo, ou até mesmo na lâmina do bisturi do cirurgião...

Hoje sabemos que o pai da medicina ocidental, Hipócrates, foi muito influenciado por uma medicina ainda mais antiga do que a grega... a medicina egípcia... o primeiro tratado escrito da medicina, o papiro de Edwin Smith, com data estimada em 1500 anos antes de Cristo, é na verdade um tratado de cirurgia traumática, um compilado de 48 casos, em sua maioria ferimentos de guerra... e não é à toa que Hipócrates sabiamente nos legou esta máxima: “a guerra é a melhor escola do cirurgião”... 

E assim fomos e continuamos a ser personagens importantes em momentos difíceis vivenciados pela humanidade... nem sempre queridos... mas sempre necessários... e sempre disponíveis.


Enquanto a medicina se desenvolvia em escolas, a arte cirúrgica foi passada adiante, ao longo da história ocidental, por cirurgiões barbeiros a seus aprendizes... por vezes sem o conhecimento adequado... mas com a prática e a experiência do dia a dia exigidas para a solução de problemas múltiplos, frequentes, alguns graves, contudo considerados menos dignos para que médicos deles se ocupassem... e enquanto esses mesmos médicos cuidavam, por vezes sem sucesso, de doenças internas (daí o termo medicina interna), cirurgiões eram os técnicos da medicina externa... 


Gosto muito de filmes... e gosto mais ainda de assistir novamente aqueles que mais me agradaram, que mais me tocaram... a cada vez que os revejo percebo algo que não havia notado antes...

Filmes históricos estão entre meus preferidos...
 Retornando ao filme “Mestre dos Mares”, após a primeira batalha um marinheiro ferido é operado pelo médico de bordo... uma craniotomia descompressiva no convés inferior do navio... enquanto isto uma imensa plateia de marinheiros no convés superior observa a cena, em respeitoso silêncio, quase sem respirar, percebendo estupefata a delicadeza e a firmeza dos movimentos do doutor, até que um marinheiro, sem mais conseguir se conter, comenta com o colega ao lado: “este, sim, é um verdadeiro médico e não apenas um cirurgião...”
Assim, aos poucos, fomos nos tornando “verdadeiros médicos”... nem sempre queridos... mas sempre necessários... sempre disponíveis...
Na mesma época retratada nesse filme, Dom João VI deixou Portugal fugindo da invasão francesa das lusas terras pelas tropas do corso Bonaparte. Chegou ao Brasil nesta cidade do Salvador trazendo sua corte, e, no dia 18 de fevereiro de 1808, fundou a Escola de Cirurgia da Bahia. Assim, nossa escola, a escola de medicina mais antiga do Brasil, a nossa Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia, nasceu CIRÚRGICA...
Cirúrgica, nossa escola sempre foi necessária... sempre disponível...
E assim foi, nos episódios mais sangrentos ocorridos no Brasil e na Bahia a então Faculdade de Medicina e Pharmacia da Bahia, por solicitação do governo central, monarquista ou republicano, enviou alunos e professores para a Guerra do Paraguai, e alunos para a Guerra de Canudos, quando atuaram incansáveis, tanto no palco de operações, nos chamados Hospitais de Sangue instalados a alguns metros da linha de fogo, onde se dedicavam a imobilizar fraturas e tamponar hemorragias, quanto também em enfermarias em Salvador, no Terreiro de Jesus e no Hospital Santa Izabel. 


Atendiam não apenas aos feridos nas batalhas, mas também lidavam com os diversos males inseparáveis da guerra, como beribéri, disenteria, impaludismos e outras febres (varíola, pneumonia, hepatite, tifo), além de fome e sede e miséria... aplacaram o sofrimento e consolaram perdas... 

inclusive as infelizes vidas ceifadas de jovens e promissores alunos desta faculdade... no ano de 1897, a cerimônia de formatura aconteceu sem festejos devido a morte de 3 alunos na Guerra de Canudos...
Sempre necessários... sempre disponíveis...


No início do século XX, a Bahia precisava de melhores equipamentos de saúde... atuando como professor e diretor da Faculdade de Medicina da Bahia, o cirurgião Edgard Santos, primeiro Mestre deste capítulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, quem eu tenho o privilégio de pisar em suas pegadas, conseguiu mobilizar junto aos governos federal e estadual recursos para construir dois hospitais , dois eternos ícones de Salvador: o Hospital das Clínicas, mais tarde merecidamente renomeado Hospital Universitário Professor Edgard Santos, e o Hospital Getúlio Vargas. 

Intencionalmente construídos próximos, o professor Edgard Santos sabia o que estava fazendo... o primeiro serviria como um hospital especializado, e o segundo como pronto-socorro deste... 

visionário, Edgard Santos enviou nomes como Tomás Cruz, Heonir Rocha e Álvaro Rabelo para estudar nos melhores serviços especializados nos Estados Unidos e retornar para nossa cidade, para o Hospital das Clínicas...
Durante décadas os dois hospitais funcionaram na mesma calçada... muitos professores da Faculdade de Medicina da Bahia atuavam em ambos...

Quando criança, indo para o Colégio Maristas, passei diversas vezes em frente ao pronto-socorro, como era então conhecido o Hospital Getúlio Vargas... jamais entrei... e jamais entrarei, pois em 1990 sua equipe foi transferida para o bairro de Brotas, onde hoje é o Hospital Geral do Estado, nosso HGE, e o Hospital das Clínicas perdeu seu pronto-socorro... foi um grande baque no que havia planejado tão cirurgicamente Edgard Santos, que ainda fundaria a Universidade da Bahia, hoje Universidade Federal da Bahia...

O HUPES, o HGE e a UFBA nasceram da visão e do trabalho de um cirurgião... nem sempre querido... mas sempre necessário... sempre disponível...

A vida, amigos, é feita de várias coisas... mas uma vida plena é feita também de simbioses... o cirurgião vive uma simbiose muito forte e muito intensa com os hospitais... assim como não há cirurgião sem hospital, não há hospital sem cirurgião...


Por isso, quando um hospital não permite o desenvolvimento e o fortalecimento de sua atividade cirúrgica... quando o hospital sufoca o cirurgião... quando o hospital sucateia seu centro cirúrgico, seu internamento cirúrgico... quando oferece toda sorte de dificuldades ao cirurgião... este hospital simplesmente morre... pois não há hospital sem cirurgião... sempre necessário... sempre disponível...

E é muito triste, doloroso, incompreensível notar que hospitais, que desta maneira insana agem, habitualmente são dirigidos por nossos próprios colegas... médicos.

Da mesma forma, o nascer de uma nova vida muitas vezes requer a cooperação simbiótica de outra vida já constituída... e assim, hospitais quando nascem sempre nascem cirúrgicos...

Este é o nosso estilo de vida... isto é o que somos... cirurgiões... necessários e disponíveis aos chamados de quem precisa de nossa resolução... nosso apoio... nossa ajuda... nosso consolo...

Não é um estilo de vida fácil... também não é simples... e não vem sem grandes renúncias... sem grandes sacrifícios... sem grandes sofrimentos por parte dos cirurgiões...


Nós tomamos burnout no café da manhã... atualmente 50% dos cirurgiões americanos sofrem de síndrome de burnout... nós comemos burnout no almoço... nós jantamos burnout em casa, mas apesar disto 90% dos cirurgiões com burnout escolheriam ser cirurgiões novamente... contudo, pasmem amigos e por favor reflitam, 90% dos cirurgiões com burnout não gostariam que seus filhos se tornassem cirurgiões...

Nós vencemos o burnout... somos cirurgiões e estamos acostumados a grandes batalhas... e como tal somos também nadadores, remadores, corredores, dançarinos, pintores, músicos, cozinheiros, tenistas... jogamos futebol, vôlei, pólo aquático... ou montamos modelos de aviões e navios durante as madrugadas... ou simplesmente lemos um bom livro... ou nos reunimos para discussões clínicas, boas conversas entre amigos, com boa comida, bom vinho e boa companhia... 


Aproveito para pedir desculpas a minha família... acho que arranjei coisas demais para fazer! Disse à Andréa, minha esposa, que este ano eu não iria conseguir equilibrar tudo... e realmente não consegui... a Influenza me derrubou 15 dias atrás... mas eu voltei... e não caio nessa de novo...

Só existe um trabalho pior do que ser André Gusmão... é suportar André Gusmão... e nisso minha família, a quem tudo devo, é mestre... muito, muito obrigado mesmo!...

Eu gostaria também de apresentar aqueles que, juntamente comigo, seremos responsáveis pelo Capítulo da Bahia do Colégio Brasileiro de Cirurgiões... responsáveis sim... pois já recebi do nosso presidente, Dr. Savino Gasparini, a procuração que nos dá essa responsabilidade...

Ana Celia Diniz Cabral Barbosa Romeo... minha vice-mestre... como toda cirurgiã, melhor do que qualquer cirurgião... afinal as mulheres são mais delicadas... mais ternas... mas também mais rigorosas... e mais rígidas... o companheirismo profissional que desenvolvi com Ana me dá muito orgulho, pois eu, que já conhecia seus predicados cirúrgicos, passei também a conhecer e a reconhecer seus predicados de gestora... juntos apresentamos diversos trabalhos com nossos alunos, internos e residentes... 

ganhamos prêmios... publicamos em revista internacional... mas nada disso é maior em Ana do que o fato dela ser esposa do meu queridíssimo amigo romano André Barbosa Romeo, que já foi mestre deste capítulo, outro que tenho o privilégio de pisar as pegadas, e cujo discurso de despedida de sua gestão me marcou enormemente... Ana, muito obrigado por aceitar mais esta missão... você é ONA 3... 

Luiz Vianna de Oliveira, meu primeiro secretário, grande amigo desde a diretoria passada deste capítulo, entusiasta por natureza... com ele tudo parece possível...

Pedro Carlos Muniz de Figueiredo, meu segundo secretário... se algum cirurgião não for disponível suficiente é porque Pedro é disponível demais... com ele não há tempo ruim...

Marcus de Almeida Correia Lima, meu primeiro tesoureiro... eu só aceitei ser mestre porque você aceitou ser meu tesoureiro, posto da mais alta confiança e eu tenho a mais completa em você...

Augusto Jesuíno Lacerda Santos, meu segundo tesoureiro e colega de hospital... escolha pessoal de Dr. Marcus, prontamente acolhida... Jesú, como carinhosamente o chamamos, e sua família têm o CBC no sangue...

Sílvio Prisco Vilasbôas Filho... nosso Depro... Sílvio tem uma das mais importantes missões dentro desta diretoria que é a de buscar a defesa profissional dos cirurgiões em nosso estado...

E por fim, nosso vice-presidente do Setor IV, Professor Izio Kowes, que viveu o CBC com uma vontade e entusiasmo de uma criança na gestão passada, contagiando a todos nós, é o atual presidente do nosso congresso, que se realizará em setembro aqui em Salvador, e é o responsável por este período de renovação que o Capítulo da Bahia está passando...

Muito obrigado a todos por depositar em mim a confiança para liderar esta diretoria...

Antes de encerrar, gostaria de anunciar que, mesmo que nossa diretoria seja destituída amanhã, ela já logrou seu maior êxito na noite de hoje... hoje finalmente nosso amigo Marcus Lima se tornou Titular do CBC... e recebemos 11 novos membros em nosso colégio, dentre eles nosso mais que querido amigo, Márcio Rivison... um feito que nenhuma diretoria havia conseguido até então...

Agradeço mais uma vez a todos por prestigiarem a posse desta diretoria, e dizer que podem contar com o Colégio Brasileiro de Cirurgiões... podem contar com os cirurgiões... estaremos lá... para curar e confortar... para ajudar... para consolar... para chorar... seremos sempre necessários e sempre disponíveis...

Muito obrigado!

André Gusmão Cunha  
Bienio 2018/2019
Presidente