O blog foi criado para a cultura. Mostra o quanto é importante o conhecimento.Basta um click no artigo. Centro Médico Iguatemi,310.CLINICA SÃO GABRIEL LTDA- 33419630 33425331Participe ,comente, seja seguidor. DR IDERVAL REGINALDO TENÓRIO , 1954 , JUAZEIRO DO NORTE -CEARÁ. 08041988lgvi.1984 CHEGOU EM SALVADOR COM 18 ANOS , MEDICINA NA UFBA. CIRURGIÃO GERAL. driderval@bol.com.br
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Em 1741, BACH brindou o mundo, para sempre, com JESUS ALEGRIA DOS HOMENS
Johann
Sebastian Bach ou apenas BACH . Nascido no 31 de março de 1685, Alemanha , falecimento no dia
28 de julho de 1750 no mesmo país. Viveu 65 anos, considerado o mais importante músico de todos os tempos.
Existem controvérsias
Em 1741 Bach fez o arranjo e a instrumentação do coral JESUS ALEGRIA DOS HOMENS, melodia do compositor alemãoJohann Schop, letra do poeta e músico alemão Martin
Jahn, a 16ª estrofe do poema " Jesus, delícia da minha alma". Porém não tem a menor importancia. BACH É BACH.
Canção Tradicional de Natal “Jesus Bleibet Meine Freude” Composer: J.S.Bach Coral Tabernaculo e Orquestra https://youtu.be/oduhc96kTlw ...
YouTube · HINOS SUD PORTUGUÊS 🇧🇷 · 12 de ago. de 2015
Em 1791, o ano do seu falecimento, o Johannes Chrysostomus
Wolfgangus Theophilus Mozart, ou o MOZART, enviou para o além, ao grande BACH, a magnífica resposta : AVE VERUM CORPUS
Johannes Chrysostomus
Wolfgangus Theophilus Mozart; Salzburgo, nasceu no 27 de janeiro de 1756 – Viena, Austria e faleceu no 5 de
dezembro de 1791, na Austria. Foi, junto ao grande Bach, provavelmente o segundo mais importante músico de todos os tempos. Compositor austríaco do período
clássico. Mozart mostrou uma habilidade musical prodigiosa desde sua infância. Vievu apenas 35 ANOS DE IDADE
e restabelece resolução do CFM que impede aborto após 22 semanas
PorGazeta do Povo 26/04/2024 23:28
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Resolução do CFM restabelecida pelo TRF4 proíbe a prática de assistolia fetal para realização de aborto em caso de estupro. Resolução do CFM restabelecida pelo TRF4 proíbe a prática de assistolia fetal para realização de aborto em caso de estupro.| Foto: CFM/Divulgação. Ouça este conteúdo
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF) derrubou nesta sexta-feira (26) a liminar que suspendeu a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que proíbe a prática de assistolia fetal para a realização do aborto após 22 semanas de gestação em caso de estupro.
Na decisão, o desembargador Cândido Alfredo Silva Leal Júnior argumentou que “não parece prudente” suspender a norma técnica por meio de uma decisão provisória. Ele defendeu a necessidade de amplo debate sobre o tema.
“Não me parece oportuno que, em caráter liminar, e sem maiores elementos, o juízo de origem suspenda os efeitos de resolução do Conselho Federal de Medicina que trata de questão que: terá impacto nacional; está - ainda que sob outra roupagem - submetida a julgamento pelo STF; e necessita de um debate mais amplo e aprofundado”, escreveu o desembargador. Justiça Federal suspendeu resolução e CFM recorreu
No último dia 18, a Justiça Federal de Porto Alegre (RS) suspendeu a Resolução nº 2.378/24 aprovada pelo CFM. A norma, aprovada pelo conselho em 21 de março, proibiu a realização da assistolia fetal, um procedimento que causa a morte de bebês no ventre materno com o uso do cloreto de potássio aplicado no coração, em gestações acima de 22 semanas.
A decisão atendeu a uma ação civil pública apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), pela Sociedade Brasileira de Bioética e pelo Centro Brasileiro de Estudos da Saúde. O CFM recorreu contra a determinação da primeira instância. O TRF4 acatou o recurso da entidade e manteve a validade da resolução.
"A questão relativa ao aborto é das mais complexas, dada a sua multidisciplinaridade, e por envolver dois bens de relevante valor: a vida do feto; e a vida da mulher vítima de estupro", afirmou o desembargador do TRF4.
No início de abril, o Psol apresentou um projeto de decreto legislativo (PDL) na Câmara dos Deputados para derrubar a norma do CFM. O aborto é crime no Brasil, mas não é punido em casos de gravidez decorrente de estupro, risco de morte da mãe, ou quando o bebê é diagnosticado com anencefalia.
O texto da resolução do CFM cita artigos da Constituição Federal, do Código Penal e da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que reforçam o “direito inviolável à vida e que ninguém será submetido a tratamento desumano ou degradante”.
Quando completei
quatro anos de medicina, no final da Residência Médica, olhei para os
lados e encontrei o ambulatório coalhado de pacientes, todas as macas
ocupadas e das 10 salas de cirurgias, 06 estavam com pacientes sendo
operados. Não consegui "ficar parado a ver navios" ou "esperar sentado
com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar", ativei
os demais residentes, os médicos do plantão, os diaristas e os dos
ambulatórios.
Naquele dia tive a certeza, que a compaixão, a
benevolência, a beneficência e a ética são os pilares da medicina.
Recuperado e aliviado daquela nefasta situação, à noite, elaborei um
regimento que hibernava na cabeça de um neófito cirurgião com quatro
anos de aprendizado prático, luta, briga, sonhos sociais e de
humanidade, porém eivados de decepções, incapacidades resolutivas,
precariedades das emergências e da falência do sistema de saúde do
Estado.
O conteúdo deste regimento não proíbe pensar em si,
porém aduz que a essência da vida é lutar pelo bem do outro, é viver
sempre pensando em melhorar, em resolver e jamais complicar as demandas
pertinentes à vida, apesar da impotência peculiar ao ser humano.
Deve
o humano pensar no outro como parte de sua vida, é como um corpo no
qual todos os órgãos, todas as estruturas laboram para um equilíbrio
pleno, todos juntos para o bem da vida. Não esqueça que ao pensar no
outro, está pensando em si, uma vez que para o próximo você é o outro.
Falo sempre que, uma unha encravada e infectada pode levar esta infecção
para todo o corpo, ela não vive isolada, vive em sociedade com os
demais órgãos.
Iderval Reginaldo Tenório
Condutas para reflexão
O outro
1-
Zele pelo que é do outro, não perturbe, não atrapalhe, auxilie e não peça nada em troca ao outro.
2-
Tudo que se aprende é para o bem do outro, ofereça o seu melhor e não pense primeiro em você, pense no outro. 3-
Ajude, cuide, zele, seja cortez e abnegado, faça tudo e procure gostar do outro. 4-
Não queira nada fácil. Sirva e faça tudo para não ser servido pelo outro,vibre e trabalhe para o sucesso do outro.
05-
Faça o melhor, dê conforto e o que for possível para o
engrandecimento do outro, seja solidário. Nunca pense em levar vantagem
e nada espere de recompensa do outro.
06
Pratique o bem. Seja amigo
de sua mãe, do seu pai, do seu irmão, do seu amigo, do outro e do amigo
do outro. Aceite o outro como o outro é.
07-
Procure fazer a coisa certa e o que for bom para o outro. Lembre que para o outro, você é o outro.
08-
Quem ajuda o outro, um dia será ajudado pelo outro, pelo filho do
outro, pelo neto do outro ou pelo amigo do outro, mesmo sem saber e sem
querer será ajudado.
09-
Pratique esta cartilha e o mundo será mais
humano e o outro terá mais sucesso, a vida será melhor, conquiste o seu
espaço, respeitando o espaço do outro.
10-
Faça ao outro o que espera que o outro faça por você. Seja solidário, tenha compaixão e nunca esqueça da gratidão.
Salvador, 18 de março de 1986
Do amigo
Iderval Reginaldo Tenório
Residente de Cirurgia Geral 1982 a 1986
ESCUTEM NA VOZ DE NANA MOUSKOURI
“Volver,
volver”, la dramática historia de la canción más escuchada de Vicente
Fernández Gómez. Cantor, produtor e ator mexicano. Já vendeu mais de 50
milhões de cópias em todo O mundo. Lōánna Moúschouri . Embaixadora
da boa vontade da UNICEF, mundialmente conhecida como Nana Mouskouri, é
uma cantora, ativista política e pacifista grega. Foi deputada da Grécia
no Parlamento Europeu, de 1994 a 1999, através do Nova Democracia, o
principal partido político de centro-direita de seu país. Famosa e
consagrada no mundo todo, Nana tornou-se uma das cantoras com maior
número de vendas em toda a história da música, com mais de 400 milhões
de cópias vendidas
Rir da desgraça alheia: a perversidade que nos habita (e intoxica)
Segundo psicóloga, desejar o mal a alguém e celebrar a morte do outro é um veneno que adoece a alma de quem toma
Por Bruno Mateus | @eubrunomateusPublicado em 9 de novembro de 2022 | 06h34
- Atualizado em 9 de novembro de 2022 | 09h17
Segundo a psicóloga Valquiria Alcântara, desejar o mal alheio e
celebrar a morte de alguém é um veneno que adoece a alma de quem toma
— Foto: Shutterstock.
I
Recentemente,
ao participar de um protesto pró-Bolsonaro, o ex-piloto de Fórmula 1 e
tricampeão mundial Nelson Piquet, notório apoiador do atual presidente
da República, não se intimidou ao ser gravado por um manifestante com
seu celular. Em alto e bom som e com um sorriso na boca, Piquet
vociferou: “Vamos botar esse Lula filho de uma p… para fora. E Lula lá
no cemitério”.
Em janeiro deste ano, o escritor Olavo de Carvalho foi mais uma das
vítimas da Covid-19. Olavo menosprezou a pandemia e a vacina, mas
sucumbiu à doença. Logo que a notícia da morte do ideólogo da extrema
direita brasileira caiu nos principais portais e nas redes sociais, uma
onda de memes invadiu a web para comemorar o óbito de Olavo.
Psicóloga especialista em saúde mental e luto, Valquiria Alcântara
diz que vivemos tempos de muita intolerância, e discursos de ódio são
disseminados, muitas vezes, de forma gratuita. Para ela, celebrar a
morte de alguém, ainda que seja comum, é uma postura reprovável.
A psicóloga pondera que é fundamental saber lidar com sentimentos que
vêm acompanhados de violência, raiva e repulsa pelo outro. Entre pensar
e agir na prática para fazer mal a outro indivíduo, há uma linha tênue.
“Esse é o grande ‘x da questão’.
Há pessoas que levam para a prática a
questão da violência no comportamento. São desejos de atacar o outro a
partir do momento em que ela se sente em perigo ou injustiçada”, analisa
a especialista.
Há quem admita, no entanto, que instintos raivosos e violentos sejam
despertados sem que isso seja uma tomada consciente de atitude.
Colaboradora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Mires
Camilo, 56, conta que já teve reações de desejar o mal ao outro e até
vibrar quando uma pessoa que não lhe era benquista se deu mal.
“Claro, a minha primeira reação, enquanto ser humano, é querer dar o
troco, fazer justiça com as próprias mãos, mas a gente tem que se
conscientizar que estamos evoluindo. Ninguém nasce pronto”, ela afirma.
Para barrar a cólera, o ódio e o desejo pela desgraça alheia, Mires
reconhece que é preciso muito esforço. Ela cita o caso do ex-ator e
pastor Guilherme de Pádua, que faleceu nesta segunda-feira (7). Pádua e
sua então esposa, Paula Thomaz, foram condenados pelo assassinato da
atriz Daniella Perez, filha da autora de novelas Gloria Perez. O crime
aconteceu em dezembro de 1992 e gerou uma profunda comoção no país,
revivida recentemente com o lançamento da série documental “Pacto
Brutal: O Assassinato de Daniella Perez”, disponível na HBO Max.
Com a morte de Guilherme de Pádua, vítima de um infarto aos 53 anos, o
que se viu na internet foram reações de celebração pelo ocorrido. “Sou
mulher e mãe e, num primeiro momento, tive aquela reação de ‘olha, que
bom (que ele morreu)’, mas eu não sou julgadora do universo. Preferi
jogar (esse sentimento) no limbo do meu pensamento para não sentir essa
energia”, conclui Mires Camilo.
Saúde mental sob riscos
“O ódio é um veneno que adoece quem toma”. É com essa frase que a
psicóloga Valquiria Alcântara comenta sobre os prejuízos à saúde mental
que uma postura sempre reativa, violenta e brutal em relação ao outro
pode causar. Quando falamos do desejo de que o alguém próximo seja
prejudicado de alguma maneira, a lista inclui desde a torcida para que
ele perca o emprego ou não consiga aquela tão sonhada vaga no concurso,
até a morte e o sofrimento dessa pessoa, que se transforma em alvo da
ira de quem o vê como um ser humano que merece o pior.
Neste contexto, a internet e as redes sociais são terreno fértil para
discursos contaminados de preconceito, intolerância e truculência. O
ambiente no qual estamos inseridos também tem muita influência sobre
nosso comportamento e nossas atitudes.
“A morte seria a punição mais severa do ponto de vista do julgamento
social e o ambiente virtual virou um território sem lei. É um espaço
aberto que muita gente encontrou para destilar veneno e ódio em nome de
uma suposta liberdade de expressão. O comportamento do indivíduo é
resultado de vários fatores, entre os quais o meio cultural e social”,
ressalta Valquiria Alcântara.
A violência e a agressividade podem ser escudos que as pessoas usam
para se proteger do outro e esconder fragilidades, medos e inquietações.
Muitas vezes, há dores malresolvidas, traumas não cuidados e conflitos
existenciais tamanhos que a única solução que a pessoa vê é explodir em
ódio e fúria. É necessário dominar nossas reações para viver em
sociedade, caso contrário a barbárie se instala definitivamente.
Segundo a psicóloga, a terapia é um caminho para aprendermos a lidar
com nossos sentimentos. Valquiria pontua que percebe as pessoas com uma
dificuldade muito grande de gerenciar as próprias emoções.
“Quando não temos essa ferramenta, nos tornamos reféns das nossas
emoções, das nossas limitações, da nossa impulsividade. A agressividade,
quando aprendemos a canalizá-la, pode ser direcionada para um caminho
que seja saudável, como faz um atleta, por exemplo”, finaliza Valquiria
Alcântara. (Com colaboração de Alex Bessas)
Aninhado
em posição fetal sobre uma macia espuma e coberto por um branco lençol,
Humanus foi em busca do acalento no silêncio da noite. Luzes em penumbra, portas e janelas abertas, cortinas em bailarina a
esvoaçarem, música
erudita quase imperseptível, respiração silenciosa e meticulosamente executada, entrou
em interação com o infinito.
Olhos cerrados e em meditação iniciou a imaginária viagem. Paulatinamentefoi se afastando e saindo do corpo, flutuando e se desligando da matéria projetou-se
no
espaço sideral. Através dos tempos e em sono profundo, em levitação, mergulhou no cosmo.
Tangenciando os
planetas, vazou o sistema solar e alcançou outras estrelas da via láctea. Atravessou bilhões de sistemas e mergulhou na escuridão intergalática. Aprofundou-se em bilhões de galáxias e atravessou o universo. Mergulhando e saindo passou
a conhecer a imensidão do cosmo e a infinitude do multiverso.
Longa foi a viagem, deu voltas através dos
tempos e fez um verdadeiro regresso aos mistérios da vida. Chegou à primeira estação, 18
de setembro de 1914, choro de criança, uma sexta-feira chuvosa, cinco e trinta da manhã. Naquele dia nascia uma menina, mais um ser humano, mais uma semente para
germinar e gerar outras vidas na Terra.
Vilarejo,
casa e aposentos simples. Posicionou-se no canto da sala ao lado
de um jarro, no qual havia uma roseira. Entravam e saíam viventes
humanos, umas novas e outras mais velhas. Da cozinha, um cheiro
convidativo
do verdadeiro café, torrado no caco e pisado num grande pilão feito de
tora de
jatobá, e que inundava todos os ambientes. O dia clareou, ninguém
notou a sua presença, continuou no mesmo
cantinho, ao lado do grande jarro com a sua bela roseira, observando o
chegar, o sair,
os sorrisos, os abraços e os cumprimentos das visitas. Choro de criança,casa cheia, dia de fartura,muita comida, bebidas e alegria. Tiros de bacamartes
anunciaram a chegada de mais um rebento. Oinvisível viajante, no cantinho, silenciosamente a observar, era um dia de festa.
O sol apontou no horizonte, o orvalho salpicava as folhas da densa e verde mata, os pássaros
voavam e chilreavam alegres com a torrencial aguada da noite. Os raios
clarearam o sertão.
De
repente, saiu pela porta do quarto, afagada e
protegida nos braços da parteira, uma bela menina que irradiava
esperança, saúde e prosperidade para a umanidade. Uma criança linda,
cabelos lisos, pele cor de jambo e que chorava copiosamente, era uma
criança
chorona. Ao chegar à sala, observou, olhou, arregalou os olhos
castanhos e
os fixou sobre o nobre visitante. Só ela o enxergava, o que a fez
silenciar o choro. Ao mover-se nos braços da parteira, virava a
cabecinha
para onde ele se encontrava e sempre a sorrir. Veio um pequeno
silêncio, a cena foi se desfazendo, a
luz foi cedendo espaço à penumbra até escurecer. O mortal continuou a
sua longa viagem no infinito multiverso, navegou pelo vasto espaço
sideral, no cosmo.
Quarenta anos depois, entrou numa nova estação, 18 de março de 1954, quinta feira chuvosa,
sete horas da manhã. Aquela criança, de 1914, era mais uma vez a
estrela da cena. 40 anos de idade, cabelos pretos, voz segura, forças nos pulmões,um
rebento nos braçose de olhos fixos na
sua cria, assim se pronunciou :
--” Seja bem-vindo ao reino dos humanos”.
Silêncio celestial, o perfume materno, o olhar e os sorrisos de uma
criança afloraram da sua mente e se apossaram do ambiente. Em levitação, o
viajante mergulhou no espaço, dando
continuidade ao misterioso deslocamento.
Viajou por outras plagas a observar as estrelas,
a profundidade do desconhecido e fez uma nova parada, estação 11
de setembro de 2013. A estrela era a
mesma menina de 1914 e de 1954, agorauma centenária de coque branco, tez macia, olhos fixos e brilhosos, voz em
veludo, serena e musical. Foi ao seu encontro, o fixou no seu olhar, o abraçou, o beijou e após os
afagos, mansamente balbuciou nos seus ouvidos:
--“ Fique calmo, o Senhor está me chamando, irei pessoalmente ao seu encontro, morarei definitivamente na
casa do Pai”.
Se
esvaindo das suas mãos, dos seus braços e
dos seus olhos, foi se afastando, se distanciando, rindo, dançando e
cantarolando, cheia de vida e de alegria tomou o caminho da casa de
Deus, o Criador lhe chamou.
O solitário fez a viagem de volta, reviu
tudo o que foi visto, entrou no quarto pela mesmajanela, olhou aquele corpo imóvel, inerte,
descoberto e vazio, agasalhou-senas suas entranhas e mais uma vez nele se albergou. O sol bateu no
seu rosto, o viajante abriu descansadamente os olhos e ao seu lado ouviu uma voz:
___” Seja bem-vindo ao seu mundo,
estou ao lado do Senhor, estou bem e olhando por todos. Aquele menino que nasceu no dia 23 de julho, no ano de 1914, numa manhã
chuvosa de uma quinta-feira, manda lembranças.Aqui estamos juntos, orando e rogando por
todos, estamos cotidianamente com vocês. Onde estamos podemos continuar
próximos de todos, somos onipresentes, uma vez que só Deus, o nosso Pai,
é onipotente, onipresente e onisciente”.
Serenamente, o andarilho, ainda inebriado, moveu o corpo, miroubem para onde vinha a voze irrefutavelmente balbuciou: