segunda-feira, 22 de julho de 2013

A BARRAGEM ZABUMBÃO EM PARAMIRIM


        A BARRAGEM  ZABUMBÃO EM PARAMIRIM BAHIA
A Barragem Zabumbão, uma das belezas da nossa Paramirim, encontra-se entre a Serra da Estrelinha e da Torre, faz parte da bacia do Rio Paramirim. Possui 58 metros de altura, 340 de extensão, represa águas numa faixa de 5 km, com um volume médio de 76.000.000 metros cúbico.

Em homenagem aos meus amigos:Dr Eutimio Brasil grande médico angiologista da Bahia meu irmão, Dra Edza Brasil grande farmacêutica, Euripedes Brasil, Edesio Brasil, Gilberto Brito, Orlandinho meu grande Juíz, Osvaldo Brasil, Augusto Brasil pessoa inesquecível e mais um cem número de baluartes nascidos e criados naquele torrão, viva CANABRAVINHA.


Paramirim


  1. Paramirim –

    Município de Paramirim ... Paramirim é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população estimada em 2007 era de 26.732 habitantes.
  2. O município de Paramirim está localizado na Chapada Diamantina Meridional e seu território integralmente abrangido pelo Polígono das Secas. Está situado na parte Sudoeste do estado da Bahia, e faz parte da Bacia Hidrográfica do São Francisco, sendo o Rio Paramirim um dos maiores e mais importantes afluentes da margem direita do Nilo Brasileiro (Rio São Francisco).
    Limita-se:
    Ao Norte: Rio do Pires e Caturama.
    Ao Sul: Caetité e Livramento de Nossa Senhora.
    Ao Leste: Érico Cardoso (Água Quente).
    Ao Oeste: Botuporã e Tanque Novo

Em conseqüência da colonização e exploração das Minas do Rio de Contas, portugueses e brasileiros contornaram os rios da região e acabaram se fixando no Vale do Paramirim, onde se encontra localizada hoje a cidade deste nome. O município é rico em atrações turísticas e festejos populares tradicionais, como a Trezena de Santo Antônio, padroeiro do Município, treze dias de muita fé, devoção e forró no período de 1.º a 13 de junho. Logo em seguida acontecem os festejos de São João com forte expressão cultural. Também são festejados o Dia dos Vaqueiros, Dia dos Motoristas e o Encontro dos Santos.
As principais atrações turísticas são: Barragem do Zabumbão; Represa do Rio da Rua e as piscinas naturais; os açudes da Arraial de Baixo, da Baixinha, do Bebedouro, do Pageú, do Periperi; as lagoas da Tabúa, da Av. César Borges, de Caraíbas e Várzea Redonda, dentre outras; Morro do Cruzeiro, com as torres de transmissão; a cachoeira dos Balaios; a Vila de Canabravinha, com suas tradicionais festas e romaria.
No patrimônio natural destacam-se as inscrições e pinturas rupestres da Serra da Pedra Branca, da Loca dos Tapuios, da Serra da Gamileira, do Mucambo, do Sangue dos Morotós, dentre outros; as Grutas do Menino Jesus de Pirajá, na Pedra do Mocó, do Morro Preto, do Sobrado de Santana, entre outros; os Morros da Via Sacra; a Pedra da Bandeira; a Igreja Matriz de Santo Antônio, as do Coração de Jesus e de Nossa Senhora do Rosário da Cidade; a Capela do Bom Jesus e Santa Rita, em Pau de Colher, entre outras.





                  Hino do Município de Paramirim:
*
Linda serra te contorna,
Rio pequeno te corta inteiro
Dando nome a tu que és forte,
Terra minha, amor primeiro.
*
Teu solo diverso em formação,
Cobre-se em relva aquarela.
Refletindo a cor do povo,
Mestiço, matiz mais bela.
*
Paramirim, amada terra,
Hei de lutar, lutar vencer,
És forte de força viva,
Por ti eu hei de ser.
*
Teus filhos sempre a lutar
Para o bem, por teu crescer
Sem tréguas, unindo as forças
Buscam a glória, o saber.
*
Oh! Senhor, protetor universal,
Abençoa este pedaço de chão.
Dá força, paz, conforto.
Inspira a todos, traze união.
*
Composição: Gilberto Martins Brito.
Musica: Ito Moreno Filho.
Texto retirado da Lei Orgânica do Município de Paramirim.
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Festejos em Canabrvinha em 2012 




















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“Jaques Wagner vai lançar meu nome para governador”, diz Marcelo Nilo

nilo
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O deputado Marcelo Nilo é presidente da Assembleia da Bahia e cotado
 para ser o sucessor de Wagner em 2014 | FOTO: Reprodução |
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Marcelino Nilo (PDT) já se colocou como o candidato do governador Jaques Wagner nas próximas eleições, derrubando qualquer adversário. Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, da Rádio Itapoan FM, na noite desta segunda-feira (22), o parlamentar afirmou: “Tenho certeza que o governador vai lançar meu nome”. A disputa está acirrada. No PT são quatro pré-candidatos: Walter Pinheiro, Rui Costa, José Sérgio Gabrielli e Luiz Caetano. No PSB, o nome é Lídice da Mata. Quem também disputa é o secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, pelo PSD.

Ainda assim, o deputado está confiante. “O governador quer montar o melhor time para ganhar as eleições e assim ele vai analisar quem tem mais chances de ganhar, independente do partido. É por isso que eu tenho plena confiança de que essa pessoa sou eu. Eu só retiro meu nome se esse candidato for melhor que eu”. Nilo ainda limou a possibilidade de aceitar a proposta de ser vice na chapa petista. “Vice é um cargo decorativo. Tem a caneta sem tinta na mão”. E ainda acredita que irá passar pelo crível do partido. “O PT tem a preferência, mas eles não terão a exclusividade. Se eu tiver melhores condições políticas eu tenho certeza que o PT vai lançar meu nome”.

sábado, 20 de julho de 2013

A EMANCIPAÇÃO POLITICA DO JUAZEIRO DO NORTE E O SEU O PRIMEIRO PREFEITO

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 O dia 30 de agosto de 1910 foi proclamado o Dia da Libertação do Juazeiro. Neste dia os fundadores do Jornal O Rebate, Dr Floro Bartolomeu e o Padre Alencar Peixoto conseguiram com chave de ouro abrir para o povo a luta pela libertação do povoado,  a finalidade era que Juazeiro fosse declarado  município e se desligasse do Crato.  
Do dia 29 para o dia 30 de agosto  de 1910 o povoado foi despertado com salvas de tiros e bombas, mais de  15 mil pessoas se aglomeram na Rua Grande e ouviram os discursos inflamados  do Padre Alencar Peixoto e do Dr Floro Bartolomeu, depois partiram para a casa do Padre Cícero que tinha que abrir as portas para o povo e também discursar, foi o maior movimento já visto no povoado pedindo a sua emancipação.
O Coronel Antonio Luiz Pequeno, prefeito do Crato, conseguia cozinhar o movimento que crescia diuturnamente,  enviou um  batalhão para acabar com o movimento à força, prometendo até a execução sumária, os soldados recuaram diante da grandeza  e da importância do levante, o Padre esboçou até sair do município para não presenciar tamanha atrocidade contra o seu povo, o Coroenel  fez propostas, enviou representantes, negociou as dívidas dos comerciantes (os Impostos) e prometia a libertação, grandes foram as lutas diplomáticas, os coronéis da região (Barbalha, Missão Velha, Milagres) declararam apoio a Juazeiro. Muitas foram as passeatas e as manifestações públicas, O Rebate não dormia e cotidianamente publicava artigos chamando o povo e mostrando que Juazeiro não poderia ser mais agregado ao Crato, o movimento crescia e não teria mais volta, o fulcro era a vontade de um povo que só queria a libertação, a autonomia municipal.

A Impressa da capital era contra o levante, contra o movimento paredista do Juazeiro e no dia 20 de Julho de 1911 o JORNAL UNITÁRIO de Fortaleza publicava um artigo assinado pelo jornalista  João Brígido desdenhando do movimento, dizia que Juazeiro nascera para ser  VILEZA, jamais chegaria a Município, calou-se dois dias depois, quando a Lei 1028 de  22 de Julho de 1911 foi votada e aprovada pela  Assembléia Legislativa do Estado do Ceará oficializando a criação  de mais um município, dando a sonhada independência ao povo do Padre Cícero. A festa foi de noite adentro até o amanhecer do dia 23.

Foram reservados para o novo município, 224 quilômetros quadrados no coração do cariri, a divisa com Barbalha limitada pela Lagoa Seca, com  São Pedro ( hoje Caririaçu) limitada pelo Riacho dos Carneiros, com o  Crato pelo Riacho São José e  com  Missão Velha o   Rio Carás. Do embrião Tabuleiro Grande nascia o mais próspero município do interior do Ceará, sob a batuta do padre Cícero Romão Batista, capitaneada  por dois   condutores pra lá de inflamados, o Dr Floro e o Padre Peixoto e   uma população pujante , sedenta, altiva , cansada de sofrer e de enviar divisas financeiras para o município sede, o Crato do Coronel Antonio Luiz Pequeno.

O Presidente do estado do Ceará o Dr  Antônio Pinto Nogueira Accioly, casado com a filha do Dr Tomás Pompeu de Sousa Brasil, o Senador Pompeu,  de  quem herdou seu legado político,  logo designou o  Padre Cícero como o chefe do partido local, o arrebatando para a politica partidária, o Padre passou a ser chefe politico do município e da região, introduzindo a cidade   em quase todos os acontecimentos históricos do Brasil, Juazeiro passou a ser um foco   visível para a nação e tema obrigatório em todos as rodas políticas.

Foi solicitado a escolher o primeiro prefeito do novo municipio, quatro foram os nomes a perseguir o cargo.

1-Dr Floro Bartolomeu médico , amigo do Padre , fundador do Jornal O Rebate e ferrenho brigador.
2- o Padre Alencar Peixoto, padre de pavio curto, também fundador do O Rebate, ferrenho ativista, amigo do Padre Cícero e o mais interessado em ser prefeito.
3- o comerciante José André, homem influente e rico do município, um dos negociadores do pacto de paz com os gestores do  Crato.
4-  o major Joaquim Bezerra, grande latifundiário e de posição do povoado, descendente do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro  proprietário da Fazenda Tabuleiro Grande em cujas terras  nascera o pequeno povoado .

O Padre fez uma analise e estudou cada pretendente,  pelo perfil do Alencar  Peixoto o excluiu, era também a vontade do Dr Accioly, explicitada a posteriori por telegrama; com esta atitude ganhou um dos maiores inimigos, o Padre Peixoto saiu atirando para todos os lados, dizia que  tinha a promessa de ser o escolhido, o outro foi  o  Dr Floro, este  foi avacalhado publicamente  pelo Padre Alencar, não tinha condições por diversos motivos, inclusive por ser um forasteiro recem chegado ao povoado, sem caráter e sem nenhuma expressão na região do cariri, o Padre Cícero compreendeu o recado, também o descartou, ficaram  o comercante e o latifundiário, os homens mais ricos do arraial,  o povo ficou numa dúvida muito grande, enorme seria  a responsabilidade do Padre Cícero em indicar um dos nomes, em apoiar um dos dois candidatos, foi criado um  conflito  e numa saída maestral, como dizem  os grandes homens , numa saída salomônica,  resolveu o Padre Cícero assumir ele próprio a cadeira de : O primeiro Prefeito do Juazeiro recebendo o apoio  do presidente do Estado Dr Antônio Pinto Nogueira Accioly e de toda a população Juazeirense.

Foi assim que Juazeiro foi emancipado e ganhou o seu primeiro prefeito.

Iderval Reginaldo Tenório
Fontes diversas
Fontes principais- Lira Neto, Amalia Xavier de Oliveira, Renato Casimiro e Daniel Walker
 
Escutem Viva meu Padim de João Silva na voz de Luiz Gonzaga
 
  1. de Júlio Popó
  • 9 meses atrás
  • 2.081 exibições
  1. Minha homenagem a colina do Horto em Juazeiro do Norte, um lugar que desde a primeira vez em que fui senti uma energia ...
    1. Luiz Gonzaga e Benito di Paula - Viva meu padim (João Silva, Luiz Gonzaga)


    • 2 anos atrás
    • 13.845 exibições
    1. Luiz Gonzaga - Disco "Forró de cabo a rabo" (1986) "Viva meu padim". Participação: Benito di Paula.
    1. Viva Meu Padim (Luiz Gonzaga/João Silva)

    • 10 meses atrás
    • 493 exibições
    • HD

    ALGUNS PROFESSORES DA VIDA

    Amigos , conheçam estes homens.
     OS INTERESSANTES
                          Iderval Reginaldo Tenório
                                                         
       CEGO OLIVEIRA-JUAZEIRO DO NORTE-ESTE EU ESCUTEI MUITO.
    Quando criança na minha cidade natal, ficava impressionado e sempre que podia, passava horas e horas a observar os mendigos da minha cidade , Juazeiro do Norte lá no Sul do  Ceará, mendigos esses que eram chamados de esmolés.

    Todos que pediam  eram colocados no mesmo saco, no mesmo balaio, bastava um defeito físico, visual ou mental, eram tachados de  esmolés.

    Depois que a gente cresce e vira adulto,  passa a entender o quadro sociológico, muitos eram pacientes psiquiátricos abandonados pelos podres poderes públicos, outros, doentes vitimas do alcoolismo crônico, alguns muito pobres , muitos viviam abaixo da linha da pobreza, agora pasmem: diversos eram verdadeiros gênios , eram artistas natos, ícones do regionalismo que por serem deficientes físico , auditivo ou visual ,  utilizavam-se das artes  oferecidas por Deus para as suas  sobrevivências e tocavam flautas, pífanos, pandeiros, lâminas de serrotes, cítaras, sanfonas, rabecas, pé de bode, triângulos, berimbaus, violões e diversos outros instrumentos às vezes simultaneamente. Este mortal perdia horas e horas a ouvir os seus instrumentos, suas músicas  e as suas vozes, depois  de consciente e adulto , agradeço as horas perdidas, horas que na verdades de perdidas  não tinham nada, sim meus amigos, foram as mais achadas das horas para a minha formação humana  e cultural   .

     O que mais apreciava eram as histórias cantadas nas sua características vozes, muitas vezes choradas, gemidas e arrastadas, muitos foram os clássicos e os benditos gravados na minha mente , que hoje repito espontaneamente, fruto das observações destes guerreiros Caririenses.

    Obrigado abnegados e injustiçados gênios do meu Cariri, da minha  Juazeiro do Norte, do Crato e de Barbalha. 

    Cego Oliveira e todos os cantadores de rua, obrigado pelas aulas não valorizadas na época e que hoje cora de vergonha as faces daqueles  que  viveram , que nada fizeram e nada souberam aproveitar. Viva os nossos gênios tão maltratados , porém admirados por uma leva de inocentes , inocentes estes que fariam de tudo para voltar a conviver com todo aquele universo cultural e se Deus assim permitisse  bradaria em voz alta para todo o mundo escutar. 

    Obrigado meus professores da vida e salve esta bela  e democrática cultura, viva os ícones que ficaram no esquecimento, mas que brotam de vez em quando das nossas mentes. O Brasil está cheio de gênios, basta olhar os mercados públicos e para as calçadas deste interior perdido. Brasil, meu querido Brasil, olhe mais para os seus filhos.

    Muito obrigado meus eternos professores.

                                                        Salvador,12 de Março de 2012
                                                                        13 de Novembro de 2013
                                                            Iderval Reginaldo Tenório

    ACESSE O BLOG     http://www.iderval.blogspot.com
    Escute o grande Cego Oliveira na fase áurea de cantorias.


    1. s - YouTube

      www.youtube.com/watch?v=wRsFRTjwd7s26 out. 2007 - 2 min - Vídeo enviado por cafemoura
      Trecho do documentário "Nordeste: Cordel, Repente E Canção (produção de Tânia Quaresma, 1975)" onde ...
    2. Cego Oliveira - Minha Rabequinha - YouTube

      www.youtube.com/watch?v=hdA9lvKUF6E26 out. 2007 - 1 min - Vídeo enviado por cafemoura

      Trecho do documentário "Nordeste: Cordel, Repente E Canção (produção de Tânia Quaresma, 1975)

    sexta-feira, 19 de julho de 2013

    Estudos indicam que salmão de cativeiro contém, sim, ômega 3


    Estudos indicam que salmão de cativeiro contém, sim, ômega 3


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    • Leonardo Wen/Folhapress
      O salmão em cultivo se alimenta de ração baseada em farinha de peixe
      O salmão em cultivo se alimenta de ração baseada em farinha de peixe
    Na última segunda-feira (15), o UOL Saúde noticiou que o salmão criado em cativeiro não contém ômega 3, um ácido graxo associado a redução de doenças cardiovasculares.  Mas a verdade é que o peixe de criação possui, sim, o nutriente, em maior ou menor quantidade, como explicado em errata. Estudos científicos trazem informações diferentes, mas o fato é que tudo depende da ração que ele recebe. A informação noticiada foi fruto de erro de uma das fontes consultadas.

    Assim como nós, o salmão não produz o ômega 3. Ele se alimenta de peixes menores, moluscos e crustáceos que consomem algas e plânctons, como se os reciclasse, e assim obtêm o ômega 3 e sua famosa cor rosada.

    A médica veterinária Yara Aiko Tabata, pesquisadora científica da Agência Paulista de Tecnologia dos  Agronegócios, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, conta que o salmão cultivado é alimentado com ração à base de farinha e óleo de peixe, que contém  ômega 3. "Se formos comparar, o selvagem teria maiores índices de ômega 3, pois a quantidade destes ingredientes na ração é controlada, mas depende de onde ele vive e do que come".

    A zootecnista Ligia Uribe Gonçalves, pesquisadora da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da Universidade de São Paulo (USP), trabalha com nutrição de peixes e explica que a série ômega 3 é composta, principalmente, pelos ácidos graxos linolênico (ALA), eicosapentaenoico (EPA)  e docosaexaenoico (DHA).

    "Os ácidos graxos EPA e DHA são essenciais para o salmão, essa espécie não consegue sintetizar esses nutrientes. Dessa forma, eles são exigidos em sua ração, sendo que a sua deficiência pode cessar o crescimento, além de provocar patologias como erosão das nadadeiras, palidez e aumento do volume do fígado, miocardite, lordose, redução do potencial reprodutivo, síndrome do choque e até a morte do animal", explica a zootecnista.

    PARASITAS

    • Thinkstock
      A médica veterinária Yara Aiko Tabata, pesquisadora científica da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, conta que em 2004 foram feitas asprimeiras confirmações laboratoriais de casos de tênia de peixe (Diphyllobothrium latum) em pessoas infectadas no Brasil. Indivíduos que haviam consumido peixe cru (sashimi) passaram a ter problemas intestinais e procuraram laboratórios para fazer exames. "O resultado foi que estavam com difilobotríase, uma infecção intestinal causada pelo parasita, adquirido provavelmente do salmão vindo do Chile, pois o estudo constatou que era a fonte alimentar comum entre eles".

      Esta tênia é a maior de todas, pode chegar a 25 metros no organismo humano. Estes casos foram notificados ao Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo e deram início a um estudo que foi publicado no Boletim Epidemiológico Paulista, nº 15, em março de 2005.

      A recomendação preconizada para o controle do parasita é o congelamento do pescado por 20 graus negativos por sete dias ou por 35 graus negativos por 15 horas. Entretanto, os refrigeradores domésticos alcançam apenas 18 graus negativos, temperatura insuficiente para interromper o ciclo do parasita.

      Tabata conta que, na época, o caso teve grande repercussão nos jornais, tendo sido discutida a possibilidade de se importar do Chile somente salmão congelado diretamente na indústria de processamento, mas a ideia acabou sendo descartada pelas autoridades brasileiras, por considerarem que os casos registrados eram "insignificantes do ponto de vista estatístico".

      Para ela, continuamos correndo riscos, pois, ao contrário do que ocorre em outros animais parasitados com outras espécies de tênias, no peixe as larvas do"Diphyllobothrium latum", por serem muito pequenas (15 mm x 2 mm), são de difícil visualização. Em caso de dúvida, uma pedida, segundo Tabata, é servir como ceviche. Isso porque o peixe estará cortado em fatias e ficará marinando no limão, cuja acidez eliminaria o parasita. "Não devemos levar em conta apenas a aparência e o sabor para saber se estamos comendo algo saudável. Precisamos verificar se o peixe foi criado e processado em condições higiênico-sanitárias ideais, assim, não se corre risco", finaliza.

    Farinha de peixe

    Segundo o biólogo Ricardo Tsukamoto, formado pela USP e com doutorado em ciências aquáticas, a região do Peru e do Chile é a maior produtora de farinha de peixe do mundo, a partir de pequenas sardinhas. "A região apresenta ótimas condições de produtividade natural graças à Corrente de Humboldt. Trata-se de uma corrente oceânica em que a água rica em nutrientes do fundo do mar sobe à superfície do Oceano Pacífico, acompanhando as costas desses dois países, na América do Sul, e gerando uma grande quantidade de plâncton, que serve de alimento a muitos peixes", conta.

    "O salmão em cultivo se alimenta de ração baseada em farinha de peixe e as sobras da industrialização desse peixe são recicladas como ração para o cultivo do próprio animal. Elas se  transformam em farinha e o óleo retirado do peixe pode ser usado em cápsulas para consumo humano", descreve Tsukamoto.

    A nutróloga Marcella Garcez , diretora da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) , explica que para que cada quilo de salmão produzido em cativeiro são precisos aproximadamente quatro quilos de outros peixes para a feitura da ração. 

    A zootecnista da Esalq conta, ainda, que a produção de farinha de peixe também pode ser feita a partir de peixes menores capturados em pescarias e que não são atraentes comercialmente. "Só que isso não é sustentável. Hoje, os nutricionistas substituem parte da farinha e óleo de peixe por ingredientes vegetais à ração".  Ela acrescenta que há estudos demonstrando que salmões criados possuem até maior quantidade de ômega 3 (especialmente EPA e DHA) do que espécies selvagens.
    "É bem provável que o peixe de cativeiro tenha mais gordura que o da natureza, porque ele não nada, não 'pratica exercícios' como o selvagem e, assim, fica mais gordinho. E quanto mais gordura originária do mar, mais ômega 3 ", diz Tsukamoto.
    Ômega 3 e 6

    Porém, Garcez chama a atenção para outro fato: "A indústria de salmão procura baratear os custos adicionando óleo vegetal, que tem muito ômega 6, à ração, e modifica seu perfil lipídico. É uma gordura manipulada, o que faz o peixe engordar em um ambiente fechado".
    Segundo ela, a carne é própria para consumo: "Se não fosse, não seria produzida", diz. Mas, para a especialista, não dá para dizer que o peixe de cativeiro é melhor que o selvagem. "Pois há a presença de pigmentos e até de grãos que não fazem parte da alimentação natural do salmão."

    Estudos sobre a composição nutricional do salmão de cativeiro confirmam essa presença maior de ômega 6 em comparação ao selvagem.

    "O ômega 6 também é essencial para nosso organismo. Não é prejudicial, nem inflamatório, como se disseminou por aí, se consumido devidamente", afirma Garcez. Ela ensina que o ideal seria o consumo de quatro partes de ômega 6 para uma parte de ômega 3. "Porém, na dieta ocidental, são de dez até 50 partes de ômega 6 para apenas uma de ômega 3. Ou seja, seu consumo em excesso, esse sim, propicia o surgimento de inflamações."