terça-feira, 8 de abril de 2025

A medicina e os médicos brasileiros.


A medicina 

e os médicos brasileiros 

Abordarei neste vídeo  a Medicina Brasileira, a formação dos médicos, a abertura de novas escolas,   a ausência de hospitais escolas, a contratação de médicos sem seguridade social(PJ), todos por Pessoas Jurídicas, o MERCOSUL e a proporção médico  por mil habitantes. 

15 anos atrás,  devido a  abertura de muitas  faculdades com viés político e pecuniário, elaborei  um  artigo:

A DECADÊNCIA DA MEDICINA BRASILEIRA.

Versava sobre a desvalorização do médico, a transição de liberal para refém dos planos de saúde, dos grandes grupos hospitalares, dos  Municípios, Estados e da União. Versava também  sobre a  importação de médicos cubanos, a inscrição no CFM e das altas cargas tributárias. 

Em abril de 2025 (06/04/2025) o  país foi  bombardeado por mais de 30 peças   publicitárias  de escolas particulares.

A chamada foi  

Realize os sonhos da família, do filho ou neto. Não perca tempo, tenha um médico na família. As nossas portas estão abertasmensalidades de 8 a 18 mil reais 

Faça transferência de outros cursos,  use o Enem ou faça uma prova local na própria faculdade.

Outra matéria  foi da UFRN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte) convocando os médicos do MERCOSUL para  atuarem no Brasil. O mote:  Venham trabalhar no Brasil e façam o  revalida na nossa instituição, UFRN.

 

Outras matérias são dos  atravessadores e intermediários das Escolas do Paraguai, Argentina, Bolívia e Cuba. O mote: CORRAM, A MENSALIDADE NÃO ULTRAPASSA  1.600 REAIS .

A medicina brasileira   virou  mercadoria, virou pecúnia. As faculdades são propriedades   de  grupos  estrangeiros.

Da formação:  As faculdades utilizam bonecos simuladores para aproximar os alunos das situações que irão enfrentar no cotidiano real. São pacientes artificiais, virtuais ou  manequins que servirão de referencias.

O estudo da anatomia  incorpora novas tecnologias. Permite explorar os órgãos do corpo humano( ossos, vísceras  e outras estruturas)  em 3D.          

Impressões  em 3D, modelos digitais em aplicativos e programas  permitirão estudar pacientes sem sangue, dor, odor, tiques, calor corporal, olhar, sentimentos e desprovidos de alma, uma máquina, e que  poderão trazer ou já estão trazendo estas propriedades para os futuros esculápios.

  Roubaram-lhes  a alma e a propriedade  de gratidão aos pacientes e aos cadáveres estudados no curso com humanos de carne, osso, dor, odor, cérebro e sentimentos. Estes modelos podem forjar profissionais que não valorizarão a semiologia e o exame físico( a anamnese, a palpação,  a ausculta,  a escuta,  o sentir, o odor e as queixas dos pacientes. Aprende-se examinar manequins com indiferenças.                                                                            

                        A SITUAÇÃO ATUAL DO BRASIL .

Hoje são 607 mil médicos e 400 escolas. 

O bom: 51% são mulheres e 49% homens. 

As mulheres estão ocupando os seus espaços.

Só nos últimos 10 anos foram abertas 200 escolas de medicina  no país, nos últimos 20 anos, 280 , destas 240 são privadas e ainda tem 335 com pedidos no MEC em análise

             Das 400-    265 são Privadas e 135 Públicas. 

                        São formados por ano no Brasil:          

                        30.000 médicos nas escolas  privadas

                        10.300 médicos nas escolas  públicas 

                         5.000 médicos do Revalida (países vizinhos).

São 45mil por ano.  Em 2035 será 1 milhão de médicos no Brasil .

 

Número de médicos por mil habitantes.

Brasil.......................   2,8   EUA.............................2,6

China.........................2,0    África Do Sul...............0,8

Coreia Do Sul.......   ..2,25  Argentina.........    ........3,9

Portugal................    ..3,9    França........................3,7

Índia ........ .................1,2     MÉDIA MUNDIAL  1,7

 

Cuba tem  100 mil médicos,             9/ 1000 habitantes.

60 mil vivem no país e 40 mil no exterior trabalhando sob  contratos entre os governos.

O governo cubano os caracteriza:   " o exército de jalecos brancos de Cuba". 

Estes 40 mil médicos geram aos cofres cubanos  de 12 a 14 bilhões de dólares por ano.


O Brasil precisa repensar a sua medicina e os seus médicos 

Iderval Reginaldo Tenório

 

Musica De Fundo.

https://wwbe.com/watch?v=94uE9cf1UaUw.youtu

A 9ª Sinfonia . Ludwig Van Beethoven, Composta Em 1824.

Poesia Ode À Alegria,  do Alemão Frederic Schille, Composta Em   1785

Maestro Americano  Leonard Berstaim.

Executada No Natal De 1989, Após a queda do muro de Berlin, unindo a Alemanha Ocidental e a Oriental, separadas  na guerra fria de 1949 a 1990.

Registrado como: O Concerto de Berlim  pela  Liberdade.

Orquestra formada por músicos das nações que participaram da segunda guerra mundial

Rússia, Alemanha, Áustria, Itália, França, Japão,  EUA e as  demais.

Considerado   o Hino Da Paz.

https://www.youtube.com/watch?v=94uE9cf1UaU

Iderval Reginaldo Tenório

3 comentários:

iderval.blogspot.com disse...

Dr. Iderval,

Gostaria de fazer duas breves considerações. Primeiro, dizer que apreciei muito sua abordagem sobre o tema. Faltam vozes com a franqueza e a coragem que o senhor demonstrou. Segundo, mesmo me considerando um leigo na área, não posso deixar de compartilhar uma reflexão — ainda que com a devida cautela, por saber que se trata de um assunto técnico e complexo.

Dito isso, com enfoque sistêmico normativo e jurídico, arrisco-me a opinar, de forma simplificada, que grande parte dos problemas enfrentados pela medicina no Brasil têm origem em um modelo de gestão pública fortemente influenciado por um discurso de viés socialista, mas que, na prática, pouco tem de efetivamente social ou igualitário.

A tentativa de socializar certas áreas — especialmente a saúde — tornou-se pauta recorrente nas políticas públicas. Em tese, não vejo problema na ideia de socializar resultados ou benefícios, desde que isso ocorra dentro de critérios técnicos, com equilíbrio e sem interferências exageradas do Estado. O problema começa quando essa socialização passa a ser feita de forma desordenada, muitas vezes guiada mais por ideologia do que por planejamento.

A criação do SUS, com a Constituição de 1988, foi um marco importante, que garantiu acesso gratuito e universal à saúde. Contudo, esse avanço trouxe consigo um desafio imenso: como sustentar financeiramente um sistema desse porte em um país que adota a lógica capitalista, onde boa parte dos serviços médicos é oferecida por agentes privados? Há aí uma conta que simplesmente não fecha. E as normas jurídicas que tentam sustentar esse arranjo acabam, muitas vezes, sendo contraditórias ou ineficazes.

A meu ver, o erro está justamente na falta de estrutura e na ausência de reformas sérias. A atuação do Estado enfrenta obstáculos como má gestão, recursos escassos e, ao mesmo tempo, a resistência de um setor privado já bem estabelecido. Falar em socialização plena da saúde, sem encarar essas questões de frente — inclusive a necessidade de uma reforma política que defina com mais clareza os rumos do país — é apostar em um modelo fadado ao desequilíbrio.

É um tema complexo, cheio de nuances. E, mesmo falando aqui apenas como alguém curioso e interessado, não poderia deixar de reconhecer o valor das suas observações. São poucos os que se atrevem a apontar, com clareza e responsabilidade, os erros que atravessam a formação, a prática e a organização da medicina no Brasil.

Parabéns, doutor, pela coragem e pela lucidez.

Anônimo disse...

👏👏👏

Anônimo disse...

Muito bom . Sandrinha