O blog foi criado para a cultura. Mostra o quanto é importante o conhecimento.Basta um click no artigo. Centro Médico Iguatemi,310.CLINICA SÃO GABRIEL LTDA- 33419630 33425331Participe ,comente, seja seguidor. DR IDERVAL REGINALDO TENÓRIO , 1954 , JUAZEIRO DO NORTE -CEARÁ. 08041988lgvi.1984 CHEGOU EM SALVADOR COM 18 ANOS , MEDICINA NA UFBA. CIRURGIÃO GERAL. driderval@bol.com.br ACESSEM DO AMIGO E RADIALISTA PERFILINO NETO O SEU SITE DE MUSICA eradoradio.com.br
domingo, 7 de abril de 2024
HOLOCAUSTO BRASILEIRO - 60 Mil Mortes No Maior Hospício do Brasil
A GRANDE VIAGEM
Aninhado em posição fetal sobre uma macia espuma e coberto por um branco lençol, Humanus foi em busca do acalento no silêncio da noite. Luzes em penumbra, portas e janelas abertas, cortinas em bailarina a esvoaçarem, música erudita quase imperseptível, respiração silenciosa e meticulosamente executada, entrou em interação com o infinito.
Olhos cerrados e em meditação iniciou a imaginária viagem. Paulatinamente foi se afastando e saindo do corpo, flutuando e se desligando da matéria projetou-se
no
espaço sideral. Através dos tempos e em sono profundo, em levitação, mergulhou no cosmo.
Tangenciando os planetas, vazou o sistema solar e alcançou outras estrelas da via láctea. Atravessou bilhões de sistemas e mergulhou na escuridão intergalática. Aprofundou-se em bilhões de galáxias e atravessou o universo. Mergulhando e saindo passou a conhecer a imensidão do cosmo e a infinitude do multiverso.
Longa foi a viagem, deu voltas através dos tempos e fez um verdadeiro regresso aos mistérios da vida. Chegou à primeira estação, 18 de setembro de 1914, choro de criança, uma sexta-feira chuvosa, cinco e trinta da manhã. Naquele dia nascia uma menina, mais um ser humano, mais uma semente para germinar e gerar outras vidas na Terra.
Vilarejo, casa e aposentos simples. Posicionou-se no canto da sala ao lado de um jarro, no qual havia uma roseira. Entravam e saíam viventes humanos, umas novas e outras mais velhas. Da cozinha, um cheiro convidativo do verdadeiro café, torrado no caco e pisado num grande pilão feito de tora de jatobá, e que inundava todos os ambientes. O dia clareou, ninguém notou a sua presença, continuou no mesmo cantinho, ao lado do grande jarro com a sua bela roseira, observando o chegar, o sair, os sorrisos, os abraços e os cumprimentos das visitas. Choro de criança, casa cheia, dia de fartura, muita comida, bebidas e alegria. Tiros de bacamartes anunciaram a chegada de mais um rebento. O invisível viajante, no cantinho, silenciosamente a observar, era um dia de festa.
O sol apontou no horizonte, o orvalho salpicava as folhas da densa e verde mata, os pássaros voavam e chilreavam alegres com a torrencial aguada da noite. Os raios clarearam o sertão.
De repente, saiu pela porta do quarto, afagada e protegida nos braços da parteira, uma bela menina que irradiava esperança, saúde e prosperidade para a umanidade. Uma criança linda, cabelos lisos, pele cor de jambo e que chorava copiosamente, era uma criança chorona. Ao chegar à sala, observou, olhou, arregalou os olhos castanhos e os fixou sobre o nobre visitante. Só ela o enxergava, o que a fez silenciar o choro. Ao mover-se nos braços da parteira, virava a cabecinha para onde ele se encontrava e sempre a sorrir. Veio um pequeno silêncio, a cena foi se desfazendo, a luz foi cedendo espaço à penumbra até escurecer. O mortal continuou a sua longa viagem no infinito multiverso, navegou pelo vasto espaço sideral, no cosmo.
Quarenta anos depois, entrou numa nova estação, 18 de março de 1954, quinta feira chuvosa, sete horas da manhã. Aquela criança, de 1914, era mais uma vez a estrela da cena. 40 anos de idade, cabelos pretos, voz segura, forças nos pulmões, um rebento nos braços e de olhos fixos na sua cria, assim se pronunciou :
--” Seja bem-vindo ao reino dos humanos”.
Silêncio celestial, o perfume materno, o olhar e os sorrisos de uma criança afloraram da sua mente e se apossaram do ambiente. Em levitação, o viajante mergulhou no espaço, dando continuidade ao misterioso deslocamento.
Viajou por outras plagas a observar as estrelas, a profundidade do desconhecido e fez uma nova parada, estação 11 de setembro de 2013. A estrela era a mesma menina de 1914 e de 1954, agora uma centenária de coque branco, tez macia, olhos fixos e brilhosos, voz em veludo, serena e musical. Foi ao seu encontro, o fixou no seu olhar, o abraçou, o beijou e após os afagos, mansamente balbuciou nos seus ouvidos:
--“ Fique calmo, o Senhor está me chamando, irei pessoalmente ao seu encontro, morarei definitivamente na casa do Pai”.
Se esvaindo das suas mãos, dos seus braços e dos seus olhos, foi se afastando, se distanciando, rindo, dançando e cantarolando, cheia de vida e de alegria tomou o caminho da casa de Deus, o Criador lhe chamou.
O solitário fez a viagem de volta, reviu tudo o que foi visto, entrou no quarto pela mesma janela, olhou aquele corpo imóvel, inerte, descoberto e vazio, agasalhou-se nas suas entranhas e mais uma vez nele se albergou. O sol bateu no seu rosto, o viajante abriu descansadamente os olhos e ao seu lado ouviu uma voz:
___” Seja bem-vindo ao seu mundo, estou ao lado do Senhor, estou bem e olhando por todos. Aquele menino que nasceu no dia 23 de julho, no ano de 1914, numa manhã chuvosa de uma quinta-feira, manda lembranças. Aqui estamos juntos, orando e rogando por todos, estamos cotidianamente com vocês. Onde estamos podemos continuar próximos de todos, somos onipresentes, uma vez que só Deus, o nosso Pai, é onipotente, onipresente e onisciente”.
Serenamente, o andarilho, ainda inebriado, moveu o corpo, mirou bem para onde vinha a voz e irrefutavelmente balbuciou:
__"A benção, mamãe."
Salvador, 31 de Dezembro de 2023
Iderval Reginaldo Tenório
HOLOCAUSTO BRASILEIRO - 60 Mil Mortes No Maior Hospício do Brasil
A GRANDE VIAGEM
Aninhado em posição fetal sobre uma macia espuma e coberto por um branco lençol, Humanus foi em busca do acalento no silêncio da noite. Luzes em penumbra, portas e janelas abertas, cortinas em bailarina a esvoaçarem, música erudita quase imperseptível, respiração silenciosa e meticulosamente executada, entrou em interação com o infinito.
Olhos cerrados e em meditação iniciou a imaginária viagem. Paulatinamente foi se afastando e saindo do corpo, flutuando e se desligando da matéria projetou-se
no
espaço sideral. Através dos tempos e em sono profundo, em levitação, mergulhou no cosmo.
Tangenciando os planetas, vazou o sistema solar e alcançou outras estrelas da via láctea. Atravessou bilhões de sistemas e mergulhou na escuridão intergalática. Aprofundou-se em bilhões de galáxias e atravessou o universo. Mergulhando e saindo passou a conhecer a imensidão do cosmo e a infinitude do multiverso.
Longa foi a viagem, deu voltas através dos tempos e fez um verdadeiro regresso aos mistérios da vida. Chegou à primeira estação, 18 de setembro de 1914, choro de criança, uma sexta-feira chuvosa, cinco e trinta da manhã. Naquele dia nascia uma menina, mais um ser humano, mais uma semente para germinar e gerar outras vidas na Terra.
Vilarejo, casa e aposentos simples. Posicionou-se no canto da sala ao lado de um jarro, no qual havia uma roseira. Entravam e saíam viventes humanos, umas novas e outras mais velhas. Da cozinha, um cheiro convidativo do verdadeiro café, torrado no caco e pisado num grande pilão feito de tora de jatobá, e que inundava todos os ambientes. O dia clareou, ninguém notou a sua presença, continuou no mesmo cantinho, ao lado do grande jarro com a sua bela roseira, observando o chegar, o sair, os sorrisos, os abraços e os cumprimentos das visitas. Choro de criança, casa cheia, dia de fartura, muita comida, bebidas e alegria. Tiros de bacamartes anunciaram a chegada de mais um rebento. O invisível viajante, no cantinho, silenciosamente a observar, era um dia de festa.
O sol apontou no horizonte, o orvalho salpicava as folhas da densa e verde mata, os pássaros voavam e chilreavam alegres com a torrencial aguada da noite. Os raios clarearam o sertão.
De repente, saiu pela porta do quarto, afagada e protegida nos braços da parteira, uma bela menina que irradiava esperança, saúde e prosperidade para a umanidade. Uma criança linda, cabelos lisos, pele cor de jambo e que chorava copiosamente, era uma criança chorona. Ao chegar à sala, observou, olhou, arregalou os olhos castanhos e os fixou sobre o nobre visitante. Só ela o enxergava, o que a fez silenciar o choro. Ao mover-se nos braços da parteira, virava a cabecinha para onde ele se encontrava e sempre a sorrir. Veio um pequeno silêncio, a cena foi se desfazendo, a luz foi cedendo espaço à penumbra até escurecer. O mortal continuou a sua longa viagem no infinito multiverso, navegou pelo vasto espaço sideral, no cosmo.
Quarenta anos depois, entrou numa nova estação, 18 de março de 1954, quinta feira chuvosa, sete horas da manhã. Aquela criança, de 1914, era mais uma vez a estrela da cena. 40 anos de idade, cabelos pretos, voz segura, forças nos pulmões, um rebento nos braços e de olhos fixos na sua cria, assim se pronunciou :
--” Seja bem-vindo ao reino dos humanos”.
Silêncio celestial, o perfume materno, o olhar e os sorrisos de uma criança afloraram da sua mente e se apossaram do ambiente. Em levitação, o viajante mergulhou no espaço, dando continuidade ao misterioso deslocamento.
Viajou por outras plagas a observar as estrelas, a profundidade do desconhecido e fez uma nova parada, estação 11 de setembro de 2013. A estrela era a mesma menina de 1914 e de 1954, agora uma centenária de coque branco, tez macia, olhos fixos e brilhosos, voz em veludo, serena e musical. Foi ao seu encontro, o fixou no seu olhar, o abraçou, o beijou e após os afagos, mansamente balbuciou nos seus ouvidos:
--“ Fique calmo, o Senhor está me chamando, irei pessoalmente ao seu encontro, morarei definitivamente na casa do Pai”.
Se esvaindo das suas mãos, dos seus braços e dos seus olhos, foi se afastando, se distanciando, rindo, dançando e cantarolando, cheia de vida e de alegria tomou o caminho da casa de Deus, o Criador lhe chamou.
O solitário fez a viagem de volta, reviu tudo o que foi visto, entrou no quarto pela mesma janela, olhou aquele corpo imóvel, inerte, descoberto e vazio, agasalhou-se nas suas entranhas e mais uma vez nele se albergou. O sol bateu no seu rosto, o viajante abriu descansadamente os olhos e ao seu lado ouviu uma voz:
___” Seja bem-vindo ao seu mundo, estou ao lado do Senhor, estou bem e olhando por todos. Aquele menino que nasceu no dia 23 de julho, no ano de 1914, numa manhã chuvosa de uma quinta-feira, manda lembranças. Aqui estamos juntos, orando e rogando por todos, estamos cotidianamente com vocês. Onde estamos podemos continuar próximos de todos, somos onipresentes, uma vez que só Deus, o nosso Pai, é onipotente, onipresente e onisciente”.
Serenamente, o andarilho, ainda inebriado, moveu o corpo, mirou bem para onde vinha a voz e irrefutavelmente balbuciou:
__"A benção, mamãe."
Salvador, 31 de Dezembro de 2023
Iderval Reginaldo Tenório
quarta-feira, 3 de abril de 2024
IDERVAL TENÓRIO: O MUNDO E A SOCIEDADE. Contratualismo. Thomas Hobb...
IDERVAL TENÓRIO: A FELICIDADE DEVERIA SER DESEJADA E CONCRETIZADA P...
segunda-feira, 1 de abril de 2024
A FELICIDADE DEVERIA SER DESEJADA E CONCRETIZADA PARA TODOS OS SERES VIVOS.
COMO FICARÁ ESTA FAMILIA? CAÇADORES MATARAM O CHEFE. |
FOTOGRAFIA 3 X 4 - BELCHIOR - YouTube
sábado, 30 de março de 2024
O MUNDO E A SOCIEDADE. Contratualismo. Thomas Hobbes; John Locke; Jean-Jacques Rousseau.
Ao adentrar na história da humanidade e pesquisar os ditames dos grandes pensadores e filósofos, os homens que formam o alicerce da sociedade, é que os amadores da política e da economia passam a enxergar luzes no final do túnel, a entender as engrenagens do mundo político, de suas ações e compreender que são necessários anos e mais anos para atuar com maestria nestas duas searas.
Como a Medicina e a engenharia, a ciência política e a econômica não são coisas de amadores.
Mergulhem nos filosófos dos séculos XV até o atual e recebam uma fina camada de conhecimentos, coisa que os políticos profissionais dominam com maestria, independente da escolaridade. Ao entrar neste mundo, os profissionais vivem em eternos cursos de imersão.
Nesta matéria
- Thomas Hobbes;
- John Locke;
- Jean-Jacques Rousseau.
- Salvador, 30 de Março de 2024
Iderval Reginaldo Tenório
Contratualismo: como surgiu a teoria que deu origem ao contrato social
O contratualismo, defendida por diversos filósofos, foi uma das teorias que marcaram surgimento da sociedade e o do contrato social.
Naquela época, predominava o sistema econômico mercantilismo , que estabelecia práticas voltadas para o comércio. Portanto, o contratualismo foi essencial para criar as bases sociais para a formação do Estado contemporâneo.
O que é contratualismo?
O contratualismo é uma teoria filosófica e política que está relacionada a uma espécie de pacto entre as pessoas. A partir dessa teoria surgiu o nome contrato social.
Dessa forma, o contrato social estabelece leis, moral, costumes e um conjunto de instituições para que a convivência em sociedade seja mais harmônica.
Sendo assim, o contratualismo é uma escola do pensamento que parte do princípio de que é preciso impor limites e estabelecer regras para o bom convívio social.
Quando surgiu o contratualismo?
A teoria contratualista surgiu no século XVII na Inglaterra, e foi escrita pelo teórico político Thomas Hobbes. Entretanto, cada filósofo da época defendia concepções e ideias diferentes em relação a essa teoria e ao surgimento do pacto social ou contrato social.
Segundo Hobbes, essa teoria foi criada para determinar a transição entre o estado de natureza e o pacto civil. Dessa forma, essa filosofia tenta explicar os motivos que a humanidade deixou de viver livremente e aderiu ao Estado social.
Portanto, o contrato social é o mecanismo criado para estabelecer um convívio de comum acordo entre as pessoas por meio de leis, moral e costumes.
Como funciona o contratualismo?
Os filósofos contratualistas, defendem a ideia de que esse modelo foi criado para explicar o surgimento da sociedade. Segundo Thomas Hobbes, é necessário ter uma forte participação do Estado para tornar o convívio humano amigável.
Além disso, ele defendia que o Estado deveria ser grande e forte a fim de estabelecer a convivência entre as pessoas, e assim evitar a manifestação do estado natural do ser humano.
Ou seja, essa teoria possui concepções contrárias ao Estado Mínimo, defendido pelo filósofo Adam Smith, onde o estado busca intervir o mínimo possível.
Nesse sentido, diferente de Hobbes, existem outros teóricos contratualistas como John Locke e Jean-Jacques Rousseau que defendem um Estado menos autoritário.
Quais são os princípios da teoria contratualista?
A ideia central do contratualismo é que não há certo ou errado do ponto de vista moral. O que torna algo certo ou errado é a sua concordância com o contrato social.
Ou seja, os princípios e objetos que foram acordados sob determinadas circunstâncias por toda a sociedade. O respeito a esse contrato social é que o que garante a boa convivência.
Portanto, a filosofia do contratualismo, de certo modo, vai contra o pensamento de Aristóteles de que o ser humano é um animal social.
Afinal, para Thomas Hobbes, o ser humano não foi feito para viver em sociedade, e por isso ele tende a guerrear contra todos os seus semelhantes. Por isso, o contrato social é tão importante.
Quem são os filósofos da teoria contratualista?
Os principais filósofos que defendiam a teoria que deu origem a sociedade, ou seja, contratualismo são:
- Thomas Hobbes;
- John Locke;
- Jean-Jacques Rousseau.
Thomas Hobbes
Thomas Hobbes foi quem realmente criou o conceito, sendo ele um monarquista convicto. Ele também é conhecido como o “pai do liberalismo”. Sua principal obra foi o “Leviatã”, onde ele defende um Estado monárquico e altamente centralizado.
Nessa obra o autor defende um Estado grande e absolutista que seria capaz de minimizar os impactos violentos que o ser humano seria capaz de causar.
Para ele, somente um Estado grande seria capaz de controlar o modo de vida caótico, sendo que na visão dele o ser humano é um lobo do próprio homem.
John Locke
John Locke, apesar de também ser um filósofo contratualista, não era a favor da monarquia, sendo ele um defensor ferrenho do parlamentarismo.
Para Locke, o estado de natureza era um período de plena igualdade entre todas as pessoas. No entanto, quando duas ou mais pessoas queriam a mesma propriedade, a lei natural acabava gerando problemas.
Por isso, na visão deste pensador, era preciso criar um estado civil com leis e normas sociais que regulamentaria a posse e impediria os conflitos.
Jean-Jacques Rousseau
Rousseau foi um dos pensadores contratualistas críticos ao contratualismo. Para ele, o ser humano era amoral no seu estado de natureza.
Por desconhecer a moral, ele também desconhece a maldade, que na visão do autor, só passou a ser praticada intencionalmente após se descobrir o que é certo e errado.
Para Jean-Jacques Rousseau, o Estado havia sido criado de forma ilegítima, sendo preciso reformular a sociedade de modo que a vontade de todos fosse realmente atendida.
Para isso, o governo deveria estabelecer o bem-estar social e não somente atender os privilégios de uma classe dominante.
Foi possível entender o que é o contratualismo?