domingo, 19 de janeiro de 2014

A CIDADANIA ,TODOS SENTEM O DIREITO DE IR E VIR.

                                                                       A CIDADANIA
TODOS SENTEM O DIREITO DE IR E VIR.
SOFREM MAIS OS QUE ESTÃO PERIGRINANDO NAS AVENIDAS DEBAIXO DO SOL, SEM ESCOLA, SEM   FAMILIA OU OCUPAÇÃO OFICIAL. O BRASIL PRECISA OUVIR A VOZ DA RUA.
Dobra-se à direita ou à esquerda e cai na avenida, a lentidão faz parte do cotidiano, uma grota aqui, um buraco ali, uma pedra mal colocada acolá expondo o seu grande bico pontiagudo, o da frente para, o de detrás acelera sempre a lhe ameaçar, uma brecha; sorrateiramente entra com o bico na veia principal, de soslaio e desconfiado passa a ser a partir de agora , o da frente ou de detrás, mais buracos, mais bicos de pedras, mais grotas, bocas de bueiros sem tampas e poças d’águas, a passos de cágados ou na dança da preguiça o progresso é muito pouco.
Os enlatados em fileira, uns cheios e outros desprovidos de consciência, incomunicáveis, isolados do mundo, imaginam que são os maiorais, os bocas cheias, os intocáveis. Quase que não existe  espaço entre um e outro,  lateralmente espelho com espelho, corredor de bicíclicos com tração animal ou motorizada, na maioria das vezes encapuzados, desobedientes, soltos, libertos e sem controles, de vez em quando  surge um cadeirante entre os bólidos, muito pano, diversos sacos, boné com uma grande logomarca , uma marmita e um vasilhame com a gloriosa potável , boa direção, boa desculpa e penosa solução.
 Vidros limpos, para brisas impecáveis ainda molhados, são lambuzados  mais uma vez por uma mistura desconhecida vinda de um vasilhame de plástico casado  com um mini  rodo artesanal, estes instrumentos são conduzidos por potenciais trabalhadores sadios, jovens  sem perspectiva de vida; ambulantes e falsos ambulantes comercializam de tudo, da água sem paradeiro ao mais novo show que ainda não foi editado oficialmente.  Mais à frente um semáforo cansado, sem sincronia, inadequadamente instalado, menores de ambos os sexos  a oferecerem os seus préstimos,  os mais variáveis possíveis,   dos lados e frontalmente perfilados engatilhados para o disparo  alguns sensores eletrônicos , na espreita e na camufla   um boina cáqui, um olheiro  que desprovido da propriedade da orientação porta uma  minúscula prancheta com talonário carbonado, é o  alimentador da máquina, é a chuva, é o adubo, é a fazenda, é o enche bucho dos cofres públicos, não tão públicos.  O destino, outros carbonados de espreita, uns oficiosos  e outros oficiais, haja derrame de fundos. É a vida.
Iderval Reginaldo Tenório
  1.                                 
  2. A Vida de Viajante - Luiz Gonzaga

  1. de Fernando Azenha
  • 2 anos atrás
  • 78.140 visualizações
  1. Clipe com a música A Vida de Viajante, de Luiz Gonzaga.

    1. Gonzagão & Gonzaguinha - A vida do viajante (1979)

    • 3 anos atrás
    • 131.548 visualizações

    1. Composed by Luiz Gonzaga and Hervê Cordovil.

    1. Vida do Viajante - Luiz Gonzaga (legendado).avi


    • 2 anos atrás
    • 31.621 visualizações

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