Produção versus Consumo
A Economia de um país é galgada em dois grandes segmentos, o
de produção e o de consumo. A economia só cresce quando a nação produz, quando
explora as suas riquezas naturais, as suas commodities e as transforma em manufaturados
fabricando bens duráveis ou não
duráveis para o consumo , exportando a sua maior parte, só assim entra divisa,
dólares na nação.
Com esta atitude a geração do emprego é constante e
permanente, sendo obrigatória a qualificação da mão de obra, tocando escolas
técnicas, escolas superiores , a criatividade e o incremento à novas
tecnologias oriundo da lavra destes pensadores.
O setor de produção é
gerador de patentes, de invenções , de criatividades e do emprego do cérebro nacional, só cresce
quem produz.
O setor de serviço é o maior empobrecedor de uma nação,
enquanto mais a nação consome, mais empobrece, mais compra, mais importa, mais
divisa arremete para o exterior. O mais
grave acontece quando esta nação consome o que não sabe produzir ou é
proibida a produzir, muitas por
barreiras políticas, barreiras econômicas ou por subserviência às grandes
nações.
O setor serviço gera muitos empregos, agora, sacrificando os seus empregadores as vezes
levando-os à morte, principalmente os setores mais engessados pelos poderes públicos. Os gestores copiando o que acontece nas
grandes economias , nas grandes nações do primeiro mundo que são os donos do
poder, do capital e das patentes , e lá de dentro dos seus gabinetes eles copiam
obrigações inexeqüíveis, exigências impraticáveis economicamente falando, exigências só realizáveis no primeiro mundo, uma vez que
estes países recebem de todos os demais uma fatia de tudo quanto se compra, que
se faz e ou que se consome, gerando despesas dilapidando o capital principal
dos pequenos empregadores, levando ao
seu falecimento e dando origem a grandes
empreendimentos que pouco empregam , como
conseqüência , para não cair o consumo criam ajudas sociais patrocinadas pelos
empregadores que continuam vivos à espera
do dia de sua morte,
praticamente selada.
Tudo o que acontece é
fruto da dependência dos periféricos às grandes nações, principalmente as que fazem parte do famoso grupo G8, ficando os demais países do globo
refém e atrelados ao bem querer destes
dominantes.
Um país só cresce se produzir, só cresce se não exportar quase todas as suas
commodities(ferro, soja, carne, minerais e cérebros pensantes) que deveriam
serem utilizadas na produção de tudo
quanto se consome e que hoje se importa, isto é, manufaturas em todos os seguimentos da
economia e da cadeia produtora .
Tem mais , um país que consome , que consome e muito o que não produz está fadado à falência financeira , pois tudo
que compra e utiliza tem que vir do exterior,
exemplo maior na saúde, aonde todos os medicamentos, todos os maquinários de última geração e os
insumos para poderem funcionar são importados, e mais, criam uma dependência
secular na reposição das peças e nos especializados técnicos responsáveis pela
a manutenção. Máquinas, filmes, reagentes, drogas, parafusos, placas,
reveladores, painéis, telas, botões, fios,alicates, fluidos, lubrificantes sem exceção todos são importados das grandes nações. A balança comercial está sempre no negativo,
o país exporta a matéria bruta e compra produtos com agregação de valores,
neles vêm embutidos o emprego da tecnologia e das patentes, mil a dez mil vezes
mais caros.Um punhado de ferro de 01 quilograma vai por menos de hum centavo e volta na forma de uma alicate cirúrgico por
mais de 10 mil reais, um quilograma de titânio viaja por menos de 5 reais e volta em forma de uma prótese de quadril
por mais de 100 mil reais.
Termino o artigo com o seguinte pensamento : Tudo que o país
consome vem do exterior pronto, quase pronto ou para ser montado como um lego,
o pais não possui fábricas e sim
montadoras, montadoras de carros, de televisores, de telefones e de tudo que se
consome, até mesmo de produtos comestíveis. Gerar emprego em serviço é gerar consumidores com o intuito de aumentar
a importação e enviar divisas para os donos do capital e das tecnologias, para os donos das patentes:
para os ricos do G8 e para os Chineses.
Tem mais, empregos públicos,
empregos burocráticos, empregos em escritórios, em salão de beleza, em supermercados
, em montadoras, em padarias, em turismo
interno, em passagens aéreas não é crescimento para a nação, é aumentar a base
piramidal para o consumo interno consumindo o principal da nação , é fomentar o consumo e empobrecer a nação, a
base da pirâmide tem que ser feita com o brasileiro no setor de produção que
gera riqueza, conseqüentemente fomentará o real consumo.
Só cresce quem produz
, só cresce quem vende o que produz e
consome menos do que o que produz, não sendo assim está apenas mandando divisas
para os países que produzem, é uma das maneiras de morrer paulatinamente.
O país tem que ter coragem e peitar os grandes e passar a
mudar o seu modelo da economia- Investir
na PRODUÇÃO e deixar de exportar bilhões
de toneladas das matérias primas( ferro, soja, minérios ,carnes e madeiras) por
preços irrisórios para todo o mundo,
depois importar um punhado de
manufaturas e máquinas por preços estratosféricos.
O assunto é empolgante
e merece uma discussão. O segredo está na Escola , na caneta, no cérebro e não
nas penitenciarias, nas armas , nos estádios de futebol ou nas bolas.
Iderval Reginaldo Tenório
Caro Iderval, a culpa é toda nossa.
ResponderExcluirO mundo está dividido em blocos tecnológicos e os mercados são protegidos por todos os artifícios possíveis. Mecânica de precisão, química fina, biotecnologia, mega computadores, etc, são bens produzidos por poucos grupos entrincheirados em blocos muito poderosos. O que o Brasil sabe fazer mesmo é agricultura. Mas isto está relacionado ao nosso solo e nossa abundância d'água. Para se produzir uma única saca de soja consumimos 15.000 litros d'água. Sendo assim, somos o maior esportador de água do mundo.
O estado brasileiro é muito pesado. Além disto há uma enormidade de cartórios, regulamentos, normas (às vezes desnecessárias)todos atuando contra quem queira produzir. Quando me refiro à cartório falo de toda sorte de mecanismo que atestam isto ou aquilo do cidadão. Quando o governo sai com uma novidade, tome cuidado, vem mais um cartório contra você. Dia desses dei uma palestra numa faculdade de economia da nossa região. Tive o cuidado de elaborar uma pauta com vários níveis. Comecei, digamos, no nível 10 e fui baixando, baixando até o 1º, dada a absoluta falta de conhecimento da moçada - que ser formaria naquele ano, para absorver o que falávamos. No que tange ao conhecimento, temos uma quantidade considerável de faculdades que não conseguem formar bons profissionais, e parece que ninguém vê isto. A escola finge que ensina e o aluno finge que aprende, o resultado é um desastre.
Parece que o exemplo pode ser aplicado em tudo ou em quase tudo neste país,como bem disse o ministro Joaquim Barbosa, referindo-se ao nossos sistema político. Não adianta espernear, estamos presos a um sistema capturado por espertalhões que não se preocupam nadinha com o que acontece no andar de baixo, e logo estaremos votando de novo noutros nomes mas de igual caráter. Que diabos!
illydio cruz esmeraldo, o pé de bufa.
Mestre, somos irmãos, somos do mesmo time, somos da mesma opinião, poucos são os que intendem, menos o que compreendem e menos ainda os que discutem com conhecimento. O brasileiro na sua maioria não tem interesse de conhecer a real situação do país. Tendo pão e agua, pão e circo, pão e pão , primeiro eu, depois eu e eu depois. Um abraço e vibro quando um brasileiro de seu quilate pega alguns minutos de sua preciosa vida para lê e depois comentar artigos de um sonhador que só
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