quinta-feira, 30 de maio de 2013

O BRASIL VAI MAL ECONOMICAMENTE- A ECONOMIA NO MUNDO-Produção versus Consumo

                                                                                                              


                               

                                        

A ECONOMIA NO MUNDO

Produção versus Consumo

A Economia de um país é galgada em dois grandes segmentos, o de produção e o de consumo. A economia só cresce quando a nação produz, quando explora as suas riquezas naturais, as suas commodities  e as transforma em  manufaturados  fabricando  bens duráveis ou não duráveis para o consumo , exportando a sua maior parte, só assim entra divisa, dólares na nação.  

Com esta atitude a geração do emprego é constante e permanente, sendo obrigatória a qualificação da mão de obra, tocando escolas técnicas, escolas superiores , a criatividade e o incremento à novas tecnologias oriundo da lavra destes pensadores.

 O setor de produção é gerador de patentes, de invenções , de criatividades  e do emprego do cérebro nacional, só cresce quem produz.

O setor de serviço é o maior empobrecedor de uma nação, enquanto mais a nação consome, mais empobrece, mais compra, mais importa, mais divisa arremete  para o exterior. O mais grave acontece quando esta nação consome o que não sabe produzir  ou é  proibida a produzir, muitas  por barreiras políticas, barreiras econômicas ou por subserviência às grandes nações.

O setor serviço gera muitos empregos, agora,  sacrificando os seus empregadores as vezes levando-os à morte, principalmente os setores  mais engessados  pelos poderes públicos.  Os gestores copiando o que acontece nas grandes economias , nas grandes nações do primeiro mundo que são os donos do poder, do capital e das patentes ,  e lá  de dentro dos seus gabinetes eles copiam obrigações inexeqüíveis, exigências impraticáveis  economicamente falando,  exigências  só realizáveis no primeiro mundo, uma vez que estes países recebem de todos os demais uma fatia de tudo quanto se compra, que se faz e ou que se consome,   gerando despesas dilapidando o capital principal dos pequenos empregadores,  levando ao seu falecimento e dando origem  a grandes empreendimentos que pouco empregam  , como conseqüência , para não cair o consumo criam ajudas sociais patrocinadas pelos empregadores que continuam vivos à espera  do dia de sua   morte, praticamente selada.

Tudo o que acontece  é fruto da dependência dos periféricos às  grandes nações, principalmente  as que fazem parte do  famoso grupo  G8, ficando os demais países do globo refém  e atrelados ao bem querer destes dominantes.

Um país só cresce se produzir,  só cresce se não exportar quase todas as suas commodities(ferro, soja, carne, minerais e cérebros pensantes) que deveriam serem utilizadas  na produção de tudo quanto se consome e que hoje se importa, isto é,  manufaturas em todos os seguimentos da economia e da cadeia produtora .

 Tem mais ,  um país que  consome , que consome e  muito o que não produz  está fadado à falência financeira , pois tudo que compra e utiliza tem que vir do exterior,  exemplo maior na saúde, aonde todos os medicamentos,  todos os maquinários de última geração e os insumos para poderem funcionar são importados, e mais, criam uma dependência secular na reposição das peças e nos especializados técnicos responsáveis pela a manutenção. Máquinas, filmes, reagentes, drogas, parafusos, placas, reveladores, painéis, telas, botões, fios,alicates,  fluidos, lubrificantes sem exceção  todos são importados das grandes nações.  A balança comercial está sempre no negativo, o país exporta a matéria bruta e compra produtos com agregação de valores, neles vêm embutidos o emprego da tecnologia e das patentes, mil a dez mil vezes mais caros.Um punhado de ferro de 01 quilograma vai por menos de  hum centavo e  volta na forma de uma alicate cirúrgico por mais de 10 mil reais, um quilograma de titânio viaja por menos de  5 reais e volta em forma de uma prótese de quadril por mais de 100 mil reais.

Termino o artigo com o seguinte pensamento : Tudo que o país consome vem do exterior pronto, quase pronto ou para ser montado como um lego, o pais não possui  fábricas e sim montadoras, montadoras de carros, de televisores, de telefones e de tudo que se consome, até mesmo de produtos comestíveis. Gerar emprego em serviço  é gerar consumidores com o intuito de aumentar a importação e enviar divisas para os donos do capital e  das tecnologias, para os donos das patentes: para  os ricos do G8 e para os  Chineses.

 Tem mais, empregos públicos, empregos burocráticos, empregos em escritórios, em salão de beleza, em supermercados ,  em montadoras, em padarias, em turismo interno, em passagens aéreas não é crescimento para a nação, é aumentar a base piramidal para o consumo interno consumindo o principal da nação ,  é fomentar o consumo e empobrecer a nação, a base da pirâmide tem que ser feita com o brasileiro no setor de produção que gera riqueza, conseqüentemente fomentará o real consumo.

 Só cresce quem produz ,  só cresce quem vende o que produz e consome menos do que o que produz, não sendo assim está apenas mandando divisas para os países que produzem, é uma das maneiras de morrer  paulatinamente.

O país tem que ter coragem e peitar os grandes e passar a mudar o seu modelo da economia-  Investir na PRODUÇÃO e deixar  de exportar bilhões de toneladas das matérias primas( ferro, soja, minérios ,carnes e madeiras) por preços irrisórios para todo o  mundo, depois   importar um punhado de manufaturas e máquinas por preços estratosféricos. 

 O assunto é empolgante e merece uma discussão. O segredo está na Escola , na caneta, no cérebro e não nas penitenciarias, nas armas , nos estádios de futebol ou nas bolas.

 Iderval  Reginaldo Tenório

2 comentários:

  1. Caro Iderval, a culpa é toda nossa.
    O mundo está dividido em blocos tecnológicos e os mercados são protegidos por todos os artifícios possíveis. Mecânica de precisão, química fina, biotecnologia, mega computadores, etc, são bens produzidos por poucos grupos entrincheirados em blocos muito poderosos. O que o Brasil sabe fazer mesmo é agricultura. Mas isto está relacionado ao nosso solo e nossa abundância d'água. Para se produzir uma única saca de soja consumimos 15.000 litros d'água. Sendo assim, somos o maior esportador de água do mundo.
    O estado brasileiro é muito pesado. Além disto há uma enormidade de cartórios, regulamentos, normas (às vezes desnecessárias)todos atuando contra quem queira produzir. Quando me refiro à cartório falo de toda sorte de mecanismo que atestam isto ou aquilo do cidadão. Quando o governo sai com uma novidade, tome cuidado, vem mais um cartório contra você. Dia desses dei uma palestra numa faculdade de economia da nossa região. Tive o cuidado de elaborar uma pauta com vários níveis. Comecei, digamos, no nível 10 e fui baixando, baixando até o 1º, dada a absoluta falta de conhecimento da moçada - que ser formaria naquele ano, para absorver o que falávamos. No que tange ao conhecimento, temos uma quantidade considerável de faculdades que não conseguem formar bons profissionais, e parece que ninguém vê isto. A escola finge que ensina e o aluno finge que aprende, o resultado é um desastre.
    Parece que o exemplo pode ser aplicado em tudo ou em quase tudo neste país,como bem disse o ministro Joaquim Barbosa, referindo-se ao nossos sistema político. Não adianta espernear, estamos presos a um sistema capturado por espertalhões que não se preocupam nadinha com o que acontece no andar de baixo, e logo estaremos votando de novo noutros nomes mas de igual caráter. Que diabos!
    illydio cruz esmeraldo, o pé de bufa.

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  2. Mestre, somos irmãos, somos do mesmo time, somos da mesma opinião, poucos são os que intendem, menos o que compreendem e menos ainda os que discutem com conhecimento. O brasileiro na sua maioria não tem interesse de conhecer a real situação do país. Tendo pão e agua, pão e circo, pão e pão , primeiro eu, depois eu e eu depois. Um abraço e vibro quando um brasileiro de seu quilate pega alguns minutos de sua preciosa vida para lê e depois comentar artigos de um sonhador que só

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