terça-feira, 29 de outubro de 2024

Brasil 500 anos, um malabarista cambaleante.

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            Brasil  500 anos, um malabarista cambaleante.

Brasil, um país idealizado para ser explorado.  Nasceu com o intuito de não crescer,  não possuir alma e para que as suas riquezas fossem exauridas pelo resto do mundo, notadamente os Europeus.

Portugal e Inglaterra, os dominantes e detentores  das rédeas.  O primeiro, como invasor, em 1500,  o segundo, como protetor do  rei de Portugal, Dom João VI, sob a tutela da Rainha  britânica  Maria I, filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão, quando o Príncipe Regente foi  forçado a fugir às pressas para a sua maior colônia, Brasil, expulso por  Bonaparte, o imperador da França. 

O rei  embarcou com todo  o seu reinado no dia 29 de novembro de 1807, foram necessários oito naus, três fragatas, três brigues e duas escunas para o transporte.

Aportou em Salvador (BA), 54 dias depois, em 22 de janeiro de 1808, onde fundou a primeira Faculdade de Medicina do Brasil, no dia 18 de Fevereiro de 1808

Depois  continuou a viagem para  Rio de Janeiro, aportando  no dia  8 de março de 1808, declarada como a capital do Império. A cidade contava com 50 mil habitantes, dobrou em 13 anos com a chegada do Imperador. Neste município, o Rei confiscou as melhores casas para os seus auxiliares, despejando os seus proprietários e   por intermédio  das capitanias hereditárias,  presenteou outros portugueses  com milhares de glebas de terra em toda  a colônia. 

O país foi  planejado para não ter  coesão entre os seus habitantes e eivado de todos os tipos preconceitos.  Ser índio, negro, pobre ou deles descendentes são motivos mais do que suficientes para viverem   no limbo do império. Este ainda é o país do hoje, fruto das atrocidades sociais  do ontem. País dos 10% mergulhados na riqueza, 20% à procura de viver com dignidade, às suas custas, e dos 70% sem vida digna, saúde, educação, segurança e respeito, apesar do escaldante trabalho, do suor derramado e do sofrimento.

É um país,  segundo os historiadores,  ligado ao mercantilismo leonino, explorado pelos colonizadores e que tem o seu nome ligado a uma mercadoria,   o pau Brasil, que significa  extrativismo vegetal, exploração do homem por outro homem, devastação das florestas e matança dos gentílicos. Fatos que perduram até os dias atuais sob a tutela das elites econômicas, artísticas e dos intelectuais que se orgulham dos exploradores europeus. 

É bom lembrar, que a miséria brasileira e tudo que aqui falta, sobra nos palácios, museus, igrejas,  cofres, festas  e nas ruas da Europa, transferidos por séculos sob coerção. Não é motivo de orgulho   e sim de vergonha. 

Estima-se que, em cinco séculos, 700 das 1.200 nações indígenas foram exterminadas.  Nos dois primeiros séculos, de 1531 a 1759 foram mortos  mais de 2,5 milhões de autóctones, os verdadeiros brasileiros.

A  exploração foi tão severa,  que em pleno século XXI  não se firmou como  nação, continua propriedade das elites  tanto da direita como  da esquerda,  que utilizam  o  capitalismo  em  benefício próprio. É uma grande colônia sem indústria e sem patentes, vive-se da venda das commodities minerais, vegetais e animais.

Presencia-se homens que propagam      ações  sociais para enganar  um povo  sem voz,  sem coesão e  a  passos lentos para  constituir  uma nação. Povo que perdeu os idiomas, os costumes e a alma no decorrer dos séculos  auxiliado pela  Igreja Católica,  a Companhia  dos Jesuítas,    de 1549 a 1759  quando  foi expulsa  pelo marquês de Pombal. 

Ao longo dos séculos, os jesuítas nas suas missões, enriqueceram, pois além de controlar os indígenas e explorar sua mão de obra, tinham acesso a recursos importantes, como as drogas do sertão  exploradas pelos religiosos no Grão-Pará, pedras precisosas e muito ouro. A partir do século XVIII, a relação da Companhia de Jesus com a Coroa portuguesa foi piorando progressivamente.

Os jesuítas retornaram ao Brasil em 1842 inicialmente na cidade de Porto Alegre, na antiga Província de São Pedro do Rio Grande do Sul e depois 1844 para todo o país. Contribuiram para a  Educação e a Libertação do país. 

O ouro roubado da coroa  era transpotado em  toras de madeira em forma de esculturas ôcas, os chamados Santo de Pau Ôco, enquanto maior o Santo e a Fé, maior  o tráfico do ouro.  Naquela época foi fundada a  maior escola brasileira de corrupção, hoje transformada nesta mega Universidade com mestrado, doutorado, pós doutorado e cátedra, cursada principalmente por muitos empresários, quase todos os políticos  e apoiadores.

A esquerda  e a direita brasileira, ano após ano, minam os cofres públicos em seus benefícios e se  revesam nas rédias do poder. 

Os antes pobres e pseudoesquerdistas, hoje fazem parte das elites capitalistas e políticas, fruto de ações contra o erário público, confirmando que ao chegar ao poder ou aos seus  quintais  passam a se comportar como irmãos siameses. 

Sobra dinheiro, comida, luxo  e viagens  ao exterior aos 10% da cúpula social, enquanto faltam pão, escola, saúde, segurança e respeito aos   70% que ficam na base da pirâmide social,  presenteados com circo, migalhas, futebol, bets e carnaval, enquanto os outros 20% sobrebivem com uma carga tributária descomunal.  

                 Os idólatras políticos sabem deste desenho.

                          Iderval Reginaldo Tenório

 

Quando os portugueses adentraram em terras  do Brasil, a população indígena sofreu um processo de extermínio e escravização, que resultou no desaparecimento de muitos povos. 

Como todos que vieram ao Brasil, com a finalidade de levarem as suas riquezas,   o marquês de Pombal não queria concorrentes, bastava a espada Inglesa nos peitos, e expulsou os jesuítas de todas as suas colônias: Açores, Madeira, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe na costa da África; Cochim, Goa e Colombo no subcontinente indiano; Macau e Nagasaki na Ásia Oriental; Moçambique e Angola na África; e Brasil na America do Sul, inclusive da Metrópole, Portugal, no ano de 1759.

"Ao longo dos séculos, os jesuítas nas suas missões, enriqueceram, pois além de controlar os indígenas e explorar sua mão de obra, tinham acesso a recursos importantes, como as drogas do sertão  exploradas pelos religiosos no Grão-Pará. A partir do século XVIII, a relação da Companhia de Jesus com a Coroa portuguesa foi piorando progressivamente.

A expulsão da Ordem, da metrópole e de todas as suas colônias  aconteceu durante a gestão de Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, secretário de Estado de Portugal. Foi uma tentativa da Coroa de centralizar a administração colonial e neutralizar a ação de ordens religiosas que atuavam na colônia de maneira autônoma, sem o controle da metrópole.  Ao longo desses séculos, os jesuítas ainda foram expulsos de outras nações europeias." 

 

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