domingo, 7 de julho de 2024

RESENHA DO FILME O QUINTO PODER. WIKLISKS E ASSANG 2

 

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JORGENCA - Blog Administração: “Se Os Tubarões Fossem Homens”.

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RESENHA DO FILME O QUINTO PODER.

WIKLISKS  E ASSANG

 

O filme, O Quinto Poder, documenta, em parte, a trajetória de uma  investigação realizada nos EUA por   um estudioso  da computação, engenharia, imprensa e da política, o australiano Julian Paul Assange. A obra é investigatória e  escancara para o mundo os bastidores secretos do poder e das interligações entre os dirigentes de cada nação, tudo pelo poder político-econômico e para  perpetuarem-se no poder custe o que custar. A benevolência, a beneficência, a ética e o humanismo passam distantes.

Mostra também que para os líderes mundiais, independente do regime político, o importante é divulgar o que o povo quer ouvir, aplicar o que a cúpula quer e fazer de tudo para camuflar a verdade. O objetivo para manter-se no poder é mostrar o que agrada à população, o que for positivo para os dirigentes, para os poderosos da economia e para o quarto poder, os poderosos de todas as mídias, notadamente as populistas.

Enfatiza que o homem vive em eterna guerra e a tirania não tem ligação individual com quem ocupa o cargo, tirano é o Estado e os seus ditames, o que importa é aplicar as suas leis, uma vez que o Estado é soberano e pode   tudo, e quem pode tudo, pode mais, corroborando que, os que ocupam o ápice da pirâmide sócio-político-econômico   são representantes do Estado tirano. Tudo para os que estão no ápice e a camuflagem para as massas.

No decorrer do enredo, em paralelo, passam múltiplas informações da humanidade, só compreendida por quem tem o mínimo de conhecimentos  filosóficos, sócio-político-econômico das múltiplas civilizações arquitetadas pelos pensadores e construtores da idade  moderna, do século XV(1453 a 1789) e da idade contemporânea, do século XVIII(1789 até os dias atuais no século XXI).

        O filme faz uma viagem e passa por todos os pensadores e filósofos dos últimos 600 anos em múltiplas  cenas.

1)  O Estado tem a força e pode reprimir as massas, notadamente as revoltadas e as que reivindicam direitos.

2)  Todos os homens são opacos, ninguém sabe o que  o outro está pensando. O  amigo do ontem e do hoje, pode ser o inimigo do amanhã.

3)  Hipoteticamente o Estado existe para proteger, trazer a paz e o sustento à avida plena e aplicar a justiça com imparcialidade.

4) Um dos  maiores patrimônios da sociedade é a informação e esta custa caro. Para o poder nas três vertentes e para os grandes veículos de comunicação, o quarto poder,  o mais lógico é suprimir, abafar e não gastar com demandas que não estajam a seu favor.

5)  Um homem líder, um grupo de líderes, uma nação líder  e um grupo de nações lideres  mandam e ditam as regras para o mundo.

6)  O homem e o mundo vivem em guerra, todos os movimentos revolucionários são lutas entre o passado, o presente e o futuro.

7) Os poderes políticos, econômicos e os dos conhecimentos conduzem a humanidade.

8) O contrato social é quem amarrará o homem a outro, ás instituições e  ao Estado nas  relações oficiais.

9)  Na política a regra é desmoralizar, inferiorizar e desqualificar o opositor.

10) Para blindar um cidadão ou um grupo, constroem-se  mitos e deidades, veja Jesus Cristo, Nelson Mandela e a Madre Teresa de Calcutá, cidadãos pétreos.

11) Condutas de líderes pelo poder: punição e castigos gradativos aos opositores, notadamente religiosos e políticos. Alguns  exemplos de castigadores  contemporâneos: Adolf Hitler, Fidel Castro, Augusto Pinochet, Josef Stalin, Idi Amim Dada, Saddam Hussein, Mengistu Haile Mariam, Pol Pot, Mao Tsé-Tung, Kim Jong-un, Papa Doc e outros.

12)  Por último toca no assunto da inimputabilidade, quando alega que o Julian Assang  deve ser autista e pode ser inimputável, como também todos os dirigentes que querem ser o centro de tudo e dirigem  asseclas doutrinados   para  executarem as suas ordens, exemplo maior Adolf Hitler. Naquela época autismo era considerada uma grave doença neuropsiquica e hoje  é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico 

Termina com o que falou em 1933 a Filósofa alemã Anna Arendt: “Uma nação só será democrática, quando todos os homens forem cidadãos  e que tenham  o direito de ter direito, os homens são doutrinados pelas leis dos doutrinadores”.

Chega-se à conclusão de que o homem não é tão mau, segue os pensamentos  dos mandantes doutrinadores. Para isto perde o seu Eu,  o raciocínio lógico, a sensação  de culpa ou de crime e transfere para os mandantes, pois estes seguem o Estado, as leis.

A neurociência vaticina que 70% dos humanos são influenciáveis e facilmente moldados. Esta propriedade independe do nível social, econômico, político  ou de conhecimentos, são como no mundo das abelhas e das formigas: os soldados estão sempre nos seus postos para defender o formigueiro, a colmeia e a suas rainhas.

Qualquer agressor ou suposta ameaça à colmeia ou ao formigueiro, tem como sentença a morte. Para proteger o seu tirano, independente do regime político, tudo é permitido.  


Salvador, 09 de Julho de 2024

Iderval Reginaldo Tenório

 

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