quarta-feira, 10 de maio de 2023

O SAQUE DA EUROPA AO CONTINENTE AFRICANO

                                                                                  


Exporgeo - Prof. Walter Zenio: COLONIZAÇÃO DO CONTINENTE AFRICANO

 


Meu bisavô africano vendeu escravos, mas não deve ser julgado pelos padrões  atuais', diz escritora negra - BBC News Brasil
                                                                                   Iderval Reginaldo Tenório

O SAQUE DA EUROPA AO CONTINENTE AFRICANO

É comum ao chegar da Europa,  após uma visita turistica e gastar o que ganhou na sua nação,  durante anos, os visitantes  voltarem radiantes, orgulhosos e cheios de alegrias com a riqueza, a beleza, museus, arenas, bibliotecas,  parques,  ruas, avenidas, teatros, igrejas, universidades e a educação dos europeus.  

Evidencia-se a fragilidade e a subserviência da mente de cada cidadão, uma vez que, pela história da humanidade deveriam voltar envergonhados, tristes, pensatativos e constetar   toda aquela riqueza e luxo. 

Bastaria olhar para trás, e numa regressão, lembrar que toda aquela riqueza foi levada das nações invadidas e usurpadas pelos europeus, notadamente a Inglaterra e reforçada pela   Holanda, Alemanha, Bélgica, França, Espanha, Portugal e Italia.

Lembrem-se que, durante séculos,  o continente africano foi invadido e tomado pelos povos da Europa.  Apagaram os seus costumes, idiomas e dialetos, deturparam as religiões, induziram tribos a  brigarem com tribos irmãs, eliminaram milhões de vidas humanas.  Levaram toneladas de ouro e outros metais preciosos, navios de madeiras de lei, plantas medicinais, toneladas  de diamantes, mataram animais para extrarirem marfim, peles, presas, ossos,  chifres,  penas e cabeças  de todos os tipos.  Traficaram  os africanos para diversas nações  como mercadorias, como rebanhos de animais irracionais   e força de trabalho  para tocar  a pecuária, a agricultura, a exploração mineral e todos os serviços pesados para abastecer as suas bocas.

O alge da exploração foi de 1750 a 1914.  Em 1884, a Europa, num pacto  de compadrio, realizou  a Conferência de Berlim, na qual rezava que cada nação da Europa tomaria  como reféns grupos de nações africanas e lá fariam o que quisessem.

 "A Conferência de Berlim aconteceu entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885 e delimitou regras e acordos durante a ocupação do continente africano pelas potências europeias. Conhecido também como partilha da África, esse evento oficializou o neocolonialismo que resultou na extensa exploração econômica de colônias africanas pelos países europeus."

Depois deste pacto fizeram da Africa uma colcha de retalho.  Como aves de rapina e  verdadeiros aspiradaores, sugaram todas as riqueza possíveis daquele continente, deixando-o no casco, na miséria e sem nenhuma autoestima,  roubaram a personalidade e a cidadania, jogaram os povos africanos  no fundo do poço.

 

De 1810 a 1914,  a Inglaterra, a mais severa, sanguinária e bruta nação do Mundo, dominou a ferro, fogo, bala e chicote a África do Sul, Egito, Sudão, Gana, Nigéria, Somália, Serra Leoa, Tanzânia, Uganda, Quênia, Malawi, Botsuana,  Zâmbia, Gâmbia, Lesoto, Maurícia, Suazilândia, Seicheles e Zimbábue.

Naquelas nações escravizaram, venderam e dizimaram milhões de vidas, sugaram toneladas de ouro e outros metais preciosos, toneladas de diamantes e outras gemas, tapetes e artes históricas,  navios de  presas de elefantes, chifres de rinocerontes e cabeças de  de varias espécies de animais. Levaram navios de madeiras de lei e ervas medicinais, fósseis de todos os tipos e tudo de importância encontrado pelos invasores.

Hoje  estas riquezas estão expostas em tudo que o turista enxerga e vergonhosamente admira naquelas nações . Estão  nas coroas dos pseudos monarcas, nos  utensílios domésticos, camas, mesas, dobradiças, telefones, portas, armas, cadeiras, chuveiros, torneiras, pias, troféus, faqueiros, aviões, barcos, navios, carros, motos, bicicletas,  jóias de todos os tipos, nos cofres dos bancos, como lastros financeiros e,  até em sanitários.     

Acredita-se que a  vergonha, a ojeriza, a indignação e a tristeza seriam as propriedades  pertinentes por  tudo visto   no continente europeu, em vez desta subserviência secular  e deprimente. Atitudes estas,  impostas e apoiadas  pelas elites econômicas, artísticas, políticas, eclesiástica e,   pela sonhadora e  enganada classe média   que derramam  bilhões de dólares no velho continente todos os anos.

Qual seria a conduta da Europa para reparar todo o estrago  ao continente africano? o que deveria ser feito para recompensar  toda a riqueza usurpada  dos   ancestrais da humanidade?

O que se vê, é o envio de esmolas para socorrer os eternos desastres sociais, taxadas de ajudas humanitárias, a formação de ONGs com a finalidade de mapear  as suas riquezas  como nos séculos passados apopiadas pelas elites citadas, numa entrega continua dos territórios, solos, subsolos e as riquezas naturais, numa exploração clara para manter os seus luxos e consumos.

Cito o vergonho programa -Médicos sem fronteiras- um enganoso programa para angariar esmolas e socorrer os povos explorados pelas nações  hegemônicas da Europa,  durante século,  e apoiadas por  todos os subservienmtes do  globo terrestre. Bastaria que cada nação exploradora,  para tratar e alimentar os sofridos reféns  maltratados por eles, devolvesse parte das riquezas das nações invadidas,  enganadas  e pseudocolonizadas.   

Não seria necessário devolver as riquezas levadas durante séculos, bastaria que assumissem a educação  do curso infantil ao  curso superior de cada povo explorado, que recuperassem as religiões, costumes  e as artes,  que construíssem escolas, hospitais, parques, ruas, avenidas  e estradas, que  tratassem  as águas e  o esgotamento sanitário por um período de  vinte ou trinta anos. Isto configuraria um pequeno reparo, uma vez que,  tudo que a Europa fizer é pouco para os povos da África, a dívida é abissal.

Em pleno séculos XXI, não é cabível esta subserviência  ao povo da Europa, notadamente aos ocupantes  de reinados, os usuários de coroas de ouro cravajedas de diamantes, regadas  a sangue  e vida dos explorados. Esta prorpriedade de conformismo,  reforça a continuidade da exploração dos povos periféricos,  uma barreira para o progresso e a dependencia por mais  grandes períodos.

Os vilipendiados pedem socorro e gritam abafadamente por  liberdade plena e clamam por justiça e por Deus. 

Iderval Reginaldo Tenório


Lembrem-se de Castro Alves (1847 -1871) em Vozes d"África

 

"Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?

Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes

Embuçado nos céus?


xxxx

Minhas irmãs são belas, são ditosas...

Dorme a Ásia nas sombras voluptuosa

Dos haréns do Sultão.

xxxx

A Europa é sempre Europa, a gloriosa!… A mulher deslumbrante e caprichosa, Rainha e cortesã.

Fonte: https://www.passeiweb.com/vozes_d_africa/

 Europa é sempre Europa, a gloriosa !..
A mulher deslumbrante e caprichosa,
Rainha e cortezan.

xxx

Hoje em meu sangue a América se nutre
- Condor que transformara-se em abutre,
                    Ave da escravidão

xxx

A Europa é sempre Europa, a gloriosa!… A mulher deslumbrante e caprichosa, Rainha e cortesã.

Fonte: https://www.passeiweb.com/vozes_d_africa/ 

Qual Prometeu tu me amarraste um dia

Do deserto na rubra penedia

— Infinito: galé! ...

Por abutre — me deste o sol candente,

E a terra de Suez — foi a corrente

Que me ligaste ao pé...


Iderval Reginaldo Tenório

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