domingo, 23 de abril de 2023

O SOL TRAZ PARA ZEZINHO AS QUEIXAS DOS RIOS

Medicamentos poluem rios em todos os continentes : Revista Pesquisa Fapesp   

 Zebrasomas: peixes coloridos e cobiçados por hobbistas – Terra Zoo

O SOL TRAZ PARA ZEZINHO AS QUEIXAS DOS RIOS

 

O MENINO

Zezinho,7 anos de idade,  mora  no campo e ainda não frequenta  as escolas do imaginário humano. Sonha com este dia, porém  é PhD  na linguagem dos seus maiores amigos: a terra, a chuva, o sol, a lua, a noite, o dia, a água, os ventos,  as plantas, os animais domésticos,  os  silvestres, os  pássaros, os insetos e até os répteis. 

O menino fala a linguagem da natureza. É poliglota, etólogo,  ambientalista, sociólogo, ecologista,  biólogo, agricultor, pecuarista e outras da sua  imaginação, só não sabe  as leituras desenvolvidas pelo imaginário humano. Ensinamentos constituídos de   demandas seletivas, excludentes e que  estudam os fenômenos  materiais e filosóficos,  e ao mesmo tempo  provêem os mecanismos  da estratificação da sociedade. É uma  Educação   de cabal importância para o homem ascender na escala sociocultural, e  não continuar no limbo ou na base da pirâmide  social   criada pelos humanos. O Zezinho tem sede do saber e olha para o futuro da humanidade.  

Diz  a neurociência,   que na primeira infância, a linguagem oficial é a que prega   o amor, a verdade, a pureza, o  respeito, a compaixão, o compartilhamento, a  sinceridade e a inteligência.  Com o passar dos tempos, o homem vai remodelando  pilar por pilar, pedra por pedra,  para que, com as agruras sofridas,  construir os templos do artificialismo da vida,  obedecendo os princípios pétreos da linguagem da primeira infância; porém, muitos, na sua  trajetória ,  sofrem  avarias  morais, danificam a  personalidade, entram num mundo obscuro e sedimentam  diversos  desvios de comportamento.

                      

   O SOL TRAZ PARA ZERZINHO AS QUIXAS DOS RIOS


O Sol, o líder dos grupos,  traz diversas queixas dos seus componentes.

Os  Rios andam assombrados e perplexos com o futuro, encontram-se  exaustos e não aguentam as atrocidades praticadas pelos humanos. Cortam as árvores das suas margens, constroem habitações nos seus trajetos, desviam aleatoriamente as suas águas e jogam dejetos de todos os tipos  nos seus leitos, especificamente orgânicos,  químicos, metais e os tóxicos. Reclamam que um dia poderão não suportar  tais agressões  e poderão perecer antes do tempo, alertam compenetradamente que   a promoção   da vida é  função de todos.

Lembram que nas suas águas, vivem diversos tipos de vidas e por onde passam alimentam milhares de outras vidas, tanto vegetais como  animais e são as artérias da terra. Transportam muitos nutrientes na suas águas e juntos  aos oceanos, lagos, córregos, lagoas, açúdes e trajetos subterrâneos   levam a vida para todos. 

Enfatizam que a Terra é  viva e nunca para de se transformar, vive em metamorfose, depende das suas águas e dos nutrientes que nelas se encontram.

Apontaram um grave crime que os humanos praticam contra os peixes, os  seus maiores moradores.   

Os peixes vivem felizes nas suas águas,  suprem a cadeia  alimentar , inclusive os  humanos. São peças  importantes nas complexas  propriedades  da vida e para todas as espécies que habitam a terra.  

O que  é inadmissível e sem defesa, é o fato dos humanos pescarem  para o entretenimento, dizem que pescam pelo lazer, não é ético. Enquanto divertem-se e riem,   maltratam os inocentes peixes e  vangloriam-se das atrocidades praticadas. Os Rios não  entendem como um homem pode se sentir feliz em prender  um peixe pela boca. Veja um trecho  do  relato vivido por um dos rios:

“Os homens usam anzois de metal,  camuflados com   fragmentos de carne, o peixe  pensa que é alimento e tenta engolir para matar a fome. O pontiagudo ferro encrava na sua boca, o animal passa  horas  brigando para se livrar  e não consegue. Sem forças, exausto e com ferimentos  é vencido , os homens  ficam felizes, pulam   de  contentamento por este satânico e criminoso ato. Não se resignam e nem se comovem com as dores, o sofrimento e o pânico que passa aquele animal. Depois o expõe   ao público ridicularizando e o envergonhado.  Em seguida  o solta  na mesma água com avarias na cabeça, ferimentos na boca, nos olhos, barbatanas, queixo,  guelras e garganta, fica moralmente  destruído, é uma afronta  a vida”.

Iderval Reginaldo Tenório

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário