MORCEGOS ASTRAIS
Fileto A G Sousa
Médico do Trabalho
Apesar de a ficção reinar na imaginação de muitos escritores, a vida real também reserva alguns pitorescos contos que fazem sentido. No astral, o homem sem carne continua em sua luta do desenvolvimento mental. Quem enlevado segue sua trajetória, mas, quem escolheu o atraso, como meta progressiva, nela descamba. E aí o retrocesso social, embora cientificamente até bem trabalhado ou desenvolvido. Na realidade o caminho do meio parece uma boa, em termos de zona de conforto; mas, em se tratando do bem e do mal, acima da linha condiz com a Luz e, abaixo desta, as trevas. Ambos com ardor em seus direitos e deveres.
Nada se perde na tangente da Evolução, pois tudo tem uma função, um fim.
Buddha gostava de citar a zona do meio, porém, outros, um pouco acima ou mais adiante. Decerto quem, abaixo da linha, com um esmero de chamar à atenção! E o é.
Morcego é uma palavra que traduz a sensação de vampiro, um sugador por natureza. Apesar de sua classe mamífera, nem todo morcego admite a fama que o Drácula representa. Apenas uma espécie se vangloria desse método alimentar, como se aberração de um hábito, mas, um gostinho de prejuízo para a vítima. E o vampiro astral adora quando a vítima lhe serve por um bom tempo, se não descartada em função de outra mais suculenta e serviçal.
Na escalada desse comportamento todos os métodos são válidos para o morcego astral atrair a vítima. Cedendo aos anseios daquele, ela é induzida e depois passa a obedecer a quilômetros de distância, como se o autômato fosse. Em resumo, perde a vontade própria, seguindo o script fornecido pelo seu algoz. É preciso uma ajuda muito grande e de alto poder de persuasão para que escape do transe hipnótico perpetrado, amiúde, há bastante tempo. Algumas vítimas não precisam de muito esforço para se submeterem, pois carregam em si as nuances de entrega fácil, talvez pela necessidade de se prostituir, de querer o sinistro como advento eterno.
Primariamente os morcegos astrais se nutrem de substâncias exaladas pelo sistema nervoso das vítimas, notadamente o cortisol, quando humano, quiçá, entre outras. Há de convir que substâncias análogas devem fazer parte deste procedimento quando se trata de humanos desencarnados.
Os morcegos astrais não só agem nas profundezas dessa dimensão como na superfície, quando preparam os seus artefatos ou sujects para ações específicas. São entendidos em tudo e de tudo participam, como se olhos escondidos acompanhassem todas as ações humanas. O que lhes interessa é o caos, o sofrimento e a dependência de quem lhes sustenta as emoções. Quanto maior o número de sofredor, mas desprendimento de cortisol, substância de alta qualidade alimentar. Bajuladores, sabem tratar suas vítimas e as nomear para cargos os mais atrativos possíveis. Os mais inteligentes alcançam lugares de destaque, mesmo quando orientados em espírito para quando reencarnar. Estes podem chegar à Luz na mesma inocência dos bebês e, na hora do H, darem início aos predicados mentais. Em criança já pode manifestar; porém a adolescência e a fase adulta parecem as melhores. Não escapa a idade, pois, em determinados grupos sociais, muitos se revelam com 50 anos e mais. Todos trazem o cinismo por trás das máscaras – algo que os enfeitam como deuses, sem que haja uma aclamação qualquer. Suas palavras fluem com grande impacto, trabalhando a mentira como verdade. Não têm sentimento, dissimulam e adoram a perfídia como álibi, mesmo contra os seus.
Mera coincidência, os fatos da História Geral não negam a presença dos morcegos astrais nos acontecimentos de grande convulsão social. Muitos ícones, após liberados do liame que os mantinham na profundidade, e lhes dada a chance para chegar à Luz, revelam-se pela agudeza de uma tática que até o mais astuto do bem cai na lábia e lascívia. Estão a par de tudo, como que absorvendo por osmose, e se munem de tirocínio de fazer inveja até nas linhas tortas de suas trajetórias. Nisso, a tão famigerada tangente nos propósitos de ações. "Comem pela beirada" e, quando menos se espera, lá estão no centro das convulsões sociais, controlando magneticamente quem lhes permitiu acesso mental. Esse, coitado, um autômato que despe o alto grau de intelectualidade para servir a um senhor, às vezes, muito aquém do seu nível.
O sucesso dos morcegos astrais depende do silêncio e inércia dos bons ou Atores do Bem, simplesmente por acreditarem numa nuvem passageira, que logo se esvai quando, na realidade, uma tempestade quase infinda. Doutro modo, por imiscuírem do denodo e arma análoga para o combate eficiente. Eles sabem disso e seguem adiante o script, dando um passo firme a cada vez. Esta, a razão da vitória sinistra e o ganho da Evolução Sócio-Espiritual, burilando arestas de quem carente na linha do carma.
E quando um Morcego Astral se converte, o céu canta hosanas
Simplesmente magnífico
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