terça-feira, 24 de maio de 2022

Emicida sobre a cantora Alaíde Costa: 'O mundo precisa ver essa mulher

 

 Alaíde Costa – Wikipédia, a enciclopédia livre

Emicida sobre a cantora Alaíde Costa: 'O mundo precisa ver essa mulher'

Rapper produz disco da cantora carioca de 86 anos

 Alaíde Costa lança disco que faz ponte entre gerações - 23/05/2022 -  Ilustrada - Folha

Alaíde Costa não acreditou quando o convite chegou. Jamais imaginara que Emicida fosse seu fã. Muito menos que ele pudesse desejar produzir um disco dela. E é assim, ainda meio incrédula, que a cantora e compositora carioca de 86 anos viu sair do forno, no último dia 19, o álbum "O que meus calos dizem sobre mim" (selo Samba Rock), produzido pelo rapper e por Marcus Preto, com direção musical de Puppillo.

- Fiquei surpresa de o Emicida gostar de mim e de ter tido a vontade de trabalhar comigo. A praia dele é outra. Ele quis nadar na minha, e eu estou na dele - brinca a rainha das canções de fossa, que remou contra a maré durante boa parte de seus 66 anos de carreira ao escolher navegar por bossas líricas e dramáticas quando o mundo lhe sugeria que gravasse samba ou "algo mais animado, um oba-oba".

Alaíde Costa: a injustiçada voz negra da Bossa Nova - Iconografia da  História

Capa do novo disco de Alaíde Costa — Foto: reprodução

A ideia do projeto surgiu depois que Preto (diretor musical por trás de discos de Gal Costa, Erasmo Carlos e Nando Reis) enviou ao rapper o material de divulgação de uma live que Alaíde faria (e fez, em 2020) interpretando canções de Johnny Alf. Os dois passaram a trocar mensagens e descobriam que aquela mulher de canto doce e cristalino era uma paixão em comum. E o que chega ao alcance do público agora é o reflexo dela.

Na verdade, uma declaração de amor em forma de disco. E não só de Emicida e Preto, mas dos vários nomes que fizeram canções especialmente para Alaíde: Joyce Moreno ("Aurorear", com Emicida); Erasmo Carlos e Tim Bernardes ("Praga"); Céu e Diogo Pouças ("Turmalina negra"); Fátima Guedes ("Nenhuma ilusão"); Ivan Lins ("Pessoa-Ilha", com Emicida); e Guilherme Arantes ("Berceuse"). João Bosco e o filho Francisco assinam a única não inédita do disco, "Aos meus pés". A essas sete, junta-se "Tristonho", melodia de Alaíde Costa letrada por Nando Reis, lançada como single em abril. 

Para matar a saudade de Alaíde Costa - Jundiaqui

A adesão ao chamado dos produtores para que artistas mandassem composições para um álbum de Alaíde foi tão maciça que virá ainda um segundo disco (sem previsão de lançamento). Desta vez, com músicas de João Donato, Francis Hime, Marcos Valle, Guinga, Gilson Peranzzetta, entre outros. Marisa Monte a Carlinhos Brown também já enviaram uma, batizada de "Moço". Rubel e Emicida já têm pronta "Bilhetinho". OGLOBO

 

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