O CORONÉ E A LUA DE MÉ
DO GRANDE POETA BAIANO- ILDO SIMÕES
MÉDICO PNEUMOLOGISTA EM ATIVIDADE
Dr Ildo Simões,ex-Preseidente da
Sobrames- Bahia.
Um certo doutor tinoco
Já chegado nas idades
Paquerô menina nova
Uma verdadeira beldade
Mas em matéra de janero
Só tinha dele a metade.
Viajaram pra Paris
Pra passar lua de mé
Todo mundo comentava
Da menina e o coroné
Sete dias de passeio
Sendo cinco no moté
No começo aquele fogo
Verdadeira patuscada
Dava três em cada tarde
E mais cinco por noitada
No quinto dia o vexame
Começou a fraquejada.
Cuidou da alimentação
Mas cada dia pió
Apelou pra bruxaria
Nem assim ficou mio.
Foi correndo ao celular
E pediu vaga no incó.
O coroné tomou o vou
Lá pro incó de sun Palo
Depois de muitos ixames
Na barriga acharam um calo
O coração disparado e
O sangue muito ralo.
Jutaro os especialista
De Jatene ao diretor
E fizeram o veredicto
Sem ninguém se contra por
A sua doença é esclerose
Cum estravagança de amor.
É doença passagera
Pió se fosse maleita
Fique Carmo e confiante
Brochada nunca é disfeita
Vá correndo a sarvador e
Mande aviá esta receita.
Um litro de catuaba
Nós moscada e pixulim
Vinte grama de castanha e
Um quilo de amedoim
Erva de são Cipriano
Da feira são Joaquim
Hoje em dia o coroné
Miorô seu furunfá
Aprendeu que mingau quente
Só se come devagá
E fogo de mué nova
Tem que saber apagáAdicionar legenda |
Bom dia, Dr. Iderval!
ResponderExcluirQue maravilha de poesia! Uma história engraçada retratando os costumes regionais!
Abraços!