sábado, 30 de janeiro de 2021

CARTA AO POVO BRASILEIRO. A CATÁSTROFE DE MARIANA EM MINAS GERAIS E O SILÊNCIO DO GOVERNO BRASILEIRO

 

 


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A CATÁSTROFE DE MARIANA EM MINAS GERAIS  E O SILÊNCIO DO GOVERNO BRASILEIRO
 
                                        CARTA AO POVO BRASILEIRO

                                      Salvador 06 de Dezembro de 2015

 

Amigos brasileiros , numa fatídica tarde de tenebrosas lembranças, a nação foi em parte devastada por uma gigantesca catástrofe contra a natureza, fruto da somatória  de múltiplos e   equivocados atos governamentais que culminou com a morte de todos os tipos de espécies, inclusive humana e de todo um ecossistema
O rompimento de uma barragem que armazenava os rejeitos na extração do ferro bruto , equipamento indispensável  na produção das pelotas e do ferro gusa,  minério responsável pelo maior faturamento da pauta de exportação das commodities, o setor que vem oxigenando a sofrida e combalida economia brasileira.
Para a extração, transporte e produção do ferro utilizam-se máquinas pesadas, explosivos, grandes devastações, assoreamentos  dos rios e muita água potável, relíquia esta que deveria ser usada na manutenção do ecossistema em todos os seus vieses,  do uso doméstico  pelos homens e animais ao equilíbrio do meio ambiente,  isto na perenização dos rios, na alimentação dos projetos agropecuários , na manutenção do clima e de tudo que a ela for interligado.
Com o sistema e a escolha do governo central nos últimos 12 anos de priorizar na economia o setor commodities, principalmente a exportação dos minérios como um todo, matando o setor produtivo industrial e  azeitando o setor consumo, o governo facilitou as licenças, entregou e ofereceu o território nacional para as grandes mineradoras ao redor do mundo ,  praticamente obrigou os exploradores a destruir morros, serras e  rios, contribuiu para se cavar gigantescas crateras, destruírem campos de plantações e criatórios, enfim, ajudou a consumir e exaurir os recursos naturais, mais uma vez cito as águas potáveis  e as terras agriculturáveis da região,  tudo com o intuito de alavancar a economia num único segmento, o pior, a venda da própria terra para o exterior  , enviando em forma de minerais brutos ou semi beneficiados ,  em forma de carnes e de soja  às  custas de uma  devastadora e avassaladora destruição  dos seus campos, o Brasil voltou a ser uma nação extrativista, um país que viveu assim por vários séculos, o país passou a destrurir o seu ecossietma e declarar guerra ao meio ambiente, as únicas medidas para angariar os dólares do restyo do mundo, primordialmente do continente asiático, a China .
Os especialistas informam que,  uma barragem com 70 milhões de metros cúbicos de rejeitos minerais, um grande açude de lama ferrosa e outros componentes com 70 bilhões de litros de produtos nocivos ao meio ambiente,  jamais poderia ficar num alto colocando em risco milhões de vidas,  e que na sua trajetória,  caso acontecesse um rompimento não poderia ficar cidades, vilas, currais, fazendas ou leitos de rios, no caso em tela,  o da vez , foi um Rio, que tal qual o Nilo,  alimentava e alimenta de vida uma população ribeirinha de milhões de brasileiros, a fauna , a  flora  e todo um ecossistema, este Rio corre por mais de 600 quilômetros até a foz e abastece mais de 16 municípios de tudo, do vegetal ao animal,   O RIO DOCE.
Este silêncio diante do estrago é conseqüência da conivência governamental, este silêncio configura o sentimento de culpa das autoridades, configura um filtro para o não despertar  da população para o grande problema criado, como também para evitar a eclosão de mais um escândalo nacional, outras barragens ainda sucumbirão, culpa dos governos que priorizaram a extração desenfreada dos minérios brasileiros.
O país foi leiloado ao mundo no setor commodities, grandes são as fazendas de estrangeiros   produtoras de soja e de carnes no seu território, grandes são as mineradoras a escavacar o solo pátrio com a finalidade de enviar as riquezas  para alimentar as indústrias por este mundo afora, hoje a única maneira que o governo possue para entrar divisas na nação, vende-la literalmente ao mundo a preços insignificantes, como nos séculos  XV, XVI, XVII, XVIII E XIX  do submundo, quando a  nação era apenas extrativista e depois voltarem beneficiadas  a preços de ouro.
Como recompensa azeita os subempregos nos serviços e no comércio, ocupa a população desqualificada no setor de vendas de coisas, de coisas , fechando  o ciclo de envio de dólares para os produtores destas coisas aqui consumidas e aqui não produzidas . 
Relembro mais uma vez,  enquanto mais se consome mais divisas são enviadas aos produtores no exterior que priorizaram a indústria que agregam valores aos manufaturados.
A Catástrofe de Mariana tem  nome, pai, mãe , responsáveis e  endereço, é apenas mais uma questão Brasil, por aqui e por lá não tem valor, outras Maraiana acontecerão, a tarde do dia 5 de novembro de 2015 jamais sairá da memória brasileira
 Da vida humana ao meio ambiente,  para os dominantes nada tem valor , é apenas uma questão Brasil, de 1500 para cá o mesmo diapasão, isto é Brasil.

Salvador 06 de Dezemebro de 2015

Iderval Reginaldo Tenório

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A onda de lama da mineradora Samarco chegou com tudo ao oceano no domingo, 22, formando uma enorme mancha marrom que se projetava quilômetros mar adentro desde a foz do Rio Doce, em Linhares, no norte do Espírito Santo. Uma…
diariodopoder.com.br

ESCUTEM NA VOZ DO AUTOR , VITAL FARIAS , UM PARAIBANO DE TAPEROÁ , UM DOS MAIORES ARTISTAS DESTE BRASIL.
 SAGA DA AMAZONIA QUE DEVERIA SER OFICIALIZADO COMO UM DOS HINOS DO BRASIL.

Cantoria 1 - Saga Da Amazônia (Vital Farias) - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=HnX4VFz4EOs
26 de set de 2010 - Vídeo enviado por Alfredo Pessoa
Elomar, Vital Farias, Geraldo Azevedo e Xangai - CANTORIA 1 O álbum é uma gravação ao vivo realizada

 

Um comentário:

  1. Excelente comentário! Quanto mais agridem a Natureza, mais reações adversas terão! Os fisiocratas tinham a maior razão,quanto ao que chamavam de "Governo da Natureza". A Fisiocracia expressa todo um planejamento econômico, desde que deixem que a Natureza governe um cenário, onde tudo poderia ser benéfico a esse mundo! Parabéns por postar essa matéria, Dr. Iderval!

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