domingo, 16 de junho de 2019

O MACACO, A ONÇA, A FLORESTA E A SUA COMUNIDADE .HISTÓRIAS QUE MINHA MÃE CONTAVA




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O MACACO, A ONÇA,   A FLORESTA E A SUA COMUNIDADE.

HISTÓRIAS QUE MINHA MÃE CONTAVA

Era uma vez uma floresta muito densa, nela moravam diversos animais: répteis, aves, mamíferos, insetos e nas suas lagoas sapos e muitos peixes, era uma comunidade unida e que todos queriam uma floresta boa para todos os seus habitantes.

O grande problema é que nesta floresta  morava uma onça chamada Rizonilda Falsina Florestal, que quando não encontrava comida pegava um animal pequeno para comer, com este comportamento  pregava medo nos demais, onde a onça estivesse o ambiente não era muito bom, todos ficavam  tensos,  pois temiam   as suas garras, as suas presas e o seu jeito de ser, ora  cordial e ora agressiva, era um animal temido. 

Era comum nas reuniões dos habitantes irem se  ausentando, um a um, até o ambiente ficar totalmente vazio, só e somente a onça e as árvores ficavam naquele lugar.  Os primeiros animais a se  ausentarem eram os menores e os que tinham filhotes, mesmo sendo de bom porte, pois quando a onça estava com fome era muito perigosa, era uma predadora. Só ficavam  as árvores, uma vez que não tinham pés para correr e a comadre onça é carnívora.  

Nesta floresta morava um macaco, o seu nome era Alertino Comunitário da Ajuda, ele era muito divertido, alegre, ativo e ajudava todos os outros animais. Gostava de frutas, principalmente  de banana, onde o macaco estivesse era alegria garantida. Brincava, pulava, ria, deitava pelo chão e contava muitas anedotas sadias para os mais velhos e belas histórias para as crianças, bem diferente da onça, que era ranzinza, abusada e falsa.  Nas festas nas quais o macaco se encontrava era entretenimento garantido. 

Quando o macaco avistava a onça a primeira coisa era subir no topo de uma grande árvore e lá ficava a vigiar o seu comportamento, no topo enxergava tudo. Quando notava que ela ia pegar um filhote de outro  para comer ele gritava, pulava e avisava o que estava acontecendo, era o tempo suficiente para todos os animais protegerem os seus filhos e também se defenderem, com este comportamento a onça ficava doida para pegá-lo, trucidá-lo e acabar com o macaco, uma vez que ele atrapalhava muito a sua vida e era o defensor dos outros animais da floresta, a onça fazia de  tudo para pegá-lo.  O macaco era muito sabido, estava sempre distante e nunca se aproximava da grande onça. O  macaco era precavido, cuidadoso  e muito rápido, vivia nas copas das árvores.

Certo dia a onça teve uma ideia para capturar o macaco, era um plano muito simples, bastava se passar por morta. Assim todos os animais  ficariam sabendo, inclusive o sabido macaco, e iriam ficar ao seu redor. Pensou da seguinte maneira: "quando o Alertino Comunitário da Ajuda se aproximasse para confirmar  a sua morte, ela o pegaria pelos pés." Assim colocou em prática a sua tática e sonhou acordada “por esta o macaco não esperaria e estaria resolvido o meu entrave na floresta. Um macaco gordinho seria  uma ótima  refeição”.

 Na vila onde eram realizadas  as reuniões e as festas havia uma grande e frondosa árvore, uma centenária mangueira, onde os animais descansavam.


 Depois de andar o dia inteiro, a onça deitou-se debaixo desta mangueira e fez-se de morta, a notícia logo se espalhou por toda a floresta, o macaco que se encontrava escondido, no topo desta mesma árvore, acompanhou atentamente tudo lá de cima. Os animais da floresta foram chegando, alguns lamentavam a morte da onça, uns falavam  que apesar de perigosa não era tão ruim, só quando estava com muita fome era um risco para a floresta, para uma coisa ela servia, era a protetora daquela comunidade,  animais maiores, perigosos e de outras regiões  tinham medo dela e lá não apareciam. Nem tudo no mundo é ruim no seu total, tem alguma coisa que se aproveita, esta qualidade a onça tinha. 

Quando todos os animais rodeavam a onça morta,   o macaco  desconfiado da farsa, vagarosamente desceu  do topo da árvore e ficou de longe olhando para a onça supostamente sem vida. Como era muito precavido, sabido, inteligente, cuidadoso e perseguido pela onça assim se pronunciou antes de se aproximar:

“Minha vó sempre falava, que  quando um animal bonito, potente, inteligente, vistoso, respeitado, muito querido por todos,  valente e o chefe de uma comunidade morre espirra três vezes para confirmar que morreu mesmo, se não eliminar estes gases ainda tem cura, basta chamar o doutor da mata e ele salvará o rei desmaiado: "se não espirrou, ainda tem solução, esperem que  vou chamar o  doutor  Florestino Milagroso da Mata”

A onça que escutava tudo e já estava preparada para dar o bote, mirou bem onde o macaco se encontrava  e antes que se ausentasse  espirrou três vezes, um espirro seguido de mais dois, sempre um mais alto do que o outro  para comprovar a veracidade de sua morte.

O macaco imediatamente fugiu da vila e foi procurar abrigo no topo de outra grande árvore e assim se pronunciou:

“Quem já viu morto espirrar? Até mais comadre onça”

E assim a onça ainda continua a perseguir o sabido macaco.

Iderval Reginaldo Tenório




3 de jun de 2011
Letra e música de Cada Macaco No Seu Galho (cho Chuá) de Gal Costa.
26 de jul de 2012 - Vídeo enviado por Ste' GattoMaoz
Cada macaco no seu galho Xô xuá Eu não me canso de falar Xô xuá O meu galho é na Bahia Xô xuá O seu é ...

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Riachão (sambista)

Riachão
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Clementino Rodrigues, mais conhecido pelo apelido de Riachão (Salvador, 14 de novembro de 1921), é um sambista do Brasil, um dos mais reconhecidos do país, ao lado de Nelson Sargento, Dona Ivone Lara e mais alguns outros da velha guarda.
Aos 9 anos já cantava nas serenatas, nos aniversários ou nas batucadas com os amigos do bairro onde nasceu - Garcia. Batucava em latas de água onde tamborilava seus sambas. A primeira composição veio aos 12 anos, um samba sem título que dizia: "Eu sei que sou moleque, eu sei, conheço o meu proceder/ Deixe o dia raiar que a minha turma, ela é boa para batucar".[1]
Riachão teve várias das suas músicas interpretadas por cantores nacionais, uma das mais conhecidas foi "Vá Morar com o Diabo", cantada por Cássia Eller. Também é de sua autoria a famosa música "Cada Macaco no Seu Galho", escolhida por Caetano Veloso e Gilberto Gil, em 1972, para marcar seus retornos ao Brasil depois de exílio político durante o regime militar no Brasil e que gravaram posteriormente.[2][3]
O apelido "Riachão" ganhou ainda na infância, explica:

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