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Era uma vez uma floresta muito densa, nela moravam diversos animais: répteis, aves, mamíferos, insetos e nas suas lagoas sapos e muitos peixes, era uma comunidade unida e que todos queriam uma floresta boa para todos os seus habitantes.
O grande problema é que nesta floresta morava uma onça chamada Rizonilda Falsina Florestal, que quando não encontrava comida pegava um animal pequeno para comer, com este comportamento pregava medo nos demais, onde a onça estivesse o ambiente não era muito bom, todos ficavam tensos, pois temiam as suas garras, as suas presas e o seu jeito de ser, ora cordial e ora agressiva, era um animal temido.
Era comum nas reuniões dos habitantes irem se ausentando, um a um, até o ambiente ficar totalmente vazio, só e somente a onça e as árvores ficavam naquele lugar. Os primeiros animais a se ausentarem eram os menores e os que tinham filhotes, mesmo sendo de bom porte, pois quando a onça estava com fome era muito perigosa, era uma predadora. Só ficavam as árvores, uma vez que não tinham pés para correr e a comadre onça é carnívora.
Nesta floresta morava um macaco, o seu nome era Alertino Comunitário da Ajuda, ele era muito divertido, alegre, ativo e ajudava todos os outros animais. Gostava de frutas, principalmente de banana, onde o macaco estivesse era alegria garantida. Brincava, pulava, ria, deitava pelo chão e contava muitas anedotas sadias para os mais velhos e belas histórias para as crianças, bem diferente da onça, que era ranzinza, abusada e falsa. Nas festas nas quais o macaco se encontrava era entretenimento garantido.
Quando o
macaco avistava a onça a primeira coisa era subir no topo de uma grande árvore
e lá ficava a vigiar o seu comportamento, no topo enxergava tudo. Quando notava
que ela ia pegar um filhote de outro para comer ele gritava, pulava e
avisava o que estava acontecendo, era o tempo suficiente para todos os animais
protegerem os seus filhos e também se defenderem, com este comportamento a onça
ficava doida para pegá-lo, trucidá-lo e acabar com o macaco, uma vez que ele
atrapalhava muito a sua vida e era o defensor dos outros animais da floresta, a
onça fazia de tudo para pegá-lo. O macaco era muito sabido, estava
sempre distante e nunca se aproximava da grande onça. O macaco era
precavido, cuidadoso e muito rápido, vivia nas copas das árvores.
Certo dia a onça teve uma ideia para capturar o macaco, era um plano muito simples, bastava se passar por morta. Assim todos os animais ficariam sabendo, inclusive o sabido macaco, e iriam ficar ao seu redor. Pensou da seguinte maneira: "quando o Alertino Comunitário da Ajuda se aproximasse para confirmar a sua morte, ela o pegaria pelos pés." Assim colocou em prática a sua tática e sonhou acordada “por esta o macaco não esperaria e estaria resolvido o meu entrave na floresta. Um macaco gordinho seria uma ótima refeição”.
Na vila onde eram realizadas as reuniões e as festas havia uma grande e frondosa árvore, uma centenária mangueira, onde os animais descansavam.
Depois de andar o dia inteiro, a onça deitou-se debaixo desta mangueira e fez-se de morta, a notícia logo se espalhou por toda a floresta, o macaco que se encontrava escondido, no topo desta mesma árvore, acompanhou atentamente tudo lá de cima. Os animais da floresta foram chegando, alguns lamentavam a morte da onça, uns falavam que apesar de perigosa não era tão ruim, só quando estava com muita fome era um risco para a floresta, para uma coisa ela servia, era a protetora daquela comunidade, animais maiores, perigosos e de outras regiões tinham medo dela e lá não apareciam. Nem tudo no mundo é ruim no seu total, tem alguma coisa que se aproveita, esta qualidade a onça tinha.
Quando todos os animais rodeavam a onça morta, o macaco desconfiado da farsa, vagarosamente desceu do topo da árvore e ficou de longe olhando para a onça supostamente sem vida. Como era muito precavido, sabido, inteligente, cuidadoso e perseguido pela onça assim se pronunciou antes de se aproximar:
“Minha vó sempre falava, que quando um animal bonito, potente, inteligente, vistoso, respeitado, muito querido por todos, valente e o chefe de uma comunidade morre espirra três vezes para confirmar que morreu mesmo, se não eliminar estes gases ainda tem cura, basta chamar o doutor da mata e ele salvará o rei desmaiado: "se não espirrou, ainda tem solução, esperem que vou chamar o doutor Florestino Milagroso da Mata”
A onça que escutava tudo e já estava preparada para dar o bote, mirou bem onde o macaco se encontrava e antes que se ausentasse espirrou três vezes, um espirro seguido de mais dois, sempre um mais alto do que o outro para comprovar a veracidade de sua morte.
O macaco imediatamente fugiu da vila e foi procurar abrigo no topo de outra grande árvore e assim se pronunciou:
“Quem já viu morto espirrar? Até mais comadre onça”
E assim a onça ainda continua a perseguir o sabido macaco.
Iderval Reginaldo Tenório
Cada Macaco No Seu Galho (cho Chuá) - Gal Costa - VAGALUME
Riachão (sambista)
Riachão | |
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Riachão teve várias das suas músicas interpretadas por cantores nacionais, uma das mais conhecidas foi "Vá Morar com o Diabo", cantada por Cássia Eller. Também é de sua autoria a famosa música "Cada Macaco no Seu Galho", escolhida por Caetano Veloso e Gilberto Gil, em 1972, para marcar seus retornos ao Brasil depois de exílio político durante o regime militar no Brasil e que gravaram posteriormente.[2][3]
O apelido "Riachão" ganhou ainda na infância, explica:
Muito boa essa história kkkkkkkk sandrinha
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