domingo, 28 de abril de 2019

O MÉDICO NO BRASIL UM PROGRAMA DE ESTADO E NÃO DE GOVERNO.

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O MÉDICO NO BRASIL
UM PROGRAMA DE ESTADO E NÃO DE GOVERNO.

Falar da situação atual do Médico brasileiro é frustrante, jamais esperaria que numa democracia uma categoria importante  fosse tão vilipendiada, vejam qual o mar que o médico se encontra. 
 
Um dos  gigantescos problema do médico no Brasil  é o sistema de contratação ,  jamais os gestores públicos nas três esferas de governos tiveram tanto descuido  e  preocupação com o setor Saúde.  

Diz a  Constituição  que existe um percentual mínimo para cada esfera governamental aplicar na saúde do povo brasileiro, de acordo com a  Constituição Federal os municípios são obrigados a destinar 15% do que arrecadam , governos estaduais 12% e a União   10%. 

Todos aplicam a menor , como consequência o que se vê é a precarização da SÁUDE,  uma avalanche de leitos SUS fechados em todo o Brasil , só nos últimos 03 anos de 2013 a 2015 foram mais de 13 mil . Não é comum nos municípios brasileiros os  hospitais com menos de 50  leitos estarem fechados , todas as cidades do interior do Brasil possuem hospitais ou clinicas fechadas,   existe um verdadeiro  cemitério de casas de saúde abandonadas,  existem os hospitais, os pacientes, os  médicos, os leitos e faltam ações governamentais.

Junto a este grave  problema somam-se diversos itens que aqui destaco.
1-O profissionais  são contratados como pessoas jurídicas ou agregados à uma Empresa  terceirizada, uma cooperativa calça curta ou por serviços temporários, o que recebem é um remendo, uma ajuda de custo , um faz de conta, só conhece as agruras de um médico, ele próprio  e os seus familiares.

 2-Os Médicos são contratados precariamente , sem seguridade social, não recolhem FGTS, INSS, SEGUROS,  não contam tempo de serviços e nem tem garantia de emprego. 

3-Os Médicos são contratados pelos Prefeitos  e não pelas Prefeituras, não são assinados contratos embasados nas leis trabalhistas,  não pagam o que prometem, atrasam os proventos , acumulam as dívidas e ao bel  prazer ou vontade demitem os profissionais, negam que devem e caso não sejam reeleitos,  fica o dito pelo não dito. A dívida deveria ser assumida pelo novo gestor, este faz ouvido de mercador e fica o dito pelo não dito e haja justiça, haja tempo e lá se a vai a diluição , o Médico na maioria das vezes  perde a paciência,  se conforma, se afasta e perde todo o suor derramado. 

Pergunto: será que está certo? seja sincero : SERÁ?

4-Os  Hospitais ou postos das pequenas cidades propositalmente não possuem as mínimas condições de trabalho, o seu maior patrimônio é uma ambulância de terceira categoria que  fica perambulando pelas péssimas estradas brasileiras à procura de hospitais Regionais ou nas Capitais, tudo comandando pela regulação. 

Pergunto aos senhores médicos, engenheiros, professores, advogados, políticos , a todos os senhores e senhoras  brasileiras  , seria salutar, seria bom, é aconselhado mandar o seu filho atuar nestas condições? Será          que esta condição  não é um acinte a uma profissão? 

O Mais Médico é uma medida que foi criado com fins políticos, uma vez que o médico não tem contrato de carreira, o médico não direito a voz,  o médico não tem seguridade social, não tem direitos trabalhistas, o médico não faz parte da estatística dos trabalhadores, não tem garantia do seu emprego e pode a qualquer momento ser desligado, basta divergir do político local, segundo pesquisas realizadas e o próprio ministério da saúde , muitos prefeitos demitiram os seus médicos e os substituíram pelos profissionais do Mais Médico, em tempo informa  o ministro que estas atitudes já foram coibidas .

Carreira de Estado? Como realizar com esta mistura de  modelos? Como imprimir uma Isonomia nesta heterogeneidade , está muito complexo.


 O contrato é Municipal? Estadual? Federal? Regional? da Rede Privada? das Ongs? dos Terceirizados? Das  Pejotas? das PPPs?    O poço a cada dia que passa fica mais fundo, os gestores  misturaram para não aplicarem um modelo bom  para os médicos, urge debate, debate e debate entre as entidades e logo, o médico precisa urgentemente de uma carreira de Estado.

Iderval  Reginaldo Tenório

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