terça-feira, 20 de novembro de 2018

A CATÁSTROFE DE MARIANA- TUDO EM SILENCIO O CULPADO FORAM OS GOVERNOS QUE SOBREVIVERAM DA VENDAS DAS COMMODITIES.



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A CATÁSTROFE DE MARIANA-  TUDO EM SILENCIO 

O CULPADO FORAM OS GOVERNOS QUE SOBREVIVERAM DA VENDAS  DAS COMMODITIES.

Brasileiros verdadeiramente  brasileiros,    numa fatídica tarde de tenebrosas lembranças, a nação foi em parte devastada por uma gigantesca catástrofe contra a natureza e contra o que existe de mais sublime , o seu povo, fruto da somatória  de múltiplos e   equivocados atos governamentais que culminou com a morte de componentes de todos os tipos de espécies, inclusive a  humana e de todo um ecossistema.

O rompimento de uma barragem que armazenava os rejeitos na extração do ferro bruto , elemento indispensável  na produção das pelotas e do ferro gusa,  minério responsável pelo maior faturamento da pauta de exportação das commodities, o setor que oxigenou a sofrida e combalida economia brasileira perpetrada pelo governos Lula/Dilma, nestes governos o país passou a ser um mero país extrativista, o país retroagiu a 1940 e muitos apoiaram.

Para a extração, transporte e produção do ferro utilizam-se máquinas pesadas, explosivos, grandes devastações, assoreamentos  dos rios e muita água potável, água  esta que deveria ser usada na manutenção do ecossistema em todos os seus vieses, do uso doméstico  pelos homens e animais ao equilíbrio do meio ambiente perenizando os rios , os seus mananciais , na alimentação dos projetos agropecuários , na manutenção do clima e de tudo que a ela for interligado.

                                               OS CULPADOS.

Com a escolha  do governo central nos últimos 12 anos, de 2003 a 2016, e de priorizar a economia no setor commodities, principalmente a exportação dos minérios como um todo, primordialmente o ferro, matando o setor produtivo, a  industrial  e ,   azeitando o setor consumo, o Brasil comteu uma autofagia, comeu luiteralmente o seu próprio corpo e o povo rindo, rindo e rindo de sua própria morte silenciosa, o governo facilitou as licenças, entregou e ofereceu o território nacional para as grandes mineradoras ao redor do mundo ,  praticamente obrigou os exploradores a destruir morros, serras e  rios, contribuiu para se cavar gigantescas crateras, destruírem campos de plantações e criatórios, enfim, ajudou a consumir e exaurir os recursos naturais, mais uma vez cito,  as águas potáveis  e as terras agriculturáveis da região,  tudo com o intuito de alavancar a economia num único segmento, o pior, a venda da própria terra para o exterior  , enviando em forma de minerais brutos ou semi beneficiados milhões de toneladas de ferro, o Brasil voltou a ser uma nação extrativista, um país que assim viveu assim por vários séculos.

Os especialistas informam, que   uma barragem com 70 milhões de metros cúbicos , isto equivale a 70 bilhões de litros de produtos nocivos ao meio ambiente, de rejeitos minerais, um grande açude de lama ferrosa e outros componentes jamais poderia ficar num alto colocando em risco milhões de vidas,  e que na sua trajetória,  caso acontecesse um rompimento não poderia ficar cidades, vilas, currais, fazendas ou leitos de rios, no caso em tela,  o da vez , foi um Rio, que tal qual o Nilo,  alimentava e alimenta de vida uma população ribeirinha de milhões de brasileiros, a fauna , a  flora  e todo um ecossistema, este Rio corre por mais de 600 quilômetros até a foz e abastece mais de 16 municípios de tudo, do vegetal ao animal.

Este silêncio diante do estrago é consequência da conivência governamental, este silêncio configura o sentimento de culpa das autoridades, configura um filtro para o não despertar  da população para o grande problema criado, como também para evitar a eclosão de mais um escândalo nacional.


O país foi leiloado ao mundo no setor commodities, grandes são as fazendas de estrangeiros   produtoras de soja e de carnes no seu território, grandes são as mineradoras a escavacar o solo pátrio com a finalidade de enviar as riquezas  para alimentar as indústrias por este mundo afora, hoje a única maneira que o governo possui para entrar divisas na nação, vende-la literalmente ao mundo a preços insignificantes, como nos séculos  XV, XVI, XVII, XVIII E XIX  do submundo, quando a  nação era apenas extrativista e depois voltarem beneficiadas  a preços de ouro. Vai-se um navio de ferro e voltam dois faqueiros  .

Como recompensa azeita os subempregos nos serviços e no comércio, ocupa a população desqualificada no setor de vendas de coisas, de coisas , fechando  o ciclo de envio de dólares para os produtores destas coisas aqui consumidas e aqui não produzidas . 

Relembro mais uma vez,  enquanto mais se consome mais divisas são enviadas aos produtores no exterior que priorizaram a indústria que agregam valores aos manufaturados.

A Catástrofe de Mariana tem  nome, pai, mãe , responsáveis e  endereço, é apenas mais uma questão Brasil, que por aqui e por lá não tem valor.

 Da vida humana ao meio ambiente,  para os dominantes nada tem valor , é apenas uma questão Brasil, de 1500 para cá o mesmo diapasão, isto é Brasil.

Os culpados um dia irão responder


Iderval Reginaldo Tenório


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