DONA HELENA MEIRELES- A MAIOR VIOLEIRA DO BRASIL E PREMIO MOR MUNDIAL DE TODOS TEMPOS, EU TIVE O PRAZER DE CONHECE-LA.
VEJAM A SUA IMPORTANCIA NO CONCIONEIRO BRASILEIRO.
CONHELAM ESTA PÉROLA, ESTA RARIDADE, SÓ NASCE UMA PARA CADA 200MILHÕES DE HABITANTES OU SÓ UMA PARA CADA 7 BILHÕES DE PESSOAS.
Iderval Reginaldo Tenório
VEJAM A SUA IMPORTANCIA NO CONCIONEIRO BRASILEIRO.
CONHELAM ESTA PÉROLA, ESTA RARIDADE, SÓ NASCE UMA PARA CADA 200MILHÕES DE HABITANTES OU SÓ UMA PARA CADA 7 BILHÕES DE PESSOAS.
Iderval Reginaldo Tenório
Helena Meirelles, a dama da viola do Brasil
Como já falei por aqui, acontece no dia 28 de novembro o Women’s Music
Event Awards by Vevo, primeira premiação brasileira dedicada às mulheres
da música. E não estamos falando só de artistas, mas sim de todas as
esferas de uma cadeia ainda tão dominada pelos homens. A premiação terá
duas homenageadas: a cantora Rita Lee, que em 2017 completa 50 anos de
carreira e é aquela unanimidade inteligente que todo mundo ama, e a
violeira Helena Meirelles, que é sobre quem eu quero falar nesta coluna.
Nascida em 1924 em Botaguassu, no Mato Grosso do Sul, Helena cresceu rodeada de peões, comitivas e violeiros. Desde pequena, era vidrada em viola caipira, instrumento que seus pais não a deixavam tocar porque, segundo eles, “era coisa de homem”. Helena acabou aprendendo a tocar sozinha aos 9 anos, tirando músicas de ouvido, escondida, usando o violão do irmão.
Em vez de fugir de casa, Helena usou outro subterfúgio para escapar das proibições dos pais, que nunca aceitavam o fato de ela tocar viola. Casou-se aos 16 anos e saiu de casa, para nunca mais voltar. Quando se deu conta de que havia caído em outra arapuca, ou seja, que o marido também queria aprisioná-la, o abandonou. Foi atrás da vida que queria, tocando viola em bares e na zona de Presidente Epitácio (SP), onde era conhecida como violeira das melhores e voraz bebedora de cachaça.
Na vida louca das boates e dos prostíbulos, apaixonou-se por outros homens, mas firmou-se com o terceiro marido, Constantino, um boiadeiro bonitão com quem viveu por quase 40 anos. Entre casamentos e ficadas, dona Helena teve 11 filhos. Todos paridos em casa, sem ajuda de parteiras. Ela mesma fazia o exame de toque para saber se eles estavam perto de nascer e fazia todo o trabalho sozinha. Helena foi deixando os filhos com famílias adotivas e saiu por este mundão para fazer o que mais amava: tocar em bailes, prostíbulos, bibocas de beira de estrada e onde mais quisessem uma violeira capaz de tocar e farrear por uma semana inteira praticamente sem dormir.
Em Epitácio Pessoa e região, era rainha, não havia possibilidade de uma festa sem ela, mas no resto do Brasil foi uma total desconhecida, até que uma de suas irmãs, Natália, a encontrou debilitada na cidade de Piquerobi (interior de São Paulo, quase divisa com Mato Grosso do Sul), e a levou embora para São Paulo, nos idos dos anos 90.
Em Santo André, na casa da irmã, seu sobrinho Mário a reconheceu como a tia que tocava violão. Ele, já com 30 e poucos anos, se tornaria responsável pela descoberta de Helena pela mídia.
Encantado com os dotes da tia, Mário a gravou tocando numa fita cassete, juntou uma foto e a palheta de chifre da violeira numa caixa e enviou aos cuidados dos editores da revista norte-americana “Guitar Player”. Em 1993, aos 69 anos, Helena entrou para o hall dos cem melhores guitarristas do mundo, ao lado de Eric Clapton e Jimi Hendrix, e sua vida virou de cabeça para baixo.
Daí em diante, Helena finalmente foi tratada como artista. Depois da gravação de seu primeiro álbum, “Helena Meirelles”, de 1994, que teve produção do sobrinho, Mário de Araújo, e foi lançado pela gravadora Eldorado, celeiro de música de qualidade nos anos 80 e 90 no Brasil, Helena se viu diante de uma agenda cheia de shows em grandes teatros e entrevistas em grandes jornais e na TV.
Depois do primeiro disco, vieram mais três, recheados de composições da própria Helena: “Flor de Guavira”, de 1996, “Raiz Pantaneira”, de 1997, e “De Volta ao Pantanal”, de 2003. A vida da violeira também rendeu dois riquíssimos documentários, “A Dama da Viola”, de Francisco de Paula, e “Dona Helena”, de Dainara Tofolli, uma verdadeira viagem ao universo da artista que pode ser visto na íntegra no YouTube.
Dona Helena viveu para a viola e teve quase uma década de sucesso e reconhecimento nos últimos anos de vida. “Minha história com a música só pode ser Deus. Nunca fui a um colégio, não sei ler. Só sei assinar meu nome porque tinha vergonha de ter a digital na identidade. Daí, pedi para uma professor me ensinar a escrever meu nome. Só por isso que sei assinar”, diz a violeira entre as muitas pérolas que solta no documentário “Dona Helena”.
Também no documentário, ela diz: “Quero morrer trabalhando, senão não tem jeito”. E assim foi. Helena faleceu em 2005, num hospital em Campo Grande (MS), devido a uma pneumonia crônica, aos 81 anos. Viveu como quis, foi-se sem notar que tinha se tornado um ícone da música.
No dia 28 de novembro, durante o Women’s Music Awards By Vevo, vamos celebrar seu legado. A premiação será transmitida ao vivo pela Vevo.
Nascida em 1924 em Botaguassu, no Mato Grosso do Sul, Helena cresceu rodeada de peões, comitivas e violeiros. Desde pequena, era vidrada em viola caipira, instrumento que seus pais não a deixavam tocar porque, segundo eles, “era coisa de homem”. Helena acabou aprendendo a tocar sozinha aos 9 anos, tirando músicas de ouvido, escondida, usando o violão do irmão.
Em vez de fugir de casa, Helena usou outro subterfúgio para escapar das proibições dos pais, que nunca aceitavam o fato de ela tocar viola. Casou-se aos 16 anos e saiu de casa, para nunca mais voltar. Quando se deu conta de que havia caído em outra arapuca, ou seja, que o marido também queria aprisioná-la, o abandonou. Foi atrás da vida que queria, tocando viola em bares e na zona de Presidente Epitácio (SP), onde era conhecida como violeira das melhores e voraz bebedora de cachaça.
Na vida louca das boates e dos prostíbulos, apaixonou-se por outros homens, mas firmou-se com o terceiro marido, Constantino, um boiadeiro bonitão com quem viveu por quase 40 anos. Entre casamentos e ficadas, dona Helena teve 11 filhos. Todos paridos em casa, sem ajuda de parteiras. Ela mesma fazia o exame de toque para saber se eles estavam perto de nascer e fazia todo o trabalho sozinha. Helena foi deixando os filhos com famílias adotivas e saiu por este mundão para fazer o que mais amava: tocar em bailes, prostíbulos, bibocas de beira de estrada e onde mais quisessem uma violeira capaz de tocar e farrear por uma semana inteira praticamente sem dormir.
Em Epitácio Pessoa e região, era rainha, não havia possibilidade de uma festa sem ela, mas no resto do Brasil foi uma total desconhecida, até que uma de suas irmãs, Natália, a encontrou debilitada na cidade de Piquerobi (interior de São Paulo, quase divisa com Mato Grosso do Sul), e a levou embora para São Paulo, nos idos dos anos 90.
Em Santo André, na casa da irmã, seu sobrinho Mário a reconheceu como a tia que tocava violão. Ele, já com 30 e poucos anos, se tornaria responsável pela descoberta de Helena pela mídia.
Encantado com os dotes da tia, Mário a gravou tocando numa fita cassete, juntou uma foto e a palheta de chifre da violeira numa caixa e enviou aos cuidados dos editores da revista norte-americana “Guitar Player”. Em 1993, aos 69 anos, Helena entrou para o hall dos cem melhores guitarristas do mundo, ao lado de Eric Clapton e Jimi Hendrix, e sua vida virou de cabeça para baixo.
Daí em diante, Helena finalmente foi tratada como artista. Depois da gravação de seu primeiro álbum, “Helena Meirelles”, de 1994, que teve produção do sobrinho, Mário de Araújo, e foi lançado pela gravadora Eldorado, celeiro de música de qualidade nos anos 80 e 90 no Brasil, Helena se viu diante de uma agenda cheia de shows em grandes teatros e entrevistas em grandes jornais e na TV.
Depois do primeiro disco, vieram mais três, recheados de composições da própria Helena: “Flor de Guavira”, de 1996, “Raiz Pantaneira”, de 1997, e “De Volta ao Pantanal”, de 2003. A vida da violeira também rendeu dois riquíssimos documentários, “A Dama da Viola”, de Francisco de Paula, e “Dona Helena”, de Dainara Tofolli, uma verdadeira viagem ao universo da artista que pode ser visto na íntegra no YouTube.
Dona Helena viveu para a viola e teve quase uma década de sucesso e reconhecimento nos últimos anos de vida. “Minha história com a música só pode ser Deus. Nunca fui a um colégio, não sei ler. Só sei assinar meu nome porque tinha vergonha de ter a digital na identidade. Daí, pedi para uma professor me ensinar a escrever meu nome. Só por isso que sei assinar”, diz a violeira entre as muitas pérolas que solta no documentário “Dona Helena”.
Também no documentário, ela diz: “Quero morrer trabalhando, senão não tem jeito”. E assim foi. Helena faleceu em 2005, num hospital em Campo Grande (MS), devido a uma pneumonia crônica, aos 81 anos. Viveu como quis, foi-se sem notar que tinha se tornado um ícone da música.
No dia 28 de novembro, durante o Women’s Music Awards By Vevo, vamos celebrar seu legado. A premiação será transmitida ao vivo pela Vevo.
Eletronika
O TEMPO
OPINIÃO
https://www.otempo.com.br
Helena Meirelles, a dama da viola do Brasil
Helena Meirelles - Raiz Pantaneira 1997 - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=KxxzL4Kii2o
11 de out de 2017 - Vídeo enviado por REDE TRISCH
http://redetrischoficial.blogspot.com.br/ AJUDE-NOS A MANTER A REDE, FAÇA A SUA DOAÇÃO!
Helena Meirelles - Raiz Pantaneira - 1997 (Cd Completo) - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=7FvfxIcmwN4
13 de nov de 2017 - Vídeo enviado por Aqui é MS
Cd completo de Helena Meirelles intitulado "Raiz Pantaneira" lançado em 1997 pela gravadora ...
Helena Meirelles - Flor Da Guavira 1996 - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=xVNrdRAzXnU
11 de out de 2017 - Vídeo enviado por REDE TRISCH
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Helena Meirelles - 1994 (CD Completo) - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=o-F2p9JOjYA
4 de set de 2017 - Vídeo enviado por Aqui é MS
CD completo de Helena Meirelles lançado em 1994 pela Gravadora eldorado produzido por Mário de ...
Helena Meirelles - Flor da Guavira 1996 - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=l9GIyowxb2Q
11 de out de 2017 - Vídeo enviado por REDE GREGGIO
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Helena Meirelles - XOTE BEM-TE-VI - O PASSO DO TICO-TICO - De ...
https://www.youtube.com/watch?v=vRsQv_l87tI
10 de abr de 2012 - Vídeo enviado por luciano hortencio
A Dama da Viola, Helena Meirelles, interpreta suas composições XOTE BEM-TE-
HELENA MEIRELLES - GALOPEIRA - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=kcyMi8mhFEg
28 de mar de 2013 - Vídeo enviado por Jaime Silva
HELENA MEIRELLES NASCEU EM 13 DE AGOSTO 1924 EM CAMPO GRANDE MS PANTANAL SUL ...
Helena Meirelles - Helena Meirelles (1994) (Full Album) - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=Gz-k2hwJAyk
14 de jan de 2015 - Vídeo enviado por melramos2
Disco de estreia da violeira brasileira, natural do Mato Grosso do Sul, Helena Meirelles. A estreia em ...
Helena Meirelles Galopeira - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=mVDVQY0AM0k
14 de jul de 2014 - Vídeo enviado por Rubem Ayang Oliveira Música Folclórica e Regional
Especial da TVE de MS - Som do Mato - 3º Festival do Mercosul Helena Meirelles: Violeira ...
HELENA MEIRELLES - FLOR PANTANEIRA - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=EHRX15AW6nU
21 de mar de 2013 - Vídeo enviado por Jaime Silva
HELENA MEIRELLES NASCEU EM 13 DE AGOSTO 1924 EM CAMPO GRANDE MS PANTANAL SUL ...
Obrigado amigo por me apresentar essa pérola. Rita Lee já tem um lugarzinho bem especial no meu coração. Agora é a vez de da violeira-cancioneira Helena Pinheiro. Lindo!
ResponderExcluirRosalvo Abreu
Achei incrível a história da dama da viola do Brasil Helena Meirelles, nunca havia ouvido nada a respeito da mesma e foi enriquecedor tomar conhecimento desta figura tão importante e que por ser mulher enfrentou tantos preconceitos e mesmo decorrido muitos anos foi reconhecida. Parabéns por esse trabalho maravilhoso de divulgação e promoção do conhecimento.
ResponderExcluirAtenciosamente
Madalena Pontes