NÚMERO DE ENFERMEIROS, TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM NO BRASIL, SALÁRIO QUE VAI DE MIL REAIS(R$ 1.000,00) A CINCO MIL REAIS(R$ 5.000,00), POUCOS ULTRAPASSAM OS R$10.000,00 . JÁ SÃO MAIS DE DOIS MILHÕES MILHÕES(2.000.000) DE PROFISSIONAIS ).
A maior parte dos profissionais de enfermagem do Brasil, correspondente a 77% do total, é de técnicos e auxiliares, enquanto somente 23% são enfermeiros formados, com curso superior, cuja grande maioria está concentrada na Região Sudeste, enquanto o Norte e o Nordeste sofrem com a carência desses profissionais.
Essa constatação é de pesquisa realizada pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (ENSP-Fiocruz), por encomenda do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que traça o Perfil da Enfermagem no Brasil, divulgada hoje (11), em Minas Gerais, e que será apresentada amanhã (12), no Rio de Janeiro, e na quinta-feira (13), em São Paulo.
A coordenadora-geral do estudo e pesquisadora da ENSP, Maria Helena Machado, considera essa situação um problema “Porque nós estamos falando de 2,2 milhão de trabalhadores em enfermagem e, infelizmente, o Brasil apresenta um volume (de profissionais formados) muito pequeno. Pensar que são 23% de enfermeiros para dar conta de toda a estrutura de assistência à saúde, supervisão e coordenação de todas as atividades de enfermagem do país, é muito pouco”.
Maria Helena diz que esse percentual de 23% é baixo em comparação a toda a América Latina. Segundo ela, o país elevou a qualificação dos auxiliares e técnicos, mas o índice de enfermeiros graduados ainda é baixo, como no estado do Rio de Janeiro, onde a enfermagem é composta hoje por 80,9% de técnicos e auxiliares e 19,1% de enfermeiros.
Outro problema apontado pelo estudo é a grande concentração dos profissionais na Região Sudeste, formada por Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, com destaque para os dois primeiros estados. Outra situação delicada é a concentração de enfermeiros nos grandes centros do país, especialmente nas capitais.
As regiões Norte e Nordeste têm carência de outros profissionais ligados à saúde, além de enfermeiros, como farmacêuticos, odontólogos e médicos. O mais grave, segundo ela, é que esses 23% de enfermeiros formados não estão distribuídos no país como um todo e há carência de enfermeiros no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com a pesquisa, o grande empregador da enfermagem no Brasil é o setor público nos três níveis (federal, estadual e municipal), com 70,1% do total. Os restantes 29,2% estão no setor privado, 9,8% nas atividades de ensino e 1,4% na área filantrópica.
Em termos de renda, Maria Helena explica que a enfermagem é mal paga no país inteiro, sendo que nos setores privado e filantrópico há maior concentração de subsalários, com 22,8% e 32,7%, respectivamente. “É um volume grande de profissionais que ganha igual ou menos do que R$ 1 mil por mês”. Ela diz que o setor público (10,6%) e o de ensino (11,3%) também pagam mal. Uma parcela de 13,6% dos entrevistados declararam ter renda total mensal de até R$ 1 mil, condição de subsalário. A maioria dos profissionais (53,7%) tem apenas uma atividade ou trabalho. Pouco ultrapassam os R$10.000,00. Podem ter mais de um emprego.
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Uma profissão tão importante, com tão poucos profissionais na área e todos sabemos que o motivo de tudo isso é a pouca oferta de emprego e os baixos salários, o profissional acaba optando por áreas que lhe deem mais conforto, principalmente o financeiro. Os gestores precisam se atentar para isso, ou daqui pra pior mesmo.
ResponderExcluirComentário ótimo, avante.
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