IDERVAL TENÓRIO: AOS JOVENS DE BAIXA RENDA

AOS JOVENS DE BAIXA RENDA

Nos últimos dias tenho debatido com muitos jovens de rendas médias e baixas , sinto que partes destes futuros homens e mulheres ainda voam como se não existissem o futuro e fazem de tudo para permanecerem como crianças ou eternamente adolescentes, muitos sob tutela dos pais já ultrapassaram os 22 anos de idade , outros beiram os 25 e ainda não conheceram o gosto de possuir uma renda própria, continuam sob a tutela dos genitores, quando nas classes sociais mais altas e nestas idades, muitos já são donos do nariz, já possuem uma profissão ou encontram-se em programas de aperfeiçoamentos e caminham com todas as forças para ocuparem os seus lugares na sociedade em que vivem. Alguns com muito sacrifícios dos pais, inclusive financeiros , outros por imposição e a maioria por vontade própria e por entender a importância de continuar a mesma trajetória dos pais ou para melhorá-la.

O que me chamou a atenção foi a opinião de muitos e como se comportam , o que me fez escrever este curto artigo abordando as principais traves de espinhos, os altos muros eletrificados e os traiçoeiros rios infestados de piranhas que encontrei, tudo camuflados na atualidade como mil maravilhas para os incautos jovens .

O primeiro ponto é para frisar , que aquele que exerce a cidadania não faz o que quer e nem come o que apenas gosta, existem diretrizes que dizem que o cidadão só faz o que pode, isto é, o que for permitido por lei e só come o que pode comprar, salvo em ocasiões especiais e lícitas, devendo gostar de tudo que existe como alimentos ao seu alcance, o seu paladar tem que se adaptar às posses dos seus genitores.

A segunda e importante propriedade do jovem , é saber que cada cidadão pertence a um nível social e ele não é diferente dos outros, esta indispensável propriedade, faz com que tenha que se adaptar à sua classe social, tenha que conviver com os seus familiares amavelmente e com respeito , tem que conhecer os seus limites de consumo obedecendo as condições dos pais.

A terceira trincheira, é não se conformar com a vida que leva e fazer de tudo para ascender na escala social, para isto, tem que encarar com decência e ética o aprendizado escolar como uma possante arma, depois, com garra, partir em busca de uma profissão técnica essencial, num curso rápido, no qual ganhará o pão de cada dia o que lhe dará a chancela de alcançar um curso superior , o qual, com mais facilidades ascenderá aos sonhados degraus na pirâmide social.

Com estes argumentos , convoco os jovens das classes sociais mais baixas para juntarem as suas forças, azeitarem a coragem, revigorarem os ânimos e oxigenarem os cérebros para a mais bela e importante maratona da vida, a luta e a conquista dos ideais.

Lembro que, para muitos o futuro já chegou e que a vida de adulto não é a igual a vida de criança, até a maioridade quem responde são os pais, depois dos dezoitos fica tudo sob a responsabilidade dos mesmos, não esqueçam que quando criança o mundo é pequeno, quando vira adulto o mundo se agiganta , muitos serão os desejos a cumprir e para satisfazê-los tem que possuir renda lícita, fruto do suor do próprio rosto.

Não preciso alertar , que a única saída par o jovem de baixa renda é o caminho da escola, a escolha de um bom curso técnico, a procura de um progressista estágio , a premiação por mérito de um excelente emprego antes de completar os 22 anos e para coroar com chave de ouro, um belo curso superior sob a sua própria tutela.

Com este modus operandi toda a família será contemplada com um belo e exemplar homem, pensem assim e acreditem neste amigo que só pensa no futuro dos jovens , sonho por um Brasil melhor, à luta.

Iderval Reginaldo Tenório

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