IDERVAL TENÓRIO: AO JOVEM BATALHADOR, LUTADOR E FUTURISTA

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AO JOVEM BATALHADOR, LUTADOR E FUTURISTA

A LUZ DO SOL REVERBERA PARA O UNIVERSO

Tenho me deparado com uma plêiade de jovens de renda baixa , principalmente mulheres.

Jovens deliberadamente esforçadas, trabalhadoras , que sustentam uma família e que apesar de todos os sacrifícios não atingem os seus sonhos, a escolaridade na Universidade Pública, principalmente na Federal .

Como um eterno lutador por dias melhores para estes jovens e por não possuir a caneta para a assinatura de ditames que melhorem a capacidade de inclusão social , me esforço em incentivar, ajudar e aconselhar.

Resta a este mortal, como um pai ou um grande amigo mais velho mostrar algumas condutas que facilitarão a sua condução ao sucesso.

Explano para todos que uma boa fatia dos jovens de classes privilegiadas se bestializam no aprendizado, sorvem e se lambuzam nos dejetos culturais dos povos dominantes em puro entretenimento retrógrado e abrem os flancos para os menos favorecidos financeiramente, como consequência deixam escapar algumas vagas nas grandes escolas em benefícios dos abnegados descamisados, uma vez que estas escolas funcionam no horário comercial, foram criadas propositadamente para as elites e estas não precisam vender o seu precioso tempo para as suas sobrevivências em trabalhos entediantes ou dentro de conduções num verdadeiro passeio desnecessário, atravessando os vários bairros das grandes regiões metropolitanas em busca do saber.

Não esqueçam que estas Escolas foram criadas , para os que conseguem no curso básico alimentar o cérebro em boas e caras escolas particulares , ainda bem que existem os incautos que deixam muitas Vagas na Universidade Publica em vacância.

Sou categórico em informar que , filhas de pobres e mulheres pobres que tiram o seu sustento e o sustento da suas famílias na labuta diária, não podem e nem devem permanecer bonitas, têm que procurar uma maneira de se enfear, tem que se comportar como uma pessoa diferente, não obedecer os ditames do consumismo , voltar ao padrão de higiene e social do século XIX durante os 04 críticos anos de preparação se quiser realmente ingressar na tão sonhada Escola Pública .

Com o intuito de não desviar a sua capacidade educacional , de minar os entraves colocados pelos componentes da sociedade dominante, devem fazer tudo e de tudo para dificultar os tentadores convites para passeios de escunas, jantares, viagens, despedidas, comemorações e baladas noturnas, devem se enfear propositadamente uma vez que, a grande maioria são lindas , com esta medida estarão fora da lista das vulneráveis, ficando o trabalho e a escola como os seus passaportes para um futuro melhor, um futuro com dignidade , respeito e sem subserviência.

Esta orientação é para não gastar o seu parco rendimento em produtos ou eventos supérfluos , é para não serem convidadas a participar de encontros, jantares ou passeios de barcos, escunas ou fins de semanas em paraísos de aproveitadores apenas de olho no seu escultural e jovem corpo, só enxergam a plástica.

Chamo bem a atenção para que: o ano de preparo seja puramente dedicado a alimentar o cérebro, dedicado a recuperar o tempo que não foi utilizado para este intento na primeira fase da vida, por vários motivos:

Pais com pouca formação, bairros populosos e distantes , condições outras que desviam a atenção destes jovens até mesmo no ir e vir nas barrigas dos ônibus envelhecidos e de motoristas desumanos.

Pais de renda baixa, famílias inteiras que se conformam apenas com o regrado pão de cada dia , sem voz e subservientes , pais que não priorizam a escola, governos crônicos que seguem ao pé da letra, pão e circo. Governos elitistas e muitas vezes irresponsáveis que em nenhum momento atentam para estes sofridos, esforçados e maltratados jovens, governos que deviam investir as riquezas da nação em escolas e não em penitenciárias, dando a entender , que o futuro do jovem de baixa renda, em vez da caneta seria a arma de fogo o seu instrumento de trabalho.

Atentem para estas prerrogativas , acordem e lutem por dias melhores, não caiam nas iscas como caem os peixes.

Iderval Reginaldo Tenório