terça-feira, 11 de março de 2014

O MÉDICO NO BRASIL E O APARELHAMENTO DA MEDICINA


O Mais Médicos e o Brasil

Brasileiros , como médico formado em 1982  pela UFBA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) enxerguei no MAIS MÉDICOS  a confirmação do meu pensamento sobre a medicina mundial capitalista, que conseguiu implantar no Brasil o seu modelo consumista .

Modelo  seletivo, elitista,  caro, aparelhado  , excludente , exibicionista e  que foi o escolhido ou imposto  à Medicina Brasileira  pelos países dominantes. Este  modelo fez com que o curso se prolongasse por mais três ou cinco anos para a terrível especialização, um bem  necessário, muito ovacionado e valorizado e que  tem sido  uma das causas do afastamento do médico para com a  população carente.
Citarei alguns fatores que trarão clareamento para a medicina brasileira como um todo.
1-O modelo escolhido e imposto ao Brasil  traz embutido a obrigatoriedade de altos investimentos na formação dos seus médicos, tarefas estas que  ficam a dispêndio das  famílias de onde saem  estes médicos. Foi feito um cálculo e chegou-se à conclusão que,  cada médico custa  para a sua família de 500 a 600 mil reais,  do inicio da educação até  o inicio definitivo da vida laboral sem esquecer que,  nos dias atuais,   mais de 80%  são oriundos de escolas particulares.

2-O modelo imposto faz com que,  milhões de dólares dos cofres públicos e da população que custeiam a saúde ,  sejam transferidos para os países donos das tecnologias na aquisição de equipamentos, medicamentos , cursos, viagens, livros , peças de reposição e descartáveis, levando a crê que este modelo agrada aos poderosos americanos e europeus, uma vez que sugam mais de 50% de todo o orçamento  brasileiro da  saúde.

3-O modelo imposto faz com as instituições sigam ao pé da letra as instruções emanadas do G8,  título de especialista, manuseio de equipamentos, consumo de produtos descartáveis,   como se uma prova teórica fosse mais importante do que a experiência de mais 15 anos na prática de uma função médica,  numa grande unidade publica, numa   de ensino , num hospital regional que atende todos os tipos de doenças ou  na escola da vida e da necessidade profissional local.

4-O modelo imposto faz com que,  os médicos generalistas percam totalmente o seu valor, faz com que estes  profissionais fiquem  à margem do progresso, na contra mão do exercício profissional e a mercê de  a qualquer momento sejam convocados ao seu Conselho  para responder por procedimentos realizados, mesmo que bem realizados, tudo por não possuírem  os tais títulos, na sua grande maioria desnecessário.

5-O modelo imposto ao país faz com que , mais de 54% ( 240 mil) dos 400 mil médicos brasileiros  possuam  e exerçam uma ou duas especialidades, muitas tão seletivas que , afastam em definitivo aquele profissional da medicina assistencialista, sobrando apenas 160 mil médicos generalistas . Destes 54%  que somam mais de 240 mil profissionais, apenas  40% continuam sendo verdadeiros médicos assistencialistas, os demais, 60%,  depois de cinco anos esquecem-se do estetoscópio, da semiologia abdominal ,torácica e emocional  , do tensiômetro , da famosa anamnese, do diálogo e da compaixão, estes se transformam em elitistas por profissão, por necessidade labutam em grandes centros , em serviços fechados bem equipados e se acham incapacitados de atuarem no campo, na linha de frente. Não citarei as especialidades  por ser do conhecimento de todos que militam na área, estes somam mais de 150 mil profissionais, dilacerando a média de 1,8 médicos para cada 1000 habitantes.

6-O modelo imposto ao país faz com que, o médico brasileiro  custe muito caro, impôs um alto custo de manutenção e só saiba atuar assessorado por tecnologia de ponta  em substituição à consagrada  e soberana clínica, afastando estes profissionais dos distantes grotões  deste imenso pais continental. Atrelada a desconfiguração  da verdadeira medicina pregada  pelo pai Hipócrates , pelo  deus da medicina  Esculápio ou Asclépio vem os governos,  anos após anos sangrando o orçamento da saúde publica,  diminuindo a escola publica de qualidade em todos os níveis, do primário à formação do médico,   escanteiando a  assistência  de baixa complexidade à população de baixa renda , reforçando  a baixa remuneração dos profissionais, precarizando os vínculos trabalhistas,  implantado a  falta de segurança nos ambientes de trabalhos, forçando os profissionais viajarem de município em município à procura  de melhores salários, levando a um grande número de óbitos por acidentes, tangenciado o que diz a constituição Federal de 1988.

7-O modelo imposto faz com que,  o governo consiga convencer a população que o vilão deste caos é a vontade do médico, que o culpado é o não compromisso dos profissionais da saúde, quando na verdade são os médicos , como as comunidades , vitimas.

Fechando este comentário posto algumas alternativas.

1-Que as Instituições passem a valorizar mais os médicos sem especialidades, médicos  de comprovado saber.
2-Que mesmo na mais sofisticada especialização  seja o médico  obrigado a continuar a exercer a soberana clinica médica.
3-Que os médicos brasileiros não precisem em sua grande maioria se especializarem tanto, uma vez que,  este modelo nada mais é do que a evangelização do profissional para a utilização dos recursos tecnológicos do além mar e isto os deixam orgulhosos.
4-Que os médicos passem a atuar com contratos trabalhistas de sustentabilidade,  com todos os diretos trabalhistas  como todos os trabalhadores deste país.
5-Que a Clinica seja bem valorizada , que aproxime os profissionais dos seus pacientes e volte à sua soberania.
6-Que os Prefeitos percam qualquer autoridade  sobre os profissionais médicos e os conflitos sejam resolvidos por um governo central , com muito respeito ao cidadão.
7-Que um dia os médicos possam  viver e sobreviver  dignamente com os seus  ganhos da aposentadoria, hoje totalmente inexequível.
8-Que as Escolas Públicas de Medicina sejam melhoradas,  que os Hospitais Universitários possuam as mínimas condições,  que as vagas  ampliadas não sejam  entregues ao  ensino privado.
Acredito que , com este relato ficou claro que o médico brasileiro não é contra o mais médico , pois seria uma insanidade,  seria o esquecimento de tudo quanto se aprende na Universidade,  o  médico brasileiro está contra  é ao modelo aplicado, o modus operandi ,  é contra os contratos sem contratos, contra o atropelamento das leis vigentes para o exercício da profissão e contra os nebulosos acertos feitos entre os gestores do programa.
Enfim, o médico brasileiro é a favor da assistência ao povo brasileiro, agora que seja bom para todos, que seja bom  para o governo, para os médicos e os seus familiares, mas, principalmente, que seja bom, ótimo  para o povo, e para o povo mais povo, aquele que  não conhece nem o pão que tem direito.
Iderval Reginaldo Tenório

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8 comentários:

  1. Matéria muito bem feita, ontem eu li hoje reli, e vejo muito a sua preocupação também do paciente com o médico que cada vez está ficando mais distante, e realmente o valor que você falou é bastante alto sendo para a maioria dos pais insustentável para ver seu filho médico, aliás hoje qualquer Faculdade que faça o custo é muito alto. Sôbre a aposentadoria eu desconhecedora do assunto, achava que seria boa, porquanto o trabalho do médico é intenso, principalmente aqueles que fazem cirurgias que não tem hora,para atendimento.Que saudades, daqueles antigos médicos do interior, que entendia de tudo rsrrrs parece que até da alma da gente.Ontem assisti um filme muito interessante 'O menino e o mundo" que aborda praticamente este tema, e as máquinas o que está fazendo com o homem, assista é lindo, parece desenhos de Miró, muito lúdico e muito real. Meu abraço.

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  2. Acredito que essa matéria devesse ser publicada no Jornal para que todos pudem tomar conhecimento e ver como um grande Médico e cidadão brasileiro ainda se preocupa com o povo pobre e oprimido e que não dispõe de uma saúde digna. Parabéns Doutor. Joselice Alves

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  3. médica. No único livro existente no Brasil, especializado sobre o tema, intitulado "Sociedade de Médicos", do autor Alfredo de Assis Gonçalves Neto, vemos que o mesmo compactua com a necessidade limitação no capital sobre a nossa nobre atividade intelectual, devendo isto ocorrer através das empresas, sendo a única maneira de se fazer isto. Alega que, por problemas éticos, empresas com qualquer tipo de atividade médica no seu objeto social, devem ter seu registro no CRM somente quando os sócios majoritários forem médicos, ou, preferencialmente, com todos os sócios médicos. Assim como já fazem em sociedade de advogados, com controle através da OAB. E repare que, agora, nos EUA, com o Obamacare, colocam um freio no capital sobre a medicina! Com seu neoliberalismo, após consumirem 17% do PIB com a saúde, numa das maiores intervenções estatais americanas, sem nada para dar certo, buscam um sistema de cobertura integral a todos. O aumento de preços é tudo que os burocratas americanos não querem, o que não será possível sem cortes na cobertura. As mudanças não serão apenas no âmbito tecnológico. No país campeão mundial em crianças com TDAH, garanto que começarão aparecer trabalhos científicos questionando a eficácia de tratamentos com suas "ritalinas", como já fazem na França, onde praticamente não existe TDAH. E o problema lá já começa complicar... Com a população obrigada a se inscrever no Obamacare até o dia 31 deste mês corrente (março), verifica-se que milhões de americanos, provavelmente, não se inscreverão... Caberá ao presidente Obama a difícil decisão de multar grande parte da população, sujeitando-se a uma grande, complexa e degastante briga judicial e política. Enfim, uma limitação de capital que deveria ser através de empresas, de uma maneira simples, ocorre agora através de uma grande, complexa e necessária intervenção!

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  4. Iderval Tenorio Acredito que a doença ainda tem cura, basta uma boa avaliação clinica ,as condutas adotadas e a medicina brasileira salva.

    alguns segundos atrás · Curtir

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  5. Iderval,
    excelente seu texto, uma radiografia completa sobre esse tema tão atual e polêmico. Espero que a leitura dele abra os olhos principalmente das autoridades a quem o problema está afeto, pois continuar do jeito que está é uma lástima. Brasil, acorda!

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  6. Marcos Da Costa Leite Não concordo, o colega, com toda sua experiência, parte de argumentos redundantes e algumas vezes infundados, a saber. Primeiro argumento afirma que o Modelo Médico seja apoiado exclusivamente na assistência, ao contrário do modelo adotado, aceito internacionalmente, é verdade, com ênfase na Assistência, Pesquisa e Ensino, ou seja, da atualização constante. Como é possível manter-se tualizado sem pesquisa e atualização constante. Em outras palavras, o colega diz que deve-se abolir todas as inovações tecnológicas pelos instrumentos introduzidos na década de 1930, como estetoscópio. Não posso acreditar na proposta, que inclui naturalmente a impossibilidade de utilização não só de aparelhos, como falado, mas também de fármacos essenciais para a Medicina atual, muitos usados pelos próprios generalistas.

    há 8 horas · Curtir
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    Marcos Da Costa Leite Segundo argumento é sobre a incapacidade de produção tecnológica em nosso País, como se esta fosse culpa da fromação médica. A Política, durante no mínimo 50 anos, não prioriza o desenvolvimento técnico-industrial no País, ao contrário de outras áreas industriais e tecnológicas (como exemplo na indústria bélica na época da ditadura, a indústria de telecomunicações e informática durante o período). Lembremos que durante pelo menos 25 anos iniciais deste período a verba da saúde foi entre 1 e 2% do orçamento nacional.

    há 8 horas · Curtir
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    Marcos Da Costa Leite Terceiro argumento é mistura categorial, sem embasamento. A escolha do Modelo, em meu entender acertado, da atualização constante (Ensino, Pesquisa e Assistência) obviamente induz à formação do especialista, com vantagens e desvantagens. Este fato não explica a pouca ênfase no médico generalista, mas sim a decisão POLÌTICA da baixa remuneração que ainda hoje campeia em nosso País. O salário base do médico, em muitos estados, é dos menores entre as profissões de nível superior, desconsiderando-se totalmente a responsabilidade inerente de nossa profissão. Esta sim, por nossa culpa; ao lado disto, a ênfase na técnica contra a experiência (esta sem definição, podendo ser de qualquer tipo) igualmente decisão política da ênfase na Saúde Suplementar sobre a Saúde básica, determinadas por ministérios e conselhos de Saúde que SEMPRE desvalorizam o trabalho médico, para alegria dos políticos. Os investidores na Saúde Suplementar, na maioria das vezes não médicos, também representam um viés importante., por investirem pouco e cobrarem muito, tanto da população assistida como dos Governos.

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  7. Marcos Da Costa Leite Quinto argumento é repetição, redundância do discutido no quarto e primeiro argumentos.

    há 8 horas · Curtir
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    Marcos Da Costa Leite Sexto argumento, relativo ao Custo, também discutido nos argumentos anteriores, refere-se a uma política de Saúde contínua, provavelmente mais do que secular, de impedir que a Classe Médica defina uma política coerente e contínua de Saúde, seja qual o Modelo de Medicina que é adotado. E igualmente por nossa incapacidade de nos organizarmos de forma coesa, como sempre foi falado, definindo prioridades e exigindo-as coerentemente e de forma única, aos governantes de plantão.

    há 8 horas · Curtir
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    Marcos Da Costa Leite Sétimo argumento, em meu entender, inverte-se. A Posição governamental, em meu entender, é semelhante aquela dos investidores da Saúde, gastar o mínimo possível e obter os maiores lucros possíveis, por nossa incapacidade de exigir medidas que reforcem ...Ver mais

    há 8 horas · Curtir
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    Marcos Da Costa Leite Enfim, embora concorde que deva existir maneiras de equilibrar o valor do generalista com o do especialista, absolutamente discordo que deva-se reduzir o pouco apoio do Modelo de atualização constante (Pesquisa, Assitência e Ensino), para um modelo de ...Ver mais

    há 8 horas · Curtir
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    Iderval Tenorio Amigo Marcos, quem disse! Que é contt

    há 6 horas · Curtir
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    Marcos Da Costa Leite Caro, com todo respeito, minha opinião está postada acima. Minha objeções ao texto são tão válidas como suas argumentações, como opinião contraditória. Vamos eperar o que dizem colegas, sem contraditório não existe discussão. Abraço e bom final de semana, sinceramente, Marcos Da Costa Leite

    há 6 horas · Curtir
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    Iderval Tenorio Marcos não estou falando que a medicina que praticamos é ruim, sou médico, fiz residência por cinco anos, o que estou dizendo é que o generalista tem que ter o seu valor, estou dizendo que hoje só se pratica a medicina se for armada, não existe mais a semiologia e a clinica não é mais soberana, meus internos e residentes antes de examinar e discutir pedem tomografias, ressonância e outros exames ,voltar à pratica de 30 ou 50 é um absurdo, agora não utilizar da semiologia o absurdo é maior. Hoje mais de 30% do orçamento vai para o exterior para sustentar os equipamentos. Disse também que enquanto mais especializado for o médico menos de medicina ele entende, ele entende apenas de sua área. A Clinica Médica a Cirurgia Geral ainda tem o seu espaço. Outra coisa os grande especialistas só pode trabalhar em centros desenvolvidos, são necessa´rios e ai da medicina se não existissem, só um maluco seria contra estes ícones. Acho que nós estamos amarrados aos endoscópios, as ressonancias, tomografias e outros exames sofisticados. Não sou contra. Outro dia numa palestra fora do pais o Palestrante disse- EM SÃO PAULO TEM MAIS TOMOGRAFO DO QUE NO CANADÁ E NA BAHIA TEM MAIS DO QUE EM PORTUGAL. É A MESMA MESDIA AMERICANA. Acho importante0 esta evolução , não da maneira que se aplica, está aí esta avalanche de medida jogando a população contra nós médico, falam que médico é elite e são pecuniários, uma mentira deslavada uma vez que a formação do médico é para o bem e somente o bem.

    há 18 minutos · Curtir
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    Marcos Da Costa Leite Neste ponto concordamos, caro colega Iderval, mas os argumentos que valem ser lidos ao lado de minhas observações. Gostaria que tivéssemos um sistema médico ideal, embora desconheça como seria esse projeto...

    há 13 minutos · Curtir

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  8. Iderval Tenorio Marcos não estou falando que a medicina que praticamos é ruim, sou médico, fiz residência por cinco anos, o que estou dizendo é que o generalista tem que ter o seu valor, estou dizendo que hoje só se pratica a medicina se for armada, não existe mais a semiologia e a clinica não é mais soberana, meus internos e residentes antes de examinar e discutir pedem tomografias, ressonância e outros exames ,voltar à pratica de 30 ou 50 é um absurdo, agora não utilizar da semiologia o absurdo é maior. Hoje mais de 30% do orçamento vai para o exterior para sustentar os equipamentos. Disse também que enquanto mais especializado for o médico menos de medicina ele entende, ele entende apenas de sua área. A Clinica Médica a Cirurgia Geral ainda tem o seu espaço. Outra coisa os grande especialistas só pode trabalhar em centros desenvolvidos, são necessa´rios e ai da medicina se não existissem, só um maluco seria contra estes ícones. Acho que nós estamos amarrados aos endoscópios, as ressonancias, tomografias e outros exames sofisticados. Não sou contra. Outro dia numa palestra fora do pais o Palestrante disse- EM SÃO PAULO TEM MAIS TOMOGRAFO DO QUE NO CANADÁ E NA BAHIA TEM MAIS DO QUE EM PORTUGAL. É A MESMA MESDIA AMERICANA. Acho importante0 esta evolução , não da maneira que se aplica, está aí esta avalanche de medida jogando a população contra nós médico, falam que médico é elite e são pecuniários, uma mentira deslavada uma vez que a formação do médico é para o bem e somente o bem.

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    Marcos Da Costa Leite Neste ponto concordamos, caro colega Iderval, mas os argumentos que valem ser lidos ao lado de minhas observações. Gostaria que tivéssemos um sistema médico ideal, embora desconheça como seria esse projeto...

    há 13 minutos · Curtir
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    Iderval Tenorio Você foi sublime nos comentários, lhe parabenizo por tão aberta mente, não deve a medicina ser praticada medievalmente porém , não pode ser maquinalmente,roboticamente, computadorizada mente como diria o velho Odorico Paraguaçu, tudo demais é abuso. Hoje realizo uma colecistectomia em 30 minutos e uma diagnóstico de litíase em 5, de ulcera em 5 . É uma medicina lógica, acho inclusive que o médico jovem tem muito interesse, está mais fácil de viajar para o exterior. o que nós devemos ter cuidado é com a materialização sensacionalista da velha medicina. Esta que nos honra e que nos dá orgulho, confiança e respeito por parte dos nosso milhões de pacientes, os meus paciente concordam da maneira que trabalho e que lhes oriento, todos são amigos , faço uma medicina moderna, atrelada a equipamento , porém humana e muito humana. O meu prontuario é êletrÔNICO, MAS NÃO ABANDONEI A VELHA FILHA, o computador uso depois, só utilizo na hora para redigir os laudos e para captar imagens das videoprocessadoras

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