STF determina prisão do deputado João Paulo Cunha
- Cunha não pretende renunciar, diz assessoria. Deputado está em Brasília e deve se apresentar amanhã, por volta do meio-dia
Carolina Brígido
Cristiane Jungblut
André de Souza
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BRASÍLIA — O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, determinou a prisão do deputado João Paulo Cunha (PT-SP). Ele cumprirá pena de seis anos e quatro meses, em regime semiaberto, por corrupção passiva e peculato. Dos 25 condenados no processo do mensalão, ele será o 22º a começar a cumprir pena. Segundo assessoria de João Paulo em São Paulo, o deputado está em Brasília e pretende se apresentar amanhã, por volta do meio-dia. João Paulo, conforme assessora, "está muito tranquilo e vai cumprir a decisão". A assessoria disse ainda que o deputado não pretende renunciar.
Apesar de ter sido pedida a prisão, a Polícia Federal (PF) informou na tarde desta segunda-feira, que não recebeu o mandado de prisão. A decisão tomada pelo presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, não deixa dúvida: “nego seguimento ao recurso do embargante quanto aos crimes de corrupção passiva e peculato relativo à contratação da empresa SMP&B por faltar-lhe requisito objetivo essencial de admissibilidade e por considerá-lo meramente protelatório. Determino, como consequência, a imediata certificação do trânsito em julgado quanto a essas condenações e o início da execução do acórdão condenatório.”
João Paulo Cunha é a síntese da alma política brasileira: aproveitar o máximo e até o último instante as benesses proporcionadas pela viúva. O Brasil está cada vez mais pobre no que tange à moral e a decência. O PT inaugurou um período descarado de compra de votos, que acabou sendo incorporado pelos demais partidos. Deputados, senadores e vereadores não se interessam pelo país -enquanto povo-, mas apenas pelas recompensas vindas do executivo de plantão. O que fazer?
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