quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

MEDICINA NA AMERICA LATINA-BOLIVIA

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                                                   MÉDICOS 'ESTRANGEIROS'

Medicina na Bolívia tem mais brasileiros que curso da USP

Facilidade para cursar faculdade na Bolívia leva brasileiros a procurar cursos sem vestibular e com mensalidades baixíssimas, mas qualidade do ensino é duvidosa


fonte | A A A
Cerca de 25 mil alunos brasileiros estudam medicina em instituições na Bolívia, segundo a Embaixada boliviana no Brasil. O número é alto e o maior motivo é a facilidade de acesso. Para entrar numa faculdade em boa parte da América Latina, não é necessário vestibular. E é exatamente isso que acontece na Bolívia. Além disso, os custos são baixíssimos.
Na Universidade de Aquino (Udabol), onde estudam cerca de 5.000 brasileiros, o estudante que pagar à vista desembolsará cerca de R$ 10.500 por cinco anos. Na Santa Casa de São Paulo, essa quantia não cobriria sequer três meses do curso — a mensalidade é R$ 3.940.
Boa parte dos estudantes brasileiros na Bolívia vem de estados próximos, como Acre e Mato Grosso, mas há alunos de quase todo o país. Esse contingente equivale a 23% dos estudantes de medicina matriculados no Brasil no ano passado –110.804 alunos, segundo censo do Ministério da Educação.


Mas para se formar, não é tão fácil. O processo dura sete anos e inclui um ano de internato e três meses de trabalho obrigatório. Ainda existe um exame de aprovação, externo à faculdade. Mas mesmo se passarem nesse processo, ao voltar para o Brasil, tem que fazer outro exame, o Revalida, para validar diplomas estrangeiros.  Apenas 2,1% dos formados na Bolívia passaram no Revalida no Brasil em 2012.

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