quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Gasto do governo é recorde, mas investimento fica estagnado

Como  incentivar o consumo e como circular a economia sem lastro de produção. 
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Gasto do governo é recorde, mas investimento fica estagnado

Por Dinheiro Público & Cia
30/01/14 14:35
Os gastos do governo federal atingiram um recorde histórico no ano passado, mas os investimentos, anunciados como prioridade da administração de Dilma Rousseff, ficaram estagnados.
Segundo os dados divulgados hoje pelo Tesouro Nacional, as despesas somaram R$ 914 bilhões, uma alta de 7,3% acima da inflação sobre o montante de 2012.
Já os investimentos -obras de infraestrutura e aquisição de equipamentos destinados a elevar a oferta de bens e serviços- cresceram apenas 0,5% na mesma base de comparação e ficaram em R$ 63,2 bilhões.
A escalada dos gastos foi puxada pelos programas sociais, especialmente os de transferência direta de renda às famílias. Em boa parte, a expansão dos benefícios decorreu mais de falta de controle do que da vontade do governo.
O deficit da Previdência Social atingiu R$ 49,9 bilhões, muito acima dos R$ 33,2 bilhões programados no Orçamento.
As despesas com seguro-desemprego e abono salarial também estouraram as previsões, apesar do momento favorável do mercado de trabalho.
As receitas do ano superaram em R$ 77,1 bilhões os gastos com pessoal, custeio administrativo, programas sociais e investimentos. O ministro Guido Mantega (Fazenda) já havia anunciado que o saldo ficaria nesse patamar.
Isso significa que foi cumprida a meta fixada em julho para a poupança do governo federal, graças a uma arrecadação extra de última hora e ao adiamento de desembolsos no final do ano.
O caixa federal foi reforçado pela reabertura do programa que dá desconto de multas e juros para o pagamento de tributos em atraso ou questionados na Justiça.
E, como já havia feito no ano anterior, o Tesouro deixou para janeiro gastos programados para dezembro, que incluem de subsídios do Minha Casa, Minha Vida a dívidas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
A área econômica argumenta que, a despeito da expansão das despesas e da queda da poupança, a dívida pública se mantém estável ou até em queda como proporção da economia do país.
Mas o padrão de gastos do governo, concentrado em consumo e fraco em investimento, tem alimentado a inflação: a demanda por bens e serviços se mantém acima da capacidade de produção das empresas do país

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