segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Mouse e teclado: diga adeus a essas velharias

Mouse e teclado: diga adeus a essas velharias

  • Intel desenvolve tecnologia de computação perceptiva que poderá revolucionar comunicação homem-máquina
Carlos Alberto Teixeira (
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Com as mãos, usuário manipula o sistema solar
Foto: Divulgação
Com as mãos, usuário manipula o sistema solar Divulgação


RIO - Quando se compara a facilidade de uso do PC de hoje com a trabalheira que dava lidar com máquinas de grande porte — como os “mainframes” do passado, em que se operava com cartões perfurados — percebe-se que evoluímos muito. Sentar-se diante da tela de alta resolução de um notebook poderoso é uma experiência que nem se compara à que tínhamos uma ou duas décadas atrás.
De fato, os processadores são cada vez menores, mais rápidos e consomem menos energia. E o PC se reinventa, com laptops mais finos, leves e potentes. Mas a interface parece que parou no tempo: teclado e mouse são coisas do século passado.
Que tal um laptop dotado de sensores de visão, audição, tato, paladar e olfato, que possa interpretar nossos gestos, sons, toques, gostos e cheiros como comandos de operação, de tal modo que nunca mais precisemos de qualquer dispositivo ou periférico para nos comunicar com nossas máquinas?
Muito se pesquisa para facilitar o uso do computador pessoal, e a Intel está investindo pesado em melhorar a interface homem-máquina, desenvolvendo uma tecnologia chamada computação perceptiva (no inglês, perceptual computing). A empresa planeja dotar o computador de sensores e desenvolver software para fazer esse conjunto entender nossos comandos de maneira revolucionária.
— Paladar e olfato ainda são coisa do futuro, pois ainda não existem sensores precisos, suficientemente pequenos e de baixo custo. Mas visão, audição e tato já fazem parte das soluções da Intel em computação perceptiva — disse Anil Nanduri, diretor de produtos e soluções perceptivas da Intel, no evento Research@Intel 2013, realizado em San Francisco em junho. — E estamos captando também, via software, emoção e contexto, enriquecendo ainda mais a capacidade do computador “entender” seu usuário, permitindo ao humano uma experiência computacional natural, intuitiva e imersiva.
Nanduri e sua equipe trabalham com aplicações de computação perceptiva em todos os formatos de computadores, tanto fixos quanto móveis — desktops, laptops, híbridos, tablets e smartphones. E já divisam aplicações nas áreas de realidade aumentada, multimodalidade (mais de um sentido interpretado simultaneamente), assistentes pessoais, inteligência de voz, tradução de idiomas, biometria corporal e vocal, conteúdo 3D, acompanhamento de movimentos oculares, holografia e interface táctil.
— Essa tecnologia começa a afetar nossa vida na hora da senha, quando damos login no computador. Hoje nossas máquinas já podem reconhecer o rosto do usuário, sua impressão digital e sua voz. Não é mais preciso digitar senhas ou, pior, decorá-las — explica


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