segunda-feira, 10 de junho de 2013

AquíferoS



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AquíferoS


Após entrevistar muitas PESSOAS de todos os níveis sociais e econômicos, apenas 20 % teceram comentários sobre o assunto, muitos desconheciam o tema  , Aquíferos,  e outros entendiam como brincadeira. 

Como um ser que prega pela natureza achei prudente mergulhar no assunto e mostrar neste blog alguns ítens. Que a leitura seja proveitosa.Outros temas virão.


Um aquífero é uma formação ou grupo de formações geológicas que pode armazenar água subterrânea[1]. São rochas porosas e permeáveis, capazes de reter água e de cedê-la. Esses reservatórios móveis aos poucos abastecem rios e poços artesianos. Podem ser utilizadas pelo homem como fonte de água para consumo. Tal como ocorre com as águas superficiais, demandam cuidados para evitar a sua contaminação. O uso crescente pela indústria, agricultura e consumo humano ameaça os aquíferos e coloca esse assunto na agenda ambiental global.

Podemos dizer que existem essencialmente três tipos de aquíferos[1]:

  • Porosos - a água circula através de poros. As formações geológicas podem ser detríticas (ex. areias limpas), por vezes consolidadas por um cimento (ex. arenitos, conglomerados, etc.)


  • Cársticos - a água circula em condutas que resultaram do alargamento de diaclases por dissolução. As formações são os diversos tipos de calcários.

É um reservatório natural em que a água preenche por completo o volume de vazios do mesmo, solo saturado. É limitado superior e inferiormente por materiais impermeáveis, em que a água é sujeita a uma pressão hidrostática superior à pressão atmosférica

Aquífero Guarani





O Aquífero Guarani é a segunda maior reserva subterrânea de água doce do mundo. A maior reserva atualmente é o Aquífero Alter do Chão.[1]

A maior parte (70% ou 840 mil km²) da área ocupada pelo aquífero — cerca de 1,2 milhão de km² — está no subsolo do centro-sudoeste do Brasil. O restante se distribui entre o nordeste da Argentina (255 mil km²), noroeste do Uruguai (58 500 km²) e sudeste do Paraguai (58 500 km²), nas bacias do rio Paraná e do Chaco-Paraná. A população atual do domínio de ocorrência do aquífero é estimada em quinze milhões de habitantes.

Nomeado em homenagem à tribo Guarani, possui um volume de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade máxima por volta de 1 800 metros, com uma capacidade de recarregamento de aproximadamente 166 km³ ao ano por precipitação. É dito que esta vasta reserva subterrânea pode fornecer água potável ao mundo por duzentos anos. Devido a uma possível falta de água potável no planeta, que começaria em vinte anos, este recurso natural está rapidamente sendo politizado, tornando-se o controle do Aquífero Guarani cada vez mais controverso.

O Aquífero Guarani consiste primariamente de sedimentos arenosos que, depositados por processos eólicos durante o período Triássico (há aproximadamente 220 milhões de anos), foram retrabalhados pela ação química da água, pela temperatura e pela pressão e se tranformaram em uma rocha sedimentar chamada arenito. Essa rocha é muito permeável e assim permite a acumulação de água no seu interior. Mais de 90% da área total do aquífero é recoberta por extrusões de basalto, rocha ígnea e de baixa permeabilidade, depositada durante o período Cretácio na fase do vulcanismo fissural. O basalto age sobre o Aquífero Guarani como um aquitardo, diminuindo sua a infiltração de água e dificultando seu subsequente recarregamento, mas também o isola da zona mais superficial e porosa do solo, evitando a evaporação e evapotranspiração da água nele contida.

A pesquisa e o monitoramento do aquífero para melhor gerenciá-lo como recurso são considerados importantes, uma vez que o crescimento da população em seu território é relativamente alta, aumentando riscos relacionados ao consumo e a poluição.


Aquífero Alter do Chão


O Aquífero Alter do Chão é uma reserva de água subterrânea localizada sob os estados do Pará, Amapá e Amazônia.[1] Abastece a totalidade de Santarém e quase a totalidade de Manaus através de poços profundos.[1] Dados iniciais revelam que sua área é de 437,5 mil km2 com espessura de 545 m.[1]Pesquisadores da Universidade Federal do Pará desenvolvem estudos que podem revelar que o aquífero pode ser maior que o calculado inicialmente, passando inclusive a ser maior que o Aquifero Guarani.[2]. Com 86 mil quilômetros cúbicos, o aquifero poderia ser suficiente para abastecer em aproximadamente 100 vezes a população mundial.



Brasil estuda aquifero três vezes maior que o Guarani



-->Cada vez mais, o Brasil vem se apresentando como a grande potência ambiental da humanidade e um local onde a natureza não economizou em nada. O País é dono da maior biodiversidade do planeta, possui a maior floresta tropical do mundo, o maior rio em volume de água e dispõe também da maior quantidade de água doce. Somos donos de 11% de toda água doce disponível no mundo. E, para completar, temos ainda o Pantanal, considerado a maior planície de inundação.
Uma nova e recente descoberta vem ampliar ainda mais o poder brasileiro quando o assunto é disponibilidade de água. Trata-se do Aquífero Amazonas, um reservatório transfronteiriço de água subterrânea, que o Brasil divide com o Equador, Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru.

Sua extensão é de quase quatro milhões de quilômetros quadrados (3.950.000) sendo constituído pelas formações dos aquíferos Solimões, Içá e Alter do Chão. Com uma extensão três vezes maior que o aquífero Guarani, o Amazonas é uma conexão hidrogeológica, com grande potencialidade hídrica, mas ainda pouco conhecida.

Segundo dados da Gerência de Apoio ao Sistema de Água Subterrânea do Ministério do Meio Ambiente, a formação Alter do Chão participa no abastecimento das cidades brasileiras de Manaus, Belém, Santarém e da Ilha de Marajó. A utilização do Solimões é principalmente para o abastecimento doméstico, sendo fonte importante para a cidade de Rio Branco, no Acre. A formação Içá abastece a cidade de Caracaraí, no sul de Roraima.

Os estudos até agora realizados atestam que a qualidade química da água do Sistema Aquífero Amazonas é boa. Entretanto, vem correndo risco de contaminação devido ao fato de, em alguns locais, o nível da água ser raso e pelo alto potencial de contaminação provocada por poços mal construídos, ausência/inadequação de proteção sanitária e carência de saneamento básico.

Além do Amazonas e do Guarani, o Brasil possui inúmeros outros sistema transfronteiriços, todos eles com pouca ou, às vezes, nenhuma informação sobre eles. O mais estudado até o momento é o Aquífero Guarani com uma extensão de mais de um milhão de quilômetros quadrados, que o País divide com a Argentina, Paraguai e Uruguai.

No Brasil, o Guarani abrange os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu volume acumulado de 33 mil quilômetros cúbicos de água é considerado de vital importância para o abastecimento, atividades econômicas e para o lazer.

Segundo informações da gerência de Apoio ao Sistema de Água Subterrânea, a grandeza do aquífero e, principalmente sua localização geográfica, faz do Guarani um importante manancial hídrico, constituindo-se em uma reserva estratégica para o abastecimento de populações e desenvolvimento socioeconômico da região onde está localizado.

Embora ainda carente de conhecimentos técnicos para sua correta gestão, atualmente mais de 500 cidades brasileiras são abastecidas, total ou parcialmente, pelas águas do Guarani, cujas águas são de excelente qualidade para o consumo doméstico, industrial e para irrigação, pois se mantêm em temperaturas superiores a 30 graus centígrados, podendo chegar até 68 graus, ideais para o desenvolvimento de balneários e até mesmo na agroindústria.

Para gerir toda essa riqueza natural, o Brasil criou e vem implementando o Plano Nacional de Recursos Hídricos, que define diretrizes para o uso racional da água e orienta políticas que tenham interação com a gestão de recursos hídricos. O objetivo é melhorar a oferta de água em quantidade e qualidade. (Fonte: Suelene Gusmão/MMA)





Sistema aqüífero do Parnaíba
A bacia sedimentar do Parnaíba é a principal da região do nordeste brasileiro. Os principais sistemas aqüíferos (SDsg: Serra Grande, Dc: Cabeças e Cpi: Piauí) correspondem aos sedimentos paleozóicos, constituídos, em geral, por arenitos médios e grosseiros predominando sobre siltitos, folhelhos, ardósios ou calcários. Outros sistemas aqüíferos são encontrados em sedimentos mesozóicos (PTRm: Motuca, Jc: Corda e Ki: Itapecuru) e Cenozóicos (TQb: Barreiras), onde predominam arenitos ou areias finas sobre outras rochas. Um grupo de aquíferos, de importância apenas local e restrita, é formado por sedimentos de diversas idades geológicas (DC1: Longá, Dp: Pimenteiras, Ppf: Pedra de Fogo, Kco: Codó e Qca: sedimentos coluvio-aluviais) com predominância de folhelhos e/ou siltitos sobre areias e/ou arenitos e outros. A alternância de cama das permeáveis e menos permeáveis, com mergulhos dirigidos para interior da bacia, condiciona a ocorrência de águas livres, sob pressão e artesianas, permitindo uma exploração através de poços tubulares de geralmente, menos de 100 a 250m de profundidade e vazões na faixa de 5 a 50m /h. Alguns poços profundos (até 1.000m em certas áreas) fornecem maiores vazões. Entretanto, com a profundidade e em direção ao interior da bacia, ocorre uma salinização progressiva das águas subterrâneas.
Sistema aqüífero do São Francisco
Predominam os aqüíferos restritos às zonas fraturadas em quartzitos, metagrauvacas, metaconglomerados calcários e dolomitas de idade proterozóica superior (PEcp: Chapada Diamantina e PEb: Bambu;). Os aqüíferos tornam-se mais amplos quando ocorrem associados com rochas porosas do manto de intemperismo, ou, em caso dos calcários ou dolomitos, onde a dissolução cárstica atuou. Poços tubulares de 60 a 200m de profundidade fornecem vazões da ordem de l0 m3/h. Outro sistema aquífero é encontrado nas coberturas de extensão regional formados por sedimentos mesozóicos, Ku: Urucuia ( Areado + Mata da Corda), que consistem de arenitos finos predominantes sobre argilitos e conglomerados. A condição morfológica de tabuleiro elevado, a litologia fina e as espessuras restritas das camadas, restringem o potencial exploratório do aqüífero que, no entanto, ocupa uma função reguladora importante para o escoamento do trecho médio do rio São Francisco. Sedimentos aluviais (QCa) e coluvio-aluviais (Qca) compostos por arenitos, limos, areias e cascalhos proporcionam bons e razoáveis aqüíferos. Coberturas terciários-quaternárias (TQd1) de areias e areias argilosas, formam aqüíferos locais restritos.
Sistema aqüífero do Escudo 0riental
Consta de duas subprovíncias (Nordeste e Sudeste) onde predominam rochas cristalinas (gnaisses, xistos, migmatitos, granitos, quartzitos entre outras), sendo os aqüíferos restritos às zonas fraturadas. Na Sudeste, as condições climáticas propiciam um manto de alteração que pode atingir várias dezenas de metros de espessura, favorecendo melhores condições hídricas subterrâneas (vazões médias de poços de 10,0m /h). 0 limite econômico de perfuração nesta região situa-se em torno de 150m de profundidade, enquanto na do Nordeste o mesmo é de aproximadamente 60m. Na última região, as vazões dos poços são bastante modestas (a capacidade específica sendo inferior a 0,13m3/h/m, em média), enquanto que as águas do subsolo são, em geral, salinizadas (valores totais de sais dissolvidos-TSD, variam de 500 a 35.000 mg/l).
As atividades agroindústrias realizadas ao longo dos anos nas bacias hidrográficas, responsáveis pela recarga destes sistemas de aqüíferos, vem causando interferência nos sistemas de drenagem superficial dos Hidropólos, alterando os canais fluviais e retirando a cobertura vegetal ripariana, causando, dessa forma, desbalanço hídrico e aumentando a probabilidade de contaminação química.
Os detritos industriais afetam substancialmente a qualidade da água. As partículas provenientes dos efluentes das fábricas percorrem o rio até sua deposição no leito.
Estas situações, freqüentemente observadas, expõem a um maior risco os organismos aquáticos e o funcionamento dos agroecossistemas.
A viabilização do suprimento adequado de água em propriedades rurais do semi-árido já foi amplamente discutida e testada por pesquisadores da EMBRAPA (Captação e conservação de água de chuva no semi-árido brasileiro - cisternas rurais II: Água par consumo humano (SILVA et al., 1988); Cisternas rurais (SILVA et al., 1984); Barragem subterrânea I: construção e manejo (BRITO et al., 1989). Os primeiros dois trabalhos demonstraram ser possível cobrir as necessidades mínimas de água de famílias rurais com água pluvial, mesmo em anos de estiagem severa.
O controle de material oriundo de fonte pontual é relativamente simples pois depende somente da instalação de uma planta de tratamento que produza efluente compatível com a qualidade da água do receptor. Provavelmente as atividades agropecuárias dominem a emissão de nutrientes pelas fontes difusas e sejam as maiores emitentes de material particulado (solo) que assoreia rios e reservatórios. A redução de contaminação dos recursos hídricos de superfície da bacia com material oriundo da erosão de áreas utilizadas na produção agrícola e na pecuária depende da melhoria no manejo dos sistemas de produção e do estabelecimento de cordões de vegetação que funcionem como filtros para evitar que o material transportado pelo escorrimento superficial atinja os cursos d'água, entre outros.
Os dessalinizadores de água, que estão sendo largamente difundidos no nordeste separam o sal da água resultando na produção de um volume relativamente significativo de rejeito que corresponde a cerca de 50% do volume de água bruta. O lançamento desse material no meio ambiente, sem cuidados especiais, pode gerar a degradação permanente da área, uma vez que o material apresenta cerca de 8 gramas/litro de sal, sendo que alguns dos componentes (sais de cálcio e magnésio, principalmente) estão perto do ponto de saturação. Dessa forma, é imprescindível a proposição de medidas que tratem desse resíduo, assim como de outras tecnologias  mitigadoras para a região.
Cabe ressaltar ainda que os produtores rurais da região, tradicionalmente escolhem os agrotóxicos baseados na eficácia e no preço do produto. A prevenção da contaminação de águas por agrotóxicos requer a identificação dos principais produtos utilizados e o entendimento de como esses produtos se comportam nos solos da região semi-árida e atingem os recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
     

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