quarta-feira, 20 de março de 2013

Ex-solista do Bolshoi acusa teatro de ser um ‘grande bordel’


 

  • Ela afirma que direção da instituição força prostituição de bailarinas
  • Anastasia Volochkova foi afastada porque estaria acima do peso



Em 2003, a bailarina foi demitida ilegalmente do Bolshoi porque estaria acima do peso
Foto: AP
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Em 2003, a bailarina foi demitida ilegalmente do Bolshoi porque estaria acima do pesoAP

RIO - Anastasia Volochkova, de 37 anos, ex-solista do Teatro Bolshoi, está denunciando a direção da instituição por suposta prostituição das bailarinas da companhia. É o que informa a rede britânica BBC. Ela se referiu ao Bolshoi como um “grande bordel”. A acusação foi feita nesse domingo, durante um programa do canal russo de televisão NTV.
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“Há dez anos, quando eu ainda estava dançando no teatro, eu recebi, repetidamente, várias propostas para me deitar com oligarcas”, contou Anastasia. “As garotas eram forçadas a acompanhá-los em banquetes dado o aviso antecedente de que depois elas teriam de ir para a cama com eles e ter relações sexuais.”
A ex-solista relatou que, se as garotas se recusassem a se prostituir, recebiam ameaças de não seguir em turnê ou até deixar de dançar no Bolshoi. O diretor do teatro, Anatoly Iksanov, se negou a comentar a acusação, dizendo que as afirmações são “delirantes” e “sujas”.
Em 2003, Anastasia Volochkova chegou a ser demitida do Bolshoi sob a alegação de que estaria acima do peso, mas o governo russo declarou que a medida era ilegal e determinou que ela retornasse ao corpo de balé. No entanto, desde então, ela nunca mais foi escalada para papel algum do teatro.
No início de março, o bailarino do Bolshoi Pavel Dmitrichenko, de 29 anos, confessou ter sido o autor do ataque contra o diretor artístico do teatro, Sergei Filin. Mais dois homem assumiram o envolvimento no crime, que aconteceu no dia 17 de janeiro deste ano. Um deles, Yuri Zarutsky, teria sido quem jogou o ácido contra Filin. O outro, Andrei Lipatov, teria conduzido Zarutsky de carro até o local do ataque.
Segundo a agência de notícias Reuters, mais de 300 funcionários da instituição assinaram, na semana passada, uma carta dirigida ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, na qual pediram a abertura de um inquérito imparcial por acreditar que Pavel Dmitrichenko é uma pessoa boa e honesta. Em depoimento à polícia, Dmitrichenko disse que não planejou o uso do ácido e que sua intenção era apenas dar uma lição em Filin. O ataque teria sido movido para defender sua namorada, a também bailarina do teatro Anzhelina Vorontsova, de 21 anos, que estaria sendo boicotada por Sergei Filin por razões passadas. Filin teria se sentido traído quando ela abandonou sua antiga companhia de dança, antes de ele chegar à direção artística do Bolshoi, para dançar na própria instituição onde se encontraram mais tarde


  http://oglobo.globo.com/cultura


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