IDERVAL TENÓRIO

AUGUSTO MÁRCIO COIMBRA TEIXEIRA

Augusto Márcio Coimbra Texeira nasceu a 22 de novembro de 1929 na cidade de senhor do Bonfim, filho do desembargador Manoel de Andrade Teixeira e de D. Irene Coimbra Teixeira. Fez o curso primário no Instituto Glória na terra natal, o secundário no colégio Sofia Costa Pinto, em Salvador. Aprovado no exame vestibular fez o curso na Faculdade de Medicina da Bahia. Foi interno acadêmico do Hospital Getúlio Vargas – pronto socorro do estado e interno acadêmico da Segunda Cadeira de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina. Depoimentos de colegas de turma dão conta de ter sido aluno aplicado, bom colega, alegre e brincalhão. Formou-se em 1954 fazendo parte da centésima trigésima oitava turma.

Ao longo de sua vida profissional, Augusto trabalhou em diversos locais: Hospital Getúlio Vargas, Hospital Universitário Professor Edgar Santos, Hospital Português, Hospital Aliança e Clínica Atemde. Além disso, atuou na Universidade Federal da Bahia como Assistente da Cadeira de Histologia e Embriologia Geral, Assistente Voluntário da Segunda Cadeira de Clínica Cirúrgica, docente livre de cirurgia por concurso de provas e títulos (clínica cirúrgica), Professor Adjunto de Clínica Cirúrgica, membro da comissão de supervisão do internato da FMUFBA, representante das clínicas cirúrgicas no colegiado de cursos, chefe do departamento XI da Faculdade de Medicina.

Dr. Augusto Teixeira foi quem instalou os primeiros Shunts de Scribner (pois ainda não existiam os cateteres de duplo lúmen na década de 70), precedendo os cirurgiões vasculares, nos primórdios do serviço de nefrologia do Hospital Português. Participou da equipe que realizou o primeiro transplante renal em 1980 e foi pioneiro na instalação de Intra Caths e marcapassos cardíacos.

Eduardo Leite

Hoje, na UTI do Hospital EMEC,conversando com colegas a respeito da falta de valorização da especialidade do cirurgião geral, fiquei sabendo do falecimento do Dr. Augusto Marcio Coimbra Teixeira.

Além de lamentar pelo falecimento deste grande Mestre da Cirurgia Baiana,estranhei e lamentei o fato de ficar sabendo de maneira informal do seu falecimento.

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Imaginava, no mínimo que esse grande profissional que se notabilizou não só por ter sido um excepcional cirurgião por quase cinqüenta anos , como também por ter sido um Professor que contribuiu sobre maneira na formação de inúmeros cirurgiões que estudaram na Bahia, tivesse maior consideração na mídia baiana, esta, como a nacional, pródiga em divulgar a violência urbana da qual somos vítimas assim como os inúmeros casos de escândalos na esfera política e empresarial.

Conheci e tive oportunidade de operar junto ao Dr. Augusto Teixeira, no Hospital Getúlio Vargas, quando era médico residente em 1976. Passei a ser seu amigo e admirador.

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Quando se falava do Dr. Augusto, reportava-se de imediato à sua destreza cirúrgica, humildade e disposição para operar qualquer paciente independente da sua situação financeira ou social.

 

Professor Eduardo Leite, o seu sentimento não é diferente do meu e de muitos, um homem como o Professor Augusto Teixeira deveria toda a Bahia reverenciar pelo seu valor como Cidadão, como humano,como profissional,como professor e como GENTE.

                                                                           Iderval Reginaldo Tenório