quarta-feira, 16 de maio de 2012

No fim da postagem  escutem as músicas do Mestre João do Vale,escutem e vejam a sua grandeza,vejam a sua importância para a cultura desta Terra Brasileira,João do Vale é GENTE.
Iderval.

João do Vale

João do Vale
João Batista do Vale nasceu em Pedreiras MA em 11 de Outubro de 1934. Desde pequeno gostava muito de música, mas logo teve de trabalhar, para ajudar a família. Aos 13 anos foi para São Luís MA, onde participou de um grupo de bumba-meu-boi, o Linda Noite, como "amo" (pessoa que faz os versos). Dois anos depois, começou sua viagem para o Sul, sempre em boléias de caminhões: em Fortaleza CE, foi ajudante de caminhão; em Teófilo Otoni MG, trabalhou no garimpo; e no Rio de Janeiro RJ, onde chegou em dezembro de 1950, empregou- se como ajudante de pedreiro numa obra no bairro de Ipanema. Passou a freqüentar programas de rádio, para conhecer os artistas e apresentar suas composições, em maioria baiões. Depois de dois meses de tentativas, teve uma música de sua autoria gravada por Zé Gonzaga, Cesário Pinto, que fez sucesso no Nordeste. Em 1953, Marlene lançou em discoEstrela miúda, que também teve êxito; outros cantores, como Luís Vieira e Dolores Duran, gravaram então músicas de sua autoria. Em 1964 estreou como cantor no restaurante Zicartola, onde nasceu a idéia do show Opinião, dirigido por Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes e Armando Costa, que foi apresentado no teatro do mesmo nome, no Rio de Janeiro. Dele participou, ao lado de Zé Kéti e Nara Leão, tornando-se conhecido principalmente pelo sucesso de sua música Carcará (com José Cândido), a mais marcante do espetáculo, que lançou Maria Bethânia como cantora. Como compositor, em 1969 fez a trilha sonora de Meu nome é Lampião (Mozael Silveira). Depois de se afastar do meio musical por quase dez anos, lançou em 1973 Se eu tivesse o meu mundo (com Paulinho Guimarães) e em 1975 participou da remontagem do show Opinião, no Rio de Janeiro. Tem dezenas de músicas gravadas e algumas delas deram popularidade a muitos cantores: Peba na pimenta (com João Batista e Adelino Rivera), gravada por Ari Toledo, e Pisa na fulo (com Ernesto Pires e Silveira Júnior), baião de 1957, gravado por ele mesmo. Em 1982 gravou seu segundo disco, ao lado de Chico Buarque, que, no ano anterior, havia produzido o LP João do Vale convida, com participações de Nara Leão, Tom Jobim, Gonzaguinha e Zé Ramalho, entre outros. Em 1994, Chico Buarque voltou a reverenciar o amigo, reunindo artistas para gravar o disco João Batista do Vale,prêmio Sharp de melhor disco regional. Faleceu em São Luís MA no dia 06 de Dezembro de 1996, sendo sepultado em sua cidade natal, Pedreiras.
Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira
Art Editora e PubliFolha



                                     CORENÉ ANTONIO BENTO
                                                  João do Vale


                                                          

Coronel Antonio Bento


Coroné Antonio Bento
No dia do casamento
Da sua filha Juliana
Ele não quis sanfoneiro
Foi pro Rio de Janeiro
Convidou Bené Nunes pra tocar
O lê, rê, ô lá rá
Nesse dia bodocó
Faltou pouco pra virar (Repete 2x)
E todo mundo que mora por ali
Nesse dia não pode arresistir
Quando ouvia o toque do piano
Rebolava, saia requebrando
Até Zé Macacheira que era o noivo
Dançou a noite inteira sem parar
Que é costume de todos que se casam
Ficar doido pra festa se acabar


PISA NA FULÔ
 João do Vale


Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô
Não maltrata o meu amor
Um dia desses
Fui dançar lá em Pedreiras
Na rua da Golada
Eu gostei da brincadeira
Zé Cachngá era o tocador
Mas só tocava
Pisa na fulô
Pisa na fulô, pisa na fulô...
Seu Serafim cochichava com Dió
Sou capaz de jurar
Que nunca vi forró mió
Inté vovó
Garrou na mão do vovô
vamos embora meu veinho
Pisa na fulô
Pisa na fulô, pisa na fulô...
Eu vi menina que tinha doze anos
Agarrar seu par
E também sair dançando
Satisfeita, dizendo
"Meu amor ai como
É gostoso pisa na fulô"
Pisa na fulô, pisa na fulô...
De magrugada Zeca Cachangá
Disse ao dono da casa
"Não precisa me pagar
Mas por favor
Arranja outro tocador
Que eu também quero
Pisa na fulô"
Pisa na fulô, pisa na fulô...
Eu vi menina que tinha doze anos.

Peba na Pimenta
Cárcara e outras.





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Platéia do Jô se emociona e chora em entrevista com Nenéo

Platéia do Programa do Jô se emociona e chora em entrevista com compositor de mais de 400 músicas Nenéo!!!! Muita gente me pediu o vídeo na ...
por tubedarenata  3 anos atrás  2760394 exibições






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João do Vale - Sina de Caboclo e Na Asa do Vento

Trechos extraídos do documentário João do Vale - Muita Gente Desconhece, resultado de mais de 10 anos de pesquisa feita pelo diretor Werinton ...
por danirmendes  3 anos atrás  18150 exibições



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João do Vale * Pisa na Fulô (O Poeta do Povo - 1965)

João do Vale Pisa na Fulô Álbum: O Poeta do Povo - 1965
por borogodomusic  10 meses atrás  6054 exi

terça-feira, 15 de maio de 2012

Dr Jose Carlos


                            Dr.José Carlos Souza 
Enviado pelo meu colega de 84 anos Dr José Carlos ,Médico do mais alto valor no Estado da Bahia.
Dr José Carlos tem na cabeça diversas poesias e as recita com a maior maestria e facilidade,mostrando que a sua mente brilhante continua atuante , rica e com muita  sabedoria ,sabedoria pertinente  aos 84 janeiros de bravura e muita luta

Parabens amigo e professor,parabéns



   Menina tu me arresponda
             Autor não identificado

Menina tu me arresponda
sem si rí ou sem chorá,
porque é qui tu te arremexe
quando vê ome passá?
será qui ocê pensa qui nois ome
não tem zoio nem tá vendo
quando ocê passa porvocante
remexendo remexendo

Se eu fosse arturidade
e tivesse argum valô,
eu botava na cadeia
esse teu remexedô
e adipois no escurinhho
num lugá bem apretado
eu dizia bem baxinho
MENINA,remexe pu delegado




domingo, 13 de maio de 2012

Mãe ,o passo para a liberdade.


13 DE MAIO DE 2012- 13 de Maio de 1888 Abolição da Escravatura

Mãe é vida , mãe é a sacralização do amor, mãe é segurança , mãe é a perpetuação de uma espécie, mãe é passado, presente e futuro, mãe é a esperança de todos os reinos :
 animal,vegetal e mineral , mãe significa a infinitude do Universo.
        Iderval Reginaldo Tenório
     Quero a sua opinião

Adicionar legenda



 13 DE MAIO DE 1888

A Bahia foi o Estado que mais negros recebeu durante o maior desastre da humanidade, a comercialização de seres humanos oriundos do  continente africano, calcula-se que 5,7 milhões de negros saíram da Africa e mais de 700 mil pereceram nas viagens, foram comercializados no Brasil mais 5milhões de seres humanos, não pode a Bahia e nem o Brasil esquecer destes fatos, já está na hora de valorizar as nossas batalhas :

Revoltas dos Malés, Palmares, Conjuração Baiana e os nossos heróis: Luiz Gama, André Rebouças, Antonio Rebouças, José do Patrocínio, Tobias Barreto, Castro Alves,  Antonio Bento, Luiz Clapp, Joaquim Nabuco, Manoel Querino, Machado de Assis e outros que estão no esquecimento, 13 de maio de 1888 não pode cair no esquecimento.

" Manuel Raimundo Querino (Santo Amaro, 28 de julho de 1851 — Salvador, 14 de fevereiro de ... do Brasil enquanto política oficial de estado, visto que o pensamento dominante era o de que a cultura negra era inferior em relação à branca"
"De candomblés a negros ilustres. In:Nascimento e Gama (orgs.), Manuel R. Querino, seus artigos na Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia."

"Manuel Raimundo Querino foi um intelectual afro-descendente, aluno fundador do Liceu de Artes e Ofícios da Bahia e da Escola de Belas Artes, pintor, escritor, líder abolicionista e pioneiro nos registros antropológicos da cultura africana na Bahia"

Iderval Reginaldo Tenório
Quero a sua opinião
Abolição da Escravatura - Lei ÁureaA História da Abolição da Escravatura, a Lei Áurea, Movimento Abolicionista, 13 de maio, libertação dos escravos, História do Brasil, abolição dos escravos, escravidão no Brasil, os abolicionistas, escravos no Brasil,  Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários, abolição da escravidão no Brasil
princesa Isabel Princesa Isabel: assinou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888

Introdução 

Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.

Processo de abolição da escravatura no Brasil 
Os negros, trazidos do continente Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana.  

Apesar desta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outras tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas lentamente.

A partir de 1870, a região Sul do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação.

Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos. Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.

A vida dos negros brasileiros após a abolição
Após a abolição, a vida dos negros brasileiros continuou muito difícil. O estado brasileiro não se preocupou em oferecer condições para que os ex-escravos pudessem ser integrados no mercado de trabalho formal e assalariado. Muitos setores da elite brasileira continuaram com o preconceito. Prova disso, foi a preferência pela mão-de-obra europeia, que aumentou muito no Brasil após a abolição. Portanto, a maioria dos  negros encontrou grandes dificuldades para conseguir empregos e manter uma vida com o mínimo de condições necessárias (moradia e educação principalmente).

sábado, 12 de maio de 2012

A Calçola de Tia Zizinha






Este  conto fiz em homenagem à minha tia Zizinha,achei inusitado e postei para os amigos,quero  opiniões . Iderval Reginaldo Tenório

                                              HISTÓRIAS DE TIA ZIZINHA
Apesar de franzina era uma setentona valente, de semblante calmo, de voz firme, olhar seguro que impunha respeito, por isso nem só os seus sobrinhos, mas todos a chamavam de tia Zizinha. Era tia Zizinha quem organizava as quermesses, as partidas de futebol, as torcidas organizadas e as festas do milho, quando jovem ,ganhou muitos concursos de Rainha da Paróquia. Apesar de pequena e sequinha era um verdadeiro furacão,era um vulcão em atividade..


Era Dezembro de 1978, a cidade em chamas, a população duplicada devido os visitantes para a maior vaquejada da região.Cavalos por todos os recantos e baixios, bois espraiados pelos currais, caminhões e caminhonetes enchiam as ruas de chão batido, os carros de sons martelando os ouvidos , os sertanejos aproximando os apaixonados, rodas gigantes, canoas, tiro ao alvo e muita comida regional, tudo idealizado, organizado e executado por tia Zizinha.

O relógio marcava 12 horas, a conversa rodeava a mesa farta, o papo solto campeava na imensa sala da amada tia. Eu, sempre tirado a conversador iniciei uma discussão sobre a vida,sobre a grandeza do universo,sobre a importância do ser humano e o quanto de orgulho possui uma certa classe social apesar da insignificância, depois de uma longa prosa filosófica, em tom de deboche falei para tia ZIZINHA..

__Tia, a senhora não vê este mundão de meu Deus, estes indivíduos que se dizem importantes, bonitos, orgulhosos, cheios de soberbas e etc? Eles e todos nós somos uns bostas tia Zizinha, somos uns merdas, aliás, tia Zizinha, nós e bosta somos a mesma coisa, basta um mosquito, uma bactéria, um vírus e lá estão todos e nós debaixo do chão, veja tia, nós não somos nada, basta um dia sem um banho e lá está a inhaca. Tia Zizinha parou, pensou e de imediato falou.
___Nós não meu filho, me tire dessa, vocês sim, vocês que estudaram, que se diplomaram, moraram na capital e são doutores podem se considerar bostas, podem se achar uns merdas, porque eu ainda sou um pum, um pum silencioso, um pum sem odor, isso é um pum fajuto, escondido e que não tem direito a voz, pra você vê nem zoada o coitado faz, eu sou um projeto de bosta, ainda falta muito e nem sei se um dia serei , acho que sempre serei um prenúncio. Eram assim as tiradas de tia Zizinha. .

Após gostosas e efusivas gargalhadas retruquei: é tia, eu não sei porque tanto orgulho, tanto orgulho besta, pois todo mundo do mundo tem por trás uma bunda, umas batidas, outras avantajadas, mas todos têm, todos, todo mundo do mundo tia , tem uma bunda, a tia não contou conversa, com o dedo em riste,abriu a boca e em voz alta falou: 
_E ainda por cima meu filho , ainda por cima furada. 

Tia Zizinha era uma filósofa,tinha solução e resposta para tudo.

Voltando à vaquejada, pôr do sol de um domingo, tia Zizinha no comando, vestido vermelho-rodado, chicote de couro cru na mão direita, chapéu de massa na esquerda, de bota e tudo, era uma verdadeira Amazonas, pista limpa, rapazolas pendurados nos mourões da cerca de madeira, moças de mini-saias saboreando maçã do amor ,velhos e crianças nas arquibancadas de tábuas agrestes ,cancelas e portões fechados,tudo pronto para a abertura do evento .

Entra a anfitriã sob os aplausos da platéia, sozinha, descontraída e envaidecida com as salvas de palmas, era a toda poderosa, a rainha da festa, ali era a Tia Zizinha em carne, osso e outros predicados. A platéia gritava: tia Zizinha, em côro e sincronizado, TIA ZIZINHA....,era um dia de glória,de labuta,de dedicação, era a coroação. Quando de repente não se sabe de onde, surgiu um boi preto de mais de metro de largura, ancas largas e pontudo,bem pontudo,com um aro de cobre nas narinas, cinta de couro apertada no seu vazio,olhos avermelhados ,bufando que só uma Maria fumaça, com os cascos queria furar o chão,as patadas sobre o solo e o poeirão que subia chamou a atenção do público, não contou conversas e nem gritaria, partiu pra cima de Tia Zizinha, ela procurou os portões, todos lacrados , não titubeou, com os seus finos gravetos quis fazer bonito,levantou os braços,mostrou o belo chapéu de massa e rodou o chicote de couro cru sobre a cabeça,quis parecer que tudo fora programado que aquilo fazia parte do espetáculo,corria para um lado, pulava para o outro,gritava como um vaqueiro,vai boi mandingueiro,boi marruá,boi bufão, procurava enganar o valente bizão, conseguiu chegar até a cerca, chegou tarde, sentiu na sua traseira uma cravinetada dupla,um impulso veloz, compacto, agudo e muito forte nos atrofiados glúteos, os chifres lhes acertaram em cheio, decolou como um teco-teco, a manobra arrancou-lhe a saia , as anáguas e combinação, de quebra trouxe como troféu a sua vermelha calçola de brim , fundo duplo de forro grosso e acinturada com cordões de rêde.

Com a setentona jogada contra a cerca , as saias cobrindo-lhes as enfurecidas narinas , as vistas vedadas pela íntima e encharcada peça da Tia Zizinha ,o boi ficou acuado, perdeu o rumo, rodava como um peão à procura da presa,o povo gritava,o boi ficou perdido, desorientado. Apesar do ataque o boi perdeu a batalha,a tia levantou garbosamente o machucado corpo,sacudiu a poeira e não teve outra escolha, teve que desfilar só de califon e com as vestes de cima três dedos abaixo dos murchos maracujás. Com a traseira batida e dois vergalhões vermelhos indo até as costas tia Zizinha corria elegantemente para escapar do esbaforido boi, foi o espetáculo do ano, a platéia foi ao chão, os gritos ensurdecedores contagiavam os presentes, o povo foi ao delírio, a tia Zizinha chegou ao estrelato, foi um dia de glória e de inglória, os narradores com os microfones em punho. Muitos ficaram roucos ,. foi o maior espetáculo da terra
Nos folhetos o mote: A CALÇOLA VERMELHA DE TIA ZIZINHA E O BOI QUE PERDEU O RUMO.

Daquele dia em diante, nunca mais a tia organizou festas, passou a detestar vaquejadas e como vingança, comprou o boi bufão, realizou o maior churrasco aberto de minha terra, lá não compareceu. Ainda hoje os repentistas comemoram os fatos ,todo boi bravo que aparece nas vaquejadas o locutor brada em voz alta: ___E lá vai o boi que tirou as calçolas de tia Zizinha, o boi dos chifres certeiros, o boi que aposentou tia Zizinha. Completa a narração com diversas trovas. 

"Menina casa comigo que tu não morres de fome,la em casa tem uma pinta mamãe mata e nos dois come,de dia tu comes a pinta e de noite a pinta de come."

"Caboca me dá um beijo,só não serve do pescoço,quero no bico do peito num lugar que não tem osso,que é pra quando eu ficar velho,me alembar que já fui moço".

"Saudade é como um parafuso que num buraco cai, só entra se for torcendo se bater ele não vai e se enganchar lá dentro ,ele lasca mais não sai."

Confesso que não gostei da inusitada cena e nem do inesperado espetáculo, porém vibro,vibro,pois não tenho culpa de ser parente de gente famosa e sobrinho da minha querida,amada e inesquecível tia Zizinha.
Não perco a oportunidade de anualmente participar da maior festa do interior do Ceará, realizado no Parque de Exposição e Vaquejada Tia Zizinha, cujo símbolo é uma cabeça de boi com uma calcinha vermelha nas pontas, cravada com o magestoso TZ maiúsculo. O TZ de TIA ZIZINHA. Salvador, 20 de Fevereiro de 2008. Iderval Reginaldo Tenório ACESSE O SITIO acesse o sitio. 
http://www.iderval.blogspot.com/


A CABOCLA  MAIS PARECIDA COM A MINHA TIA ZIZINHA É A MINHA AMIGA IMORTAL HELENA MEIRELES, QUANDO VEIO A SALVADOR POR TRÊS VEZES CONVERSAMOS MUITO,ERA UMA GRANDE PESSOA.QUE DEUS A TENHA NO CÉU.
CONHEÇAM ESTA HEROÍNA BRASILEIRA DE TODOS OS TEMPOS.


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HELENA MEIRELES CANTA E DANÇA

Foi um registro inédito, nunca ela havia cantado nem dançado em frente a uma câmera de TV.Helena Meireles, a violeira mais famosa de MS e do Brasil


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Helena Meirelles (A Dama da Viola) -Guaxo

Minha admiração e meu respeito à essa Dama da Viola(D.Helena Meirelles) video sem final


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Helena Meirelles - ARAPONGA (domínio público)

Helena Meirelles interpretando ARAPONGA, moda de Domínio Público. Album: Helena 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

MAERLIO-CELIA MORAIS E ZÉ CALOTA

Mais uma  pérola do cancioneiro  popular pescado pelo grande Maérlio Barbosa  e repescado por este mortal Iderval Tenório. A fonte   foi a grande Célia Morais ,uma das intelectuais  do Nordeste brasileiro,lá da nossa  Juazeiro do Norte, no nosso Ceará.Um abraço ,Iderval..

HOMENAGEM ÀS MÃES:

Essa eu "pesquei" de minha prima-irmã, 
:Celia Morais, lá de minha querida Juazeiro do Norte:

Diz que o poeta e cantador repentista Zé Calota, de São José do Egito, cantava em uma bodega da cidade quando entrou uma velhinha que o viu cantar e chorou de alegria. Era a sua mãe.

Ai o poeta atacou no   repente

Estão vendo esta velhinha
envolvida neste manto
com os olhos rasos d’água
o rosto banhado em pranto
cantava quando eu chorava
hoje chora quando eu canto

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Os monumentos gritam por socorro

        Amigos,Tem coisas que não se entende,como pode uma civilização apagar a sua história,como pode os gestores subsequentes destruírem marcos importantes da história de um povo,como explicar para a nova geração ,uma vez que  sempre existirá uma nova geração,sobre a história e os monumentos construídos exatamente para não ficar aquela data em albis,aquele fato,aquele marco  no esquecimento, como explicar? .


       Foi o que aconteceu com este marco do cinquentenário de Juazeiro do Norte,do Ceará e do Brasil, depois de muitos anos de história veio um e  jogou ao chão em vez de sacramentar o  tombamento,em vez de preservar para a eternidade,acho muito estranho que isto ainda continue acontecendo com o Brasil,com os Estados e com os Municípios,faço parte do bloco do reclamo,convoco os gestores a se pronunciarem quando  nas suas cabeças  brotarem estas idéias mirabolantes ,estas idéias neroidianas de destruição ,que só servem para tentar apagar a materialidade da mente  dos que vivenciaram aquela época,deixando apenas as lembranças.

    A História  pede socorro,lá se foi a minha praça do cinquentenário que vi nascer,crescer e morrer, contava este mortal com 07 anos de idade no dia da inauguração,eu estava lá,eu continuo lá , estou registrando neste blog para conhecimento e para reflexão daqueles que depositaram toda uma infância num importante equipamento divisor de épocas de um povo.


      Gestores ,o povo quer ser ouvido antes destas atitudes,a história grita e estrebucha, os monumentos indefesos pedem socorro.  As grandes civilizações deixaram os seus marcos para a perpetuação e eternização de suas histórias,o povo merece respeito.
                                     Iderval Reginaldo Tenório
                                          Quero a sua opinião.

Amigos vejam o que faz a Russia para comemorar a vitória na Segunda Guerra Mundial, 08 de maio de 1945, 67 anos depois,no 08 de maio de 2012.A História  é viva.


                                                        

O veterano Vasily Tyunis, 93, é ajudado por um soldado da Guarda de Honra a caminhar pela parada em homenagem ao Dia da Vitória, em Minsk, capital do BelarusSergey Grits/AP
      
Praça do Cinquentenário


Quando Juazeiro comemorou seu cinqüentenário de independência política (1961) o prefeito Antônio Conserva Feitosa construiu uma praça para perpetuar o evento. Mas depois, na administração do prefeito Manuel Salviano, a mesma foi destruída e em seu lugar foi construído o Memorial Padre Cícero. Na época ninguém reclamou e por  isso Juazeiro perdeu para sempre aquele marco significativo do seu cinquentenário. Abaixo mostramos algumas fotos da Praça do Cinqüentenário, inclusive uma que mostra sua destruição.