A
consulta médica não é um ato qualquer, a consulta médica é um rito
sagrado, na qual um ser humano deposita a história da sua vida nas
mãos de um estranho ou de um grande amigo, simplesmente por entender
que aquele ser humano trará a tão sonhada solução, colocando a sua
saúde nos trilhos.
Tem que ser realizada com humanismo, respeito, cidadania, seriedade, sabedoria e descontração.
Nesta
consulta um dos humanos saberá de tudo da vida do outro, do nascimento até aquele momento, saberá também dos filjhos, pais e dos seus relacionamentos, fatos muitas vezes jamais revelados aos
seus mais íntimos.
A consulta é um ato sublime, neste ato encontra-se em em risco o seu maior patrimônio: A VIDA, sendo o médico o seu guardião.
Iderval Reginaldo Tenório
2-A UTILIZAÇÃO DOS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS .
a)OS OLHOS(VISÃO)
Os
olhos bem abertos fazem uma visão detalhada do ser humano: A estatura, o corpo, a ideia de peso, a idade aparente com a referida, o deambular, o sentar e os gestos. Olha os cabelos, a
pele, a distribuição dos tecidos, as proporcionalidades, o vigor de cada
estrutura, os fâneros e demais elementos.
Utilizando
os seus olhos, como uma águia, o médico faz uma visão detalhada de
cada segmento. Olha todos os pontos e como se encontram,
uma vez que cada detalhe externo, tal qual um grande painel, mostra
as alterações dos órgãos internos, dos órgãos invisíveis aos olhos
humanos.
b)O NARIZ(OLFATO)
Este faz uma inspeção dos
odores do ser humano, região por região e consegue detectar os odores
normais, naturais e os contaminados com vermes, bactérias e os causados por
alta ou baixa do metabolismo pertinentes às doenças metabólicas.
Com
o seu nariz, o olfato, tal qual um canino ou um urso, o médico faz uma
exaustiva e suave inspeção dos odores do seu paciente, faz uma
abordagem silenciosa e pessoal , uma vez que cada órgão, cada
segmento e cada elemento da natureza tem o seu odor característico e
que se modificam quando em pertubação.
C)AS MÃOS(TATO) :
Com a palpação consegue o médico
averiguar a forma, o volume, a consistência, a localização, a interação
as outras estruturas, nete exame o médico ganha a confiança e a interação com o paciente.
Com esta propriedade, o médico volta à infância, fecha os olhos, coloca uma venda imaginária nos
mesmos e procura com a palpação dicernir o que está pegando, palpando,
segurando e examinando, tem que ter um conhecimento prévio de cada órgão
detalhadamente: A localização, seus limites, a consistência, os órgãos vizinhos,
a elasticidade, a parte motora, a forma anatômica e a sensibilidade,
principalmente para avaliar a dor. Nestes momentos ele viaja ao passado e entra na sua Escola, enxerga os grandes professores, os abanegados pacientes do hospital escola, os debates semanais na cabeceira do leito com os docentes e colegas sem se esquecer das palavras, dos olhares e da gratidão dos doentes deitados no leito. Tudo vem à tona e pousa no seu cérebro como se estivesse acontecendo naquele momento. O esculápio começa a revirar as milhares de páginas dos compêndios literários, atlas e encontros durante a sua formação, muitos vão tão longe que enxergam as páginas dos livros e o assunto ali escrito, são momentos emocionantes.
d)OS OUVIDOS (AUDIÇÃO) -
Com os ouvidos atentos, presta atenção nas palavras do paciente,
do acompanhante, dos sons e ruídos produzidos pelo corpo humano na sua
funcionalidade. Intestinos, coração, pulmões, vasos e articulações têm
os seus sons e tons de voz. Cada orgão fala o que tem de anormal e de
normal, eles falam com o examinador e atiçam o raciocinio.
Na audição o médico tem que pedir ajuda aos animais: Aos
elefantes que detectam até abalos sísmicos e a água no subsolo dos deserto, aos cães, às baleias e até
aos morcegos. Utilizando estas propriedades, procura aproximar-se dos
ruídos diferentes, pois cada órgão tem um ruído próprio e por demais
conhecido do examinador.
PALADAR (GOSTO)
Com o paladar o médico
consegue sentir o dessabor da maioria das patologias, principalmente as doenças
que consomem o cidadão com o seu catabolismo, o paladar, mesmo não sendo
saboreado, pode o homem confeccioná-lo com os múltiplos dados adquiridos.
Todos
os órgãos tem um sabor peculiar, todos as bactérias tem também o seu dessabor e
cabe ao médico sentir sem tocar o sabor de cada elemento, o médico
sente o gosto das anormalidades, exemplo maior é a pseudomonas, a
tuberculose, o desquilíbrio do diabetes, da hemorragia digestiva, das neoplasias malignas e das grandes infecções, todos possuem os seus
dessabores e são captados pelos olhos, nariz, ouvido, glandulas gustativas e o tato.
Está
aí a base de um diagnóstico, depois o médico entra na ciência médica
propriamente dita, entra no cerne humano em todas as suas vertentes,
entra na medicina ocidental, oriental, védica e muitas vezes holística.
Com
este pensamento, fica o médico mais próximo
do ser humano, mais próximo do verdadeiro diagnóstico e mais próximo dos
preceitos da medicina: Beneficência,
benevolência, autonomia e compaixão.
Direitos
humanos
Estes não precisam de cartilhas, regimentos e nem de ensinamentos, o ser humano, realmente humano já nasce com todos, fazem parte da sua constituição moral.
Igualdade, Fraternidade e Liberdade.
É
o simples médico, aquele esculápio, mais um ser humano, pois é da mesma especie daqueles que os procuram.
Baseado
neste preâmbulo, mergulha na teoria védica, onde mostra a evolução do homem
e da natureza, e aborda os mistérios dos reinos da natureza.
Nós
estudamos e aprendemos que são três os
reinos da natureza: Reino
animal, vegetal e mineral, na teoria védica são sete.
Aplicando
esta teoria e ao pratica-lo, o médico chegará com mais
facilidade à alma do seu paciente.
Ideval Reginaldo Tenório
Os
sete reinos da natureza
Segundo informações contidas nos mais
antigos tratados de medicina, a fototerapia sempre acompanhou as mais diversas
técnicas médica de todos os tempos.
Os livros hindus dedicados ao conhecimento
da origem do cosmos e do homem (cosmogênese e antropogênese, respectivamente) apontam os vegetais
como parte importante nos chamados Sete Reinos da natureza.
De acordo com ciência ocidental,
existem apenas três reinos, o Mineral, o Vegetal e o Animal, o homem
pertence a esse último.
Para os estudiosos das ciências mais
profundas, no entanto, o homem faz parte de um quarto reino, o Reino Hominal,
uma vez que se diferencia dos animais por ser portador de uma mente capaz de
raciocinar, o homem possui a inteligência
Essa posição coincide com o conceito da
sabedoria védica, cujo textos sagrados admitem a existência de sete reinos, e
não apenas quatro:
o Mineral, o Vegetal, o Animal, o
Hominal, o Angelical, o Arcangelical e o Deífico.
Os reinos Angelical, Arcangelical e
Deífico são de difícil entendimento para a razão humana comum, pois representam
estágios ainda não alcançados na evolução.
De acordo com a sabedoria sagrada,
esses reinos ainda estão em fase de estruturação e são alimentados pelas
vibrações de amor e devoção do homem à Ordem do Universo.
Tais dimensões serão devidamente
atingidas um dia, quando a consciência humana conseguir transcender suas
limitações e sua condicionamento
Os sete reinos, no entanto, constituem
na verdade um só, cuja síntese resume o próprio Universo material e imaterial.
São interdependentes e
evolutivos, um vegetal, por exemplo, apresenta elementos minerais em sua
estrutura, e deles depende para viver; o animal, por sua vez, tem elementos vegetais
e minerais, enquanto o homem possui elementos minerais, compostos vegetais
(clorofila) e elementos animais (corpo, músculos, sangue, etc.).
Tudo isso nos faz compreender melhor o
papel dos minerais e dos vegetais na correção de desarranjos ou desarmonias nos
reinos mais superiores, eles são, enfim, a base de sustentação de todo o
fenômeno cósmico da evolução.
Os vegetais são mais importantes que os
minerais, pois já os contém em sua estrutura.
Apesar de existirem muitos remédios de
origem mineral, animal e homineral, eles são bem mais escassos que os
provenientes das plantas.