quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O Encontro, Mestre Vitalino .

O Encontro, Mestre Vitalino .




O Encontro, Mestre Vitalino .



Nas minhas andanças pelos caminhos do além, deparei com  um sujeito franzino, mulato de meia altura, cabelo baixo, bigode fino   tangenciando o lábio superior e   afastado  das narinas , semblante equilibrado, olhos brilhantes, pescoço ornado com um rosário da mãe de Deus, roupas simples e compostas, alpercata currulepe , atravessado no tórax cruzando-o de um lado ao outro uma capanga de couro cru, o cidadão  olhou para este mortal, mirou os seus  olhos puxados , franziu a testa e indagou pausadamente num linguajar peculiar.


___É vossemecê por acaso  de minha terra? o Nordeste Brasileiro? É vossa senhoria do meu querido Caruaru?


Não titubeei, firme nas palavras e seguro na semântica , firmei os pés no chão e rebati respostando o interlocutor .


 __Sou sim senhor,  a minha descendência vem das Alagoas, lá de Palmeira dos índios , foi plantada na Serra do Araripe  e regada no Juazeiro do meu Padim Ciço.


O mestre num ar de felicidade, de alegria e de contentamento me puxou até um banco de madeira rústica, abriu  a sua capanga e de lá retirou algumas cerâmicas de sua lavra, bois, vacas de leite, famílias de retirantes, violeiros, sanfoneiros, crianças esquálidas, bandas cabaçais , mulheres buchudas, cachorros magros e outras relíquias, olhei uma por uma, peça por peça, rosto por rosto, semblante por semblante, enxerguei olhos puxados, pernas tortas, braços finos, buchos quebrados, bocas abertas, chifres longos e pontiagudos , não me amofinei e nem me constrangi, indaguei?


 ___Mestre,  porque tantos bonecos de caras  tortas, de buchos quebrados , de olhos esbugalhados e pernas tortas? agora todos perfeitos, bem feitos e que retratam o nosso torrão. 


Pacientemente o mestre olha pru além do além, fita os meus olhos , estende os braços, abre as calosas mãos , segura nos meus ombros e me responde.


__Meu amiguinho, a vida é assim, não existe ninguém perfeito, anatomicamente não existe um só vivente igual ao outro, todos os vivos da terra tem  diferenças, porém, são todos normais, cada um traz uma particularidade, uma peculiaridade,  uns são baixos, outros altos, uns  magros e outros gordos, uns tem a cara fechada, as pernas finas, os braços cumpridos, nariz afilado , outros achatados, é a diversidade da vida meu amiguinho, porém, todos são normais, todos são diferentes, todos são normais.


Parei , fiquei pensando nas suas  palavras, viajei no tempo, lembrei de cada amigo, de cada sotaque, dos costumes, dos rompantes, das vozes mansas , das estridentes, das guturais monossilábicas , de cada animal e  de cada olhar da minha infância, veio à tona a variedade de pessoas, das vestimentas, dos olhares e dos comportamentos, continuei a minha inquirição.


__Mestre, porque  os bonecos dos outros artesãos não possuem os mesmos semblantes? não emanam os mesmos lampejos de vida  e nem nos tocam com tanto vigor?


O mestre se ajeitou no banco, pegou uma peça , lançou o sereno  olhar e mansamente falou.


___Tem meu amiguinho, são perfeitos, são feitos do mesmo barro, da mesma maneira que faço, tem mais, todos os artesãos daquela paragem, todos eles passaram por este velho, se aperfeiçoaram na minha oficina,  quando estavam durinhos e capazes de voar , eu soltava na praça e logo logo chegavam outros, todos trabalham com a alma e com os sentimentos, todos me representam e pregam o meu legado lá na terra, muitos dos seus bonecos são mais perfeitos do que os meus, nascem mortos e vão ganhando vida , com o tempo, com o amor  e com o conhecimento eles vão adquirindo e incorporando uma alma , eles irão retratar os viventes viventes com as suas diferenças, uns com o bucho grande, outros com as pernas finas, alguns alegres, outros com semblantes assombrados, é a vida e só o  tempo é capaz de mudar o homem, só o tempo e a humildade  lhes devolve  a alma.


Acordei , procurei o mestre Vitalino , aquele silencio, nenhuma alma viva , levantei a cabeça e de longe  na última prateleira da minha folclórica estante enxerguei o mestre nas suas peças , um boi , uma vaca, uma banda cabaçal, dois médicos operando um cristão e uma família composta de um velho ,  uma mulher buchuda, um menino e uma menina de calças curtas, um jumento com as tralhas nas costas e um cachorro como guia, balbuciei o meu bom dia, cumprimentei o artesão , fiz o sinal da cruz , tomei o caminho da roça e iniciei mais uma lida, nunca mais contestei a diversidade da vida.
Mestre Vitalino, aquele abraço, apareça mais, venha tomar um café, da próxima vez convide o imortal João do Pife.


Iderval Reginaldo Tenório

Dois grandes monstros do folclore brasileiro, João do Pife de Arapiraca ao lado do Prefeito e logo abaixo o mestre Vitalino de Caruaru.



João Bibi dos Santos, conhecido como João do Pife, morreu na Santa Casa, em Maceió, vítima de falência múltipla dos órgãos. No velório e no sepultamento, em Arapiraca, emoção e tristeza marcaram a despedida do artista popular.
Filho de agricultores, João do Pife aprendeu a tocar pífano ainda criança, quando ajudava os pais nas lavouras de fumo, em Arapiraca. Dono de uma musicalidade ímpar e autodidata, o menino logo começou a ganhar fama e a ser reconhecido pelo talento.
Do final da década de 1960 até o final da década 1980, João do Pife viveu a fase áurea de sua carreira, realizando shows por todo o Brasil, acompanhando o humorista Coronel Ludogero e tocando com artistas de renome como Luiz Gonzaga e Dominguinhos, João do Pife tornou-se um ícone da Cultura Popular.
João do Pife gravou inúmeros discos de vinil e foi considerado por Hermeto Pascoal um gênio da arte de tocar o pífano. No ano passado, aos 78 anos de idade, foi homenageado pela Prefeitura de Arapiraca, recebendo das mãos do prefeito Luciano Barbosa o troféu Arraiá da Integração, em reconhecimento à preservação da música de raiz e cultura popular


Vitalino Pereira dos Santos (Ribeira dos Campos, Caruaru PE 1909 - Alto do Moura, Caruaru 1963). Ceramista popular e músico. Filho de lavradores, ainda criança começa a modelar pequenos animais com as sobras do barro usado por sua mãe na produção de utensílios domésticos, para serem vendidos na feira de Caruaru. Ele cria, na década de 1920, a banda Zabumba Vitalino, da qual é o tocador de pífano principal. Muda-se para o povoado Alto do Moura, para ficar mais próximo ao centro de Caruaru.

01- A FEIRA DE CARUARU - Luiz Gonzaga - 50 anos de ...

www.youtube.com/watch?v=S0a38es0mrI


09/05/2011 - Vídeo enviado por forrobodologia
Luiz Gonzaga - 50 anos de chão - disco 4 FONTE: http://www.forroemvinil.com Esta música faz parte do 


Não confundir com o João do Pife de Caruaru  que é hoje omaior tocador de Pífano do Mundo.

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José Alfredo Marques dos Santos completará 71 anos no próximo dia 20 de junho. Nascido emRiacho das Almas, no Agreste pernambucano, ele ficou conhecido como João do Pife, por ser mestre na arte de fazer e tocar o pífano, instrumento de sopro. Neste ano, ele deve comemorar o aniversário de maneira especial: é um dos homenageados do São João de Caruaru, município onde foi criado.
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O Encontro, Mestre Vitalino .




O Encontro, Mestre Vitalino .


Nas minhas andanças pelos caminhos do além, deparei com  um sujeito franzino, mulato de meia altura, cabelo baixo, bigode fino   tangenciando o lábio superior e   afastado  das narinas , semblante equilibrado, olhos brilhantes, pescoço ornado com um rosário da mãe de Deus, roupas simples e compostas, alpercata currulepe , atravessado no tórax cruzando-o de um lado ao outro uma capanga de couro cru, o cidadão  olhou para este mortal, mirou os seus  olhos puxados , franziu a testa e indagou pausadamente num linguajar peculiar.

___É vossemecê por acaso  de minha terra? o Nordeste Brasileiro? É vossa senhoria do meu querido Caruaru?

Não titubeei, firme nas palavras e seguro na semântica , firmei os pés no chão e rebati respostando o interlocutor .

 __Sou sim senhor,  a minha descendência vem das Alagoas, lá de Palmeira dos índios , foi plantada na Serra do Araripe  e regada no Juazeiro do meu Padim Ciço.

O mestre num ar de felicidade, de alegria e de contentamento me puxou até um banco de madeira rústica, abriu  a sua capanga e de lá retirou algumas cerâmicas de sua lavra, bois, vacas de leite, famílias de retirantes, violeiros, sanfoneiros, crianças esquálidas, bandas cabaçais , mulheres buchudas, cachorros magros e outras relíquias, olhei uma por uma, peça por peça, rosto por rosto, semblante por semblante, enxerguei olhos puxados, pernas tortas, braços finos, buchos quebrados, bocas abertas, chifres longos e pontiagudos , não me amofinei e nem me constrangi, indaguei?

 ___Mestre,  porque tantos bonecos de caras  tortas, de buchos quebrados , de olhos esbugalhados e pernas tortas? agora todos perfeitos, bem feitos e que retratam o nosso torrão. 

Pacientemente o mestre olha pru além do além, fita os meus olhos , estende os braços, abre as calosas mãos , segura nos meus ombros e me responde.

__Meu amiguinho, a vida é assim, não existe ninguém perfeito, anatomicamente não existe um só vivente igual ao outro, todos os vivos da terra tem  diferenças, porém, são todos normais, cada um traz uma particularidade, uma peculiaridade,  uns são baixos, outros altos, uns  magros e outros gordos, uns tem a cara fechada, as pernas finas, os braços cumpridos, nariz afilado , outros achatados, é a diversidade da vida meu amiguinho, porém, todos são normais, todos são diferentes, todos são normais.

Parei , fiquei pensando nas suas  palavras, viajei no tempo, lembrei de cada amigo, de cada sotaque, dos costumes, dos rompantes, das vozes mansas , das estridentes, das guturais monossilábicas , de cada animal e  de cada olhar da minha infância, veio à tona a variedade de pessoas, das vestimentas, dos olhares e dos comportamentos, continuei a minha inquirição.

__Mestre, porque  os bonecos dos outros artesãos não possuem os mesmos semblantes? não emanam os mesmos lampejos de vida  e nem nos tocam com tanto vigor?

O mestre se ajeitou no banco, pegou uma peça , lançou o sereno  olhar e mansamente falou.

___Tem meu amiguinho, são perfeitos, são feitos do mesmo barro, da mesma maneira que faço, tem mais, todos os artesãos daquela paragem, todos eles passaram por este velho, se aperfeiçoaram na minha oficina,  quando estavam durinhos e capazes de voar , eu soltava na praça e logo logo chegavam outros, todos trabalham com a alma e com os sentimentos, todos me representam e pregam o meu legado lá na terra, muitos dos seus bonecos são mais perfeitos do que os meus, nascem mortos e vão ganhando vida , com o tempo, com o amor  e com o conhecimento eles vão adquirindo e incorporando uma alma , eles irão retratar os viventes viventes com as suas diferenças, uns com o bucho grande, outros com as pernas finas, alguns alegres, outros com semblantes assombrados, é a vida e só o  tempo é capaz de mudar o homem, só o tempo e a humildade  lhes devolve  a alma.

Acordei , procurei o mestre Vitalino , aquele silencio, nenhuma alma viva , levantei a cabeça e de longe  na última prateleira da minha folclórica estante enxerguei o mestre nas suas peças , um boi , uma vaca, uma banda cabaçal, dois médicos operando um cristão e uma família composta de um velho ,  uma mulher buchuda, um menino e uma menina de calças curtas, um jumento com as tralhas nas costas e um cachorro como guia, balbuciei o meu bom dia, cumprimentei o artesão , fiz o sinal da cruz , tomei o caminho da roça e iniciei mais uma lida, nunca mais contestei a diversidade da vida. 

Mestre Vitalino, aquele abraço, apareça mais, venha tomar um café, da próxima vez convide o imortal João do Pife.

Iderval Reginaldo Tenório


Dois grandes monstros do folclore brasileiro, João do Pife de Arapiraca ao lado do Prefeito e logo abaixo o mestre Vitalino de Caruaru.




João Bibi dos Santos, conhecido como João do Pife, morreu na Santa Casa, em Maceió, vítima de falência múltipla dos órgãos. No velório e no sepultamento, em Arapiraca, emoção e tristeza marcaram a despedida do artista popular.
Filho de agricultores, João do Pife aprendeu a tocar pífano ainda criança, quando ajudava os pais nas lavouras de fumo, em Arapiraca. Dono de uma musicalidade ímpar e autodidata, o menino logo começou a ganhar fama e a ser reconhecido pelo talento.
Do final da década de 1960 até o final da década 1980, João do Pife viveu a fase áurea de sua carreira, realizando shows por todo o Brasil, acompanhando o humorista Coronel Ludogero e tocando com artistas de renome como Luiz Gonzaga e Dominguinhos, João do Pife tornou-se um ícone da Cultura Popular.
João do Pife gravou inúmeros discos de vinil e foi considerado por Hermeto Pascoal um gênio da arte de tocar o pífano. No ano passado, aos 78 anos de idade, foi homenageado pela Prefeitura de Arapiraca, recebendo das mãos do prefeito Luciano Barbosa o troféu Arraiá da Integração, em reconhecimento à preservação da música de raiz e cultura popular


Vitalino Pereira dos Santos (Ribeira dos Campos, Caruaru PE 1909 - Alto do Moura, Caruaru 1963). Ceramista popular e músico. Filho de lavradores, ainda criança começa a modelar pequenos animais com as sobras do barro usado por sua mãe na produção de utensílios domésticos, para serem vendidos na feira de Caruaru. Ele cria, na década de 1920, a banda Zabumba Vitalino, da qual é o tocador de pífano principal. Muda-se para o povoado Alto do Moura, para ficar mais próximo ao centro de Caruaru.




Não confundir com o João do Pife de Caruaru .
José Alfredo Marques dos Santos completará 71 anos no próximo dia 20 de junho. Nascido emRiacho das Almas, no Agreste pernambucano, ele ficou conhecido como João do Pife, por ser mestre na arte de fazer e tocar o pífano, instrumento de sopro. Neste ano, ele deve comemorar o aniversário de maneira especial: é um dos homenageados do São João de Caruaru, município onde foi criado.



01- A FEIRA DE CARUARU - Luiz Gonzaga - 50 anos de ...

www.youtube.com/watch?v=S0a38es0mrI


09/05/2011 - Vídeo enviado por forrobodologia
Luiz Gonzaga - 50 anos de chão - disco 4 FONTE: http://www.forroemvinil.com Esta música faz parte do .

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A DEMOCRACIA E ALTERNACIA NAS RÉDEAS.





 
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ELEIÇÃO 2014

        Brasileiros 05 de outubro é o dia da mais importante Eleição Presidencial de todos os tempos, não é uma simples eleição, não é um simples escrutínio nacional, não é um plebiscito  , esta eleição será um marco na condução política e do regime a ser implantado na nação, chamo a população  brasileira a entender o momento atual. 

       É sabido historicamente que , quando uma corrente política permanece por muito tempo no poder, o país desconhece a propriedade da prosperidade e da independência,  o país desconhece a chance de enxergar novos rumos e a oportunidade de vasculhar ou de auditar os seus dirigentes por uma nova administração.  

       O país não é apenas de uma facção, o país é propriedade de toda a população, o país é constituído de uma sociedade organizada, constituído de diversas classes profissionais e que têm o direito de participar ativamente da vida política e pública  da nação.

           A alternância no poder é a melhor maneira do povo vigiar os seus gestores,  é a melhor maneira de se exercer a cidadania e de se exigir atitudes e transparência dos seus comandantes, não pode uma facção por mais importante que seja, por mais bem intencionada que possa parecer, permanecer pétrea e perpetuamente nas rédeas de uma nação, isto se configurará numa administração unilateral, unidirecional , cheia de poderes e de abusos.

         Numa nação como o Brasil, na qual as suas Empresas Estatais como os Correios, a Petrobras e outras 90 movimentam 1,5 trilhão  de reais por ano  e os utiliza da maneira que achar melhor , onde todas são dirigidas por facções políticas e não por conhecimentos técnicos, por méritos ou por capacidade administrativa, estatais estas retaliadas por simples vontade política entre os aliadados dos gestores ,   tem este  país que ser auditado de 04 em 04 anos, no máximo de 08 em 08  para o bem da cidadania , da transparência e do seu desenvolvimento sustentado  , tanto econômico como político , uma vez que a sustentabilidade governamental é contaminada pelo fisiologismo.

         Pense num país de todos, pense numa nação sem um dono , pense numa nação que pode melhorá com cada grupo que subir ao poder, pense numa nação na qual a população tomará conhecimento de uma auditoria periódica, pense numa nação que cresce e que terá motivos de continuar a crescer como um todo e para todos, basta que o povo com o seu voto entenda que a alternância do poder é a mais salutar das propriedades a conduzir uma nação. 

      Quando facções , de direita, de  esquerda ou de centro  permanecem por muito tempo no poder é  condição mais do que suficiente para quebrar de uma vez por toda a tão sonhada democracia, basta se mirar na União Soviética,  na Coréia do Norte,  em Cuba, na  Venezuela,  na Síria, no  Egito, na Líbia, na Arábia Saudita, na própria China e  em todos os reinados que caíram nos últimos anos, todas foram governadas por famílias ou facções que  demoraram por  mais de 20 anos no poder, configurando a maior demonstração do atraso político, isto é retrocesso,  é a morte da democracia.
        Arejar os seus dirigentes, podar os galhos improdutivos e fazer brotar novas cabeças é progresso, é o exercício da cidadania, é olhar por sua nação.
                                       A arma é o voto.
Pensem nestes pensadores:
Aristóteles, Platão e Maquiavel
Iderval Reginaldo Tenório

terça-feira, 28 de outubro de 2014

O PERIGO DO PROGRESSO NUMA REGIÃO ABENÇOADA

CARTA AOS BRASILEIROS.
Queridos Juazeirenses fico deverasmente preocupado com a Saúde e com a Economia da população pobre e necessitada do Município . 

















Queridos Juazeirenses fico  preocupado com a Saúde e com a Economia da população pobre  do Município .

Só existe Progresso numa Sociedade quando existe um povo educado, a soberania da mulher, um povo  bem nutrido e que preserve a sua cultura, fugir deste quarteto  é um engodo

Não resta a menor dúvida  que, os investimentos de grandes empresas varejistas geram empregos, porém , ocupam uma pequena parcela da população , empobrecem os comerciantes do município e o próprio município, uma vez que os lucros não são investidos em Juazeiro e sim transferidos para os donos do capital em seus sítios principais, França, EUA , São Paulo e Etc, Etc. 

Na Saúde a inauguração do Hospital Regional foi uma grande vitória para o Cariri, agora,  às custas do fechamento de mais de 300 leitos SUS só em Juazeiro do Norte, mais uns 350 entre Crato, Barbalha e os outros municípios do Cariri . 

Para o povo o que aconteceu foi a exclusão dos leitos que existiam e eram  administrados pela rede credenciada(os hospitais e clinicas da região) numa média de 600 e substituídos  por leitos administrados pelo Estado numa média de 250 leitos, criou-se um deficit de 350 leitos na região. 

Seria irresponsabilidade deste mortal , não enxergar a chegada de grandes equipamentos médicos em prol da melhoria dos serviços para a Região, seria um ato de insanidade e de irresponsabilidade, porém, a Região ficou menos servidas de leitos em geral , ficou desprovida da assistência de baixa complexidade e enriquecida para o grande problema que assola o Brasil, acidentes motorizados, principalmente os de duas rodas que atingem a inexperiente e futura geração, os jovens .

Para justificar o meu pronunciamento, basta vê o fechamento do  quase cinqüentenário Pronto Socorro do Juazeiro, do  mega Hospital Santo Inácio e o empobrecimento da classe Médica tradicional do município e Região, fatos escancarados e não colocados em pauta para o debate com a população médica e os usuários dos Serviços na Região. 

Hoje o Estado atende precariamente o SUS, prioriza seletivamente urgência e emergência, deixa a medicina básica e eletiva desamparada , enquanto     os Hospitais  particulares atendem a medicina Suplementar, isto é, os planos de saúde, segmento este também com grande déficit. É a derrocada da medicina brasileira e das profissões correlatas,  como  nutrição, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e  odontologia, são muitos profissionais à procura de empregos, são   poucos os contratos de trabalho  e quando existem são terceirizados, precarizados , sem segurança e sem garantia, são meros prestadores de trabalho descartáveis.

 Muda o governo, muda a equipe , mudam os profissionais, ficam os que rezam na cartilha dos eleitos, pior , o povo permanece desassistido, esta é a cantilena em todo o |Brasil.  


O Progresso só é bom quando a globalização compartilha a RIQUEZA para  todos e não a pulverização da POBREZA para  a maioria descapitalizada,   sem rumo e muitas vezes sem prumo.

Os Juazeirenses juazeirenses diminuem juazeirensimente , diminuem vendo esvair-se  a pujança de um povo nobre. Povo que espera por  mais escolas técnicas, escolas de nível superior gratuita como a aprovada no começo do ano pelo governo federal, mais universidades públicas, mais jornais, mais verbas para a educação e mais atos de valorização .

 Com os grandes investimentos de outras plagas, principalmente no comércio e  em serviços,  a cada dia que passa  os  juazeirenses natos  se empobrecem e   se encantam com os costumes do além mar: luxo,  riquezas, shoppings , sofisticação e lá se vão as raízes de um povo numa enganosa melhora do padrão de vida.     

Os grandes investidores  para serem mais honestos deveriam reinvestir partes do obesos lucros na produção de manufaturas no município, bens de consumos e exportarem para outros mercados, gerando empregos na indústria , incentivando os pequenos e os grandes  produtores da Região, aí sim estariam enriquecendo o nosso Vale do Cariri e não funcionando como  verdadeiros aspiradores à distancia, com as suas enormes mangueiras a sugar o pouco sangue que ainda resta. 

Breve , muito breve Juazeiro do Norte não terá mais o fascínio pelo  seu fundador, breve muito breve a Romaria terá um  parque afastado  para acontecer, breve a Romaria   não terá o mesmo  significado , o Romeiros  humildes que engrandeceram o município, que enchem Juazeiro desde 1871 e são a razão de sua existência como Cidade Santa serão taxados por  parte dos citadinos atuais ,  de visitantes, de sujos, de mal educados e que tiram o sossego dos seus habitantes , serão considerados por alguns, como pessoas não grata, será o fim, será um ato vergonhoso para nós Juazeirenses da Velha guarda  que amam os Romeiros da Mãe de DEUS e  do meu Padim .  

Ao esvair a cultura regional, vai com ela a cidadania, o orgulho e a ameaça da não perpetuação para as novas gerações. 

A cultura é o amálgama de um povo, os costumes as suas diretrizes. 

O capital como as águas de um  rio deve impulsionar as turbinas da economia em beneficio dos seus ribeirinhos, não sendo assim alimentam os de fora e é este o modelo atual da Economia Mundial.

Que chegue o progresso mas, que não dilapide ou apague a história do Município.




Iderval Reginaldo Tenório
Espero a sua opinião.





DE JOÃO SILVA

ESCUTEM 

E GRITEM 

VIVA MEU PADIM





  • Viva meu Padim Juazeiro do norte - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=17oSyCQqXQM
    22/10/2013 - Vídeo enviado por Lucas Gabriiell
    Viva meu Padim Juazeiro do norte ... Juazeiro do Norte - Luiz Gonzaga - Viva meu padim com incerts ...
  • Juazeiro do Norte - Luiz Gonzaga - Viva meu padim com ...

    www.youtube.com/watch?v=Xri-xELA-Pg

    14/10/2012 - Vídeo enviado por Júlio Popó
    Minha homenagem a colina do Horto em Juazeiro do Norte, um lugar que desde a primeira vez em que