sexta-feira, 2 de novembro de 2012

OBRIGADO A TODOS OS LEITORES

"A vida começa onde termina o medo."

- Osho -

*Photo Source: Jari Peltomaki
       
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Foto: Furacão Sandy x Furacão Seca

Enquanto a mídia só fala no furacão "Sandy", por aqui outro furacão também começado com "S" vem devastando o povo pobre do Nordeste, o nome desse furacão é "SECA" e vem a anos matando plantas, animais e pessoas, castigando o povo Nordestino com fome e sede, aqui mesmo em nosso pais, em nosso Brasil, em nosso Nordeste, mas para a mídia, tudo isso é muito menos importante (atrativo) que um Furacão Americano!

Ei, Brasil! O Nordeste pede socorro! Salve o Nordeste!

www.nacaonordestina.org


A TODOS QUE ACESSAM O BLOG  OBRIGADO, A TODOS QUE COMENTAM MUITO  OBRIGADO E A TODOS QUE COMPARTILHAM  UM MUITO MUITO OBRIGADO  .

ESCUTEM ESTAS DUAS MÚSICAS DO ALDO SOUZA, É DA BAHIA ,É DO BRASIL.


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A TRISTE PARTIDA - PATATIVA DO ASSARÉ

de senhorincrivel  3 anos atrás  197102 views
Um retrato da alma nordestina. Música de L



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Aldo Souza guerra de canudos

de Nivaldo0305  

ALDO SOUZA 



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MIAMI BEACH (making off) - CAROLINA RIMOLI

de Carolina Rimoli  8 meses atrás  811 views
Gravação do meu novo CD - "A CARA DO CARA" composição ALDO SOUZA
 ALDO SOUZA


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

COMPOSITOR E CANTOR BAIANO LÚCIO BARBOSA

   
                 






Amigos , o mundo tem sido ingrato com os grandes compositores e artistas desta terra, vejam o grande Lúcio Barbosa, baiano de Senhor de Bonfim hoje na sexta década da vida, vivendo em Itapecerica da Serra em São Paulo,  de lá aponta para o Nordeste e para o Brasil com as suas belas canções.

Numa entrevista com o meu amigo Israel Filho, cantor e memorialista do mais alto valor, o Israel  relembrou o grande Lúcio e que hoje faço questão de apresentar aos amigos do mundo.

Tal qual o Adoniram Barbosa e o Aldo Sousa documentaristas do mais fino valor,  o Lúcio Barbosa documenta a saga e o sofrimento do seu povo na sua terra natal , como também o  imigrante que corre para escapar em São Paulo  no sobe e desce  da vida, na construção civil, na cozinha, na direção dos ônibus, na limpeza das ruas e em tudo que for nobre neste país,  o importante é ganhar a vida com o suor do próprio rosto, está aí a saga de um povo trabalhador tão bem retratado pelo mestre Lúcio Barbosa, correndo ou ficando é grande o sacrifício para a sobrevivência.


Israel Filho meu amigo , o mundo agradece a sua lembrança.

Lúcio Barbosa continue neste diapasão  pois, é o caminho da honra e da vergonha. Nós somos muito gratos ao seu trabalho.  
 Deus , parabéns e obrigado pelos reverberantes cérebros que criastes e colocastes nesta Terra chamada Brasil. 

Para o Lúcio Barbosa ,eu e todos nós tiramos o chapéu.

 Iderval Reginaldo Tenório, quero a sua opinião


Lucio Barbosa  ,Compositor  Nascido na Cidade de Senhor do Bonfim no Estado da Bahia,hoje com 63 anos de idade.


                           Tornou-se conhecido na música popular brasileira pela composição "Cidadão". Em 1976, foi vencedor do Festival Simonense da canção realizado na cidade paulista de São Simão, com a canção "Êxtase", parceria com Antônio Claret Mesquita. Seu grande êxito aconteceu em 1979, quando sua música "Cidadão" foi gravada pelo cantor Zé Geraldo no LP "Terceiro mundo", da CBS. Essa composição conheceu diversas regravações, entre as quais, as de Luiz Gonzaga, Zé Ramalho, Renato Teixeira, Elymar Santos e, em 1989, tornou-se grande sucesso no sul do país, na gravação de Wilson Paim. Foi também regravada pelo próprio Zé Geraldo, entre as quais, no disco "Cantoria 3", lançado pela Kuarup. Em 1992, a música "Cidadão" foi regravada por Zé Ramalho no disco "Frevoador" lançado pela Columbia/Sony Music. Em 1994, teve a música " Vagabundo forçado", gravada por Israel Filho no CD "Amigos pro que der e vier", do selo Jaboticana. Entre outros eventos, participou do projeto UMES-Cantarena, em São Paulo. Em 1996, a canção "Cidadão" foi regravada por Elymar Santos no CD "Elymar mais popular", da EMI Music. Em 1998, suas composições "Cidadão" e "O profeta" foram incluídas no CD "20 super sucessos - Zé Geraldo", da Polydisc. Em 2000, a música "Cidadão" foi regravada no CD "O novo amanhecer", lançado por Renato Teixeira e Zé Geraldo, e gravado ao vivo em show que contou com as participações de Chico Teixeira, filho de Renato; e Nô Stopa, filho de Zé Geraldo.


Um dos seus maiores intérprete é o seu  amigo , o cantor e compositor Pernambucano de Caruaru- Israel Filho que junto  ao mestre Aldo Souza presentearam a Bahia no Memória do Radio do grande Perfilino Neto,Rádio Educadora FM da Bahia.

                                              ALDO SOUZA -COMPOSITOR BAIANO




                                                       ISRAEL FILHO-CARUARU




Cidadão - Lucio Barbosa










Cidadão
Zé Ramalho
Composição: Lucio Barbosa

Tá vendo aquele edifício moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas prá ir, duas prá voltar
Hoje depois dele pronto
Olho prá cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
"Tu tá aí admirado?
Ou tá querendo roubar?"
Meu domingo tá perdido
Vou prá casa entristecido
Dá vontade de beber
E prá aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer...

Tá vendo aquele colégio moço
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem prá mim toda contente
"Pai vou me matricular"
Mas me diz um cidadão:
"Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer...

Tá vendo aquela igreja moço
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse:
"Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asa
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar"

Hié! Hié! Hié! Hié!
Hié! Oh! Oh! Oh!


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Zé Geraldo - CIDADÃO

DE LÚCIO BARBOSA
de marlenebalves  2 anos atrás  924 views
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Israel Filho - Cidadão - Ao vivo em Caruaru

de tparanhos0103  4 anos atrás  607 views
Sucesso dos 




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O Profeta

de Jurandir Moraes  3 anos atrás  53647 views
O Profeta Zé Geraldo Composição: Lucio Barbosa livro que lhe empresto e ...
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Cidadão - Zé Geraldo (Letra Lúcio Barbosa)

de Luciane Marchesin  4 anos atrás  9972 views
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HISTORIA DE UM VERDADEIRO PAI

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HISTORIA DE UM VERDADEIRO PAI

HISTÓRIA DE UM VERDADEIRO PAI
No inicio de minha vida profissional fui plantonista de um sério pronto atendimento.

Nestes plantões eram lotados dois médicos , os atendimentos eram para pacientes emergenciais, os casos mais graves  eram transferidos e recebidos com todo prazer pelos plantonistas da unidade Hospitalar que davam suporte a este pronto atendimento.

Era discutido naquela época, como nos dias atuais, o que é um atendimento de urgência, o que deve o médico atender, até que ponto é ético o médico dizer que este caso não é emergência e não deve ser atendido nesta casa e sim por outra unidade, unidade esta que neste complexo existia e muitas vezes com especialistas.

Era domingo,  , chovia torrencialmente e a cidade estava deserta, não me recordo o motivo, a pediatria se encontrava desativada , recomendado cautela. Os pacientes eram atendidos alternadamente , até a meia noite era intenso o movimento, depois caia consideravelmente, era 03h30min da manhã, chegou um senhor de uns 40 anos de idade, trazia embalado nos braços envolto num grosso lençol uma crianças de 4 a 5 anos , foi até a recepção , disse que o filho estava com febre e dor na garganta .

A recepcionista explicou que não se tratava de uma emergência e que deveria procurar o outro serviço logo que o dia clareasse .

Humildemente o senhor sentou numa cadeira defronte a televisão, pensou, refletiu , voltou para a recepcionista, tentou explicar e sem sucesso. Solicitou que lhe mostrasse quem eram os médicos, queria falar e solicitar pelo o amor de Deus que atendessem o seu filho, o médico da vez respondeu que aquele caso não configurava uma emergência e poderia muito bem esperar até o amanhecer.

Pensou: amigdalite às 3:30h da manhã, era brincadeira, porque não levou o garoto durante o dia no ambulatório apropriado, resmungou para si, amigdalite às 3 e 30, é demais .

Ao ver a cena e sentir naquele pai um semblante de diminuição, de inferioridade e de desvalorização como cidadão, chamei o colega, solicitei que atendesse , foi irredutível.

Não pensei duas vezes, mandei fazer a ficha , solicitei que colocasse o pai e o filho no consultório, chamei o colega e frente a frente, iniciei a consulta, não uma consulta médico-clínico, mas uma consulta médico-social. 

O pai revelou que morava na periferia, que saíra de casa às 06horas da manhã, trabalhava numa empresa encostada noutra, nem mais era terceirizada, o transporte era uma casinha adaptada sobre a carroceria de um caminhão,não tinha alimentação, nem garantia de emprego e era o último a chegar em casa no subúrbio ferroviário, depois de uma peregrinação por toda a cidade, devido o despejo dos seus pares que moravam em pontos diversos.

Naquele dia havia deixado a fábrica às 22 horas, rodara por mais de 150 quilômetros , ao chegar em casa, sem almoço e sem jantar, sem banho e possuído pelo cansaço, foi avisado pela esposa que o menino estava com febre e esperava o pai para levá-lo ao médico , matou a sede, encostou a mochila e a marmita, embalou a criança e debaixo de chuva,andou a pé três mil metros,pegou o trem suburbano que se conectava com o ultimo ônibus e depois de rodar 30 quilômetros atingiu o fim de linha,um turístico logradouro, desceu a pé um íngreme , enladeirado , longo e deserto percurso da grande praça ao longínquo serviço de urgência.

Na solidão do caminho,na escuridão da noite, sob o frio da úmida e torrencial chuva,arriscando as suas vidas, mergulhou na realidade .  Na cabeça um turbilhão de pensamentos, todos de baixa estima: pobre, não bonito, suburbano, pertencente a uma categoria sem valor, afro descente, cansado, naquele dia sem se alimentar, foi tomado pelo desânimo, porém, tinha um filho, possuía um rei,possuía uma das razões que justificava viver,que justificava todo e qualquer sacrifício, aliás, levar o seu filho a um médico, não era sacrifício,era um prazer e pensava no seu trabalho, na sua família, no seu pai, via e sentia naquela hora,naquele momento como era difícil a vida,como era dura,como era insignificante diante do mundo, ainda bem que existia o médico,este sim me compreendia,este sim era homem de coração bom,este sim atendia a toda hora,atendia em todos os momentos, nos momentos de necessidades e sempre alegre,sempre rindo,ainda bem que existia o médico, deste mundo só o médico,somente o médico era verdadeiramente humano,quem era ele para ser atendido,para receber a atenção daquela espécie de homem,homem estudado e importante,inclusive por ele ser um simples operário era condição suficiente para não ser atendido, ainda assim , o médico atendia.  Atendia porque era humano, porque era bom, porque era gente , apesar de médico era gente e foi assim que veio pensando em todo o seu longo e difícil trajeto,imaginava encontrar um amigo,um amigo que lhe escutasse, que lhe desse atenção, que lhe desse socorro, ainda bem que existe o médico.

Disse também que saiu preocupado como voltaria,com que carro, com qual dinheiro e para ir ao trabalho no outro dia, sem dormir, sem comer , sem condições de faltar e se fosse demitido? porém, nada disso era mais importante do que aquele filho, nada tinha mais importância do que a saúde do seu filho. 

O colega frente a frente , escutava silenciosamente  o lamento do pai . Aquele depoimento era mais um desabafo, um desabafo social, um desabafo para com ele mesmo,um desabafo quem sabe, talvez para com DEUS, e o colega escutava calado, silencioso,olhar perdido,o colega estava noutro mundo bem distante, não sei aonde, num lugar longínquo; cabisbaixo.

 Repentinamente, com os olhos marejados , voz trêmula, rompeu o silencio , abraçou o guerreiro pai e balbuciou: PAI, AH SE TODOS OS PAIS FOSSEM ASSIM! COMO SERIA DIFERENTE.


Pegou as rédeas do atendimento, arranjou energia não sei aonde, atendeu, conversou, riu, ofereceu o seu lanche noturno e o café da manhã para aquele pai exemplar , alimentou a criança , pediu-me que passasse o plantão pela manhã e com a criança medicada,a bolsa cheia de amostras e muita disposição foi conhecer na periferia onde morava um homem, onde morava um cidadão , onde morava um verdadeiro pai e saíram os três na mesma condução .

Ainda hoje, nos encontros da vida escuto do nobre e gentil colega:__meu amigo, muito obrigado, a medicina não é só conhecimentos técnicos é muito mais. A medicina é o social, é o humanismo, é a ética, é o altruísmo, a medicina é a essência da cidadania , a medicina é uma das representantes fiel de Deus.

Ser médico enfim, é ser um misto de tudo quanto é de bom, ser médico é ser provedor, acolhedor e compreender os encontros e os desencontros do homem , ser médico é apenas ser Médico. APENAS. 
Iderval Reginaldo Tenório

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    A Vida de Viajante - Luiz Gonzaga

    de Fernando Azenha  1 ano atrás  16488 views
    Clipe com a música A Vida de Viajante, de Luiz Gonzaga
  2. Luiz Gonzaga e Gonzaguinha - "A Vida do Viajante"

    de calulinho  3 anos atrás  88986 views
    Luiz Gonzaga e Gonzaguinha cantam "A Vida do Viajante